POLÍCIA TÉCNICO-CIENTÍFICA Flashcards
1.1. Descrever sobre a preservação do local
CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS: LOCAL ACAUTELADO x LOCAL DELIMITADO x LOCAL ISOLADO
LOCAL ACAUTELADO
Tem acautelante (Ex.: policial militar).
LOCAL DELIMITADO
Tem delimitação do perímetro por barreiras físicas (Ex.: com faixa zebrada).
LOCAL ISOLADO
NÃO há pessoas estranhas ao exame de corpo de delito pericial no local.
1.1. Descrever sobre a preservação do local
CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS - Quanto à preservação
IDÔNEO
Vestígios foram mantidos inalterados desde a ocorrência dos fatos até o seu completo registro.
INIDÔNEO
Vestígios foram alterados1, considerando-se o local contaminado.
1 Alteração não natural: poderiam ser evitadas mediante esforço para isolar e preservar a cena do crime.
1.1. Descrever sobre a preservação do local
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL
Filipe
Quando da chegada do Perito, o local se encontrava acautelado, delimitado (por barreiras físicas) e isolado (sem pessoas estranhas ao exame pericial ou à preservação do local em seu interior). Estavam acautelando o local os agentes tais, de posse da viatura ostensiva de número de ordem tal.
Foram percebidas as seguintes alterações no local: a) aaa; b) bbb; c) ccc; d) ddd; e) eee. Tais alterações tiveram como consequências no exame pericial: a) não descrição destes vestígios no laudo pericial; b) bbb; c) ccc; d) ddd; e) eee.
Leandro
O local encontrava-se preservado e acautelado pelo _ da PMERJ, de RG n° _.
1.2. Descrever o local
CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS - Quanto à região de ocorrência
IMEDIATO
Área de maior concentração de vestígios.
MEDIATO
Adjacências do local onde ocorreu o fato.
RELACIONADO AO FATO
NÃO possui continuidade geográfica com os locais imediatos e mediatos, mas que é fonte de informações objetivas e subjetivas sobre o crime.
Ex.: local de “desova”.
1.3. Descrever os elementos constatados no local
COLISÃO
Refere-se a local de colisão por dois ou mais veículos.
O perito deve descrever:
* Via e suas características;
* Sinalização presente (vertical e horizontal) e seu funcionamento;
* Tipo de iluminação;
* Veículos no local, identificando suas avarias, assim como a orientação das referidas;
* Verificar o estado eletromecânico dos veículos envolvidos (quando possível);
* Examinar as vítimas fatais, quando presentes no local.
1.3. Descrever os elementos constatados no local
ATROPELAMENTO (CHOQUE CONTRA CORPO FLÁCIDO)
Refere-se a local de embate de veículo automotor contra corpo flácido.
O perito deve descrever:
* Via e suas características;
* Sinalização presente (vertical e horizontal) e seu funcionamento;
* Tipo de iluminação;
* Caracterizar o sítio do embate (quando possível);
* Veículo atropelador deve ser periciado no local, identificando suas avarias e orientação das referidas;
* Verificar o estado eletromecânico dos veículos envolvidos (quando possível);
* Examinar as vítimas fatais, quando presentes no local.
1.3. Descrever os elementos constatados no local
CHOQUE CONTRA CORPO RÍGIDO
Refere-se a local de embate de veículo automotor contra corpo rígido.
O perito deve descrever:
* Via e suas características;
* Sinalização presente (vertical e horizontal) e seu funcionamento;
* Tipo de iluminação;
* Caracterizar os danos presentes no corpo rígido impactado;
* Verificar o estado eletromecânico dos veículos envolvidos (quando possível);
* Examinar as vítimas fatais, quando presentes no local.
2.1. Geoprocessamento | Uso do Google Earth
Principais vantagens do uso do Google Earth
- Sem custo
- Catálogo extenso (satélite + fotos aéreas)
- Boa resolução em quase todo o estado
- Interface amigável
- Atualização constante
2.1. Uso do Google Earth
Limitações
- Informações das imagens (satélite, resolução, data)
- Atualização não é garantida (empresas e governos)
- Imprecisão nas medidas
- Poucos recursos de geoprocessamento
- Download indisponível
2.2. Perícias em Entorpecentes e Psicotrópicos | Testes colorimétricos para cocaína
- Solução de Nitrato de Prata
- Solução de iodo/iodeto
- Solução de Tiocianato de Amônio/ Cloreto de Cobalto: Teste de Scott
- Hidrólise Ácida
- Redução de Cloreto Mercuroso
2.2. Testes colorimétricos para cocaína
Solução de Nitrato de Prata
nitRATO ➜ cloridRATO
* Avaliação da presença de cloridrato.
