P3 Digestão de proteínas, metabolismos de aminoácidos e ciclo da ureia Flashcards

1
Q

Transminação

A

A primeira etapa na degradação da maioria dos aminoácidos é a transaminação, onde o grupo amino é transferido para um cetoácido, geralmente o a-cetoglutarato, formando glutamato. As enzimas que catalisam essas reações são as transaminases ou aminotransferases, que requerem a coenzima piridoxal fosfato (derivada da vitamina B6).

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2
Q

Desaminação Oxidativa

A

A desaminação é o processo pelo qual os grupos amino são retirados dos AAs, libertando amónia citotóxica livre: amónia → amónio → ureia ou ácido úrico através do ciclo da ureia no fígado.

O glutamato formado na transaminação sofre desami- nação oxidativa, uma reação catalisada pela glutamato desidrogenase, liberando amônia (NH3) e regenerando o a-cetoglutarato. A amônia é tóxica e deve ser rapidamente removida ou detoxificada.

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3
Q

Ciclo da Ureia

A

Série de reações que convertem amônia em ureia para excreção

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4
Q

Ciclo da ureia: Destino do Esqueleto de Carbono

A

Após a remoção do grupo amino, o esqueleto de carbono dos aminoácidos sofre diversas transformações. Dependendo do aminoácido, o esqueleto de carbono pode:
* Ser convertido em intermediários do ciclo de Krebs, como o succinil-CoA ou o fumarato, contribuindo para a produção de energia.
* Entrar na via da gliconeogênese, onde é convertido em glicose.
* Ser transformado em corpos cetônicos, que são utilizados como fonte de energia alternativa, especialmente pelo cérebro durante o jejum prolongado.

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5
Q

A importância dos aminoácidos cetogênicos e glicogênicos

A

reside na flexibilidade metabólica que proporcionam. Em estados de jejum, a gliconeogênese é crucial para manter os níveis de glicose no sangue, enquanto a produção de corpos cetônicos fornece energia para o cérebro, que normalmente depende de glicose

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6
Q

Aminoácidos Glicogênicos

A

Aminoácidos glicogênicos são aqueles que podem ser convertidos em intermediários da gliconeogênese, o processo de produção de glicose a partir de substratos não carboidratos. Esses intermediários incluem piruvato, oxaloacetato e intermediários do ciclo de Krebs. A capacidade de gerar glicose a partir desses aminoácidos é vital durante o jejum ou exercício prolongado, quando as reservas de glicogênio estão esgotadas.

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7
Q

Aminoácidos Cetogênicos

A

Aminoácidos cetogênicos são aqueles que dão origem a acetoacetato ou seus precursores, acetoacil-CoA e acil-CoA, que são corpos cetônicos. Os corpos cetônicos servem como uma fonte alternativa de energia, particularmente para o cérebro, durante períodos de baixa ingestão de carboidratos ou jejum prolongado. Apenas dois amino- ácidos são estritamente cetogênicos: leucina e lisina.

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8
Q

Aminoácidos que são Ambos Cetogênicos e Glicogênicos

A

Alguns aminoácidos podem ser convertidos tanto em substratos cetogênicos quanto glicogênicos. Isso significa que eles podem alimentar a produção de glicose e também contribuir para a síntese de corpos cetônicos. Exemplos incluem isoleucina, fenilalanina, tirosina e triptofano.

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9
Q

CICLO ALANINA-GLUTAMINA

A

O ciclo alanina-glutamina é um conjunto de reações bioquímicas que ocorre entre os tecidos periféricos, principalmente o músculo, e o fígado. Este ciclo é essencial para o transporte de nitrogênio e carbono no corpo e desempenha um papel crucial durante o catabolismo de aminoácidos, especialmente em estados de jejum ou estresse metabólico.

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10
Q

Função do Ciclo Alanina

A

No músculo esquelético, durante o exercício intenso ou jejum, as proteínas musculares são degradadas, e os aminoácidos resultantes são usados para a produção de energia. Um dos principais aminoácidos liberados é a alanina, que é formada pela transaminação do piruvato, um intermediário da glicólise, com o glutamato. A alanina transporta o grupo amino para o fígado, onde é convertida de volta em piruvato pela alanina aminotransferase (ALT). O grupo amino é então liberado como amônia e entra no ciclo da ureia, enquanto o piruvato pode ser utilizado na gliconeogênese para for- mar glicose. A glicose recém-formada pode então ser liberada na corrente sanguínea e usada como fonte de energia pelos músculos, criando um ciclo entre músculo e fígado conhecido como ciclo da alanina ou ciclo da glicose-alanina.

