Intra-operatório Flashcards

1
Q

O que faz o enfermeiro instrumentista?

A

Responsável por:
Otimização e funcionalidade do materiais esterilizado.
Preparar o material e equipamento com rigor e mantém a segurança e integridade dessa área.
Fornece os instrumentos cirúrgicos adequados, incluindo linhas de incisão, ao cirurgião principal.
Monitoriza falhas de assepsia na área e nos membros da equipa.
Responsável pela execução do protocolo local de contabilização inicial e final do número de compressas, instrumentos e perfurantes.

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2
Q

O que faz o enfermeiro anestesista?

A

Administra a anestesia prescrita.
Contribui para a decisão pré-operatória relativamente ao método anestésico a usar.
Avalia o doente intra-operatório no controlo da sua situação fisiológica e alívio da dor.

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3
Q

O que faz o enfermeiro circulante?

A

Colabora com a criação de um ambiente seguro ao doente.
Gere atividades fora da área esterilizada.
Antes da indução anestésica, presta apoio emocional ao doente e pode colaborar com a equipa de anestesia.
Observa e regista o cumprimento de protocolos e os cuidados de enfermagem prestados.
Promove a redução de riscos ambientais.
Comunica informações relevantes a pessoas fora da sala de cirurgia (como familiares)

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4
Q

Ambiente Cirúrgico - Controlo do tráfego

A

Deve ser reduzido ao mínimo e ao necessário o fluxo de entradas e saídas da área cirúrgica.

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5
Q

Ambiente Cirúrgico - Condições Ambientais

A

Controlo de temperatura e humidade:
- Temperatura da sala entre 20oC e 22ºC – redução da proliferação bacteriana e das exigências metabólicas do doente.

  • Humidade da sala entre 40% e 60% – redução da proliferação bacteriana e da eletricidade estática.

Incorporação de sistemas de renovação de ar e sistemas de pressão positiva (evita entrada de ar potencialmente
contaminado)

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6
Q

Controlo da Infeção

A

As infeções das feridas cirúrgicas são a segunda causa de infeção nosocomial mais comum (cerca de 24%).

ASSEPSIA – ausência de microrganismos que provocam doença.

ASSEPSIA CIRÚRGICA – promove a cicatrização dos tecidos, evitando que agentes patogénicos entrem em contacto com a ferida
operatória.

TÉCNICA ASSÉTICA – Práticas que suprimem, reduzem e inibem os processos infeciosos.

CONSCIÊNCIA ASSÉTICA – Cumprimento rigoroso da técnica assética durante o perioperatório

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7
Q

Regras da Assépsia Cirúrgica - Pessoas

A

O pessoal esterilizado funciona numa área esterilizada.

Considera-se esterilizada a parte da frente desde o peito até ao
nível do campo esterilizado, e 5cm acima do cotovelo até ao nível
do punho (esse nível deve ser integralmente coberto por luva esterilizada).

Zona da gola, ombros, axilar e dorsal consideram-se não
esterilizadas

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7
Q

Regras da Assépsia Cirúrgica - Área

A

Panos esterilizados utilizados para criar área esterilizada.

Barreira à deslocação de microrganismos para área esterilizada.

Colocados sobre o doente, em equipamento e mesas de apoio.

Esterilização garantida na face superior; materiais além do bordo
da mesa consideram-se contaminados.

Manusear os panos o mínimo possível

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7
Q

Ordem para Vestir Roupa Cirúrgica

A
  1. COLOCAÇÃO DA TOUCA CIRÚRGICA (evitar contaminar a roupa pelo cabelo)
  2. COLOCAÇÃO DO FATO (proteger a parte anterior)
  3. PROTEÇÃO DO CALÇADO (deve ser completamente fechado)
  4. USO DE MÁSCARA CIRÚRGICA (prevenir contaminação por gotículas)
  5. PROTEÇÃO FACIAL E OCULAR
  6. APÓS LAVAGEM CIRÚRGICA, COLOCAR A BATA E AS LUVAS ESTERILIZADAS
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7
Q

Tipos de Anestesia

A

ANESTESIA GERAL: Implica perda total de consciência e possível ventilação invasiva (entubação endotraqueal).
Induzida por anestésico IV ou inalado.
Risco de inflamação da garganta, lesões na cavidade oral e aspirações

ANESTESIA LOCAL: Implica perda de sensibilidade num determinado local
Exemplos:
- Espinal (Raqui-anestesia) ou Epidural – Perda de sensibilidade ou mobilidade na parte inferior do corpo (administração anestésica via cateter no canal medular – espinal – ou na periferia – epidural).
- Bloqueio de nervos – Afeta um membro específico (injeção do anestésico na proximidade nervosa).
- Anestesia regional IV – Afeta um membro específico (injeção do anestésico em veia periférica, usando garrote).

