Pancitopenias Flashcards

1
Q

Quais os principais exames para avaliar a medula óssea?

A
  • Aspirado de MO (mielograma).
  • Biópsia de MO (padrão-ouro).
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2
Q

O que é pancitopenia?

A

Hb < 13-12 + Leucócitos < 4500 + Plaquetas < 150000.

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3
Q

Qual o quadro clínico da pancitopenia?

A
  • Palidez.
  • Fraqueza.
  • Sangramento gengival.
  • Petéquias.
  • Febre arrastada.
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4
Q

Qual o primeiro exame na avaliação de uma pancitopenia?

A

Hemograma.

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5
Q

Como manejar a anemia?

A
  • Hb < 10: transfundir se cerebropata, coronariopata ou cirurgia de grande porte.
  • Hb < 7: transfundir sempre.

OBS.: um concentrado de hemácias aumenta a Hb em 1g/dl e o Ht em 3%.

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6
Q

Como manejar a trombocitopenia?

A
  • < 50.000: transfundir se sangramentos.
  • < 10.000: transfundir profilaticamente.

OBS.: 1 concentrado de plaquetas aumenta em 10.000 a plaquetetria e deve ser feito 1 a cada 10kg.

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7
Q

O que é neutropenia febril?

A

Neutrófilos < 500 (ou previsão de queda até < 500) com febre > 38,3°C.

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8
Q

Quais a principal causa da neutropenia febril?

A

Quimioterapia.

OBS.: a fase mais mielotóxica de um ciclo de quimioterapia é o nadir (entre 1 e 2 semanas após o início do tratamento).

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9
Q

Quais exames solicitar na neutropenia febril?

A
  • Hemocultura.
  • Radiografia de tórax.
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10
Q

Qual o tratamento da neutropenia febril?

A
  • Drogas anti-pseudomonas de amplo espectro: cefepime (escolha), cefotazidime, piperacilina + tazobactam ou imipeném/meropeném.
  • Infecção de cateter, de pele ou mucosite: vancomicina.
  • Febre > 3-7 dias após o tratamento: anfotericina B.

OBS.: pacientes graves e instáveis hemodinamicamente (choque refratário) devem ser tratados com cefepime + vancomicina.

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11
Q

Quais as situações que permitem o tratamento domiciliar da neutropenia febril?

A
  • Idade < 60 anos.
  • Casos leves.
  • Neoplasia não hematológicas.
  • PAS > 90.
  • Ausência de disfunções orgânicas (ex.: DPOC, hepatopatia).

OBS.: pacientes com > 21 pontos na escala MASCC podem ser tratados ambulatorialmente.

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12
Q

Quais as drogas utilizadas no tratamento ambulatorial da neutropenia febril?

A
  • Ciprofloxacino.
  • Amoxacilina + Clavulonato.
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13
Q

Quando suspender o antibiótico na neutropenia febril?

A

Na ausência de febre e neutropenia (neutrófilos > 500).

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14
Q

Quais as causas de pancitopenia?

A
  • Medula óssea hipocelular: anemia aplásica e fibrose medular.
  • Medula óssea hipercelular: leucemias agudas e mielodisplasias.
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15
Q

Paciente vem ao PS com queixas de fraqueza, palidez e manchas pela perna. Hemograma revela pancitopenia e mielograma mostra lipossubstituição da medula óssea. Qual o diagnóstico?

A

Anemia aplásica.

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16
Q

Quais as características da anemia aplásica?

A
  • Hipofunção acentuada da medula óssea.
  • Pode ser congênita ou adquirida (benzeno, QT, infecções, etc).
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17
Q

Qual o quadro clínico da anemia aplásica?

A

Pancitopenia e MAIS NADA (ausência de blastos, esplenomegalia ou linfadenopatia).

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18
Q

Quais os achados da biópsia de medula óssea na anemia aplásica?

A

< 30% da medula óssea ocupada por células hematopoiéticas (o resto por tecido adiposo).

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19
Q

Qual o tratamento da anemia aplásica?

