P3 Frutose e Galactato Flashcards
Relação entre frutose-1,6-bisfosfatase e os níveis de lactato no sangue
Um defeito congênito na enzima hepática frutose-1,6-bisfosfatase resulta em níveis de lactato anormalmente altos no plasma sanguíneo. Explique sua resposta.
O lactato é transformado em glicose no fígado pela gliconeogênese. Um defeito na FBPase-1 impediria a entrada de lactato na via gliconeogênica nos hepatócitos, causando acúmulo de lactato no sangue.
descreva a via metabólica da galactase
Galactose é fosforilada pela galactoquinase para formar galactose-1-fosfato.
Galactose-1-fosfato reage com UDP-glicose, catalisada pela GALT, formando UDP-galactose e glicose-1-fosfato.
UDP-galactose é convertida em UDP-glicose pela GALE.
Glicose-1-fosfato é convertida em glicose-6-fosfato pela fosfoglucomutase.
Glicose-6-fosfato entra na via glicolítica.
descreva a via metabólica da frutose
No fígado, a frutose é rapidamente metabolizada pela via da frutocinase. Essa via é distinta da via da glicose e ocorre em várias etapas:
Fosforilação da Frutose:
A frutose é fosforilada pela enzima frutocinase (ou ceto-hexoquinase), resultando na formação de frutose-1-fosfato.
Reação: Frutose + ATP → Frutose-1-fosfato + ADP
Clivagem do Frutose-1-Fosfato:
A frutose-1-fosfato é clivada pela enzima aldolase B em duas trioses: dihidroxiacetona-fosfato (DHAP) e gliceraldeído.
Reação: Frutose-1-fosfato → DHAP + Gliceraldeído
Metabolismo das Trioses:
O DHAP pode ser isomerizado em gliceraldeído-3-fosfato (GAP), uma intermediária da glicólise.
O gliceraldeído pode ser fosforilado pela enzima triosocinase para formar gliceraldeído-3-fosfato.
Reação (DHAP): DHAP ↔ Gliceraldeído-3-fosfato
Reação (Gliceraldeído): Gliceraldeído + ATP → Gliceraldeído-3-fosfato + ADP
Entrada na Glicólise:
Tanto o DHAP quanto o gliceraldeído-3-fosfato entram na via glicolítica, onde são metabolizados para produzir energia na forma de ATP, bem como intermediários para outras vias metabólicas.
quais são os intermediários na via metabólica da frutose?
Frutose
Frutose-1-fosfato
Dihidroxiacetona-fosfato (DHAP)
Gliceraldeído
Gliceraldeído-3-fosfato
quais são os intermediários na via metabólica da galactose?
Galactose
Galactose-1-fosfato
UDP-galactose
UDP-glicose
Glicose-1-fosfato
Glicose-6-fosfato
como a frutose entra na via glicólitica?
No fígado, a frutose é metabolizada pela via da frutocinase, que é diferente da via glicolítica direta da glicose. Aqui estão as etapas principais:
Fosforilação da Frutose:
A frutose é fosforilada pela enzima frutocinase para formar frutose-1-fosfato.
Reação: Frutose + ATP → Frutose-1-fosfato + ADP
Clivagem do Frutose-1-fosfato:
A frutose-1-fosfato é clivada pela enzima aldolase B em dois trioses: dihidroxiacetona-fosfato (DHAP) e gliceraldeído.
Reação: Frutose-1-fosfato → DHAP + Gliceraldeído
Conversão dos Trioses:
O DHAP é um intermediário da glicólise.
O gliceraldeído é fosforilado pela enzima triosocinase para formar gliceraldeído-3-fosfato (GAP).
Reação: Gliceraldeído + ATP → Gliceraldeído-3-fosfato + ADP
Entrada na Glicólise:
Tanto o DHAP quanto o gliceraldeído-3-fosfato (GAP) são intermediários da glicólise, entrando diretamente nessa via metabólica.
como a galactose entra na via glicólitica?
Glicose-6-fosfato é um intermediário da via glicolítica. Depois de sua formação pela fosfoglucomutase, a glicose-6-fosfato entra na via glicolítica, onde é convertida através de várias etapas em piruvato, gerando energia na forma de ATP e NADH.