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8
Q

Fases na Anestesia Geral

A
  1. INDUÇÃO
  2. MANUTENÇÃO (dos níveis farmacológicos da anestesia)
  3. RECUPERAÇÃO (redução anestésica com recuperação do nível de consciência).
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9
Q

Vantagens da Anestesia Regional

A

Fácil indução
Baixo custo
Reduzida necessidade de equipamentos e cuidados pós-operatórios
Redução de náuseas e vómitos em comparação com a anestesia geral
Padrão em cirurgia de ambulatório

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10
Q

Desvantagens da Anestesia Regional

A

Fraca aceitação pelo doente por medo de acordar durante a intervenção
Não é extensível a todos os segmentos corporais
Anestesia de pouca duração
Eventual absorção rápida do agente anestésico pode levar a PCR

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11
Q

Posições Cirúrgicas e Complicações

A

DECÚBITO DORSAL - posição mais frequente, pode resultar em estase venosa nos MI’s devida a redução da pressão venosa.

DECÚBITO VENTRAL - expansão torácica diminuída e risco de lesão no nervo facial, nos órgãos genitais e nas mamas.

TRENDELENBURG - expansão torácica diminuída devido ao movimento ascendente das vísceras abdominais.
Pode surgir edema cerebral por congestionamento dos vasos cerebrais.

LITOTOMIA - risco de compressão venosa dos MI’s, aumento da pressão instra-abdominal, habitual lesão do nervo peronial.
Risco de hipotensão na descido dos MI’s.

LATERAL - risco de lesão no plexo braquial, nervo peronial e zona trocantérica na lateralidade comum.

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12
Q

O que é a Hipertermia Maligna?

A

É uma alteração genética autossómica dominante (por isso nem toda a gente tem).
É uma complicação potencialmente fatal.
Pode ocorrer desde a indução anestésica até às primeiras 72h do pós-operatório.

Pode ser desencadeada por anestésicos e condições de stress e psicológico extremos.

Carece de monitorização durante 3 dias.

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13
Q

O que é a Hipotermia Inadvertida?

A

A anestesia inibe os reflexos de regulação térmica, diminui a taxa metabólica basal e promove vasodilatação.

A perda de calor surge por esses efeitos adicionados a exposição a ambiente frio, preparação da pele com soluções frias e pela incisão cirúrgica.

Disartria, cianose, diminuição da PA, midríase e pulso fraco.

Acidose metabólica, disritmias cardíacas, hiperglicemia, coma e enfarte do miocárdio.

14
Q

Outras Reações Observadas

A

REAÇÕES NEUROENDÓCRINAS - em resposta ao stress pré-operatório. Podem causar obstipação no pós, cólicas e anorexia.

REAÇÕES METABÓLICAS - metabolismo aumentado, ingestão diminuído, leva a rápida degradação dos nutrientes - rápida perda de peso.

ALERGIA AO LATÉX

15
Q

Considerações Geriátricas

A

Quaisquer que sejam as alterações ou complicações, nos idosos, a tendência é sempre maior e o controlo e a monitorização tem de ser mais redobrada.

16
Q

Grupos de instrumentos cirúrgicos

A

INCISÃO - bisturi e lâminas
CORTE - tesouras
AFASTADOR - afastar os tecidos
APREENSÃO - pinças
PORTA AGULHAS - segurar a agulha

17
Q

Diminuir risco de lesão na pele e tecidos

A

Observar e prevenir afetação nas proeminências ósseas, sistema vascular, nervoso periférico, por pressão, fricção ou queimadura
Etiologia principal: compressão de vasos sanguíneos, pressão externa e distribuição irregular do peso corporal.

18
Q

Diminuir risco de lesão na pele e tecidos - Posicionamento do doente

A

Alterações respiratórias mais prováveis em decúbito ventral e litotomia.

Risco de neuropatia diabética por pressão mecânica dos nervos periféricos.

Promove alinhamento e distribuição uniforme do peso corporal.

Uso de dispositivos: almofadas e colchões de espuma, protetores da face, sacos de areia, almofadas de gel, calcanheiras, meias/ligaduras de compressão.

19
Q

Diminuir risco de lesão na pele e tecidos - Evitar perigos elétricos, químicos e físicos

A

Avaliação de potenciais riscos de incêndio, explosão ou curto-circuito.

Segurança dos dispositivos fornecedores de oxigénio.

Controlo de temperatura e humidade na sala.

20
Q

Diminuir risco de lesão na pele e tecidos - Prevenir a retenção de material cirúrgico

A

Contagem inicial e final de compressas, agulhas, outros instrumentos e material similar.

Eventual necessidade de contagens intermédias (em procedimentos cavitários em profundidade).

Registo das contagens e descrição das ações corretivas, em caso de desconformidade.