* Aparecimento de precipitado branco leitoso de cloreto de prata.
* Amostra + AgNO3 ➜ AgCl
* Desprendimento de bolhas de gás e leve coloração amarelada: indicativo da presença de fermento químico.
2.2. Testes colorimétricos para cocaína
Solução de iodo/iodeto
ioDEto ➜ alcalóiDEs
* Reativo de Wagner
* Avaliação da presença de alcalóides.
* Aparecimento de precipitado castanho tijolo.
2.2. Testes colorimétricos para cocaína
Solução de Tiocianato de Amônio/ Cloreto de Cobalto: Teste de Scott
tiocianato de AMÔNIO ➜ presença de AMINAS
* Presença de aminas.
* Aparecimento de cor azul – complexo Co+2/amina.
2.2. Testes colorimétricos para cocaína
Hidrólise Ácida
- Diferenciação de demais anestésicos locais (norcaína, lidocaína e procaína) e anfetaminas e metanfetaminas.
- Hidrólise da cocaína e esterificação dos subprodutos gerando o benzoato de metila (odor adocicado).
- Odor típico de benzoato de metila, odor adocicado como própolis.
- Amostra + H2SO4 + EtOH = Hidrólise da cocaína e esterificação dos subprodutos gerando o benzoato de metila (odor adocicado)
2.2. Testes colorimétricos para cocaína
Redução de Cloreto Mercuroso
- Determinação de grupamento funcional amina.
- Aparecimento de cor cinza indica mercúrio metálico (ensaio positivo).
- Teste obsoleto.
2.3. Método “Fecal Occult”
TESTES ESPECÍFICOS DA PRESENÇA SANGUE HUMANO
Reações Imunológicas
* Baseados na interação antígeno-anticorpo, detectam a presença da proteína Hemoglobina (Hb) e identificam a especificidade humana, reação de cor.
* Ex.: Testes Imunocromatográficos ** (mais utilizados atualmente)
2.3. Método “Fecal Occult”
MÉTODO IMUNOCROMATOGRAFICO
- Ex.: Teste Fecal Occult
- Combinação de Cromatografia em membrana com Reação Imunológica.
- Baseia-se no princípio de interação Antígeno-Anticorpo: revelação por meio de partículas de cor.
- Ligação Ag-Ac é altamente específica
2.3. Método “Fecal Occult”
Testes Imunocromatográficos para Identificação da Hemoglobina
- Kits Comerciais (ex: “Feca-cult one step test”)
- Uso na clínica médica, adaptados para área forense
- Caráter qualitativo e com sensibilidade = Hb 40 ng/mL
2.4. Materiais Biológicos e Perícias Bioquímicas | Luminol
- Pesquisa de sangue LATENTE (NÃO-VISÍVEL).
- O luminol reage indiretamente com o grupo heme da hemoglobina (ferro atua como catalisador da reação), após reação oxidativa, na presença de um agente oxidante (H2O2) produzindo luminescência que pode ser vista em um ambiente escuro.
2.4. Luminol
USO DO LUMINOL
- Manchas escuras descaracterizadas (ação do tempo e agentes naturais)
- Ambientes e/ou objetos de difícil visualização em que a superfície de suporte “mascara” o sangue (ex.: roupas pretas, pisos escuros, etc.)
- Ambientes e/ou objetos que sofreram lavagens (sangue latente / oculto)
- Locais de incêndio / objetos carbonizados
- Situações de coleta p/ futuro exame de DNA
2.4. Luminol
2.4. Materiais Biológicos e Perícias Bioquímicas | Luminol
Aplicação
- 1°: Solução de Luminol
- 2°: Solução Ativadora (H2O2) ➜ Na mesma área!
2.4. Luminol
Situações consideradas
- Exiguidade do material hemático ➜ [sangue] < que limite de detecção do teste
- Possibilidade de interferência ao exame de DNA
- Falsos-Positivos
2.4. Luminol
FALSOS-POSITIVOS
- Compostos que podem atuar como um catalisador para a oxidação do luminol, mesmo que o sangue não esteja presente: íons de cobre e cobalto presentes em alguns minerais, ferrugem, solos e objetos metálicos; complexos metálicos presentes em proteínas e pigmentos;
- Substâncias com alto poder oxidante e que podem oxidar o luminol: hipoclorito (água sanitária), hipobromitos;
- Interferentes ambientais: compostos que podem estar presentes em produtos de limpeza e lustre do mobiliário doméstico, estofamento de veículos, tinturas, vernizes, carpetes etc.