A
  • Suporte.
  • Imunossupressão.
  • Transplante de medula óssea (< 20 anos).
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20
Q

Paciente vem ao PS com queixas de sangramento gengival e palidez. Ao exame: presença de esplenomegalia, pancitopenia e dacriócitos no sangue periférico. Qual o diagnóstico?

A

Mielofibrose.

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21
Q

Quais as características da mielofibrose?

A
  • Infiltração da medula óssea que acarreta em fibrose.
  • Pode ser idiopática (metaplasia mielóide agnogênica) ou desencadeada por benzeno e doenças sistêmicas (mieloftise).
  • Compõe as síndromes mielodisplásicas.
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22
Q

Qual o quadro clínico da mielofibrose?

A
  • Pancitopenia.
  • Esplenomegalia.
  • Hepatomegalia.
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23
Q

Quais os achados laboratoriais da mielofibrose?

A
  • Dacriócitos (hemácias em lágrima).
  • Leucoeritoblastose (presença de hemácias e leucócitos jovens no sangue periférico).
  • Mielograma “seco”.
  • Biópsia de medula óssea com hipocelular com fibrose.
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24
Q

O que é leucemia aguda?

A

Proliferação de blastos por bloqueio de maturação na medula óssea.

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25
Quais as características das leucemias agudas?
- Ocorre pancitopenia por ocupação da medula óssea pelos blastos neoplásicos. - Quando em grande número, caem na corrente sanguínea (leucemização). **OBS**.: dessa forma, o hemograma pode vir com pancitopenia ou bicitopenia + leucocitose as custas de blastos.
26
Qual o exame diagnóstico das leucemias agudas?
Biópsia de medula óssea com \> 20% dos blastos.
27
Qual a conduta num crise de leucostase (\> 100.000 leucócitos) nas leucemias agudas?
- Hidratação vigorosa. - Transfusão de plaquetas (se \< 10.000-20.000). - **NÃO** transfundir hemácias (exceto se choque circulatório grave). **OBS**.: não utilizar corticóides.
28
Paciente de 62 anos com queixas de fraqueza, perda de peso e febre há 3 meses. Apresenta hiperplasia gengival ao exame. Hemograma revela pancitopenia e mielograma proliferação de blastos CD33 e CD34. Qual o diagnóstico?
Leucemia mielóide aguda (LMA).
29
Quais as características da LMA?
- É a leucemia aguda mais frequente. - Mais comum em homens idosos. - Afeta as células da linhagem mielóide (neutrófilo, mastócito, etc). - Tem incidência aumentada em pacientes com _síndrome de Down_.
30
Qual o quadro clínico da LMA?
- Pancitopenia (com anemia normo normo). - CIVD. - Cloroma (tumor extramedular de células neoplásicas). - Infiltração cutânea. - Hiperplasia cutânea. - Síndrome de leucostase (taquidispnéia, hipoxemia, sangramentos e distúrbios neurológicos.
31
Quais as características celulares da LMA?
- **Morfologia**: _bastonetes de Auer_, grânulos azurófilos. - **Citoquímica**: mielopeeoxidase e Sudam Black B. - **Imunofenotipagem**: CD33, CD34, CD13 e CD14 (**o telefone da leucemia**). - Citogenética: t(15;17), t(8;21) e inv/del(16). **OBS**.: a presença dos marcadores citogenéticos conferem bom prognóstico à LMA.
32
Quais os subtipos de LMA?
- **M0, M1, M6 e M7**: mal prognóstico. - **M2**: causa cloroma. - **M3 (promielocítica)**: é a de melhor prognóstico, e a que causa CIVD. - **M4 e M5**: causam hiperplasia gengival, infiltração cutânea e síndrome de leucostase. **OBS**.: o subtipo M7 é o mais frequente em pacientes com síndrome de Down.
33
Qual o tratamento da LMA?
