PENAL - CESPE Flashcards

1
Q

O princípio da insignificância ou bagatela própria não é uma causa supralegal de exclusão da tipicidade material.

A

ERRADO!
É uma causa supralegal de exclusão da TIPICIDADE.

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2
Q

Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.

A

CORRETO.
Súmula 17 do STJ baseia-se no princípio da consunção e exige, para ser aplicada, que o crime de falsidade (crime meio) fique completamente exaurido (sem potencialidade lesiva), após ter sido empregado para a prática do estelionato.

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3
Q

Com previsão expressa na parte geral do Código Penal brasileiro, o princípio da consunção pode ser caracterizado como um subprincípio do princípio da intervenção mínima.

A

ERRADO.
O princípio da intervenção mínima diz respeito ao princípio da ultima ratio.

A consunção tem a ver com o princípio do non bis idem.

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4
Q

O crime permanente é aquele cujo resultado prolonga-se no tempo, atraindo a aplicação da lei penal vigente ao término do resultado.

A

ERRADO.
PROLONGA-SE SUA CONSUMAÇÃO e não o resultado.

Súmula 177 STF :
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

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5
Q

Para a aplicação do princípio da consunção, é irrelevante a comparação entre as penas das infrações penais, de modo que o crime absorvido pode ter pena maior do que a do crime continente.

A

CORRETO.

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6
Q

Conforme o princípio da culpabilidade, a responsabilidade penal é subjetiva, pelo que nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa, elementos finalisticamente localizados na culpabilidade

A

ERRADO.
Dolo e culpa estão no fato típico {na conduta} E Não na culpabilidade.

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7
Q

Conforme o princípio da culpabilidade, a pessoa somente pode ser apenada por fato pelo qual possa ser reprovada. Assim, tendo o Código Penal brasileiro, após a reforma de 1984, adotado, em larga medida, a teoria finalista do delito, essa reprovabilidade funciona como principal fundamento e critério de medida da pena.

A

CORRETO.

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8
Q

Nova lei penal que equipare a pena do peculato culposo à do peculato mediante erro de outrem não retroagirá.

A

CORRETO.
A pena do peculato Culposo é mais branda do que a pena do peculato mediante erro de outrem. Logo, se for piorar, não retroage.

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9
Q

O princípio da vedação à dupla persecução (ne bis in idem processual) poderá ser excepcionado quando o julgamento no exterior não se realizar de modo justo e legítimo.

A

CORRETO.

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10
Q

Para o STF, de acordo com o princípio da culpabilidade, somente é possível imputar crime a pessoa jurídica se, simultaneamente, o ilícito penal for imputado à pessoa física que tenha sido o autor material da conduta.

A

ERRDO.

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11
Q

O princípio da lesividade impede que motivações e disposições internas sejam consideradas tanto para a caracterização da tipicidade da conduta quanto para a dosimetria da pena.

A

ERRADO.
É plenamente possível que as motivações e disposições internas sejam consideradas no momento da fixação da pena base do art. 59 do Código de Penal, ao valorar os motivos do crime.

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12
Q

Pelo princípio da fragmentariedade, o direito penal só deve intervir em ofensas realmente graves aos bens jurídicos mais relevantes.

A

Correto.
O Direito Penal atua em Ultima Racio
Em intervenção mínima
É subsidiários
Fragmentário
Não se preocupa com a auto lesão. (Alteridade)

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13
Q

Violam o princípio da taxatividade as chamadas normas penais em branco, independentemente de serem elas homólogas ou heterólogas.

A

ERRADO.
As normas penais em branco são autoaplicáveis. Só precisam de complemento.

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14
Q

O princípio da adequação social afasta a tipicidade formal , tornando o fato atípico. Logo jogar no bicho e vender CD pirata são comportamentos aceitos socialmente.

A

ERRADO!
Afasta tipicidade MATERIAL!

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15
Q

Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

A

ERRADO.
As normas penais incriminadoras devem ser editadas por leis em sentido formal, em obediência ao princípio da reserva legal.

