Ortopedia Flashcards

1
Q

O que são lesões fisárias (ou fraturas da infância)?

A

As lesões fisárias ocorrem na placa ou cartilagem de crescimento, que é responsável pelo crescimento ósseo longitudinal. O crescimento ósseo na criança acontece na placa epifisária e no centro de ossificação da epífise.

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2
Q

Quais são as diferenças entre lesões fisárias e fraturas em adultos?

A

As lesões fisárias consolidam mais rapidamente e têm remodelação precoce. A criança possui cápsula articular e ligamentos resistentes, mas a placa de crescimento é frágil. Lesões como entorses e contusões podem causar fraturas fisárias.

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3
Q

Como o comprometimento da fise pode afetar o crescimento?

A

O comprometimento da fise pode ser total, causando a parada do crescimento, ou parcial, gerando deformidades angulares.

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4
Q

Qual é a fase de estirão em meninas e meninos?

A

A fase de estirão ocorre por volta dos 11-12 anos em meninas e dos 12-14 anos em meninos.

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5
Q

Onde ocorre o crescimento ósseo na placa fisária?

A

O crescimento ósseo ocorre nas zonas proliferativa e hipertrófica da placa fisária.

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6
Q

Quais são as características da zona hipertrófica da placa fisária?

A

A zona hipertrófica é caracterizada pelo crescimento dos condrócitos, resultando na hipertrofia, com escassa matriz cartilaginosa. É subdividida em camada de maturação, camada de degeneração (apoptose dos condrócitos) e camada de calcificação.

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7
Q

Onde ocorrem predominantemente as fraturas fisárias e por que essa zona é mais vulnerável?

A

As fraturas fisárias ocorrem principalmente na zona hipertrófica, que é mais vulnerável devido à menor concentração de matriz cartilaginosa e ao maior tamanho das células, resultando em menor proteção.

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8
Q

Quais são os elementos do quadro clínico de uma lesão fisária?

A

Dor
Atitude antiálgica: Postura adotada para aliviar a dor.
Edema
Dor à palpação na fise
Perda de função
Deformidade e desvios ósseos

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9
Q

O que é a Síndrome da Criança Espancada e quais são suas características?

A

A Síndrome da Criança Espancada envolve a presença de múltiplas fraturas em estágios diferentes de remodelação óssea. Isso pode indicar um histórico de abuso físico na criança.

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10
Q

Quais são os exames de imagem utilizados para diagnosticar lesões fisárias?

A

RX
TC
RM

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11
Q

Quando é obrigatória a solicitação do RX e quando os outros exames são indicados? lesao fisária

A

A solicitação do RX é mandatória. Os outros exames de imagem (TC e RM) são solicitados quando é necessário melhor identificação da fratura.

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12
Q

Quais são os tipos de classificação de Salter e Harris para lesões fisárias?

A

Tipo I: Lesão total na fise.
Tipo II: Lesão fisária total ou parcial, com fragmento da metáfise.
Tipo III: Lesão fisária parcial com envolvimento epifisário.
Tipo IV: Lesão de epífise, fise e metáfise.
Tipo V: Compressão da placa.

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13
Q

Como é a lesão do tipo V na classificação de Salter e Harris?

A

A lesão do tipo V envolve compressão da placa. Essa lesão é de difícil diagnóstico e pode ser suspeitada quando o paciente apresenta sintomas típicos, mas as alterações não são visíveis nos exames de imagem.

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14
Q

O que fazer se houver diferentes tipos de fratura em diferentes incidências do RX?

A

Se houver diferentes tipos de fratura em diferentes incidências do RX (por exemplo, tipo III em uma incidência e tipo II em outra), o paciente é classificado como tipo IV.

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15
Q

Quais fatores influenciam o tratamento de lesões fisárias?

A

Gravidade da lesão
Localização anatômica
Classificação da lesão
Plano de deformidade
Idade do paciente
Potencial de crescimento da fise

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16
Q

Como é tratada a lesão de Salter I e II?

