Otorrinolaringologia Flashcards

1
Q

O que é a Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)?

A

SAOS é caracterizada por episódios de apneia completa (parada completa do fluxo de ar) ou hipopneia parcial (redução do fluxo de ar) devido à obstrução das vias aéreas superiores durante o sono.

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2
Q

Como é definida uma apneia?

A

Apneia é uma redução superior a 90% do fluxo de ar nasal e bucal, com duração maior que 10 segundos.

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3
Q

O que causa o ruído de ronco durante o sono?

A

O ronco é causado pela vibração dos tecidos frouxos das vias aéreas superiores quando há passagem de ar.

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4
Q

Qual é a relação entre ronco e SAOS?

A

Todos os pacientes com SAOS roncam, mas nem todos os que roncam têm SAOS

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5
Q

Em que fases do sono a SAOS é mais frequente?

A

A SAOS é mais frequente nas fases 1 e 2 do sono NREM (sono de movimento não rápido dos olhos) e REM (sono de movimento rápido dos olhos)

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6
Q

Quais são os tipos de apneias?

A

As apneias podem ser obstrutivas, centrais (ex. relacionadas ao centro respiratório bulbar) ou mistas.

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7
Q

Qual é a fisiopatologia da SAOS?

A

A SAOS resulta da associação entre alterações anatômicas e da fisiologia respiratória, levando ao colapso faríngeo e apneia. Alterações incluem relaxamento muscular, efeito de Bernouille e aumento da resistência das vias aéreas.

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8
Q

Quais são alguns fatores de risco para SAOS?

A

Malformações craniofaciais, desvio do septo nasal, hipertrofia adenoamigdaliana, obesidade, sexo masculino e anormalidades endócrinas, como hipotireoidismo e acromegalia.

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9
Q

Quais são os sintomas da SAOS?

A

Sintomas incluem roncos, respiração ruidosa durante o sono, sonolência diurna excessiva, sensação de cansaço e fadiga, dificuldades cognitivas, nictúria, disfunção erétil e cefaleia matinal.

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10
Q

Qual é o padrão-ouro para o diagnóstico da SAOS?

A

A polissonografia (PSG) é o padrão-ouro para diagnosticar a SAOS.

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11
Q

Como é a classificação das apneias em relação ao índice de apneia-hipopneia (IAH)?

A

Normal: IAH até 5 eventos por hora

Apneia leve: 5 a 15 eventos por hora

Apneia moderada: mais de 15 até 30 eventos por hora

Apneia grave: mais de 30 eventos por hora

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12
Q

Qual é a classificação de apneia em crianças?

A

Crianças com apenas 1 evento já são classificadas como apneia grave.

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13
Q

Quais são algumas complicações associadas à apneia grave?

A

Pacientes com apneia grave têm alto risco de desenvolver complicações em 5 anos, como hipertensão arterial, distúrbios do metabolismo glicêmico, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC), morte súbita e dislipidemia.

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14
Q

Como é feito o tratamento da apneia obstrutiva do sono?

A

CPAP (Continuous Positive Airway Pressure): Utiliza uma máscara de pressão positiva para manter a via aérea aberta durante o sono e prevenir apneias.

AIO (Aparelho Intra-Oral): Traciona o mento para frente para evitar apneia.

Cirúrgico: Opções incluem uvulopalatofaringoplastia, LAUP (uvulopalatofaringoplastia por laser), faringoplastia lateral, mentoplastia de avanço, gastroplastia (para IMC > 40) e traqueostomia.

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15
Q

Qual é a desvantagem do tratamento com CPAP?

A

A desvantagem do tratamento com CPAP é a adaptação difícil por parte do paciente.

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16
Q

O que é otite externa?

A

Otite externa é um termo que se refere a quadros inflamatórios da orelha externa, envolvendo várias estruturas, como pele, tecido subcutâneo, pericôndrio, cartilagem e osso.

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17
Q

O que é cerume e qual é o seu papel?

A

O cerume é composto por peptídeos antimicrobianos e tem um pH ácido. Ele age como um agente antimicrobiano contra bactérias como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans.

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18
Q

O que é otite externa difusa, frequentemente chamada de “orelha do nadador”?

A

Otite externa difusa é uma celulite que afeta todo o conduto auditivo externo, sendo conhecida como “orelha do nadador”.

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19
Q

Quais são os estágios da otite externa difusa e quais sintomas estão associados a cada estágio?

A

Estágio inicial pré-inflamatório: Prurido, edema e sensação de plenitude no ouvido.

Estágio inflamatório agudo: Otalgia, otorreia clara e inodora, e edema significativo.

