Pediatria – Síndromes Respiratórias Flashcards
Taquipneia
Valores de referência?
< 2 meses: ≥ 60 irpm
2-11 meses: ≥ 50 irpm
1-5 anos: ≥ 40 irpm
Quais as características de um quadro viral?
7- 10 dias (geralmente é autolimitado)
Febre (48 a 72h)
Precedido de: rinorreia, tosse, hiperemia de conduto auditivo e da membrana auditiva
Quais as características de um quadro bacteriano?
Prolongado: 14 a 21 dias
Febre persistente (> 72h)
Piora ao longo dos dias
início com quadro importante (Alteração da perfusão distal e queda do estado geral)
Quais são as principais infecções de vias aéreas superiores?
Otite
Rinofaringite
Rinosinusite
Faringotonsilite
Laringite
Quais são as complicações do resfriado comum?
Otite média aguda
Sinusite bacterina aguda
Qual o tratamento das infecções de vias aéreas superiores?
Antipirético/Analgésico
Soro nasal
Aumento da ingesta de líquidos
Drenagem postural
OMA
3 principais agentes bacterianos etiológicos?
- Streptococcus pneumoniae*
- Haemophilus influenzae*
- Moraxela catarrhalis*
OMA
Fatores de risco? (4)
- Meninos
- idade < 2 anos
- Aglomeração/creche
- Anomalias congênitas
OMA
Fatores de proteção? (2)
- Vacinação antipneumocócica/ Influenza
- Aleitamento materno
Otite Média Aguda (OMA)
Clínica no lactente e na criança maior?
Lactente: Inespecífico → vômito, irritabilidade, choro e febre
Criança maior: otalgia e otorréia
OMA
Como confirmar o diagnóstico?
OTOSCOPIA!
- Abaulamento da MT (membrana timpânica)
- MT hiperemiada, opaca e sem mobilidade à insuflação pneumática
- Raro: Bolhas no tímpano (miringite bolhosa)
V ou F?
Hiperemia e opacidade da MT, fecha diagnóstico de OMA.
Falso.
Podemos ter hiperemia e opacidade em crianças sem OMA! Somento o fato de a criança estar chorando, pode fazer com que a MT fique hiperemiada.
V ou F?
O diagnóstico de OMA não deve ser feito em crianças sem efusão da orelha média.
Verdadeiro.
OMA
Indicações da antibioticoterapia? (4)
- < 6 meses;
- Com otorréia;
- Graves*;
- 6m-2a: se otite bilateral.
Nos demais, posso observar!
*dor moderada a grave, febre ≥ 39oC, otalgia > 48h.
OMA
Qual antibiótico de 1ª escolha?
Amoxicilina
OMA
Quando usar amoxicilina-clavulanato? (3)
- Falha terapêutica com amoxicilina;
- Otite + conjuntivite (H. influenzae);
- Se criança fez uso de amoxicilina nos últimos 30 dias.
OMA
Complicações? (3)
- Perfuração timpânica (+comum);
- Mastoidite aguda;
- Otite média serosa ou com efusão persistente.
Que doença é essa? Quais os dois principais achados?

- Mastoidite aguda (complicação da OMA)
- Deslocamento do pavilhão auricular e desaparecimento do sulco retroauricular.

Mastoidite aguda
Conduta? (3)
- Internar;
- Exame de imagem (TC);
- Antibiótico parenteral (ceftriaxone)
A miringotomia pode ser feita em alguns casos.
Que doença é essa?

Otite média com efusão ou secretora (MT íntegra sem sinais de inflamação).
Otite média com efusão ou secretora
Conduta?
Expectante
V ou F?
A faringite aguda pode ocorrer em qualquer fase da vida. Na maioria das vezes a etiologia é viral (benigna e autolimitada).
VERDADEIRO
Qual o principal agente etiológico da faringoamigdalite bacteriana?
Streptococcus β-hemolítico do grupo A (S. Pyogenes).
Faringoamigdalite bacteriana
Pico de incidência?
5-15 anos.
Incomum antes dos 5 anos; abaixo dos 3 anos (na prova) = a criança não tem faringite estreptocócica! Entre 3-5 anos, é possível, mas pouco provável!
Faringoamigdalite bacteriana
Clínica?
- Febre alta e dor de garganta;
- Manifestações sistêmicas: dor abdominal/vômitos;
- Hiperemia de pilar anterior;
- Exsudato amigdaliano;
- Petéquias no palato;
- Adenomegalia dolorosa em região cervical.

Na faringite, a alteração mais correlacionada com infecção estreptocócica é a presença de…
petéquias no palato.