A

As lesões de Salter I e II são tratadas de forma conservadora, com redução incruenta (sem cirurgia) e aplicação de gesso. A reavaliação é realizada semanalmente até que haja formação do calo ósseo e conclusão da remodelação.

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17
Q

Qual é o tratamento para lesões de Salter III e IV?

A

As lesões de Salter III e IV são tratadas cirurgicamente, com redução cruenta (cirurgia para reposicionar os ossos) e fixação das fraturas articulares.

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18
Q

Como é tratada a lesão de Salter V?

A

O tratamento das lesões de Salter V é voltado para a correção de deformidades articulares. Essa lesão é de difícil diagnóstico.

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19
Q

Quais são as principais complicações das fraturas fisárias?

A

Aceleração do crescimento, que raramente ocorre e, quando acontece, resulta em pequeno hipercrescimento.

Parada do crescimento, que pode ser total ou parcial, causando desvios em varo e valgo ou desvios rotacionais.

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20
Q

Qual é o macete para lembrar sobre desvios em varo e valgo?

A

O macete é: “valgo não cavalga”.

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21
Q

Sarcopenia é uma doença do envelhecimento, juntamento com:

A

osteoartrite e osteoporose

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22
Q

Qual definição de sarcopenia?

A

doença muscular caracterizada pela redução de força associada à diminuição da qualidade muscular e/ou desempenho físico

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23
Q

Quais fatores causais da sarcopenia?

A

falta de atividade fisica
deficit nutricional
alterações hormonais e endócrinas
fator genético
doenças cronicas
mudança severa na composição corporal
aumento dos niveis de citocinas inflamatórias

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24
Q

Quais as fibras musculares mais acometidas na sarcopenia?

A

fibras tipo II (anaeróbicas de contração rapida)

(também prejudica as fibras tipo I)

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25
Q

Quais os dois principais fatores envolvidos na sarcopenia que fazem redução do estimulo anabolico?

A

1- resistencia a substancia anabólicas
2- aumento da produção de IL

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26
Q

O que a produção de IL-1, IL6 e TNF causa na sarcopenia?

A

perda de aminoacidos e aumento da quebra de fibras musculares

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27
Q

Como a sarcopenia pode ser classificada?

A

primária (relacionada ao envelhecimento) e secundária (atividade, doença e nutrição)’

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28
Q

Quais sao os estágios da sarcopenia?

A

pre sarcopenia- redução da massa muscular

sarcopenia- redução da massa muscular + força muscular ou performance

sarcopenia grave- redução da massa muscular + performance + força muscular

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29
Q

Como se faz o diagnóstico de sarcopenia?

A

1- auxiliado pelo questionário sarc-f
2- algoritmo da sarcopenia EWGSOP2
3- AVALIAR FORÇA MUSCULAR
4- AVALIAR QUANTIDADE E QUALIDADE MUSCULAR
5- AVALIAR PERFORMANCE FÍSICA (PARA SARCOPENIA GRAVE)

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30
Q

Como se avaliar a força muscular na sarcopenia?

A

uso de dinamômetro e teste do levantar da cadeira

1- alterações da dinamometria é <16kg nas mulheres e <27kg nos homens
2- teste da cadeira o pct deve levantar no minimo 5x

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31
Q

Como se avalia a quantidade e qualidade de massa muscular?

A

densitometria (DEXA) OU bioimpedancia

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32
Q

Quais os cortes de MMEA para sarcopenia?

A

1- homens < 20 kg
2- mulheres menor que 15kg

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33
Q

Quais os cortes de IMMEA para sarcopenia?

A

1- homens menor que 7kg/m2
2- mulheres < 5.5 kg/m2

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34
Q

Quais exames de imagem podem ser usados para avaliar quantidade de massa muscular?

