PANCREATITE AGUDA Flashcards
Qual o mais comum: pancreatite aguda leve ou grave?
PA leve é mais comum, 80%, o restante é grave, podendo evoluir com abscesso, necrose infectada, pseudocistos.
Explicação para ocorrência da PA:
Ativação intrapancreática de enzimas digestivas, sequestro de neutrófilos no pâncreas e pode levar a disfunções em outros órgãos como a SDRA. A colocalização é o processo que leva a aproximação de vacúolos citoplasmáticos ricos em catepsina B se colocando lado a lado.
A mortalidade da PA é bimodal:
A primeira em até duas semanas no processo inflamatório e a segunda nas complicações.
Causa mais comum de Pancreatite aguda?
Litíase biliar, causando hipertensão ductal devido a cálculo de colédoco.
Segunda causa mais comum de PA?
Álcool,
Principal gene envolvido na PA:
Mcp-1.
Drogas que causam PA:
Pentamidina, didanosina, azatioprina, tiazidicos, ácido valproico, metronidazol, tetraciclina, sulfametoxazol-trimetropim, estrogênios, arabinosideo , aminossalicilatos. No HIV a pentamidina, Didanosina, sulfametaxozol-trimetropim e inibidores de protease e infecções oportunistas são os responsáveis.
Como a pós-CPRE pode causar pancreatite aguda?
Por papilotomia de papila menor, disfunção primaria do esfinceter de oddi, história previa, menor que 60 anos, mais do que duas injeções de contraste no ducto de Wirsung e CPRE realizada por aprendiz.
Causas metabólicas de PA:
Hipercalcemia e hipertrigliceridemia das hiperlipidemias, sendo que da depressão, hipertireoidismo não causa PA.
Causas de obstrução não litíasica da PA:
Disfunção do esfíncter de oddi, lesões duodenais, pos-traumaticas , e pâncreas divisum podem causar pancreatite.
O que é o pâncreas divisium?
Alteração congênita que funde parte ventral e dorsal, o ducto de Santorini não aguenta a pressão, gera PA.
Câncer bem associado com PA:
Neoplasia intraductal mucinosa.
Outras causas de PA:
Hipotermia, infecções (caxumba, CMV, coxsackievírus, mycoplasma pneumoniae,), infestação por áscaris lumbricoides e clonorchis sp, azotemia, vasculite, síndrome de Sjogren, veneno de escorpião, algumas aranhas, répteis, intoxicação por organosfoforados, cirurgias que causam como abdominais, antrectomia seguida de gastrojejunostomia, biopsia de pâncreas, exploração do ducto biliar comum, cirurgia cardíaca que usa by-pass cardiopulmonar.
Tríade na pancreatite autoimune linfoplasmática:
IGG alto circulante, tumoração inexplicada em cabeça de pâncreas e estenoses do ducto principal.
Clínica do paciente com suspeita de PA:
Dor abdominal intensa que cursa com irradiação para dorso, vômitos, náuseas, sendo que vômitos quando persistem mesmo após esvaziamento gástrico, pode ocorrer síndrome de Mallory-Weiss(laceração gastroesofágica) e hemorragia digestiva alta. Observação: quando mesmo após sonda nasogástrica paciente continua vomitando, sempre lembrar de pancreatite e obstrução intestinal; a dor é em barra ou epigástrica no abdome superior irradiando para dorso, podendo ser descrito como facada, geralmente súbito e piora lentamente, de forma continua, alguns relatam melhorar quando inclinam para frente ou decúbito lateral, a prece maometana também pode aliviar a dor, o relato de libação alimentar nas últimas horas é frequente, além da libação alcoólica. A única forma de pancreatite sem dor é na pós-operatória.
Nome da equimose periumbilical em PA necrosante:
Cullen.
Nome da equimose presente em flancos:
Grey-Turner.
Nome da equimose presente na base do pênis:
Sinal de fox.
Outras alterações no exame físico da PA:
Agitado, movimentando-se, a febre inicial se deve a resposta sistêmica inflamatória e não a infecção, que aparece mais tarde; o rebaixamento de consciência só ocorre em casos graves, a icterícia é notada em alguns pacientes: devido compressão da cabeça do pâncreas, ou cálculo do colédoco. Pacientes com doença sistêmica grave pode apresentar colestase não obstrutiva; pode ocorrer atelectasia, com redução de murmúrio; exame compatível com derrame pleural (mais comum a esquerda) mas pode ocorrer em ambos. Pode aparecer paniculite, necrose gordurosa subcutânea. A equimose periumbilical em casos raros de pancreatite necrosante se chama ( Cullen), em flancos (Grey-Turmer) e em base de pênis ( sinal de Fox).; diminuição de peristaltimos devido íleo paralítico, hipertimpanismo devido a distensão, a palpação pode ter massa inflamatória, mas não costuma ocorrer.Descopressão dolorsa e defesa voluntária ou involuntária podem ser encontradas. Aneurisma da aorta abdominal roto pode ter equimose, logo não é um sinal patognomonico e demora aparecer.