- Quimioterapia. - Transplante de medula óssea. - **M3**: ácido transretinóico (**ATRA**). **OBS**.: o tratamento com ATRA pode causar síndrome retinóide.
34
Paciente de 3 anos vem ao PS com queixas de dor nas fraqueza, hematomas e dor nas pernas. Ao exame: esplenomegalia, pancitopenia e mielograma com blasto CD10 positivo. Qual o diagnóstico?
Leucemia linfocítica aguda (LLA).
35
Quais as características da LLA?
- É a neoplasia _mais comum da infância_. - Afeta células da linhagem linfóide (linfócitos B e T). - Mais comum em pacientes com síndrome de Down. **OBS**.: bicitopenia ou pancitopenia em crianças = _mielograma_.
36
Qual o quadro clínico da LLA?
- Pancitopenia (com anemia normo normo). - Dor óssea sem sinais inflamarórios (**muito frequente**). - Adenomegalia. - Esplenomegalia. - Acometimento do SNC e testículo. **OBS**.: dor óssea + equimoses ou petéquias + adenopatia = LLA.
37
Quais as características celulares da LLA?
- Sem alterações morfológicas significativas. - **Citoquímica**: só se cora pelo PAS. - **Imunofenotipagem**: CD10, CD19 e CD20 (linfócito B) ou CD2, CD3 e CD5 (linfócito T). **OBS**.: a LMA pode ser corada pelo PAS também, mas só LLC é corada apenas por ele.
38
Além do mielograma e biópsia de medula óssea, qual outro exame devemos fazer na LLA?
Líquor.
39
Quais os subtipos da LLA?
- **L1**: variante infantil. - **L2**: variante do adulto. - **L3**: variante Burkitt-Like (pode ser causada pelo vírus de Epstein-Barr).
40
Quais as características de mal prognóstico da LLA?
- Idade \< 1 e \> 10 anos. - Leucocitose \> 50.000. - LLA de células T. - Cromossomo Philadélfia t(9:22). **OBS**.: a presença de hiperploidia confere bom prognóstico!
41
Qual o tratamento da LLA?
- QT com profilaxia no SNC (85% de cura em crianças). - Inibidor de tirosina-quinase (se cromossomo Filadélfia). - **Leucoestase**: hiperidratação (reduzir viscosidade sanguínea).
42
Quais as caracterísricas da mielodisplasia?
- Bloqueio na maturação de uma ou mais linhagens sanguíneas, levando a pancitopenia com medula óssea hipercelular. - Mais comum em idosos. - Pode mimetizar _vários_ distúrbios hematológicos.
43
Quais os achados laboratoriais da mielodisplasia?
- Alterações nas hemácias (sideroblastos em anel, megaloblastose, eliptócitos, etc). - Alteração nos leucócitos: hipogranulação e hipossegmentação (**é o que diferencia de anemia megaloblástica**). - Plaquetas gigantes e hipogranulares.
44
Como é o diagnóstico da mielodisplasia?
Biópsia de medula óssea. **OBS**.: na LMC e LLC, a fenotipagem de sangue periférico já é diagnóstica.
45
Quais as peincipais síndromes mieloproliferativas?
- Leucemia mielóide crônica. - Leucemia linfocítica crônica. - Policitemia vera. - Trombocitemia essencial.
46
Quais as características das síndromes mieloproliferativas?
Causam “**pancitose**” (aumento exagerado de uma ou várias linhagens celulares).
47
Paciente de 62 anos vem ao PS com queixas de massa palpável no abdome. Ao exame: presença de esplenomegalia de monta e hemograma com 80.000 leucócitos (4% blástos, 4% de mielócitos, 10% de metamielócitos, 15% de bastões, 28% de segmentados e 8% de basófilos). Qual o diagnóstico?
Leucemia mielóide crônica (LMC).
48
Quais as características da LMC?
- Decorre da proliferação de leucócitos maduros da linhagem mielóide, principalmente a _granulocítica_ (neutrófilo, basófilo e eosinófilo). - Mais comum em idosos. - Relacionados com o **cromossomo Philadélfia** t(9;22), que codifica o oncogene BCR-ABL.
49
Qual o quadro clínico da LMC?
- Geralmente assintomático. - Esplenomegalia de monta. - Poucas infecções.
