PANCREATITE CRÔNICA Flashcards

1
Q

O que significa a pancreatite crônica?

A

Reação inflamatória, com progressão irreversível de fibrose, células acinares e langherns atrofiam, heterogênea, podendo ter agudização, muitas vezes abre com pancreatite aguda e cronifica. Ocorre infiltrado de linfócitos, plasmocitos, eosinófilos.

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2
Q

Classificação da pancreatite de acordo com simpósio de Marsellha-Roma?

A

Pancreatite calcificante crônica: mais comum, 95%, causa mais comum é álcool, plugs de proteína, ocorre de forma heterogênea e variada. Pancreatite obstrutiva crônica: menos comum, obstrução do ducto principal (Wirsung), ocorre de forma homogênea, tendo como causa mais comum o tumor intraductal, podendo também ser estenose ductal, pâncreas divisum. Pancreatite inflamatória crônica: tipo raro, como na síndrome de sjogren, inflamação sem plugs, sem estenoses e sem dilatações.

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3
Q

Qual a principal causa de pancreatite crônica?

A

Álcool.: Pancreatite crônica alcoólica: 70-80%, apenas 5-10% dos alcoólatras crônicos tem pancreatite crônica, produção de plugs, parar de beber melhora sintomas, mas não impede progressão da fibrose.

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4
Q

Qual a causa da pancreatite tropical?

A

Calcificante não alcoolica, rara no Brasil, comum na Àfrica e Ásia, comum na infância, associado a desnutrição, no Brasil o consumo excessivo de mandioca causa. Pancreatite crônica hereditária: 2% dos casos, grau de parentesco, geralmente jovens.

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5
Q

Tratamento da pancreatite cronica autoimune?

A

4-6%, infiltrado linfoplasmático, sexo masculino, associada a outras doenças autoimunes, dosagem de igG4 é especifica, aumento de enzimas colestásicas, amilase, lipase,hipergamaglobulinemia, TC mostra aumento difuso, e CPER mostra estreitamento, tratamento é feito com corticoide.

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6
Q

Causas menos comum de pancreatite cronica ?

A

Pancreatite crônica idiopática: 10-30%, sem causa específica, pico na forma juvenil e senil, com dor na juvenil e pouca dor na senil. Outras causas: pancreatite crônica obstrutiva crônica,pâncreas divisum, hiperparatireoidismo, deficiência de alfa1-antitripsina, trauma, radioterapia.

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7
Q

Tríade clássica da pancreatite cronica:

A

Diabete, esteatorreia, calcificações; embora esteja presente em um terço apenas

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8
Q

Qual o sintoma mais comum da pancreatite cronica?

A

Dor abdominal: sintoma mais comum, em epigástrio, HD ou HD, podendo irradiar para o dorso, dois padrões da dor: período curto e meses sem, ou continua com exarcebações, tipicamente aumenta após ingestão de alimentos (assim como na isquemia mesentérica) e 2-3 dias após libação alcoolica, mas existem paciente com insuficiência que não apresentam dor.

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9
Q

Os famosos 4Ds da pancreatite cronica?

A

Diarreia, dermatite, demência E death.

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10
Q

Porque ocorre emagracimento e desnutrição?

A

Ocorre medo de alimentação, esteatorreia, diabetes, parasitoses.

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11
Q

Qual a consequência da insuficiência pancreática exócrina?

A

Esteatorreia, porque perda excessiva de gordura, fezes com odor fétido, e que se aderem ao vaso, cólicas, flatulências são comuns; para haver esteatorreia 90% do parênquima deve estar lesado, logo é sinal tardio, e se lipídeo não está sendo degradado, provavelmente carboidrato e proteínas também não, mas as proteínas passam imperceptíveis e os carboidratos causam diarreia osmótica; a deficiência de vitaminas lipossolúveis( A,D ,E K) passam imperceptíveis clinicamente devido compensatórios, mas ocorrem, assim como deficiência de vitamia B12. A esteatorreia é confirmada com pesquisa de gordura fecal: método qualitativo sudam, e o método quantitativo não ocorre mais: 100g de consumo de gordura, por três dias, se maior que 7 gramas, tem, maior que 14 é muito alto.

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12
Q

Porque ocorre a insuficiência pancreática endócrina?

A

Manifestação tardia da doença, mais comum após esteatorreia, ocorre após destruição de 80% de células de Langherans, a necessidade de insulina é menor, a chance de hipoglicemia maior já que glucagon também não funciona, complicações são mais raras.

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13
Q

Sinais de estigmas da doença hepática que podem ser observadas na pancreatite cronica?

A

Telangectasias, rarefação de pelos, eritema palmar, ginecomastia, ingurgitamento de parótida, contratura palmar de Dupuytren.

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14
Q

Exames utilizados no diagnóstico de pancreatite crônica?