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20
Q

Quais são os sintomas mais intensos nos casos graves de otite externa difusa?

A

a) Otorreia mais intensa, espessa, seropurulenta e fétida.
b) Otalgia intensificada, dor à compressão do tragus e à mastigação.
c) Linfadenopatia cervical e febre.

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21
Q

Como a apresentação de sintomas difere em pacientes mais jovens com otite externa e média?

A

Pacientes mais jovens tendem a apresentar mais sintomas sistêmicos e menos sintomas locais nos casos de otite externa e média, o que pode dificultar o diagnóstico.

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22
Q

Quais são as principais causas da otite externa difusa?

A

As principais causas são:

Pseudomonas aeruginosa (principal)
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus aureus

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23
Q

Qual é o tratamento recomendado para otite externa difusa?

A

O tratamento inclui limpeza meticulosa do conduto auditivo externo e o uso de gotas otológicas, como:

Polimixina B + neomicina + hidrocortisona
Ciprofloxacino ou ofloxacino
Em casos graves, pode ser necessário o uso de antibióticos sistêmicos, como cefalosporina de primeira geração ou ciprofloxacino.

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24
Q

O que é pericondrite?

A

Pericondrite é a inflamação do pericôndrio que reveste a cartilagem do pavilhão auricular.

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25
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da pericondrite?

A

Os sintomas incluem dor intensa, calor, edema e hiperemia em todo o pavilhão auricular, exceto o lóbulo da orelha.

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26
Q

Quais são alguns fatores predisponentes para a pericondrite?

A

Fatores predisponentes incluem piercings, herpes-zóster, doenças de pele (eczemas), esportes de contato e trauma cirúrgico.

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27
Q

Quais são as principais causas da pericondrite?

A

As principais causas são Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus sensível a meticilina (MSSA).

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28
Q

Quais são as opções de tratamento para a pericondrite?

A

O tratamento envolve desbridamento cirúrgico, drenagem, uso de fluoroquinolonas e cefalosporinas de terceira geração.

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29
Q

O que é otite externa circunscrita?

A

inflamação pilosebácea na porção cartilaginosa do conduto auditivo externo (foliculite/espinha do ouvido), causada pelo Staphylococcus aureus.

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30
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da otite externa circunscrita?

A

Os sintomas incluem dor à compressão do tragus, prurido na fase inicial e, em casos mais raros, otorreia ou perda auditiva.

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31
Q

Como é feito o tratamento da otite externa circunscrita?

A

tratamento varia de acordo com a gravidade do caso:

Casos leves: Uso de mupirocina tópica (pomada antibiótica) e AINE (anti-inflamatório não esteroidal).

Casos com flutuação (acúmulo de pus): Drenagem em cruz.

Casos mais graves com flutuação, celulite e linfadenopatia: Antibióticos sistêmicos, como dicloxaciclina.

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32
Q

O que é otomicose?

A

Otomicose é uma infecção fúngica que afeta o conduto auditivo externo, correspondendo a até 20% dos casos de otite externa.

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33
Q

Quais são as etiologias fúngicas mais comuns associadas à otomicose?

A

As etiologias mais comuns incluem Aspergillus (A. niger, A. fumigatus) e Candida.

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34
Q

Como é o quadro clínico da otomicose e quais sintomas se destacam?

A

O quadro clínico é semelhante às infecções bacterianas, com destaque para prurido, otorreia (saída de líquido) e dor menos intensa.

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35
Q

Qual é o tratamento recomendado para otomicose?

A

O tratamento envolve:

Limpeza do conduto auditivo externo.
Uso de gotas otológicas acidificantes.
Uso de antifúngicos tópicos, como cetoconazol e ciclopirox olamina.

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36
Q

O que é otite externa necrosante?

A

Otite externa necrosante é uma osteomielite grave do osso temporal e da base do crânio, decorrente da otite externa difusa aguda. Pode ser potencialmente letal.

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37
Q

Quais são os grupos de indivíduos suscetíveis a otite externa necrosante?

A

Indivíduos suscetíveis incluem idosos, diabéticos e imunocomprometidos.

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38
Q

Quais são as etiologias associadas à otite externa necrosante?

A

As etiologias incluem Pseudomonas aeruginosa (principal), Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Proteus mirabilis, Klebsiella oxytoca e Aspergillus fumigatus.

39
Q

Quais são os sinais clínicos que podem indicar otite externa necrosante?

A

Sintomas incluem otalgia intensa à noite, otorreia purulenta e fétida, e achados específicos como tecidos de granulação ou pólipos na porção posteroinferior do conduto auditivo externo, com osteíte associada.