V ou F?
A ausência de exsudato amigdaliano não exclui o diagnóstico de faringite estreptocócica.
VERDADEIRO
Quais dados clínicos apontam para faringite viral?
Presença de coriza, tosse e obstrução nasal.
Faringoamigdalite bacteriana
Exames complementares? (3)
- TEste rápido: + Específico;
- Cultura SGA: + Sensível;
- Hemograma: leucocitose com neutrofilia e desvio para a esquerda.
V ou F?
Só devemos iniciar o tratamento da faringite aguda após resultado da cultura.
Falso.
Se teste rápido e cultura indisponíveis = tratar!
Faringoamigdalite bacteriana
Quais os objetivos do tratamento? (3)
- ↓Tempo de transmissão do estrepto (24h após início do tratamento o paciente não é mais infectante);
- ↓Tempo de doença e complicações;
- Prevenir febre reumática.
Faringoamigdalite bacteriana
Tratamento?
Padrão-ouro: Penicilina G benzatina
Alternativo: Amoxilina ou Penicilina V oral por 10 dias
Alérgico a penicilina: macrolídeo
Faringoamigdalite bacteriana
Em até quanto tempo após o início do quadro, podemos prevenir febre reumática com o uso de antibiótico?
Até 9 dias.
Faringoamigdalite bacteriana
Complicações não supurativas? (2)
Febre reumática (prevenção: atb) e GNPE (sem prevenção).
Faringoamigdalite bacteriana
Complicações supurativas? (2)
Abscesso peritonsilar (periamigdaliano) e abscesso retrofaríngeo.
Faringite aguda
Diagnósticos diferenciais? (5)
- Mononucleose infecciosa;
- Febre faringoconjuntival;
- Herpangina;
- PFAPA;
- Difteria.
Mononucleose infecciosa
Vírus causador?
Epstein-Barr (EBV).

Mononucleose infecciosa
Clínica? (5)
- Faringoamigdalite + linfadenopatia generalizada;
- Esplenomegalia;
- Linfocitose com atipia;
- Exantema após amoxicilina/ampicilina;
- Sinal de Hoagland (edema palpebral).

Paciente com história de situação vacinal desconhecida ou incompleta + faringite pseudomembranosa + disfagia intensa sem febre ou febre baixa sugere…
Difteria
Pneumonia
Principais agentes em RN < 3 semanas?
- Estreptococo do grupo B (S. Agalactiae);
- Gram-negativos entéricos (E. Coli).
Pneumonia
Principais agentes em > 2 meses?
Streptococcus Pneumoniae e S. Aureus.
Pneumonia por gram-negativos entéricos
Forma mais comum de transmissão?
Vertical.
(intra-uterina ou na passagem pelo canal de parto)
A pneumonia por S. aureus acomete mais qual grupo de pacientes?
Lactentes no primeiro ano de vida.

Pneumonia
Quando pensar em S. aureus?
- Quadro grave;
- Complicações (derrame pleural);
- Porta de entrada cutânea (impetigo).
Pneumonia bacteriana típica
Clínica?
- Pródromos catarrais (por 2-3 dias = tosse discreta, manifestações pouco específicas)
- Febre alta e tosse intensa;
- Taquipneia.
Pneumonia
Principal marcador clínico?
Taquipneia.
Pneumonia bacteriana típica
Sinais clássicos do exame físico? (6)
- Estertores inspiratórios;
- ↑FTV;
- ↓MV;
- Broncofonia;
- Pectorilóquia;
- Taquipnéia.
Pneumonia
Sinais de gravidade?
GATA

- Gemência;
- Asa nasal (batimentos);
- Tiragem subcostal*;
- Azul (cianose).
*OMS não considera mais.
Pneumonia
Exames complementares?
- Radiografia de tórax;
- Hemograma (leucocitose);
- Hemocultura (taxa de positividade é muito baixa);
- Líquido pleural.
V ou F?
Pneumonia: a radiografia de tórax não é necessária naquelas crianças que não apresentem sinais de gravidade e que não serão internadas.
Verdadeiro
V ou F?
A maioria das pneumonias estafilocócicas evoluem com a formação de derrame pleural. Porém sempre que estivermos diante de uma criança com derrame parapneumônico, o S. pneumoniae ainda é o agente mais provável, pois a PNM pneumocócica é muito mais comum.
VERDADEIRO
Pneumonia
Quais as indicações de hospitalização?
- < 2 meses;
- Sinais de gravidade;
- Comprometimento do estado geral;
- Doença de base;
- Sinais radiológicos de gravidade;
- Falha do tratamento clínico.
Nelson: recomenda a internação em todos os menores de 6 meses.
Pneumonia
Tratamento em < 2 meses?
A criança < 2 meses deve receber tratamento padrão “AA”: Ampicilina (ou penicilina cristalina) + Aminoglicosídeo.
Pneumonia
Tratamento ambulatorial em > 2 meses?
AmbulatÓrio:
AmÓxicilina VO por 10-14 dias
Pneumonia
Quais antibióticos associar, caso haja suspeita de infecção estafilocócica (pneumatoceles, empiema)?
Vancomicina ou clindamicina.
Pneumonia
O que indica falha terapêutica na criança?
Não melhora após 48-72 horas de tratamento.
Pneumonia
Complicações na criança? (3)
- Derrame pleural;
- Abscesso pulmonar;
- Pneumatoceles.
Pneumonia
Principal agente etiológico no derrame pleural?
Streptococcus Pneumoniae.
Pneumococo → Pleural
Pneumonias virais/atípicas possuem qual padrão radiológico?
Infiltrado intersticial e hiperinsuflação.