A

1- US: vantajosa pois nao utiliza radiação
2- TC: padrão ouro, mas utiliza radiação e tem alto custo
3- RM: padrão-ouro, sensivel a infiltração de gordura na musculatura e nao utiliza radiçao

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35
Q

Como se avaliar desempenho físico na sarcopenia?

A

1- teste de velocidade de 4m (NI: <0,8M/S)
2- time up and go: sair da cadeira, andar 3m e voltar a posição sentada (NI: < 20S)
3- Teste da caminhada de 400m (NI: <6MIN)

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36
Q

QUAL É O TRATAMENTO NAO FARMACOLOGICO DA SARCOPENIA?

A

1- PREVENÇÃO
2- EXERCÍCIOS RESISTIDOS
3- EXERCICIO AEROBICO NO INTERVALO
4- ALIMENTAÇÃO (1,2-1,6 G DE PROTEÍNA POR KG)
5- SUPLEMENTOS
6- MENOS SEDENTARISMO (ATIV. DE 30MIN)
7- FISIOTERAPIA

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37
Q

QUAIS OS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS DA SARCOPENIA?

A

1- HORMONIOS SEXUAIS (TESTOSTERONA E ESTRÓGENO)
2- ANALOGOS GHRELINA
3- INIBIDORES DE MIOSTATINA
4- REPOSIÇÃO DE GH
5- DHEA (aumento de testo e igf-1)

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38
Q

Qual é o grupo etário mais suscetível a fraturas de fêmur proximal?

A

Idosos, especialmente na faixa etária de 75 anos.

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39
Q

Quais são os mecanismos comuns de fratura em idosos?

A

Traumas de baixa energia, como quedas no ambiente doméstico, ou até mesmo ausência de traumas devido à fragilidade óssea (osteopenia/porose).

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40
Q

Como ocorrem as fraturas de fêmur proximal em jovens?

A

Geralmente são secundárias a traumas de alta energia, como acidentes.

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41
Q

Quais complicações médicas estão associadas às fraturas de fêmur proximal?

A

Distúrbios como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias, demência e outros distúrbios cognitivos e neurológicos que aumentam o risco de complicações.

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42
Q

Quais são os fatores relacionados à maior ocorrência de quedas nos idosos?

A

Distúrbios neurológicos que afetam a estabilidade e o equilíbrio.

Uso de medicamentos como hipotensores e psicotrópicos.

Redução da força muscular e presença de artropatias.

Ambiente com obstáculos, pisos escorregadios e iluminação insuficiente

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43
Q

Quais são os principais tipos de fraturas de fêmur proximal?

A

Fraturas do colo do fêmur.

Fraturas transtrocanterianas.

Fratura da cabeça do fêmur.

Luxação do quadril.

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44
Q

Qual é o exame mandatório para o diagnóstico de fraturas de fêmur proximal?

A

Radiografia (RX).

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45
Q

Qual é o intervalo de tempo em que é obrigatória a cirurgia após uma fratura de fêmur proximal?

A

A cirurgia é obrigatória entre 24-48 horas após a fratura.

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46
Q

O que é uma fratura transtrocanteriana?

A

Uma fratura localizada entre os dois trocânteres do fêmur, extracapsular e relacionada à osteoporose.

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47
Q

Qual é a evolução típica das fraturas transtrocanterianas?

A

Esse tipo de fratura geralmente evolui com boa consolidação.

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48
Q

Quais são os sinais clínicos de uma fratura transtrocanteriana?

A

Dor intensa.

Impotência funcional total.

Encurtamento visível da perna afetada.

Rotação EXTERNA do membro afetado.

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49
Q

Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas transtrocanterianas?

A

Avaliação clínica dos sintomas.

Radiografias (RX) nas projeções anteroposterior (AP) e perfil.

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50
Q

Como é a classificação DAS FRATURAS TRANSTROCANTERIANAS segundo o sistema AO 31-A?

