Parto Flashcards

1
Q

Diferencie parto a termo, parto pré-termo, parto pós-termo, parto pós-datismo e abortamento.

A
Parto a termo: 37-42sem completas;
Parto pré-termo: <37sem completas;
Parto pós-termo: >42sem completas;
Parto pós-datismo: 40-42sem completas (ultrapassa a data provável do parto, mas continua a termo);
Abortamento: <20/22sem ou <0,5kg.
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2
Q

Diferencie parto espontâneo, parto induzido e parto dirigido/assistido.

A

Parto espontâneo: quando se desencadeia, evolui e termina sem maiores interferências;
Parto induzido: quando o obstetra induz o início do parto, por meio de drogas (ex: ocitocina) ou manobras;
Parto dirigido/assistido: quando o obstetra apenas auxilia o trabalho de parto que se iniciou espontaneamente.

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3
Q

Diferencie parto normal/eutócico, parto operatório e parto distócico.

A

Parto normal/eutócico: quando o parto se conclui fisiológicamente;
Parto operatório: quando o parto se conclui através de cirurgia;
Parto distócico: quando o parto evolui com anomalias ou patologias.

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4
Q

Diferencie multigesta de multípara.

A

Multigesta: mulher que já teve várias gravidezes, independente da duração delas;
Multípara: mulher que já pariu várias vezes.

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5
Q

Uma mulher que engravidou apenas uma vez e que pariu gêmeos é considerada ___gesta e ___para.

A

Primigesta;

Primípara.

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6
Q

Uma mulher que engravidou apenas uma vez, mas com abortamento, é considerada ___gesta e ___para.

A

Primigesta;

Nulípara.

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7
Q

Uma mulher que engravidou apenas uma vez, mas pariu um feto já morto, é considerada ___gesta e ___para.

A

Primigesta;

Primípara.

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8
Q

O canal do parto é dividido em trajeto mole e trajeto duro. Quais os componentes de cada um?

A

Trajeto mole: segmento inferior do útero, colo uterino, vagina, vulva e períneo;
Trajeto duro: pelve óssea.

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9
Q

Qual o significado do termo prévio, como placente prévia, tumores prévios?

A

Prévio indica qualquer estrutura que esteja entre a apresentação do feto e o canal do parto, dificultando a passagem fetal.

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10
Q

O que é distocia do trajeto mole? Cite exemplos.

A

Qualquer anomalia no trajeto mole do canal do parto, resultando em dificuldade da passagem do feto. Exemplos: placenta prévia, anteflexão/retroflexão uterina exagerada, tumores prévios, atresia vaginal, atresia vulvar.

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11
Q

A pelve óssea é dividida, pelo estreito superior, em _____ e _____ bacia.

A

Grande ou falsa;

Pequena, obstétrica ou verdadeira.

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12
Q

Quais as delimitações do estreito superior?

A

Anteriormente: pubis;
Lateralmente: linhas terminais;
Posteriormente: promontório e asas do sacro.

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13
Q

Qual o menor diâmetro do estreito superior? Comente sobre suas subdiviões.

A

Diâmetro anteroposterior.
Conjugada anatômica: promontório até margem superior da sínfise púbica. 11cm;
Conjugada obstétrica: promontório até a face interna da sínfise púbica. 10,5cm. Essa é a distância real na qual o feto deverá passar;
Conjugada diagonal: promontório até margem inferior da sínfise púbica. 12cm. Obtido pelo toque vaginal e utilizada para calcular a conjugada obstétrica (subtrai-se 1,5cm).

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14
Q

Quais as delimitações do estreito médio? Qual seu menor diâmetro?

A

Margem inferior do pubis até as espinhas isquiáticas. Seu menor diâmetro é o transverso ou biespinha isquiática, sendo também o menor diâmetro da pelve. 10cm.
*não confundir com diâmetro bi-isquiático ou intertuberoso, entre as tuberosidades isquiáticas.