40
Q

Quais são os critérios obrigatórios para diagnosticar otite externa necrosante?

A

Critérios obrigatórios incluem sinais de otite externa que não respondem a terapia adequada por 2 a 3 semanas, presença de tecido de granulação ou microabscesso na junção osteocartilaginosa no conduto auditivo externo, e ausência de carcinoma no exame microscópico após biópsia incisional.

41
Q

Quais são os exames de imagem usados para avaliar otite externa necrosante?

A

Exames incluem TC do osso temporal com contraste, cintilografia com tecnécio-99 (avaliação de fases iniciais de osteíte) e gálio-67 (seguimento do tratamento), além de RM para avaliar estruturas intracranianas.

42
Q

Qual é o tratamento recomendado para otite externa necrosante?

A

O tratamento envolve internação, controle do diabetes mellitus (DM), limpeza rigorosa do conduto auditivo externo, terapia antibiótica para Pseudomonas (ceftazidima + ciprofloxacina por 4-8 semanas) e tratamento cirúrgico para desbridamento de tecidos necróticos.

43
Q

O que é otite média aguda?

A

Otite média aguda é um processo inflamatório da mucosa da orelha média, caracterizado por otalgia (dor de ouvido), febre, otorreia (saída de líquido do ouvido) e outros sintomas.

44
Q

Quais são os fatores intrínsecos e extrínsecos que podem contribuir para a otite média aguda?

A

Fatores intrínsecos incluem idade, história familiar, gênero masculino, malformações craniofaciais, deficiência imunológica, rinite alérgica, refluxo gastroesofágico, entre outros. Fatores extrínsecos incluem tabagismo passivo, creches, falta de vacinação, mamadas na posição horizontal, entre outros.

45
Q

Quais são as principais etiologias bacterianas associadas à otite média aguda?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis são as principais etiologias bacterianas. Outras menos frequentes incluem Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus.

46
Q

Quais são os critérios diagnósticos para otite média aguda?

A

Os critérios diagnósticos incluem abaulamento timpânico moderado a intenso, otorreia de início recente (48 horas), abaulamento timpânico leve acompanhado de dor de início recente (48 horas) e intensa hiperemia timpânica.

47
Q

Quais são as recomendações gerais para a escolha de antibióticos no tratamento da otite média aguda?

A

Recomenda-se tratar com amoxicilina se o paciente não a utilizou nos últimos 30 dias, não tem conjuntivite purulenta concomitante e não é alérgico. Em outros casos, é necessário considerar outras opções antibióticas.

48
Q

Quais são as opções de tratamento inicial para a otite média aguda?

A

O tratamento inicial inclui amoxicilina 40-50 mg/kg/dia VO 12/12h por 10 dias. Alternativas incluem diferentes dosagens de amoxicilina, amoxicilina associada a clavulanato, ou outros antibióticos em caso de alergia.

49
Q

O que fazer em caso de falha terapêutica em 48-72 horas no tratamento da otite média aguda?

A

Em caso de falha terapêutica, as opções incluem mudar o antibiótico para amoxicilina associada a clavulanato ou ceftriaxona, ou considerar timpanotomia com orientação de um especialista.

50
Q

O que é rinossinusite?

A

Rinossinusite é um processo inflamatório da mucosa que reveste a cavidade nasal e os seios paranasais, causado por agentes físicos, químicos, biológicos ou mecanismos alérgicos.

51
Q

Como a rinossinusite é definida?

A

Inflamação do nariz e dos seios paranasais com ≥ 2 sintomas, incluindo obstrução nasal ou rinorreia, acompanhados ou não por dor/pressão facial e/ou hiposmia/anosmia;

Sinais endoscópicos de pólipos nasais e/ou rinorreia mucopurulenta; e/ou

Alterações tomográficas demonstrando bloqueio do complexo óstio meatal e/ou dos seios paranasais.

52
Q

Quais são os possíveis agentes causadores da rinossinusite?

A

A rinossinusite pode ser causada por agentes físicos, químicos, biológicos (bactérias, vírus, fungos) ou mecanismos alérgicos.

53
Q

Quais são os sintomas mínimos necessários para a definição de rinossinusite?

A

Para a definição de rinossinusite, são necessários ≥ 2 sintomas, incluindo obstrução nasal ou rinorreia, acompanhados ou não por dor/pressão facial e/ou hiposmia/anosmia.

54
Q

Quais são os sinais endoscópicos associados à rinossinusite?

A

Os sinais endoscópicos associados à rinossinusite incluem pólipos nasais e/ou rinorreia mucopurulenta.