A

A amilase e lipase costumam aumentar somente na fase inicial e agudizações, logo costuma estar normal ou baixas. Raio x: presença de calcificações, ausência não exclui, as calcificações são cálculos intraductais, doença avançada. Teste de secretina: mais sensível e especifico para pancreatite crônica; teste de estimulador, suco pancreático coletado por cateter duodenal. Na insuficiência leve: redução de enzimas, insuficiência moderada: enzimas e bicarbonato, na insuficiência grave: enzimas, bicarbonato e esteatorreia, pouco usado devido disponibilidade, mas usado em suspeita clínica e radiologia normal. Pode estar alterado com CPRE normal. Teste indiretos na função pancreática exócrina: não é bom para precocidade, apenas mais grave, teste de bentiromida e teste da ingestão de do dilaurato de fluoresceína são menos invasivos e mais baratos, teste da elastase fecal. Tomografia: contraste venoso, sensibilidade de 80-90%, especificidade de 85%, atrofia, aumento de pâncreas, calcificações, dilatações ductais, cálculos pancreáticos, complicações (pseudocistos). A USG pode ser utilizada na ausência de TC, sensibilidade de 60-70%, especificidade semelhante. CPER: era o de maior acurácia, mas a ultrassonografia endoscópica pode superar, usados apenas quando não invasivos não forem suficientes; o diagnóstico é feito com estenoses, dilatações, cálculos, tortuosidades da arvore ductal pancreática; o principal diagnostico diferencial é com câncer de pâncreas, que pode apresentar tumor e necessite de citologia. Ressonância nuclear magnética com colangiopancreatografia (RNM-CP): utiliza ao mesmo tempo parênquima pancreático, e arvore biliar, pouco disponível, mas tem progressivamente substituído CPER. USG endoscópica: sensibilidade e especificidade semelhante a CPER, sem ter risco de pancreatite como na CPER, e pode fazer biopsia.

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15
Q

Tratamento da dor na pancreatite cronica:

A

Abstinência ao álcool, refeições pequenas com pouca gordura, preparado de enzimas, ocreotide análogo da somatostatina inibe liberação de bicarbonato e colecistoquinina e vitamina E possuem resultados controversos.

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16
Q

Tratamento da pancreatite cronica:

A

Existem ectasias do ducto principal e colaterais (mais comum), tratamento influencia a partir deles, dois métodos de desobstrução: cirurgia (drenagem) e descompressão endoscópica (que pode ser por stent, endoproteses, dilatação do balão, ou remoção endoscópica de cálculos pancreáticos após esfincterotomia). A descompressão endoscópica é boa para grande ducto, não para formas difusas, e boa para refratarias. O tratamento cirúrgico visa aliviar dor, complicações, diagnostico diferencial de câncer de pâncreas, e todo paciente candidato deve fazer CPER. Cirurgia: procedimentos de drenagem ductal: a mais conhecida é a pancreatojejunostomia laterolateral (= procedimento de Puestow = Puestow-Parrington-Rochelle), que procura ducto, anostomosado e alça de jejuno em Y de roux. Na ausência de dilatações, exuberância, realizar procedimentos ablativos: pancreactomia subtotal resseca 95% do parênquima, tem como efeito diabetes, existe também a pancreatoduodenoctomia que preserva piloro e limitada a cabeça do pâncreas. Bloqueio do plexo celíaco: guiado radiologicamente, restrito a casos malignos, pode causar hipotensão e hemiparesia. Tratamento da esteatorreia: reposição de enzimas lipases. Tratamento da diabetes: raro existir cetoacidose diabética, geralmente precisa de doses menores de insulina, já que não tem resistência e genes associados.

17
Q

Quais as complicações da pancreatite cronica?

A

Pseudocistos, ascite pancreática, obstrução do colédoco, pseudoaneurismas, trombose de eia esplênica, fístulas, deficiencia de vitamina B12, aumento de incidência de giardíase, mais chance de cancer de pâncreas.

18
Q

Tratamento dos pseudocistos na pancreatite cronica:

A

Geralmente são assintomáticos, mas podem causas morte e ser descobertos na palpação ou USG, são coleções liquidas que duram mais de 4 semanas. Se houver dúvida com cisto neoplásico, realizar punção. Diagnóstico com TC ou USG, a abordagem do pseudocisto maior que 6cm, se for não comunicante com o ducto principal: realizar aspiração ou drenagem endoscópica, se for comunicante: cistogastrostomia ou cistoenterostomia. Os pseudocistos assintomáticos devem ser acompanhados por exames de imagem.

19
Q

Tratamento de fístulas:

A

Uma fístula pode causar, dosagem de amilase em liquido ascético e pleural acima de 1000, confirmam, tratamento conservador, paracentese, toraconcentese podem ser usados. A octreotide pode ser efetiva no fechamento da fistula, os casos graves podem ser usados com stent ou ressecção

20
Q

Como tratar a obstrução de colédoco?

A

CPER diagnostica,coledocojejunostomia indicada quando há colestase persistente.

21
Q

Tratamento dos pseudoaneurismas:

A

Rara, dor súbita,HDA, massa palpável pulsátil, se instável realizar arteriografia, tratamento ou pela embolização da arteriografia ou ligamento cirúrgico dos vasos.

22
Q

Tratamento da trombose de veio esplênica:

A

Causa da hipertensão portal segmentar, forma varizes em fundo gástrico, trata com esplenectomia.

23
Q

Tratamento das fístulas externas:

A

das próprias cirurgias, tratamento clinico, nutrição parenteral total, octreotide.