Pós Operatorio e Resposta Metabolica ao Trauma Cirurgico Flashcards

1
Q

Supondo que o paciente precise de suplementação de glicose para evitar hipoglicemia ou diminuir o estresse gerado pela cirurgia, quanto de glicose precisa ser administrado nesse paciente para que ele utilize pouco do substrato energético do corpo?

A

100g de glicose/dia. Essa suplementação é feita com soro glicosado 5%, ou seja, no total será necessário administrar 2L de soro glicosado (2000x0,05=100g).

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2
Q

Paciente no pós operatório apresenta abaulamento em região abdominal com drenagem de líquido salmão de grande volume e iniciada subitamente. Você está diante de que?

A

Provável deiscência aponeurótica. Em 25% dos casos de deiscência ela é precedida por drenagem de líquido claro, cor salmão e de grande volume

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3
Q

Paciente submetida a uma mastectomia apresenta em seu pós operatório edema bem circunscrito, de colocaração clara amarelada e viscosa. Que complicação é essa?

A

Seroma. É a complicação cirúrgica mais benigna do pós cirúrgico.

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4
Q

Quanto ao fechamento da laparotomia, a prevenção de hérnia incisional pós-operatório é fundamental. Dentre os fatores a seguir, aquele que tem maior relevância é:
A) incisões transversas contra longitudinais;
B) Controle de níveis pressóricos
C) Uso de fio inabsorvivel
D) Sutura em pontos separados
E) controle do nível de HbA1C (hemoglobina glicada)

A

Resposta: E.
Os fatores de maior relevância são aqueles relacionados ao paciente, ou seja, alternativas A, C e D estão incorretas. Os níveis pressóricos não entram como fatores de risco para deiscência, apenas a pressão intra abdominal. O DM não controlado é um fator de maior relevância

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5
Q

Quais as classificações da infecção do sítio cirúrgico?

A

Incisional superficial, acometendo derme e subcutâneo.
Incisional profunda, acomentendo fascias, aponeurose e músculo
Relacionadas ao espaço orgânico, acometendo órgãos.

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6
Q

Qual tempo, por definição, pode aparecer infecção do sítio cirúrgico (ISC)?

A

De 0 a 30 dias em cirurgias comuns e até 1 ano com colocação de corpo estranho (prótese, telas, etc).

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7
Q

Qual tipo de infecção do sítio cirúrgico é mais comum: incisional superficial, profunda ou orgânica?

A

Infecções incisionais superficiais, correspondendo de 60 a 80% das ISC. Estas apresentam melhor prognóstico.

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8
Q

Quais os agentes mais comuns encontrados nos sítios cirúrgicos?

A
São os que compõe a flora bacteriana natural da área anatômica:
S. aureus
S. coagulase negativo
Enterococos
E. coli
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9
Q
Qual a bactéria responsável pela maioria das infecções de ferida operatória que não tenha sofrido contaminação endógena?
A) S. epidermidis
B) S. aureus
C) E. coli
D) S. viridans
E) S. pyogenes
A

Resposta: B
O S. aureus é residente da microbiana natural em praticamente toda a extensão da pele, sendo o agente etiológico mais comum encontrado em infecções do sítio cirúrgico.

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10
Q

Defina ISC superficial:

A

Ocorre nos primeiros 30 dias, envolvendo pele e subcutâneo +

  • drenagem purulenta da incisão superficial
  • cultura positiva de fluido ou tecido da incisão superficial obtido de modo asséptico
  • presença de um dos sinais flogisticos
  • diagnóstico por cirurgião ou médico assistente.
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11
Q

Paciente de 68 anos submetido a uma gastroduodenotomia, relata no pós operatório imediato febre, com FR=30 e FC 110. Qual a principal HD?

A

Atelectasia. É a principal causa de febre no pós operatório até 72h

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12
Q

Qual antibiótico deve ser usado em pacientes que serão submetidos a uma cirurgia limpa-contaminada ou contaminada?

A

Cefalosporinas de 1ª geração, como a cefazolina

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13
Q

Qual o momento de se iniciar a antibióticoprofilaxia?

A

No momento da indução anestésica, que coincide com 30 minutos antes do ato operatório, devendo ser adm por via endovenosa

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14
Q

Qual a causa de hipertermia maligna (HM)?

A

Resposta metabólica exacerbada frente ao efluxo aumentado de cálcio durante a contração muscular

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15
Q

Em pacientes susceptíveis, o que pode precipitar a HM?

A

Uso de analgésicos deflagrador do SNC, como halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano. Obs: lembrar do sufixo “ano”. Outros medicamentos que precipitam são relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina)

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16
Q

Qual o quadro clínico do paciente com hipertermia maligna na forma abortiva?

A

Taquicardia, arritmia, hipertermia e acidose metabólica.

17
Q

Qual o quadro clínico de pacientes com HM sem ser na forma abortiva?

A

Pacientes após intubação com succinilcolina podem apresentar perda de contração espasmódica e rigidez muscular. Outras manifestações incluem taquipneia, hipercapnia, rubor da pele, hipoxemia, hipotensão, rabdomiolise e hipertermia.

18
Q

Qual sinal precoce e patognomônico da HM?

A

Incapacidade de abrir a boca como resultado de estamos do músculo masseter

19
Q

Qual tratamento para hipertermia maligna?