55
Q

O que as alterações tomográficas podem revelar em relação à rinossinusite?

A

As alterações tomográficas podem revelar o bloqueio do complexo óstio meatal e/ou dos seios paranasais em casos de rinossinusite.

56
Q

Qual é a função das células caliciformes no epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado?

A

As células caliciformes produzem muco constantemente na mucosa nasal e paranasal.

57
Q

Qual é a importância da drenagem do muco?

A

A drenagem do muco é fundamental para remover partículas e microrganismos, evitando o acúmulo e a possível infecção.

58
Q

Qual é a duração da rinossinusite aguda (RSA)?

A

A rinossinusite aguda dura até 12 semanas e desaparece completamente após o tratamento instituído.

59
Q

Como é definida a rinossinusite crônica?

A

A rinossinusite crônica é caracterizada por uma duração superior a 12 semanas.

60
Q

O que é a rinossinusite aguda recorrente?

A

A rinossinusite aguda recorrente ocorre quando há mais de 4 episódios por ano, com sinais e sintomas consistentes com a RSA, e ausência completa de sintomas entre os episódios.

61
Q

Qual é a diferença entre rinossinusite aguda e crônica em termos de duração?

A

A rinossinusite aguda dura até 12 semanas, enquanto a rinossinusite crônica tem uma duração superior a 12 semanas.

62
Q

Quais são os sintomas que caracterizam o início súbito de rinossinusite aguda (RSA)?

A

O início súbito de RSA é caracterizado pela presença de ≥ 2 sintomas, incluindo obstrução nasal, congestão nasal ou rinorreia, dor/pressão facial e alteração no olfato.

63
Q

Qual é a duração dos sintomas do resfriado comum ou da rinossinusite viral?

A

Os sintomas do resfriado comum ou da rinossinusite viral duram menos de 10 dias.

64
Q

Como a rinossinusite aguda não viral é diferenciada da viral?

A

A rinossinusite aguda não viral é caracterizada pela piora dos sintomas após 5 dias ou persistência dos sintomas após 10 dias, com uma duração total de menos de 12 semanas.

65
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de rinossinusite crônica com ou sem pólipos?

A

A rinossinusite crônica com ou sem pólipos é diagnosticada pela presença de ≥ 2 sintomas, com um deles sendo obstrução nasal ou rinorreia, acompanhados ou não por dor/pressão facial ou alteração no olfato, com duração superior a 12 semanas.

66
Q

Qual é a diferença entre a duração dos sintomas na rinossinusite aguda não viral e na crônica?

A

Na rinossinusite aguda não viral, os sintomas pioram após 5 dias ou persistem após 10 dias, enquanto na crônica, os sintomas duram mais de 12 semanas.

67
Q

Como é realizado o diagnóstico das rinossinusites (RS)?

A

O diagnóstico das RS é clínico e baseado em dados da anamnese, exame físico e duração dos sintomas.

68
Q

Quais são os sintomas maiores associados às RS?

A

Os sintomas maiores incluem dor ou pressão facial, congestão nasal, rinorreia mucopurulenta, hiposmia e febre (na sinusite aguda).

69
Q

Por que a hiposmia ocorre nas RS?

A

A hiposmia ocorre devido à congestão e edema nasais, que impedem a chegada das partículas olfativas aos feixes olfatórios no teto da cavidade nasal.

70
Q

Quais são os achados do exame físico nas RS?

A

Os achados do exame físico incluem edema/eritema maxilar, orbital e frontal, hiperemia e edema de conchas nasais na rinoscopia anterior, secreção mucopurulenta na cavidade nasal e meato médio, secreção posterior na orofaringe e alterações na membrana timpânica na otoscopia.

71
Q

Como diferenciar entre RS viral e bacteriana?

A

Quadros severos (dor, febre, rinorreia purulenta) e/ou persistentes (IVAS que persistem ou pioram por > 7-10 dias) sugerem RS bacteriana. Quadros mais leves, com congestão nasal, prejuízo da drenagem e aeração, e rinorreia hialina, sugerem RS viral.

72
Q

Como a RS viral predispõe à infecção bacteriana?

A

A RS viral predispõe à infecção bacteriana porque a cavidade nasal inflamada oferece um meio de cultura ideal para o crescimento bacteriano.

73
Q

Quando são indicados os exames complementares nas rinossinusites?

A

Os exames complementares são indicados nas RSA que não estão evoluindo bem, nas RSC (rinossinusite crônica), nas recorrentes, nas complicações das RS e quando há indicação cirúrgica.

74
Q

Qual é o critério para solicitar um exame de imagem em rinossinusites?