Causa e sintomas da frutosúria essencial.
A frutosúria essencial é um distúrbio genético raro caracterizado pela presença de frutose na urina. Esta condição é causada por uma deficiência da enzima frutocinase, que é responsável pela fosforilação da frutose no fígado. A frutosúria essencial é uma condição autossômica recessiva, o que significa que a pessoa precisa herdar duas cópias do gene defeituoso, uma de cada pai, para desenvolver a doença.
### Causas:
1. Deficiência de Frutocinase: A causa primária da frutosúria essencial é a deficiência ou ausência da enzima
frutocinase, também conhecida como cetohexocinase. Esta enzima é necessária para metabolizar a frutose no fígado.
2. Genética: A condição é autossômica recessiva, o que implica que é necessário herdar uma cópia do gene mutado de ambos os pais para manifestar a doença.
### Sintomas:
A frutosúria essencial geralmente não causa sintomas significativos ou problemas de saúde graves. Na maioria dos casos, é uma condição benigna e assintomática. No entanto, em alguns casos, podem ser observados os seguintes sinais:
1. Frutose na Urina: A característica mais distintiva é a presença de frutose na urina, que pode ser detectada através de exames laboratoriais específicos.
2. Possível Hipoglicemia Leve: Em casos raros, alguns
indivíduos podem apresentar sintomas leves de
hipoglicemia, como tremores, fraqueza e sudorese, especialmente após a ingestão de grandes quantidades de frutose.
Causa e sintomas da intolerância hereditária à frutose.
A intolerância hereditária à frutose (IHF) é uma doença genética autossômica recessiva causada pela deficiência da enzima aldolase B.
### Causas:
- Deficiência da enzima aldolase B, necessária para metabolizar frutose.
### Sintomas:
- Náusea, vômito, dor abdominal, diarreia.
- Hipoglicemia, letargia, tremores, sudorese.
- Icterícia, hepatomegalia, crescimento deficiente em crianças.
Tipos de galactosemia e suas causas.
A galactosemia é um grupo de distúrbios genéticos que afetam o metabolismo da galactose, um açúcar presente no leite e outros alimentos. Existem três tipos principais de galactosemia, cada um causado por mutações em genes
diferentes.
Causa:
- Deficiência da enzima galactose-1-fosfato uridililtransferase (GALT).
- Mutações no gene GALT.
- Deficiência da enzima galactoquinase (GALK).
- Mutações no gene GALK1.
Causa:
- Deficiência da enzima UDP-galactose-4-epimerase (GALE). - Mutações no gene GALE.
Sintomas da galactosemia clássica.
Sintomas da Galactosemia Clássica:
1. Neonatais (primeiras semanas de vida):
- Icterícia: Amarelamento da pele e dos olhos.
Vômitos: Frequentes após a alimentação. Hepatomegalia: Aumento do fígado.
- Falta de apetite: O bebê pode recusar-se a alimentar-
se.
- Perda de peso ou dificuldade em ganhar peso: Apesar da alimentação.
- Letargia: Baixa energia e sonolência excessiva. - Diarreia: Pode ser presente, contribuindo para a desidratação.
-
Hipoglicemia: Baixos níveis de açúcar no sangue.
2. Sintomas a Longo Prazo (se não tratada):
- Atraso no desenvolvimento: Problemas no
crescimento e desenvolvimento físico.
- Problemas neurológicos: Atrasos no desenvolvimento mental e motor, dificuldades de aprendizagem, tremores.
- Problemas oculares: Catarata, que pode levar à visão turva ou cegueira se não tratada.
- Problemas renais: Disfunções renais devido ao acúmulo de galactose-1-fosfato.
- Infecções recorrentes: Especialmente sepses bacterianas, frequentemente causadas por Escherichia coli.
- Insuficiência hepática: Complicações graves no fígado, como cirrose e fibrose.
Deficiência de Galactose-1-Fosfato-Uridililtransferase
Distúrbio genético que afeta a enzima do metabolismo da galactose, causando acúmulo tóxico de galactose-1-fosfato.
Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica
Condição hepática onde a gordura se acumula, não causada pelo consumo de álcool.