Legalidade formal: obediência ao devido processo legislativo
Legalidade material: o conteúdo do tipo deve respeitar direitos e garantias fundamentais do cidadão

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16
Q

que, no dia 15 de dezembro de 2023, João tenha efetuado três disparos de arma de fogo contra Antônio, atingindo-o na cabeça, e que a vítima tenha sido socorrida por terceiros e levada ao hospital, mas, apesar dos esforços médicos, tenha falecido no dia 17 de dezembro de 2023. Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, o crime de homicídio considera-se praticado no momento da ação, ainda que o resultado morte tenha ocorrido em momento posterior.

A

CORRETO.

TEORIA DA ATIVIDADE!

17
Q

Em caso de crime que, por tratado, o Brasil se obrigue a reprimir, há extraterritorialidade incondicionada.

A

ERRADO. Trata-se de extraterritorialidade condicionada.

As hipóteses de INCONDICIONADA são:

Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil”.

Obs: extraterritorialidade incondicionada é reservada para os crimes mais graves contra o Estado brasileiro.

18
Q

O cômputo do prazo do direito penal é suspenso em feriados nacionais e durante o recesso forense.

A

ERRADO!

19
Q

Admite-se a aplicação, no território nacional, de leis de outros Estados, segundo princípios e convenções internacionais.

A

CORRETO.
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

Ou seja, excepcionalmente, é possível a aplicação da lei estrangeira (de outros Estados) aos crimes cometidos no Brasil, como por exemplo, nos casos das imunidades diplomáticas.

Trata-se do fenômeno da Intraterritorialidade.

20
Q

Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de aeronave ou embarcação brasileira que seja pública ou esteja a serviço do governo, independentemente de onde se encontrem, em razão do princípio da bandeira ou da representação.

A

ERRADO.
O erro está no princípio.
Por este princípio, aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos no estrangeiro, a bordo de aeronaves e embarcações PRIVADAS, mas que possuam bandeira brasileira, quando, no país em que ocorreu o crime, este não for julgado.

Em caso de aeronaves ou embarcações públicas (que é o caso da questão), aplica-se o Princípio da TERRITORIALIDADE, pois estas aeronaves são consideradas território brasileiro por extensão, onde quer que se encontrem!

21
Q

Considere que um cidadão nascido no Chile tenha cometido um crime de estupro naquele país, após a obtenção de sua naturalização secundária como brasileiro, com todos os efeitos legais a ela inerentes. Nesse caso, é possível a aplicação da lei penal brasileira, sendo condição de procedibilidade para o início da ação penal a entrada do agente em território nacional.

A

CORRETO.

É importante se atentar para o fato de que no momento do cometimento do crime ele era brasileiro. Nesse caso, incide a extraterritorialidade CONDICIONADA:

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
b) praticados por brasileiro;
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

22
Q

A legítima defesa é admitida contra quem pratica a agressão, física ou moral, mesmo que o agressor esteja acobertado por uma causa de exclusão da culpabilidade.

A

CORRETO.

23
Q

Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de antijuridicidade, também denominada de causa de justificação, exclui o próprio crime.

A

CORRETO.

24
Q

A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.

A

ERRADO.

25
Q

O aborto sentimental pode ser realizado quando o concepto for fruto de estupro, desde que exista ocorrência policial e autorização judicial.

A

ERRADO.
se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

26
Q

A obediência hierárquica afasta a potencial consciência da ilicitude.

A

ERRADO.

A obediência hierárquica afasta a INEXIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.

27
Q

Para a teoria limitada da culpabilidade, o erro de agente que recaia sobre pressupostos fáticos de uma causa de justificação configura erro de tipo permissivo.

A

CORRETO.

Erro sobre uma situação fática - erro de tipo permissivo.

“se o agente soubesse que estaria incorrendo em erro, não cometeria. Há um erro sobre o fato”.

Erro sobre a existência ou limites da causa de justificação - Erro de proibição.

“aqui o agente não erra sobre os fatos. Sabe o que está fazendo. Mas acha que está acobertado por uma causa que justifica a sua ação”.

28
Q

Preenchidos os requisitos legais, a coação irresistível e a obediência hierárquica são causas excludentes de culpabilidade daquele que recebeu ordem para cometer o fato, mantendo-se punível o autor da coação ou da ordem.

A

CORRETO.

29
Q
A