A

Exames de imagem, como radiografia (RX) simples, são indicados quando há espessamento de mucosa > 4mm, nível líquido ou opacificação total.

75
Q

Além da radiografia simples, quais outros exames de imagem podem ser solicitados para RS?

A

Além da radiografia (RX) simples, outros exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) também podem ser indicados.

76
Q

Em que situações específicas os exames complementares são mais frequentemente solicitados?

A

Em que situações específicas os exames complementares são mais frequentemente solicitados?

77
Q

Qual é a vantagem da tomografia computadorizada (TC) e da ressonância magnética (RM) em comparação com a radiografia simples para as RS?

A

A TC e a RM fornecem imagens mais detalhadas e precisas das estruturas nasais e paranasais em comparação com a radiografia simples, permitindo uma avaliação mais completa das condições.

78
Q

Quais são os principais agentes virais associados à rinossinusite aguda (RSA)?

A

Os vírus, como o adenovírus, são os principais agentes causadores da RSA.

79
Q

Quais são os agentes bacterianos comuns associados à RSA?

A

Os agentes bacterianos comuns da RSA incluem Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e outros.

80
Q

Quais são os agentes bacterianos associados à rinossinusite crônica (RSC)?

A

Os agentes bacterianos associados à RSC incluem Staphylococcus aureus, Streptococcus coagulase negativo, Streptococcus hemolyticus, Peptostreptococcus, Prevotella, Bacteroides e Propionibacterium.

81
Q

Quais são os fatores funcionais que predispõem às rinossinusites?

A

Fatores funcionais incluem IVAS (infecções virais do trato respiratório superior), rinite alérgica, irritantes ambientais, imunodeficiências, fibrose cística, discinesia ciliar e síndrome de Kartagener.

82
Q

Por que a fibrose cística, a discinesia ciliar e a síndrome de Kartagener predispõem a infecções nas rinossinusites?

A

Essas condições afetam a estrutura e função ciliar, prejudicando a drenagem de muco da cavidade nasal e paranasal, facilitando a instalação de infecções.

83
Q

Quais são os fatores anatômicos que podem predispor às rinossinusites?

A

Fatores anatômicos incluem alterações no meato médio, desvio de septo, presença de corpo estranho, hiperplasia adenoideana e hipertrofia de conchas nasais.

84
Q

Qual é o tratamento para a rinossinusite viral?

A

Medidas de suporte, como analgésicos e antitérmicos.

Restabelecimento fisiológico nasossinusal através de hidratação, nebulização e lavagem nasal.

Medidas para o bloqueio óstio-meatal, como lavagem nasal (isosmolar, hiperosmolar), descongestionantes e corticoides.

85
Q

Qual é o objetivo da antibioticoterapia no tratamento da rinossinusite bacteriana?

A

A antibioticoterapia visa erradicar as bactérias do sítio de infecção para reduzir o tempo de sintomas, obter cura completa, evitar cronicidade e prevenir complicações.

86
Q

Qual é a duração clássica do tratamento da RSA bacteriana?

A

A duração clássica do tratamento da RSA bacteriana é de 14 dias.

87
Q

Qual é a primeira escolha de antibiótico para o tratamento da RSA bacteriana?

A

amoxicilina

88
Q

Quais são as alternativas de antibióticos para pacientes alérgicos para RS bacteriana?

A

cefuroxima (cefalosporina de 2ª geração), macrolídeos (azitromicina/claritromicina), sulfametoxazol-trimetoprim (Bactrim®) e levofloxacina.

89
Q

Quais são as opções de segunda escolha de antibióticos?

A
90
Q

Qual é o tratamento antibiótico de primeira escolha para a rinossinusite crônica (RSC) bacteriana?

A

A primeira escolha de antibiótico para a RSC bacteriana é a amoxicilina-ácido clavulânico.

91
Q

Qual é o regime de antibióticos utilizado no tratamento hospitalar de rinossinusites bacterianas graves?

A

O tratamento antibiótico hospitalar para rinossinusites bacterianas graves consiste na administração intravenosa de Ceftriaxona em combinação com Clindamicina.

92
Q

Em quais situações a cirurgia funcional é indicada no tratamento das rinossinusites?

A

A cirurgia funcional está indicada nas rinossinusites agudas recorrentes, para corrigir fatores predisponentes (como desvio de septo) e em casos de complicações.

93
Q

Quando a cirurgia é indicada nas rinossinusites crônicas (RSC)?

A

A cirurgia é indicada nas RSC quando os casos são refratários e não melhoram com tratamento clínico prolongado.