A

Descontinuar o anestésico deflagrador (halotano, ex.)
Ventilar o paciente a 100% e O2
Administrar anestesia alternativa
Administrar dantrolene 2,5mg/kg em bolus e repetir a cada cinco minutos, seguido de 1-2mg/kg/h até normalização dos sintomas
Monitorizar ecg, sinais vitais e débito urinário.

20
Q

O que é fasciíte necrosante?

A

É uma causa rara e grave de febre ocasionada pela infecção necrosante no sítio da ferida. Ocorre por estreptococo ou espécies de Clostridium.

21
Q

Quais as principais alterações de termorregulação?

A

Hipotermia, hipertermia maligna, febre pós-operatória

22
Q

Diferencie pneumonite de aspiração de pneumonia por aspiração

A

Na primeira ocorre infecção pulmonar por conta de broncoaspiracao de conteúdo gástrico, enquanto na segunda ocorre broncoaspiracao de fluidos das vias aéreas superiores contaminados com bactérias patogênicas.

23
Q

Qual exame pode ser solicitado no caso de suspeita de embolia pulmonar?

A

TC helicoidal (ou espiral) ou angiografia pulmonar. O RX tem pouco valor preditivo, mas pode ser solicitado no caso de outras HD. A ecocardiografia pode ser usada à beira leito para visualizar disfunções cardíacas secundárias à embolia pulmonar.

24
Q

Qual o tratamento para TEP?

A

O tto inicial pode ser feito com heparina, fondoparinux, vitamina K até que o IRN alvo seja alcançado.

25
Q

Qual a diferença de hipertensão pós-operatória de crise hipertensiva?

A

A hipertensão pós-operatória é um evento que pode ocorrer em qualquer paciente, por conta de dor, hipóxia, sobrecarga de líquidos, descontinuação dos anti-hipertensivo, etc. Já a crise hipertensiva é compreendida por aumento súbito da PA com disfunção orgânica, ou seja, hemorragia cerebral, AVE, disfunção renal, sangramentos de ferida operatória.

26
Q

Quais medicamentos são usados para tratar crises hipertensivas?

A

Vasodilatadora e venodilatadores como o nitroprussiato e a nitroglicerina;
BB como esmolol, labetalol;
IECA como enalapril, útil quando o paciente é hipertenso prévio e faz uso de algum outro IECA;
BCC como a nicarpidina.

27
Q

Qual o cuidado deve se ter em relação ao tratamento das crises hipertensivas quanto à PA do paciente?

A

Pacientes em crises devem ser tratados com algum anti-hipertensivo e a PA não pode abaixar mais que 25% do valor subitamente por risco de AVE isquêmico, vasoconstricao periferica e consequente hipoperfusao de órgãos.

28
Q

Nos casos de suspeita de infarto no pós cirúrgicos, quais exames pode ser solicitados para confirmar diagnóstico?

A

ECG;

Biomarcadores, como troponina (elevam-se em 2h com pico de 8h).

29
Q

Qual o tratamento para insuficiência cardíaca no pós cirúrgico?

A

Otimizar a pré carga e a pós carga. A primeira pode ser otimizada com vasodilatadora (nitrato e hidralazina). A segunda com diminuição da resistência vascular e IECA.
Essa é a tríade do tratamento da insuficiência cardíaca.

30
Q

O que define uma insuficiência renal aguda no pós operatório?

A

Diminuição do clearence de creatinina;
Redução do débito urinário (<400mL/dia)
Elevação da creatinina sérica

31
Q

Após a cirurgia, o movimento do TGI inferior volta lentamente. O intestino grosso retorna sua atividade em algumas horas, o estômago dentro de 24 a 48 e o cólon dentro de 48 a 72h. Dessa forma, o óleo adinâmico é caracterizado por não retorno da atividade peristáltico após 2 a 4 dias, sendo assim, quais as causas dessa anormalidade?

A

Ingesta restrita associada a anestesia;

Catecolaminas liberadas por conta da incisão cirúrgica associadas a opioides endógenos.

32
Q

No óleo adinâmico, quais órgãos são acometidos?

A

Estômago, intestino delgado e grosso.

Eu tb pensei que fosse só o intestino delgado

33
Q

A síndrome competimental abdominal pode ser dividida em primária e secundária. Quais as causas da primária?

A

Ocorre aumento da PIA por conta de uma patologia prévia ou, mais frequentemente em casos de trauma. As patologias prévias podem ser: hemorragia, ascite, pneumoperitônio, após redução de hérnia.

34
Q

Com relação à colite por Clostridium difficile, quais os sintomas presentes que nos façam pensar nessa doença?

A

Primeiramente, o uso de antibióticos em ambiente hospitalar, em especial quando usados por muito tempo, associados a diarreia aquosa, sendo esta o principal sintoma. Nos casos leves e moderados, os sinais de infecção estão ausentes ou brandos. Nos casos graves de colite, ocorre em associação à diarreia: cólicas e anorexia, sensibilidade abdominal, desidratação e leucocitose.

35
Q

O que é colite pseudomembranosa e qual o teste mais sensível e específico?

A

Essa colite é a forma mais dramática de colite por Clostridium difficile. O teste ELISA para detectar toxinas A e B nas fezes é o mais específico e sensível.