Frutoquinase
Enzima que fosforila a frutose para frutose-1-fosfato em vias metabólicas.
Frutose
Um açúcar simples encontrado em frutas e mel, frequentemente usado como adoçante.
Frutosúria Essencial
Distúrbio hereditário onde a frutose não pode ser metabolizada corretamente.
Galactose
Um monossacarídeo que é comumente encontrado em produtos lácteos e algumas frutas.
Galactosemia
Distúrbio genético que causa incapacidade de metabolizar a galactose, levando a sérios problemas de saúde.
Hexoquinase
Enzima que catalisa a fosforilação da glicose para glicose-6-fosfato.
Rota poliol
Adoçantes frequentemente encontrados em produtos sem açúcar, como xilitol ou sorbitol.
Intolerância Hereditária à Frutose
Transtorno hereditário que prejudica o metabolismo da frutose, causando reações graves ao consumo de frutose.
Esquematização de como a frutose e a galactose acessam a via glicolítica
Frutose:
No fígado:
Frutose → Frutose-1-fosfato (via frutoquinase)
Frutose-1-fosfato → Gliceraldeído + Dihidroxiacetona fosfato (DHAP) (via aldolase B)
Gliceraldeído → Gliceraldeído-3-fosfato (GAP) (via triocinase)
DHAP e GAP entram na via glicolítica.
Em outros tecidos (por exemplo, músculo):
Frutose → Frutose-6-fosfato (via hexoquinase)
Frutose-6-fosfato entra na via glicolítica diretamente.
Galactose:
Galactose → Galactose-1-fosfato (via galactoquinase)
Galactose-1-fosfato + UDP-glicose → UDP-galactose + Glicose-1-fosfato (via galactose-1-fosfato uridil transferase)
Glicose-1-fosfato → Glicose-6-fosfato (via fosfoglucomutase)
Glicose-6-fosfato entra na via glicolítica.
Diferença entre hexoquinase e frutoquinase no metabolismo da frutose
Hexoquinase: Fosforila frutose a frutose-6-fosfato (presente em tecidos como músculo), mas tem menor afinidade pela frutose.
Frutoquinase: Específica para frutose, fosforila frutose a frutose-1-fosfato (presente no fígado).
Enzima envolvida na rota poliol, que gera sorbitol e galactitol
Aldose redutase: Converte glicose em sorbitol e galactose em galactitol.
Causa da frutosúria essencial
Deficiência de frutoquinase: Leva ao acúmulo de frutose na urina, que é eliminada sem causar danos significativos.
Relação entre o consumo excessivo de frutose e a esteatose hepática não-alcoólica
Mecanismo: O excesso de frutose é convertido em gordura (lipogênese de novo) no fígado, levando ao acúmulo de triglicerídeos e, eventualmente, à esteatose hepática não-alcoólica.
Causa e manifestações clínicas da intolerância hereditária à frutose
Causa: Deficiência de aldolase B.
Manifestações clínicas: Hipoglicemia, dor abdominal, vômitos, icterícia, hepatomegalia, e insuficiência hepática.
Fatalidade: Pode ser fatal devido à hipoglicemia severa e dano hepático causado pela acumulação de frutose-1-fosfato, que interfere com a gliconeogênese e a regeneração de ATP.
Tipos de galactosemia
Galactosemia clássica:
Causa: Deficiência de galactose-1-fosfato uridil transferase (GALT).
Consequências: Acúmulo de galactose-1-fosfato, causando hepatomegalia, icterícia, catarata, atraso no desenvolvimento e risco de sepse.
Manejo clínico: Dieta restrita em galactose e lactose.
Deficiência de galactoquinase:
Causa: Deficiência de galactoquinase.
Consequências: Acúmulo de galactitol, causando principalmente catarata.
Manejo clínico: Dieta restrita em galactose.
Deficiência de epimerase (epimerase-DP-UDP):
Causa: Deficiência de UDP-galactose-4-epimerase.
Consequências: Variedade de manifestações, desde assintomática até formas graves com sintomas similares à galactosemia clássica.
Manejo clínico: Dieta restrita em galactose, dependendo da gravidade.