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11
Q

Função do Ciclo Glutamina

A

A glutamina é outro aminoácido significativo no transporte de nitrogênio. Nos tecidos periféricos, a glutamina é sintetizada a partir do glutamato e do amônia livre - um processo catalisado pela glutamina sintetase. A glutamina é então transportada para o fígado, onde é degradada pela glutaminase, liberando amônia para entrar no ciclo da ureia e glutamato, que pode ser utilizado para a síntese de outros aminoácidos ou para a produção de energia.

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12
Q

Importância do ciclo alanina-glutamina

A

No ciclo alanina-glutamina é especialmente importante durante o catabolismo proteico acelerado, como no jejum, inanição, ou trauma, onde o nitrogênio dos aminoácidos musculares precisa ser eficientemente remo- vido e a gliconeogênese hepática precisa ser sustentada. A regulação deste ciclo é influenciada por hormônios como a insulina, glucagon e cortisol, que respondem às necessidades energéticas do corpo e ao estado nutricional.

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13
Q

Alterações no ciclo alanina-glutamina

A

Alterações no ciclo alanina-glutamina podem ter implicações clínicas significativas. Por exemplo, em doenças hepáticas, a capacidade do fígado de remover amônia é comprometida, podendo levar à hiperamoniemia e encefalopatia hepática. Além disso, a glutamina é um nutriente chave na nutrição enteral e parenteral, especialmente em pacientes críticos, devido ao seu papel na manutenção da integridade intestinal e no suporte do sistema imunológico.

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14
Q

Etapas do Ciclo da Ureia

A
  • Síntese de Carbamoil Fosfato: A amônia gerada pela degradação de aminoáci- dos é convertida em carbamoil fosfato pela enzima carbamoil fosfato sintetase I
    (CPS1), no interior da mitocôndria. Esta etapa também requer bicarbonato e ATP.
  • Formação de Citrulina: O carbamoil fosfato então reage com ornitina para formar citrulina, em uma reação catalisada pela ornitina transcarbamilase. A citrulina é
    transportada para o citosol.
  • Síntese de Argininosuccinato: No citosol, a citrulina se combina com aspartato (produzido a partir do oxaloacetato) para formar argininosuccinato, numa reação
    catalisada pela argininosuccinato sintetase, consumindo mais uma molécula de ATP.
  • Cleavage de Argininosuccinato: A argininosuccinato é então clivada pela argini- nosuccinato liase, gerando arginina e fumarato. O fumarato pode ser convertido
    em malato e posteriormente em oxaloacetato, que pode entrar no ciclo de Krebs ou ser usado na gliconeogênese.
  • Produção de Ureia: Finalmente, a arginina é hidrolisada pela arginase para pro- duzir ureia e regenerar ornitina, que entra novamente na mitocôndria para dar
    continuidade ao ciclo.
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15
Q

Regulação do Ciclo da Ureia

A

A regulação do ciclo da ureia é complexa e é influenciada por vários fatores, incluindo a dieta (principalmente o conteúdo de proteína), hormônios (como a insulina e glucagon), e o estado metabólico do organismo. A disponibilidade de substratos, como amônia e aminoácidos, e a atividade das enzimas do ciclo também desempenham papéis im- portantes na regulação do ciclo.

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16
Q

Distúrbios do ciclo da ureia

A

Distúrbios do ciclo da ureia são condições genéticas que resultam da deficiência de uma das enzimas envolvidas no ciclo. Isso leva ao acúmulo de amônia e outros intermediários tóxicos no sangue, podendo causar encefalopatia e, se não tratado, pode ser fatal. O manejo desses distúrbios geral- mente envolve a restrição dietética de proteínas e a administração de compostos que podem se ligar e excretar nitrogênio.

17
Q

V ou F?
Alanina é uma forma não
tóxica de transportar a
amônia do músculo
esquelético para o fígado:
ciclo glicose-alanina

A

verdadeiro

18
Q

Desaminação

A

Conversão de aminoácidos em amônia e cetoácidos.

19
Q

Digestão de proteínas

A

Quebra de proteínas dietéticas em aminoácidos para absorção e utilização

20
Q

Glutamato

A

Aminoácido envolvido na síntese de proteínas e neurotransmissão.

21
Q

Glutamina

A

Glutamina é uma forma não tóxica de transportar amônia
oriunda de tecidos extra-hepáticos na corrente sanguínea

(condicionalmente essencial): A glutamina é o aminoácido livre mais
abundante no plasma sanguíneo e tecidos. É crucial para a síntese de proteínas e para a regulação do equilíbrio ácido-base nos rins. Em períodos de estresse metabólico, como após cirurgias ou traumas, a demanda por glutamina pode exceder a capacidade do corpo de produzi-la.