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15
Q

Quais as delimitações do estreito inferior? Qual seu menor diâmetro?

A

Anteriormente: margem inferior do pubis;
Lateralmente: músculo sacroisquiático;
Posteriormente: músculo isquiococcígeo.

Seu menor diâmetro é o anteroposterior (Conjugada Exitus), 9,5cm, mas chega até 11cm pela retropulsão do coccix durante a expulsão do feto.

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16
Q

Quais os tipos básicos de bacias? (4) Qual a mais comum nas mulheres? Qual a de melhor e a de pior prognóstico para o parto vaginal?

A

Ginecoide, mais comum nas mulheres e de melhor prognóstico;
Androide, pior prognóstico;
Antropoide;
Platipeloide.

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17
Q

Qual o plano de referência ‘‘0’’ dos planos de De Lee? Como surgem os outros planos?

A

Plano biespinha isquiática. Planos acima (-5,-4,-3,-2,-1cm) ou abaixo (+1,+2,+3,+4,+5cm).

*Nota: os planos de Hodge não tem sido mais utilizados.

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18
Q

O que é a pelvimetria?

A

Avaliação dos estreitos superior, médio e inferior e da forma da pelve para determinar o prognóstico do parto vaginal.

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19
Q

Uma conjugada diagonal maior que _____cm sugere bom prognóstico para o parto vaginal.

A

> 11,5cm.

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20
Q

Espinhas ciáticas _____ evidentes sugerem bom prognóstico para o parto vaginal.

A

Pouco.

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21
Q

O diâmetro intertuberoso isquiático é calculado posicionando-se o punho cerrado no períneo, entre as tuberosidades. Um diâmetro intertuberoso maior que ____cm sugere bom prognóstico para o parto vaginal.

A

> 8cm.

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22
Q

Uma pelve na forma _______ sugere bom prognóstico para o parto vaginal.

A

Ginecoide.

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23
Q

Quanto _____ o ângulo suprapúbico, melhor o prognóstico para o parto vaginal. As pelves ginecoides apresentam um ângulo suprapúbico de ____ graus.

A

Maior;

90 graus.

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24
Q

Qual a importância do estudo da estática fetal?

A

Cada orientação do feto corresponde a um mecanismo específico de descida e exige uma específica conduta médica.

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25
Q

A orientação fetal é descrita em que critérios? (4) Como são avaliados na mulher?

A
  1. Situação;
  2. Apresentação;
  3. Atitude (Postura);
  4. Posição.

Avaliados pelo exame físico: palpação do abdome (manobra de Leopold-Zweifel), exame vaginal e ausculta.

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26
Q

Defina situação fetal. Quais as possíveis? (3) Qual a mais comum?

A

É a relação entre o maior eixo do feto (cabeça - nádega) e o maior eixo do útero (corpo uterino - cérvix). Situações fetais:
>longitudinal (>99% nos partos a termo);
>transversa;
>oblíqua.

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27
Q

Defina apresentação fetal. Quais as possíveis? (3) Qual o mais comum?

A

É o polo fetal que se apresenta no estreito pélvico superior. Apresentações fetais:
>cefálica (situação longitudinal), a mais comum (>95%);
>pélvica (situação longitudinal);
>córmica (acrômio, situação transversa).

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28
Q

Defina atitude (postura) fetal.

A

É a relação entre as partes fetais entre si. Geralmente, a atitude fetal é de flexão generalizada (ovoide fetal).

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29
Q

Defina posição fetal. Quais as possíveis? (4)

A

É a relação do dorso do feto com o lado materno. Posições fetais: esquerda (1a) ou direita (2a) (situação longitudinal), anterior ou posterior (situação transversa).

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30
Q

Defina variedade de apresentação no eixo anteroposterior. Quais as possíveis? (4) Qual a mais comum? Qual a de pior prognóstico para o parto vaginal?