Pneumonias bacterianas/típicas cursam com qual padrão radiológico?
Condensação.

Pneumonia afebril do lactente
História e quadro clínico típicos? (6)
- Parto vaginal (< 3 meses);
- Início insidioso;
- Conjuntivite neonatal;
- Tosse intensa;
- Taquipneia;
- Afebril.
Pneumonia afebril do lactente
Exames complementares? O que eles mostram?
- Hemograma: eosinofilia.
- Raio-x: infiltrado intersticial/hiperinsuflação.
Pneumonia afebril do lactente
Tratamento?
Macrolídeos (azitromicina ou eritromicina).
A descrição de tosse emetizante, deve nos fazer lembrar de um diagnóstico diferencial da pneumonia afebril do lactente, que é…
Coqueluche.
Coqueluche
Agente etiológico?
Bordetella pertussis.

Coqueluche
Quais as três fases clínicas?
- Catarral;
- Paroxística;
- Convalescença.
Coqueluche
Caracterize a fase catarral.
- 1-2 semanas;
- Expulsão de catarro, com rinorreia, tosse seca, febre e espirros.
Coqueluche
Caracterize a fase paroxística.
- 2-6 semanas;
- Paroxismos de tosse intensa + guincho.
- Em < 3 meses: tosse sem guincho + apneia + cianose (eventualmente pode convulsionar).
Coqueluche
Caracterize a fase de convalescença.
- > 2 semanas;
- Acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum.
Coqueluche
Exames complementares? O que eles mostram?
- Hemograma: “reação leucemoide” (leucocitose intensa + linfocitose);
- Raio-x: infiltrado peri-hilar (“coração felpudo”).

Coqueluche
Tratamento?
Azitromicina
Infecção das vias aéreas inferiores que provoca o primeiro episódio de sibilância associado à sinais e sintomas de uma infecção viral numa criança menor de 2 anos…
Bronquiolite Viral Aguda (BVA).
Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Etiologia?
Vírus Sincicial Respiratório (50%)
Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Clínica?
< 2 anos apresentando:

- Pródromos catarrais (espirro, rinorreia);
- Febre e tosse;
- Taquipneia;
- Sibilos / tempo expiratório prolongado.
V ou F?
Na BVA, menores de dois meses ou prematuros podem apresentar apneia.
Verdadeiro
Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Exames complementares?
- Pesquisa de antígenos virais em aspirado da nasofaringe;
- Raio-x tórax.
Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Exames complementares? O que podemos ver?
- Raio-x → Hiperinsuflação: retificação de cúpula diafragmática, ↑espaços intercostais, hipertransparência pulmonar; atelectasias: obstrução completa – todo o ar distal à essa obstrução é reabsorvido e desenvolve-se então uma atelectasia;
- Pesquisa de antígenos virais.

Bronquiolite viral Aguda (BVA)
Tratamento? (3)
- Oxigenioterapia (se SatO2 < 90%);
- Nutrição/hidratação;
- Nebulização com salina hipertônica 3% (internados).
Bronquiolite viral aguda (BVA)
Diagnóstico diferencial?
Asma brônquica (sibilância persistente).
Qual doença que mais predispõe pneumonia na infância?
ASMA
Quais os fatores preditores para sibilância persistente? (4)
- História familiar positiva;
- Rinite alérgica, eczema atópico;
- Sibilância sem resfriado (virose);
- Eosinofilia (> 3%).
Tuberculose
Quadro clínico?
- Febre ou sintoma como: tosse, adinamia, expectoração, emagrecimento, sudorese > 2 semanas
- Pneumonia que não melhora após uso de antibióticos para germes comuns
Tuberculose
Qual o principal teste diagnóstico?
Teste tuberculínico (PPD)
Teste tuberculínico (PPD)
Em quais pacientes fazer?
Não vacinados com BCG ou vacinados a mais de 2 anos
Teste tuberculínico (PPD)
Como interpretar os resultados?
Leitura em 72 a 96h do alo que se formou após a injeção
- 0-5 mm: Não reagente
- ≥ 5 mm: Reagente

Tuberculose
Como interpretar o quadro de pontuação?
Maior ou igual a 40 pontos: Diagnóstico muito provável
30 a 35 pontos: Diagnóstico possível
igual ou inferior a 25 pontos: Diagnóstico pouco provável
Tuberculose
Tratamento?
< 10 anos de idade:
“RIP”
- Rifampicina
- Isoniazida
- Pirazinamida
Criança < 2 ou 3 anos de idade com quadro de sibilância contínua há pelo menos 1 mês ou no mínimo 3 episódios recorrentes de “chiado” nos últimos 2 meses sugere…
Lactente Sibilante ou Síndrome do Bebê Chiador