22
Q

Aspartato

A

Aminoácido envolvido no metabolismo de aminoácidos e ciclo da ureia.

23
Q

Metabolismo de aminoácidos

A

Processo de quebra de aminoácidos para energia ou biossíntese de proteínas.

24
Q

Qual a enzima?
a-cetoglutarato (ciclo do ácido cítrico)-> Glutamato

A

Enzima glutamato desidrogenase

25
Q

V ou F?
Glutamato+oxaloacetato -> aspartato -> alfa-cetoglutarato

A

verdadeiro

26
Q

Qual enzima?
piruvato -> Alanina

A

Enzima alanina amino transferase

27
Q

Quais os aminoácidos sintetizados a partir do oxaloacetato?

A

aspartato e asparagina

28
Q

Alanina

A

Alanina é uma forma não tóxica de transportar a
amônia do músculo esquelético para o fígado:
ciclo glicose-alanina

Este aminoácido é usado pelo corpo para converter glicose em energia e ajudar a eliminar o excesso de toxinas do fígado. A alanina é importante para a
preservação do equilíbrio de nitrogênio no corpo e pode ser produzida a partir de piruvato e aminoácidos de cadeia ramificada.

29
Q

V ou F?

Alimentado: +insulina -glucagon
Jujum -insulina +glucagon

A

verdadeiro

30
Q

A deficiência de oxaloacetato provavelmente aumentaria o catabolismo de qual fonte de energia?

A

Aminoácidos glicogenicos

31
Q

Local de entrada da alanina

A

Piruvato

32
Q

Local de entrada do Glutamato

A

a-cetoglutarato

33
Q

local de entrada da glutamina

A

a-cetoglutarato

34
Q

local de entrada do aspartato

A

Oxalacetato

35
Q

Doenças genéticas que afetam o catabolismo de
aminoácidos

A

Hiperamonemia - Edema cerebral → aumento da pressão intracraniana → coma
Depleção glutamato interfere na neurotransmissão
Depleção dos intermediários do ciclo de krebs, ↓ATP

36
Q

ADP

A

é um modulador alostérico positivo da glutamato
desidrogenase (ou glutamato oxidase):

↓ energia = aumento da degradação de aminoácidos =
esqueleto carbônico da gliconeogênese

37
Q

verdadeiro ou falso? a glicosilação de proteinas é um processo que se inicia no reticulo enplasmatico

A

Verdadeiro. A glicosilação de proteínas é um processo pós-traducional que geralmente começa no retículo endoplasmático (RE) e continua no complexo de Golgi. No RE, os resíduos de asparagina em sequências específicas de aminoácidos são frequentemente alvo de adição de oligossacarídeos, um processo conhecido como N-glicosilação. Além disso, no RE e no Golgi, ocorre a O-glicosilação, que envolve a adição de oligossacarídeos a resíduos de serina ou treonina em proteínas. Essas modificações são essenciais para a função adequada de muitas proteínas.

38
Q

verdadeiro ou falso? a glicosilaçao de proteinas é uma reação fisiologica em que existe um ganho de função

A

Verdadeiro. A glicosilação de proteínas é uma modificação pós-traducional comum em muitas proteínas e é crucial para sua função adequada. Em muitos casos, a adição de oligossacarídeos às proteínas pode alterar suas propriedades estruturais e funcionais, aumentando sua estabilidade, promovendo a interação com outras moléculas, regulando sua atividade biológica e direcionando sua localização celular. Portanto, pode-se dizer que a glicosilação de proteínas frequentemente resulta em um ganho de função.

39
Q

verdadeiro ou falso? a inibição enzimática irreversível em geral ocorre num sitio alosterico bloqueando de forma irreversível resíduos de aminoácidos e impedindo a ligação com o substrato

A

Falso.

a inibição enzimática irreversível em geral ocorre no SÍTIOATIVO ENZIMÁTICO bloqueando de forma irreversível resíduos de aminoácidos e impedindo a ligação com o substrato

A inibição enzimática irreversível geralmente ocorre quando um agente se liga de forma covalente ao sítio ativo da enzima ou a um resíduo de aminoácido crítico, bloqueando permanentemente sua atividade catalítica. Isso impede que o substrato se ligue ao sítio ativo, tornando a inibição irreversível. Não é exclusivamente em sítios alostéricos que ocorre a inibição irreversível, ela pode ocorrer também no sítio ativo da enzima.