A

Para determinada apresentação, o grau de deflexão determina uma variedade de apresentação.
Apresentação cefálica:
>fletida: apresentação occiptal, a mais comum;
>deflexão 1o grau: apresentação bregmática. Geralmente é achado transitório durante o parto, evoluindo rapidamente para a apresentação occiptal;
>deflexão 2o grau: apresentação de fronte, a de pior prognóstico;
>deflexão 3o grau: apresentação de face.

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31
Q

Defina variedade de posição. Quais as nomenclaturas p/ pontos fetais e pontos maternos?

Qual a apresentação para:

a) OEA;
b) BDA;
c) MDP.

A
É a relação da apresentação cefálica com o ponto materno mais próximo.
Nomenclatura p/ pontos fetais:
 O: apresentação occiptal;
 B: apresentação bregmática;
 N: apresentação de fronte (naso);
 M: apresentação de face (mento);
 S: apresentação pélvica;
 A: apresentação córmica.

Nomenclatura p/ pontos maternos:

(1) P;
(2) DA / EA;
(3) DT / ET;
(4) DP / EP;
(5) S.

a) OEA: apresentação occiptal mais anterior e mais à esquerda;
b) BDA: apresentação bregmática mais anterior e mais à direita;
c) MDP: apresentação de face mais posterior e mais à direita.

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32
Q

Quais os três principais diâmetros cefálicos fetais avaliados pelo obstetra?

A

.Diâmetro occiptofrontal (11cm);
.Diâmetro occiptomentoniano (13,5cm);
.Diâmetro subocciptobregmático (9,5cm).

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33
Q

O feto até o sexto mês geralmente encontra-se em apresentação ___________. A partir desse momento, passa a alterar sua apresentação, que se torna ___________. Entretanto, determinadas situações impedem essa mudança. Cite ao menos 4 exemplos.

A

Pélvica;
Cefálica;

Exemplos que determinam apresentação pélvica:

  • prematuridade;
  • multiparidade;
  • oligodramnio;
  • malformações fetais ou uterinas;
  • gemelaridade;
  • hidrocefalia;
  • brevidade do cordão umbilical;
  • inserção cornual da placenta.
34
Q

Quais as atitudes fetais possíveis na apresentação cefálica, quanto ao eixo anteroposterior? (4)

A

Fletido (apresentação occiptal);
Deflexão 1o grau (apresentação bregmática);
Deflexão 2o grau (apresentação de fronte);
Deflexão 3o grau (apresentação de face).

35
Q

Quais as atitudes fetais possíveis na apresentação cefálica, quanto ao eixo laterolateral? (3)

A

Relação do polo cefálico em apresentação com a sínfise púbica e com o promontório.
>Sinclitismo: polo cefálico equidistante da sínfise púbica e do promontório (isto é, no ponto médio e sem inclinação lateral);
>Assinclitismo: quando a sutura sagital está mais próxima da sínfise púbica ou do promontório
i. Assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann): sutura sagital próxima à sínfise púbica, apresentação do parietal posterior. A mais comum.;
ii. Assinclitismo anterior (obliquidade de Nagele): sutura sagital próxima ao promontório, apresentação do parietal anterior.

36
Q

Quais as atitudes fetais possíveis na apresentação pélvica? (2)

A

.Apresentação pélvica completa: coxas e pernas fletidas, com os pés juntos às nádegas;
.Apresentação pélvica incompleta: coxas fletidas e pernas estendidas, com os pés perto da cabeça.

37
Q

Quando encontramos mãos, pés ou cordão umbilical no estreito superior, consideramos essa a apresentação fetal?

A

Não. Diz-se que o feto está em procidência de mãos, de pés ou de cordão umbilical.

38
Q

Quais os respectivos diâmetros cefálicos para as seguintes apresentações:

a) Apresentação occiptal;
b) Apresentação bregmática;
c) Apresentação de fronte;
d) Apresentação de face.

A

a) D. subocciptobregmático (9,5cm);
b) D. occiptofrontal (11cm);
c) D. occiptomentoniano (13,5cm);
d) D. submentobregmático (9,5cm).