A

31-A1: FRATURA SIMPLES, ESTÁVEL

31-A2: FRATURA DESVIADA, FRAGMENTADA E INSTÁVEL

31-A3: FRATURAS INTERTROCANTERIANAS, TRAÇO INVERTIDO

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51
Q

Qual tratamento para lesões transtrocanterianas?

A

cirúrgico, com osteossíntese (tecnicas DHSe haste bloqueada)

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52
Q

Qual é o principal mecanismo de fratura das fraturas do colo do fêmur?

A

Queda da própria altura é o principal mecanismo em idosos, enquanto em jovens é causada por trauma de alta energia.

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53
Q

Quais são as características das fraturas do colo do fêmur?

A

São fraturas intracapsulares.
Clinicamente, provocam pouca rotação externa do membro.

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54
Q

Por que as fraturas do colo do fêmur apresentam alto risco de necrose avascular?

A

Essas fraturas interrompem a irrigação sanguínea pelas artérias femoral e circunflexa medial, aumentando o risco de necrose avascular.

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55
Q

Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas do colo do fêmur?

A

Radiografia (RX) em projeção anteroposterior (AP) com rotação interna.

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56
Q

Como a Classificação de Garden é dividida?

A

A Classificação de Garden é dividida em quatro tipos:

Tipo I: Fratura incompleta, não deslocada.
Tipo II: Fratura completa, mas sem deslocamento.
Tipo III: Fratura completa com deslocamento parcial.
Tipo IV: Fratura completa com deslocamento total.

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57
Q

O que é a Classificação de Garden?

A

A Classificação de Garden é um sistema utilizado para categorizar fraturas do colo do fêmur de acordo com o grau de deslocamento.

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58
Q

Como é o tratamento para fraturas Garden I e II?

A

3 parafusos canulados paralelos de 7mm ou DHS com parafuso antirotatório (basocervical)

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59
Q

Qual é o tratamento cirúrgico para Garden III e IV?

A

osteossíntese c/ parafusos em jovens (evita-se artroplastia), e
artroplastia primária em idosos (total em
idosos ativos, parcial naqueles mais debilitados)

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60
Q

Quais são os principais fatores relacionados às fraturas da cabeça do fêmur?

A

São fraturas raras, mais comuns em jovens, geralmente resultantes de traumas de alta energia, muitas vezes associadas a luxação coxofemoral.

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61
Q

Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas da cabeça do fêmur?

A

Radiografias (RX) e Tomografia Computadorizada (TC) são utilizadas para diagnóstico.

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62
Q

Como a clínica típica de fraturas da cabeça do fêmur pode ser identificada?

A

A rotação do membro afetado é tipicamente interna.

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63
Q

Qual é o tratamento mais comum para fraturas da cabeça do fêmur?

A

A maioria dos casos é tratada cirurgicamente, frequentemente usando parafuso esponjoso de 3,5mm ou o tipo de parafuso Hebert.

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64
Q

Quais são as principais causas da luxação de quadril?

A

luxação de quadril está associada a traumas de alta energia e pode ocorrer quando o quadril está fletido, podendo ser acompanhada de fraturas de cabeça do fêmur.

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65
Q

Quais são os tipos de luxação de quadril?

A

Existem três tipos principais de luxação de quadril:

Luxação anterior.
Luxação posterior (a mais comum).
Luxação central.

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66
Q

Qual é a associação importante frequentemente observada com a luxação de quadril?

A

A luxação de quadril frequentemente está associada à paresia (fraqueza parcial) do nervo ciático.

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67
Q

Por que é necessária uma redução urgente em casos de luxação de quadril?

A

A redução urgente (em até 12 horas) é necessária para evitar danos ao nervo ciático e à circulação da cabeça do fêmur.

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68
Q

Qual é a técnica utilizada para realizar a redução de uma luxação de quadril?

A

A técnica envolve tração do membro e contratação segurando a pelve.

69
Q

O que são ligamentos?

A

Ligamentos são formados por tecido conjuntivo denso e organizado.
Eles são estabilizadores estáticos das articulações, conectando ossos entre si.

