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Doenças do Pericárdio e Miocárdio (Cecil) > Pericárdio > Flashcards

Pericárdio Flashcards

1
Q

O pericárdio apresenta que volume de fluido no seu interior ?

A

15 a 50 mL (plasma ultrafiltrado)

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2
Q

… (é/não é) comum a pericardite aguda seguir um curso subclinico.

A

É

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3
Q

A maioria das pericardites agudas são … ou … .

A

Idiopaticas ou virais (85%)

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4
Q

(D) Duração de uma pericardite aguda , subaguda e crónica

A

Aguda : <6 semanas (fibrinosa, derrame)
Subaguda: 6S-6M (constritiva)
Crónica: >6M (constritiva, adesiva)

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5
Q

Causas de pericardite

A

Infecciosa (viral, bacteriana, micobacteriana, fungos, protozoários)
Imune (doenças do tecido conjuntivo, vasculites de grandes células - poliarterite nodosa e arterite temporal; síndrome de dressler)
Fármacos (procainamida, hidralazina, isoniazida, ciclosporina)
Trauma
Neoplasia(primária - mesotelioma; metastatica - mama, pulmão, linfoma)
Induzida por radiação
(Uremia, mixedema, gota)

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6
Q

Sintomas de pericardite aguda

A

Febre baixa, fadiga, dispneia, soluços (irritação do frénico, menos frequente), dor torácica.

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7
Q

Características da dor da pericardite aguda

A

Intensa, em facada e posicional. Agrava ao deitar, com a inspiração e tossir. Alivia ao sentar e anteflexao do tronco. Localiza-se na região retro-external, pre-cordial esquerda e pode irradiar para o pescoço, interescapular e ombros.

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8
Q

Em que situações de pericardite aguda, a dor pode estar diminuída ou ausente ?

A

Doenças do tecido conjuntivo, neoplasia e uremia

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9
Q

O que acontece no exame objetivo perante a ausência de derrame pericárdico ?

A

A inspeção e palpacao estão normais

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10
Q

Como é mais audível o atrito pleural ?

A

Final da expiração e com anteflexao do tronco

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11
Q

Por quanto tempo persistem alterações no ECG em caso de pericardite aguda ?

A

Dias a semanas, sendo a alteração difusa das ondas T mais persistente (inversão T)

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12
Q

Alterações precoces do ECG em caso de pericardite aguda

A

Elevação difusa do ST (côncavo para cima), Depressao do segmento PR e T direitas. Com o tempo, mantém se apenas a inversão de ondas T

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13
Q

As alterações laboratoriais em caso de derrame pericárdico são … (específicas/inespecificas)

A

Inespecificas (aumento dos leucócitos, VS e PCR)

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14
Q

Nas pericardites agudas não complicadas, os exames costumam … (revelar/ não revelar) alterações.

A

Não revelar

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15
Q

Exame de eleição para diagnóstico de pericardite aguda

A

Ecocardiograma

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16
Q

As pericardites não complicadas e virais (requerem/não requerem) hospitalização

A

Não requerem (muitas vezes em ambulatório)

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17
Q

Tratamento da pericardite aguda

A

AINEs em dose alta. Por vezes juntar colchicina. Corticosteróides alívio sintomático rápido mas aumenta a recorrência (D - CI no 1M após EAM ao interferir com a cicatrização)

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18
Q

V/F

A maioria dos doentes com pericardite aguda viral ou idiopatica costuma ter recuperação completa

A

Verdadeiro

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19
Q

O derrame pericárdico … (é/não é comum).

A

É comum

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20
Q

Em que percentagem dos ecocardiogramas há achado incidental de derrame pericárdico ?

A

10%

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21
Q

Fisiopatologia do tamponamento cardíaco

A

Acumulação de fluido com aumento grande da pressão intrapericárdica, que leva a compressão do coração, perturbação do enchimento ventricular e diminuição do DC.

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22
Q

Causas de tamponamento cardíaco

A

Qualquer forma de pericardite aguda (mais frequente em neoplasia, bactérias, trauma e uremia)

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23
Q

As consequências hemodinamicas do derrame pericárdico dependem mais da … do que da quantidade de fluido armazenado

A

Taxa/Velocidade de acumulação de fluido

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24
Q

O folheto parietal do pericárdico consegue suportar bem o aumento da pressão ?

A

Não, rapidamente se torna pouco elástico e resistente à expansão

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25
Q

Os derrames pericárdicos … (lentos/rápidos) podem provocar compromisso hemodinâmico mesmo com derrames pequenos (100 a 200 mL)

A

Rápidos

26
Q

Até quanto volume pode acumular o espaço pericárdico em caso de instalação lenta de derrame ?

A

Até > de 1500 mL

27
Q

Etiologias de derrame que mais frequentemente causam tamponamento

A

Infeção bacteriana, neoplasia, uremia, trauma.