39
Q

Quais os 4 tempos da manobra de Leopold-Zweifel?

A
  1. Delimitação do fundo uterino. Permite identificação da situação fetal e, se longitudinal, qual o polo que ocupa o fundo uterino (polo pélvico é mais volumoso, menos regular e menos rígido que o polo cefálio);
  2. Percepção do dorso fetal (região resistente e contínua). Permite a identificação da posição fetal;
  3. Percepção do polo fetal em apresentação no estreito superior. Se estiver móvel, a apresentação não está encaixada;
  4. Percepção do grau de penetração da apresentação (melhor avaliado pelo toque vaginal) e o grau de flexão.
40
Q

Quando o exame vaginal (toque) fornece as informações mais precisas sobre a estática fetal?

A

Quando se inicia o trabalho de parto, com o colo uterino dilatado. Antes disso, o exame é inconclusivo.

41
Q

Qual a utilidade da ausculta no diagnóstico da apresentação e da posição do feto?

A

Reforça os achados da palpação abdominal e do toque vaginal. Ausculta melhor próximo à cicatriz umbilical indica apresentação pélvica.

42
Q

Qual a diferença entre os períodos clínicos do parto e os tempos do mecanismo do parto?

A

Os períodos clínicos do parto refletem as alterações maternas e as condutas adequadas durante o parto. Já os tempos do mecanismo do parto correspondem aos fenômenos mecânicas para o nascimento.

43
Q

Quais os períodos clínicos do parto? (4)

A
  1. Dilatação;
  2. Expulsão;
  3. Secundamento (Dequitação);
  4. Primeira hora pós-parto.

*Período pré-parto (premonitório): importante clinicamente, mas não se encaixa nos períodos clínicos do parto.

44
Q

Quando se inicia o período pré-parto?

A

Entre 30-36 semanas, até o início do trabalho de parto.

45
Q

Quais as alterações observáveis no período pré-parto?

A

.a gestante começa a sentir as contrações uterinas, ainda incoordenadas e irregulares;
.aumento das secreções cervicais (às vezes acompanhadas de raias de sangue);
.amolecimento e centralização do colo uterino, alinhando-se ao eixo vaginal;
.fase latente: contrações uterinas cada vez mais intensas, mas sem dilatação progressiva e rápida do colo uterino. Duração de 14h em multíparas e de 20h em nulíparas.

46
Q

Quando se inicia o período de dilatação? Quando termina?

A

Início: contrações uterinas passam a ser regulares e a dilatação cervical está >4cm* (com velocidade de 1,2-1,5cm/h);
Término: dilatação cervical máxima de 10cm (a termo).

*Divergências literárias. A referência utilizada aqui é o Ministério da Saúde.

47
Q

Qual a duração do período de dilatação?

A

Nulíparas: 10-12h;

Multíparas: 6-8h.

48
Q

Ao final do período de dilatação há a formação da ‘‘bolsa das águas’’. Por esse motivo, é mais comum que ocorra a ________________ nesse período.

A

Rotura espontânea da bolsa.

49
Q

Quando se inicia o período expulsivo? Quando termina?

A

Início: dilatação cervical máxima (10cm);

Término: expulsão completa do feto.

50
Q

Quais as alterações observáveis durante o período expulsivo?

A

.apagamento do colo uterino devido à dilatação máxima;
.apresentação fetal visível (abrindo a rima vulvar) e comprimindo o períneo;
.contrações uterinas máximas (frequência de 5 a cada 10min e duração de 60-75s);
.dor intensa se não estiver com analgesia de parto (peridural ou opiáceos);
.esforços contráreis (puxos);
.desejo de defecar.

51
Q

Quando se inicia o período de secundamento (dequitação)? Quando termina?

A

Início: expulsão completa do feto;

Término: expulsão da placenta.

52
Q

Qual a duração do período de secundamento?

