Intra-operatório Flashcards
O que faz o enfermeiro instrumentista?
Responsável por:
Otimização e funcionalidade do materiais esterilizado.
Preparar o material e equipamento com rigor e mantém a segurança e integridade dessa área.
Fornece os instrumentos cirúrgicos adequados, incluindo linhas de incisão, ao cirurgião principal.
Monitoriza falhas de assepsia na área e nos membros da equipa.
Responsável pela execução do protocolo local de contabilização inicial e final do número de compressas, instrumentos e perfurantes.
O que faz o enfermeiro anestesista?
Administra a anestesia prescrita.
Contribui para a decisão pré-operatória relativamente ao método anestésico a usar.
Avalia o doente intra-operatório no controlo da sua situação fisiológica e alívio da dor.
O que faz o enfermeiro circulante?
Colabora com a criação de um ambiente seguro ao doente.
Gere atividades fora da área esterilizada.
Antes da indução anestésica, presta apoio emocional ao doente e pode colaborar com a equipa de anestesia.
Observa e regista o cumprimento de protocolos e os cuidados de enfermagem prestados.
Promove a redução de riscos ambientais.
Comunica informações relevantes a pessoas fora da sala de cirurgia (como familiares)
Ambiente Cirúrgico - Controlo do tráfego
Deve ser reduzido ao mínimo e ao necessário o fluxo de entradas e saídas da área cirúrgica.
Ambiente Cirúrgico - Condições Ambientais
Controlo de temperatura e humidade:
- Temperatura da sala entre 20oC e 22ºC – redução da proliferação bacteriana e das exigências metabólicas do doente.
- Humidade da sala entre 40% e 60% – redução da proliferação bacteriana e da eletricidade estática.
Incorporação de sistemas de renovação de ar e sistemas de pressão positiva (evita entrada de ar potencialmente
contaminado)
Controlo da Infeção
As infeções das feridas cirúrgicas são a segunda causa de infeção nosocomial mais comum (cerca de 24%).
ASSEPSIA – ausência de microrganismos que provocam doença.
ASSEPSIA CIRÚRGICA – promove a cicatrização dos tecidos, evitando que agentes patogénicos entrem em contacto com a ferida
operatória.
TÉCNICA ASSÉTICA – Práticas que suprimem, reduzem e inibem os processos infeciosos.
CONSCIÊNCIA ASSÉTICA – Cumprimento rigoroso da técnica assética durante o perioperatório
Regras da Assépsia Cirúrgica - Pessoas
O pessoal esterilizado funciona numa área esterilizada.
Considera-se esterilizada a parte da frente desde o peito até ao
nível do campo esterilizado, e 5cm acima do cotovelo até ao nível
do punho (esse nível deve ser integralmente coberto por luva esterilizada).
Zona da gola, ombros, axilar e dorsal consideram-se não
esterilizadas
Regras da Assépsia Cirúrgica - Área
Panos esterilizados utilizados para criar área esterilizada.
Barreira à deslocação de microrganismos para área esterilizada.
Colocados sobre o doente, em equipamento e mesas de apoio.
Esterilização garantida na face superior; materiais além do bordo
da mesa consideram-se contaminados.
Manusear os panos o mínimo possível
Ordem para Vestir Roupa Cirúrgica
- COLOCAÇÃO DA TOUCA CIRÚRGICA (evitar contaminar a roupa pelo cabelo)
- COLOCAÇÃO DO FATO (proteger a parte anterior)
- PROTEÇÃO DO CALÇADO (deve ser completamente fechado)
- USO DE MÁSCARA CIRÚRGICA (prevenir contaminação por gotículas)
- PROTEÇÃO FACIAL E OCULAR
- APÓS LAVAGEM CIRÚRGICA, COLOCAR A BATA E AS LUVAS ESTERILIZADAS
Tipos de Anestesia
ANESTESIA GERAL: Implica perda total de consciência e possível ventilação invasiva (entubação endotraqueal).
Induzida por anestésico IV ou inalado.
Risco de inflamação da garganta, lesões na cavidade oral e aspirações
ANESTESIA LOCAL: Implica perda de sensibilidade num determinado local
Exemplos:
- Espinal (Raqui-anestesia) ou Epidural – Perda de sensibilidade ou mobilidade na parte inferior do corpo (administração anestésica via cateter no canal medular – espinal – ou na periferia – epidural).
- Bloqueio de nervos – Afeta um membro específico (injeção do anestésico na proximidade nervosa).
- Anestesia regional IV – Afeta um membro específico (injeção do anestésico em veia periférica, usando garrote).
Fases na Anestesia Geral
- INDUÇÃO
- MANUTENÇÃO (dos níveis farmacológicos da anestesia)
- RECUPERAÇÃO (redução anestésica com recuperação do nível de consciência).
Vantagens da Anestesia Regional
Fácil indução
Baixo custo
Reduzida necessidade de equipamentos e cuidados pós-operatórios
Redução de náuseas e vómitos em comparação com a anestesia geral
Padrão em cirurgia de ambulatório
Desvantagens da Anestesia Regional
Fraca aceitação pelo doente por medo de acordar durante a intervenção
Não é extensível a todos os segmentos corporais
Anestesia de pouca duração
Eventual absorção rápida do agente anestésico pode levar a PCR
Posições Cirúrgicas e Complicações
DECÚBITO DORSAL - posição mais frequente, pode resultar em estase venosa nos MI’s devida a redução da pressão venosa.
DECÚBITO VENTRAL - expansão torácica diminuída e risco de lesão no nervo facial, nos órgãos genitais e nas mamas.
TRENDELENBURG - expansão torácica diminuída devido ao movimento ascendente das vísceras abdominais.
Pode surgir edema cerebral por congestionamento dos vasos cerebrais.
LITOTOMIA - risco de compressão venosa dos MI’s, aumento da pressão instra-abdominal, habitual lesão do nervo peronial.
Risco de hipotensão na descido dos MI’s.
LATERAL - risco de lesão no plexo braquial, nervo peronial e zona trocantérica na lateralidade comum.
O que é a Hipertermia Maligna?
É uma alteração genética autossómica dominante (por isso nem toda a gente tem).
É uma complicação potencialmente fatal.
Pode ocorrer desde a indução anestésica até às primeiras 72h do pós-operatório.
Pode ser desencadeada por anestésicos e condições de stress e psicológico extremos.
Carece de monitorização durante 3 dias.