50
Quais os achados laboratoriais da LMC?
- Leucocitose intensa com desvio a esquerda. - Anemia. - Trombocitopenia. **OBS**.: é uma das poucas doenças que causam **BASOFILIA**!
51
Como diferenciar reação leucemóide de LMC?
- Presença de infecção. - Ausência de esplenomegalia. - Fosfatase alcalina leucocitária alta. - Basófilos e eosinófilos normais.
52
Qual o dianóstico de LMC?
- Mielograma com hiperplasia mielóide acentuada. - Presença do cromossomo Philadélfia ou do gene BCR-ABL.
53
Qual a principal complicação da LMC?
Leucemia mielóide aguda secundária (crise blástica).
54
Qual o tratamento da LMC?
**Imatinibe** (inibidor de tirosina quinase).
55
Paciente de 70 anos com queixas de astenia, febre e perda de peso. Apresenta linfonodo cervical palpável. Hemograma revela leucocitose de 120.000 com 89% de linfócitos. Qual o diagnóstico?
Leucemia linfocítica crônica (LLC).
56
Quais as características da LLC?
- É a leucemia crônica _mais comum_. - Ocorre em idosos. - Decorre de um clone de linfócito B que não consegue se transformar em plasmócito, cursando com hipogamaglobulinemia. - Pode causar anemia hemolítica autoimune por IgG (sem valor prognóstico).
57
Qual a clínica da LLC?
- Linfadenopatia cervical (**principal**). - Febre. - Sudorese noturna. - Perda de peso. - Presisposição à infecções. - Esplenomegalia (40% dos pacientes).
58
Qual o achado laboratorial da LLC?
- Leucocitose intensa da linhagem linfóide. - Anemia. - Trombocitopenia.
59
Qual o diagnóstico da LLC?
Linfocitose \> 4000-5000 linfócitos B monoclonais com expressão do **CD5**.
60
Qual a principal complicação da LLC?
Síndrome de Richter (transformação para linfoma não Hodgkin agresssivo de grandes células B).
61
Como é o estadiamento de Binet da LLC?
- **A**: até 2 áreas linfóides. - **B**: 3 ou mais áreas linfóides. - **C**: Hb \< 10 ou plaquetopenia \< 100.000.
62
Qual o tratamento da LLC?
Quimioterapia.
63
Paciente vem ao PS com queixas de vermelhidão no rosto e queimação nas mão. Hemograma revelou grande aumento de hemácias. Qual o diagnóstico?
Policitemia vera.
64
Quis as características da policitemia vera?
- É a síndrome mieloproliferativa mais comum. - Ocorre aumento de todas as linhagens sanguíneas. - Relacionado a mutação do JAK2.
65
Qual a clíncia da policitemia vera?
- Plétora facial. - Prurido intenso (principalmente após banhos quentes). - Eritromelalgia (eritema e dor em queimação em mãos e pés). - Síndrome de hiperviscosidade sanguínea. - Hepatoesplenomegalia.
66
Quais os achados laboratoriais da policitemia vera?
- Hb \> 16. - Ht \> 49. - Eritrocitose com SatO2 \> 92%. - Leucocitose e trombocitose. - Eritropoetina baixa.
67
Qual o tratamento da policitemia vera?
- Flebotomia. - Hidroxiuréia. - AAS (todos os pacientes).
68
Paciente vem ao PS com queixas de trombose e sangramentos frequentes. Hemograma revela plaquetose de 1.000.000. Qual o diagnóstico?
Trombocitemia essensial.
69
Quais as características da trombocitemia essencial?
- Presença de trombocitose \> 500.000 e esplenomegalia. - É a síndrome mieloproliferativa de melhor prognóstico.
70
Qual o quadro clínico da trombocitemia essencial?
- Tromboses arteriais e venosas. - Sangramentos. - Esplenomegalia. - Eritromealgia.
71
Qual o tratamento da trombocitemia essencial?
Hidroxiuréia.
72
Quais as características da leucemia de células pilosas?
- Leucemia crônica de excelente prognóstico. - Apresenta _esplenomegalia_ de monta. - Causa pancitopenia com monocitopenia acentuada. - Geralmente, o aspirado de medula óssea é seco. - Células coradas pelo TRAP.