A

10-20min.

53
Q

Quais os dois mecanismos de expulsão da placenta?

A
  1. Baudelocque-Schultz: placenta implantada no fundo uterino, sangramento é exteriorizado após expulsão da placenta;
  2. Baudelocque-Duncan: placenta implantada nas paredes laterais uterinas, sangramento é exteriorizado antes da expulsão da placenta.
54
Q

O período da primeira hora pós-parto é marcado pela __________ do sítio de implantação da placenta, a fim de evitar _________. Cite dois mecanismos da hemostasia uteria.

A

Hemostasia;
Hemorragias;
Mecanismos: maior tônus da musculatura uterina e formação de trombos nos vasos uteroplacentários.

55
Q

Quais as medidas de assistência ao parto durante o período de dilatação? (12)

A
  1. Internação hospitalar (com direito a um acompanhante);
  2. Hidratação e glicose venosa, evitando desidratação e cetose;
  3. Dieta adequada (águas, chás, etc.);
  4. Deambulação permitida;
  5. A grávida pode assumir a posição que achar mais adequada. A melhor é o decúbito lateral (para o lado onde está o dorso do feto). O decúbito dorsal deve ser evitado;
  6. Sonda vesical, caso a grávida não consiga esvaziar a bexiga espontaneamente;
  7. Toque vaginal;
  8. Ausculta dos BCF (antes, durante e após duas contrações a cada 30min para gestantes de baixo risco ou a cada 15min / monitorização contínua para gestantes de alto risco);
  9. Avaliação dos sinais vitais da gestante;
  10. Ocitocina (1-8mU/min, dobrada a cada 30min. Suspender em casos de sofrimento fetal, hiperestimulação uterina ou efeito antidiurético);
  11. Analgesia peridural (se possível) ou opiáceos (Meperidina);
  12. Tricotomia na região da episiotomia.
56
Q

Durante o período de dilatação, o toque vaginal é essencial, pois fornece diversas informações sobre o parto. Quais os cuidados ao realizá-lo? (4)

A
  1. Lavagem e antissepsia das mãos;
  2. Uso de luvas estéreis (se possível) ou de procedimentos;
  3. Delicadeza;
  4. Não há frequência definida, mas em torno de 4h durante o período de dilatação ou se houver preocupação quanto à progressão do trabalho de parto.
57
Q

Durante o período de dilatação, o toque vaginal é essencial, pois fornece diversas informações sobre o parto. Quais são elas? (8)

A
  1. Dilatação, consistência, orientação no eixo vaginal e apagamento do colo uterino;
  2. Bolsa das águas íntegra ou rota;
  3. Apresentação fetal;
  4. Altura da apresentação;
  5. Variedade de apresentação (grau de deflexão);
  6. Variedade de posição;
  7. Sinclitismo ou assinclitismo;
  8. Volume do líquido amniótico (pela bolsa das águas).
58
Q

Quais as medidas de assistência ao parto durante o período de expulsão? (11)

A
  1. Ausculta dos BCF (antes, durante e após duas contrações uterinas a cada 15min) ou cardiotocografia no início do período expulsivo;
  2. Posicionar a parturiente ao final do período, próximo ao nascimento. Posição mais comum: litotomia;
  3. Antissepsia das mãos do obstetra e do períneo da parturiente;
  4. Sala de parto não muito fria e não muito ruidosa;
  5. Anestesia do períneo por bloqueio do pudendo bilateralmente, ao nível da espinha ciática (caso sem anestesia peridural), e infiltração superficial de anestésico se for realizada episiotomia;
  6. Episiotomia (médio-lateral ou mediana), quando indicada;
  7. Manobra de Ritgen modificada: medida de prevenção do períneo. Uma mão comprime o períneo e a outra controla a deflexão do feto durante o nascimento, evitando a expulsão rápida;
  8. Fórcipes obstétrico ou vacuoextração (quando indicado o acelerado desprendimento do polo cefálico);
  9. Se presente circulares de cordão, resolver ou seccionar o cordão antes da saída do feto;
  10. Desprendimento dos ombros com suavidade, evitando a lesão do plexo braquial (para distócia de espáduas, realizar manobras adequadas);
  11. Clampeamento e corte do cordão após 3min de nascimento (exceto HIV+, mãe Rh- ou sofrimento fetal agudo).
59
Q