2.5. Materiais Biológicos e Perícias Bioquímicas
Luzes Forenses
PESQUISA PRESUNTIVA DE SÊMEN
Luzes Forenses [ex:. Lâmpada de Wood (ultravioleta)]
* Utilização baseia-se no princípio da luminescência de alguns fluidos biológicos (sêmen, e também sangue, saliva etc.) após estimulados com determinadas fontes de energia
* Lanternas forenses: emitem luz em comprimentos de ondas específicos
* Atenção ao comprimento de onda da luz UV. ex.: ondas curtas (UVC) = germicida, afeta DNA
* Filtros (óculos): contraste e proteção
2.5. Luzes Forenses
Comprimento de onda ideal
- Para visualização de sêmen: 390nm -510nm
- Luz UV ou azul com filtro amarelo ou laranja
2.6. Exames Residuográficos
ANÁLISE POR MEV
A análise por Microscopia Eletrônica por Varredura utiliza uma fonte de feixe de elétrons que incide sobre o material.
2.6. Exames Residuográficos
TIPOS DE ELÉTRONS
Depois da interação com o material são formados dois tipos de elétrons:
Elétrons secundários (baixa energia):
relevo da amostra
Secundários ➜ baixa E; relevo
Elétrons retroespalhados (alta energia):
contraste em relação aos elementos químicos presentes (regiões mais claras – elementos mais pesados).
ReTRoespalhados ➜ alta E; conTRaste
2.6. Exames Residuográficos
ESPECTROCOPIA DE ENERGIA DISPERSIVA (EDS)
- É utilizada acoplada ao microscópio e permite detectar elementos químicos na superfície da amostra.
- É acoplado um detector de Raios X, onde podem ser detectados os raios X característicos de frequência específica que cada elemento libera após a incidência do feixe de elétrons.
2.6. Exames Residuográficos
ANÁLISE DE GSR POR MEV
- As partículas de GSR possuem morfologia esférica ou irregular e diâmetro variando entre 0,5 μm e 100 μm, cuja composição pode conter um ou mais dos principais elementos metálicos que compõem o iniciador.
- O método atual de escolha para análise de GSR no mundo é a microscopia eletrônica de varredura acoplada à espectroscopia de raio X em dispersão (MEV/EDS).
- A presença simultânea dos elementos Pb, Ba e Sb numa mesma partícula com morfologia esférica ou irregular (válido para os iniciadores mais comumente empregados na indústria de munição convencional) é considerada característica de disparo de armas de fogo e, portanto, conclusiva na análise de resíduos de tiro, pois raramente ou quase nunca são encontradas em outras fontes.
2.6. Exames Residuográficos
ANÁLISE DE GSR POR MEV - Resultado negativo
A ausência de partículas de GSR NÃO implica em resultado negativo.
A ausência de GSR nas mãos pode ocorrer nas seguintes circunstâncias:
* lavagem das mãos;
* uso de luvas;
* umidade nas mãos (suor, sangue, etc);
* detritos em excesso na amostra;
* atividade física normal no período de 4 a 6 horas entre o disparo e a coleta, ou
* fatores ambientais, incluindo vento e/ou chuva.
2.6. Exames Residuográficos
ANÁLISE DE GSR POR MEV - Forma de coleta
- O dispositivo de coleta para microscopia eletrônica consiste em um frasco de plástico com tampa, protegendo o suporte metálico (stub) que contém a fita dupla face.
- A fita dupla face adesiva de carbono é utilizada para o levantamento dos resíduos.
2.7. Diagnose diferencial da morte
MORTE
Violenta
* Homicídio
* Suicídio
* Acidente
Natural
* Conhecida: assistida (Declaração de óbito)
* Desconhecido: não assistida (SVO)
Duvidosa
* Suspeita
* Sem assistência
2.7. Diagnose diferencial da morte
FENÔMENOS CADAVÉRICOS ABIÓTICOS
Indicam ausência de vida.
Imediatos
* Perda da consciência;
* Desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular;
* Perda dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos;
* Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos;
* Perda das funções cerebrais.
Consecutivos ou mediatos
* Desidratação cadavérica;
* Livor mortis (hipóstase);
* Algor Mortis (Esfriamento cadavérico);
* Rigor mortis (rigidez cadavérica).
2.7. Diagnose diferencial da morte
FENÔMENOS CADAVÉRICOS TRANSFORMATIVOS
Transformam o aspecto do corpo.
Destrutivos
* Putrefação;
* Autólise;
* Maceração.