70
Q

Qual é a função dos ligamentos?

A

Os ligamentos limitam o movimento articular e guiam os ossos durante o movimento.

71
Q

O que é uma entorse?

A

Uma entorse é uma lesão causada pelo alongamento excessivo de um ligamento.

72
Q

Quais são as causas comuns de entorses?

A

Movimento brusco, quedas, golpes e torções da articulação.

73
Q

Como as entorses são classificadas?

A

Grau I: Estiramento - ligamento preservado, dor ligamentar e edema local.

Grau II: Lesão Parcial - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso e hematoma.

Grau III: Lesão Total / Ruptura - provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

74
Q

Quais são as manifestações clínicas comuns das lesões ligamentares?

A

Dor contínua, localizada, leve a intensa.
Edema e equimose.
Impossibilidade de marcha.

75
Q

Quais são os passos principais do exame físico para lesões ligamentares?

A

Avaliar vascular e neurológicamente.

Investigar deformidades, edema, equimose, ferimentos abertos e movimentos anormais.

Examinar articulações acima e abaixo da área lesionada.

Excluir fraturas e luxações (clínica/imagem).

Realizar exame de esforço das articulações comprometidas para avaliar dor e instabilidade.

76
Q

Quando é postergado o teste de estresse?

A

Se houver suspeita de fratura, o teste é adiado até que o raio-X descarte essa possibilidade.

77
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

78
Q

Como são realizados os exames de esforço à beira do leito?

A

Passivamente abrindo a articulação em direção perpendicular à amplitude normal do movimento.

79
Q

Quais são os dois principais testes de estresse utilizados?

A

Teste de estresse em varo e valgo.
Teste da gaveta.

80
Q

O que são lesões crônicas nas lesões ligamentares?

A

Resultam da falta ou insucesso no tratamento de lesões agudas.

81
Q

Como as lesões crônicas são caracterizadas?

A

Por instabilidade funcional, como o tornozelo que desloca ou entorses de repetição.

82
Q

Quais exames diagnósticos podem ser utilizados para lesões ligamentares?

A

RX: para fraturas associadas.

US: para lesões ligamentares.

RM: para fase aguda/tardia e instabilidade articular.

83
Q

Como é o tratamento inicial para lesões LIGAMENTARES de grau I e II?

A

Programa de tratamento funcional com PRGCE:

Proteção para evitar mais lesões.

Repouso para prevenir lesões posteriores e acelerar a consolidação.

Gelo e Compressão para minimizar edema e dor.

Elevação do membro lesado acima do coração.

84
Q

O que significa o acrônimo PRGCE?

A

Proteção, Repouso, Gelo e Compressão, Elevação.

85
Q

Quais são as opções de tratamento para lesões ligamentares de grau III?

A

a) Imobilização por 4-6 semanas.

b) Tratamento funcional.

c) Cirurgia para rupturas graves, especialmente em atletas.

86
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

86
Q

Qual é a vantagem da cirurgia para lesões ligamentares grau III?

A

Menor instabilidade residual após o tratamento.

87
Q

Quais são as sequelas possíveis de lesões ligamentares?

A

Instabilidade permanente - devido a tratamento inadequado ou falta de adesão ao tratamento funcional.
Artrose prematura - função articular deficiente leva a uma patologia degenerativa.
Calcificações periarticulares - surgem devido a lesões recorrentes em pacientes crônicos.

88
Q

Quais são as complicações que podem ocorrer a longo prazo devido a lesões ligamentares?

A

Instabilidade - especialmente entorses de grau 3, que podem causar instabilidade articular incapacitante e aumentar o risco de osteoartrite.

Rigidez e comprometimento da amplitude do movimento - mais provável após imobilização prolongada, especialmente em articulações como joelho, cotovelo e ombro.

Osteoartrite - lesões que causam instabilidade articular podem danificar a cartilagem articular, levando a danos repetidos e osteoartrite.

89
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

90
Q

O que são músculos e qual é a sua função no corpo?