Quando está indicada a episiotomia? (8)

A
  1. Parto operatório (fórcipes ou vacuoextração);
  2. Feto grande;
  3. Exaustão materna;
  4. Períneo rígido;
  5. Distócia de espáduas;
  6. Período expulsivo longo;
  7. Sofrimento fetal agudo;
  8. Apresentação pélvica.
60
Q

Qual a episiotomia superior para cada um dos seguintes critérios:

a) Reparo cirúrgico;
b) Lesão anal;
c) Lesão muscular;
d) Estética;
e) Sangramento;
f) Dor no pós-parto.

A

a) M > ML;
b) ML > M;
c) M > ML;
d) M > ML;
e) M > ML;
f) M > ML.

61
Q

Durante a expulsão do feto, os ombros impactam sobre o estreito superior pélvico, não saindo com a flexão/deflexão suave da cabeça fetal. Quais as manobras para resolver o problema? (7)

A
  1. Manobra de McRoberts (hiperflexão e abdução das coxas);
  2. Rubin I (pressão suprapúbica);
  3. Manobras de rotação (Woods e Rubin II);
  4. Manobra de Jacquemier (remoção do braço posterior);
  5. Manobra de Gaskin (posição de quatro);
  6. Manobra de Zavanelli (reintrodução da cabeça fetal na vagina e realização de cesariana de emrgência);
  7. Fratura de clavícula induzida.
62
Q

Quais as medidas de assistência ao parto durante o período de secundamento? (10)

A
  1. Verificar o descolamento da placenta;
  2. Ocitocina 10U IM logo após a expulsão da placenta;
  3. Clampeamento do cordão;
  4. Massagens uterinas logo após a expulsão da placenta e a cada 15min durante 2h pós-parto;
  5. Manobra de Harvey (auxilia a expulsão, compressão leve no segmento inferior do útero);
  6. Manobra de Jacob-Dublin (auxila a expulsão, leve tração e torção axial da placenta);
  7. Extração manual da placenta, quando indicada (hemorragia ou retenção placentária);
  8. Identificar lacerações no canal do parto;
  9. Episiorrafia;
  10. Identificar e corrigir lesões pela episiotomia,
63
Q

Quais as medidas de assistência ao parto durante o período de uma hora pós-parto?

A

Identificar e corrigir hemorragias (atonia uterina, laceração do canal do parto, restos placentários)

64
Q

Quais os parâmetros informados no partograma? (8)

A
  1. Dilatação cervical (triângulos);
  2. Variedade de posição (cabeça do feto);
  3. Altura da apresentação (cabeça do feto);
    frequência dos BCF;
  4. Dia e hora do início do trabalho de parto, e evolução dos parâmetros conforme as horas;
  5. Contrações uterinas;
  6. Ocitocina;
  7. Medicamentos;
  8. Procedimentos realizados pelo médico.
65
Q

O que são as linhas de alerta e de ação no partograma?

A

São um parâmetro para avaliar se a dilatação cervical está adequada para determinada hora do trabalho de parto. Se a marcação estiver à direita das linhas, a dilatação está desacelerada (no caso da linha de ação, o médico deverá intervir).

66
Q

Avaliando o partograma, podemos classificar as distócias em 6 tipos. Quais são eles?

A
  1. Fase ativa prolongada (distócia funcional);
  2. Parada secundária da dilatação;
  3. Parto preciptado;
  4. Período pélvico prolongado;
  5. Parada secundária da descida.
67
Q

Qual a causa e a conduta para a Fase ativa prolongada do partograma?