28
Q

Sintomas de derrame pericárdico

A

Sintomas muito dependentes do derrame. Dispneia, dor torácica, ortopneia até colapso circulatório (choque obstrutivo). Se houver compressão nervosa, pode ocorrer tosse, soluços ou rouquidão. Se compressão do esófago, pode haver disfagia

29
Q

Sinais de derrame pericárdico se for extenso

A

Diminuição ou ausência do impulso apical; diminuição dos sons cardíacos; compressão da base do pulmão esquerdo, com macicez, egofonia e sinal de Ewart (som brônquio inferiormente à escápula esquerda)

30
Q

V/F

Os doentes com tamponamento pericárdico aparentam estar comprometidos, com taquipneia e taquicardia

A

Verdadeiro

31
Q

Dados do exame objetivo em caso de tamponamento

A

Hipotensão, distensão venosa jugular, ausência de descida y no PVJ. Diminuição dos sons cardíacos. Pulso paradoxal (descida >10 na inspiração)

32
Q

Alterações no ECG típicas de derrame pericárdico

A

Complexos QRS de baixa voltagem e QRS alternans (variabilidade). Só estão presentes em derrames moderados a grandes

33
Q

Rx de tórax em caso de derrame pericárdico

A

Aumento da silhueta cardíaca (D - sem congestão pulmonar)

34
Q

Sinais de tamponamento no ECO

A

Colapso da auricula e ventrículo direitos; distensão da veia cava inferior; aumento da interdependência ventricular

35
Q

V/F

Por rotina, a drenagem de derrames pericardicos não é necessária

A

Verdadeiro

36
Q

Perante a emergência de um tamponamento cardíaco, qual a estratégia terapêutica, para além da drenagem ?

A

Ressuscitação com fluidos. (O suporte inotropico e vasopressor tem utilidade limitada)

37
Q

Em que casos a drenagem cirúrgica de derrame pericárdico é apropriada ?

A

Derrames loculados, purulentos ou de TB ou necessidade de biópsia

38
Q

Definição de pericardite constritiva

A

Processo em que o pericárdio se torna rígido e cicatrizado, o que limita o enchimento diastólico e aumenta as pressões intracardíacas. Causado por um processo crónico em resposta a pericardite/derrame pericárdico.

39
Q

Apesar de a pericardite crónica poder ser provocada por qualquer tipo de inflamação pericárdica, quais são as principais causas ?

A

Infeção, cirurgia cardíaca, trauma, radiação, TB

40
Q

Quais os sintomas de pericardite constritiva ?

A

Inicial - dispneia, fadiga, diminuição da tolerância ao exercício, edema dos MI
Progressao - ascite e perda de massa muscular

41
Q

V/F

Na pericardite constritiva costuma estar presente pulso paradoxal

A

Falso

42
Q

Sinais de pericardite constritiva ao exame objetivo

A

Distensão venosa jugular com descidas x e y proeminentes; sinal de kussmaul; ascite e hepatomegalia; diminuição do pulso apical; knock pericárdico (cessação abrupta do enchimento ventricular)

43
Q

O que costuma acontecer a PA dos doentes com pericardite constritiva ?

A

Mantém-se normal

44
Q

O knock pericárdico … (é/não é) patognomónico de pericardite constritiva.

A

É (mas nem sempre está presente)

45
Q

V/F

O diagnóstico de pericardite constritiva pode ser difícil e requerer múltiplos métodos de imagem

A

Verdadeiro

46
Q

Alterações no ECG em caso de pericardite constritiva

A

QRS de baixa voltagem; dilatação da auricular esquerda; alterações das T. FA - 1/3 dos doentes

47
Q

Alterações do ecocardiograma em caso de PC

A

Dilatação da VCI, movimento septal anormal, espessamento pericárdico

48
Q

O cateterismo cardíaco … (é/não é) essencial no diagnostico de PC

A

É

49
Q

O cateterismo cardíaco e medição de pressões, permite diferenciar a PC de que outra entidade clínica ?

A

Cardiomiopatia restritiva

50
Q

Evidências no registo de alteração de pressões ventriculares por cateterismo

A

Equalização de pressões diastolicas entre os ventrículos, com morfologia “em raiz quadrada” - enchimento diastolico inicial rápido e depois plateau

51
Q

Tratamento da PC

A

A pericardiectomia é a única estratégia definitiva de tratamento. Se não houver possibilidade de cirurgia, restrição de sódio e diuréticos

52
Q

V/F

Em caso de pericardite constritiva, costuma estar presente dor torácica

A

Falso

53
Q

Causas de pericardite sem dor

A

PC, uremia (derrame), TB, irradiação, neoplasia

54
Q

A que estado evolutivo corresponde a pericardite constritiva com derrame ?

A

Estado de transição entre pericardite aguda com derrame e evolução crónica para pericardite constritiva

55
Q

Em que situações é mais comum a pericardite constritiva com derrame ?

A

Cirurgia cardíaca e radicação

56
Q

A drenagem do derrame … (resolve/não resolve) os sintomas em caso de pericardite constritiva com derrame.

A

Não resolve

57
Q

Tratamentos em caso de pericardite constritiva com derrame

A

Inicial - AINEs. O tratamento definitivo inclui pericardiectomia

58
Q

ESC Guidelines - Duração de Pericardite

A

Aguda: até 6 semanas
Subaguda: 6sem-3M
Crónica: >3M
(Mesmo para derrame pericárdico)

59
Q

ESC critérios de Dx de Pericardite

A

(2/4 critérios)

Dor; atrito; ECG - Supra, depressão PR, Derrame

60
Q

Espessura do derrame na gravidade

A

Moderado: <10 mm
Grave: >20 mm

61
Q

Após quanto tempo de enfarte ocorre o síndrome de Dressler ?

A

1-2M (desde 1 semana a 2 meses)

62
Q

Sintomas de Síndrome de Dressler

A

Sintomas sistémicos, com febre alta, derrame, artralgias, leucocitose

Doenças do Pericárdio e Miocárdio (Cecil) (5 decks)

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