Conservadores
* Mumificação;
* Coreificação.
2.7. Diagnose diferencial da morte
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Decomposição do cadáver pela ação de micro-organismos endógenos e exógenos, principalmente bactérias.
1° Período: Cromático
2° Período: Gasoso
3° Período: Coliquativo
4° Período: Esqueletização
2.8. Crimes de Informática | Extração de dados de smartphone
Com a popularização dos equipamentos computacionais portáteis e de telefonia móvel, o exame de aparelhos celulares se tornou um dos mais requisitados à perícia criminal. Muitas vezes, o perito criminal tem que extrair dados de dispositivos danificados intencionalmente pelo criminoso. Quando o aparelho está com a tela e o conector USB danificados e sem a possibilidade de reparo, qual técnica o perito criminal pode utilizar para extrair os dados?
c) Extração Avançada (JTAG ou Chip-off)
2.9. Materiais Biológicos e Perícias Bioquímicas | O que pode inviabilizar a análise dos vestígios?
Ex.: colocar todos os vestígios na mesma embalagem.
As análises de vestígios biológicos relacionados a ocorrências criminais dependem de diversos fatores que podem prejudicar e até mesmo inviabilizar a realização do exame:
* Procedimentos realizados no local de crime (fonte original da prova material). A avaliação inicial do Perito Criminal sobre a natureza do vestígio é que determinará o método de coleta e de preservação deste, e cada situação deve ser tratada observando-se as particularidades do caso em si;
* Identificação, registro e acondicionamento;
* Qualidade da amostra biológica: influência de fatores ambientais (temperatura, umidade), degradação por microrganismos, quantidade mínima para análise;
* Normas de biossegurança: contaminação da amostra por material genético de indivíduos não relacionados ao fato e risco de contaminação biológica do Perito ou outros agentes que manipularam o vestígio.
2.10. Crimes contra a Fauna | Conceitos
ANIMAL DOMÉSTICO
Todos aqueles animais que
* através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se domésticas,
* apresentando características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem,
* podendo apresentar fenótipo variável, diferente da espécie silvestre que os originou.
2.10. Crimes contra a Fauna | Conceitos
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO HABITAT ORIGINAL DA ESPÉCIE
ESPÉCIE NATIVA
Espécie originária da região.
ESPÉCIE EXÓTICA
Espécie proveniente de outra localidade.
2.10. Crimes contra a Fauna | Conceitos
FAUNA SILVESTRE
Lei nº 9.605/1998
Art. 29
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às
* espécies nativas, migratórias e quaisquer outras,
* aquáticas ou terrestres,
* que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
2.12. Documentoscopia | Procedimentos de colheita de padrões gráficos
Uma colheita deficiente implicará na elevação do grau de dificuldade do exame.
- Reproduzir exatamente as palavras questionadas;
- Reproduzir as condições de escrita (superfície, instrumento escrevente, posição, etc);
- Determinar a quantidade de espécimes de acordo com a variabilidade natural do periciando, atentando-se a eventual fadiga muscular e, consequentemente, alterações no grafismo;
- Intercalar os vocábulos, evitando escritas em série;
- Sempre ditar e NÃO deixar o periciando ver os escritos questionados no momento da colheita;
- Criar condições para espontaneidade da escrita;
- Em se constatando que a parte está sob efeito de drogas lícitas ou ilícitas, caberá ao perito interromper a colheita, com agendamento de uma nova data e horário para sua efetivação.
2.13. Documentoscopia | Tipos de impressão de segurança gráfica
Impressões produzidas por gráficas de segurança.
* Impressão calcográfica
* Impressão ofsete a traço
2.13. Documentoscopia | Tipos de impressão de segurança gráfica
IMPRESSÃO CALCOGRÁFICA
- Alto relevo no anverso
- Baixo relevo no verso
- Tinta de aspecto pastoso
- Impressão analógica
- Grande precisão e qualidade gráfica
- Produzida sob forte calor e pressão
- Possibilita a inserção de diversos elementos de segurança, tais como: guilhoches, etc.
2.13. Documentoscopia | Tipos de impressão de segurança gráfica
IMPRESSÃO OFSETE A TRAÇO
- SEM relevo
- Excelente qualidade
Possibilita a inserção de diversos elementos de segurança, tais como:
- Registro coincidente
- Fundo numismático
- Microtextos
- Impressões fluorescentes
2.14. Balística | Divisões da Balística Forense
Balística Interna..➜ Balística Externa..➜ Balística Terminal
Na arma…………….➜ Na trajetória………➜ Lesão + Trajeto