A

Contrações uterinas não eficientes > Deambulação, ocitocina ou rotura artificial da bolsa.

68
Q

Quais as causas e a conduta para a Parada secundária da dilatação do partograma? (2)

A

Desproporção cefalopélvica absoluta (feto macrossômico ou bacia obstétrica inadequada) > Cesárea;

Desproporção cefalopélvica relativa (variedade de apresentação e de posição inadequadas) > Deambulação, rotura artificial da bolsa, analgesia ou cesárea.

69
Q

Qual a causa e a conduta para o Parto preciptado do partograma?

A

Espontâneo ou iatrogenia (excesso de ocitocina) > Suspender ocitocina, avaliar a vitalidade fetal e identificar e corrigir lacerações do canal do parto após dequitação.

70
Q

Qual a causa e a conduta para o Período pélvico prolongado do partograma?

A

Contrações uterinas não eficientes > Ocitocina, rotura artificial da bolsa, posição verticalizada da parturiente e uso de fórcipes.

71
Q

Qual a causa e a conduta para a Parada secundária da descida do partograma?

A

Desproporção cefalopélvica absoluta (feto macrossômico ou bacia obstétrica inadequada) > Cesárea;

Desproporção cefalopélvica relativa (variedade de apresentação e posição inadequadas) > Fórcipe ou cesárea.

72
Q

Quais são os tempos do mecanismo do parto? (6)

A
  1. Insinuação (Encaixe);
  2. Descida;
  3. Rotação interna da cabeça;
  4. Desprendimento da cabeça;
  5. Rotação externa da cabeça;
  6. Desprendimento dos ombros.
73
Q

Quais os fenômenos mecânicos observados na insinuação? (3) Esses três eventos culminam no __________________.

A
  1. Orientação do maior diâmetro fetal com o maior diâmetro do estreito superior (variedade de posição mais comum na insinuação: OEA);
  2. Flexão da apresentação, melhorando a variedade de apresentação;
  3. Assinclitismo posterior, a inclinação lateral mais adequada para a insinuação.

Encaixamento da apresentação fetal no estreito superior.

74
Q

Em que momento ocorre a insinuação? (primíparas x multíparas)

A

Em primíparas, ocorre vários dias antes do início de parto (até 15d). Já em multíparas, ocorre bem mais tarde, até mesmo após o início do parto.

75
Q

Qual o evento que ocorre durante o tempo de descida? Quando se incia? Como tal evento é avaliado?

A

Passagem da apresentação fetal do estreito superior até o estreito inferior. Se inicia desde o início do trabalho de parto. Avaliado pelos planos de De Lee.

76
Q

Qual a variedade de posição assumida pela apresentação fetal no tempo de rotação interna da cabeça? Por que?

A

OP. Alinhamento do diâmetro maior do feto (subocciptobregmático) com o diâmetro maior do estreito médio e inferior (anteroposterior). Simultaneamente, os ombros se encaixam no estreito superior.

77
Q

Qual evento ocorre durante o tempo de desprendimento da cabeça?

A

Deflexão da cabeça.

78
Q

Quais eventos ocorrem durante o tempo de rotação externa da cabeça e rotação interna do ombro?

A

Rotação interna dos ombros para orientá-los no maior diâmetro dos estreitos médio e inferior (anteroposterior). A cabeça volta à posição que ocupava no canal do parto, até se tornando transversa.

79
Q

Qual evento ocorre no tempo de desprendimento dos ombros?

A

Exteriorização completa do feto.

80
Q

Diagnóstico de OEA.

A

Palpação abdominal (manobra de Leopold-Zweifel):

  • situação longitudinal;
  • polo pélvico no fundo uterino;
  • dorso fetal à esquerda e anteriormente;
  • polo cefálico na pelve.

Toque vaginal:

  • fontanela posterior à esquerda e anterior;
  • sutura sagital oblíqua;
  • bregma à direita e posterior;
  • occipício mais evidente que a fronte.