A
91
Q

O que são músculos e qual é a sua função no corpo?

A

Músculos são estruturas individuais que cruzam uma ou mais articulações e, por meio de sua contração, são capazes de transmitir movimento. Eles são a estrutura motora do corpo.

92
Q

Qual é a principal causa de lesões musculares e qual é a porcentagem de lesões que ocorrem durante atividades esportivas?

A

A maior parte das lesões musculares ocorre durante atividades esportivas, representando de 10% a 55% de todas as lesões.

93
Q

Quais são os três músculos mais frequentemente afetados por lesões?

A

Os músculos mais afetados são Isquiotibiais, Quadríceps e Gastrocnêmios.

94
Q

O que é uma contusão muscular e quais são os sintomas associados a ela?

A

A contusão muscular ocorre devido a um traumatismo direto, apresentando dor localizada, edema, hematoma, limitação de força e mobilidade articular, rigidez e dor ao alongamento passivo.

95
Q

O que é a Dor Muscular Tardia (DMT) e quando ela geralmente ocorre?

A

A DMT afeta indivíduos que retomaram a atividade física após um período de inatividade, resultando em desconforto e dor algumas horas após o término da atividade, sendo mais intensos de 24 a 48 horas após.

96
Q

O que é uma laceração muscular e quando ela ocorre?

A

A laceração muscular resulta de traumatismos graves, mais penetrantes, e é menos comum entre os praticantes de esportes.

97
Q

O que é um estiramento muscular e qual é sua característica principal?

A

O estiramento muscular é uma lesão indireta caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites normais, sendo uma das lesões mais comuns nos membros.

98
Q

Quais são as diferentes localizações das lesões musculares?

A

Arrancamento ósseo
Tendão
Transição miotendínea
Músculo

99
Q

Como as lesões musculares podem ser classificadas quanto à gravidade?

A

Lesões podem ser classificadas em parciais (afetando parte das fibras) ou totais (ruptura completa).

100
Q

Quais são as categorias de tempo para classificar lesões musculares?

A

Aguda (até 21 dias)
Crônica (> 21 dias)

101
Q

Descreva o Tipo I de lesão muscular.

A

Tipo I é um estiramento que afeta menos de 5% das fibras musculares, causando dor à contração e alongamento passivo, edema pequeno, danos mínimos ao tecido e ausência de perda de função.

102
Q

Descreva o Tipo II de lesão muscular.

A

Tipo II é uma ruptura parcial que afeta 5-50% das fibras musculares, causada por contração máxima. Apresenta edema, dor que piora contra resistência, hemorragia moderada e função limitada pela dor.

103
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

104
Q

Descreva o Tipo III de lesão muscular.

A
105
Q

Descreva o Tipo III de lesão muscular.

A

Tipo III é uma ruptura total, com ruptura completa das fibras musculares. Apresenta defeito visível, grande edema, hemorragia e perda completa da função.

106
Q

Quando usar gelo e quando usar calor no tratamento de lesões musculares?

A

O gelo é recomendado para reduzir edema e dor em casos de inflamação. A bolsa de água quente é útil para aliviar a contração muscular excessiva em situações de tensão crônica da musculatura.

107
Q

Quais são algumas das causas predisponentes para lesões musculares?

A

Fadiga muscular: Depósito excessivo de ácido lático no músculo.

Fadiga nervosa: Perda do automatismo da contração muscular.

Condições climáticas: Frio e alta umidade.

Práticas extemporâneas: Exigir da musculatura acima da condição atual.

Erro de treinamento.

108
Q

Quais são os sintomas comuns associados a lesões musculares?

A

Dor (principal sintoma)
Hematoma (frequentemente presente)
Edema
Impotência funcional
Solução de continuidade

109
Q

Quais são os exames utilizados para diagnosticar lesões musculares?

A

Ultrassonografia (US)
Ressonância Magnética (RM)

110
Q

Qual é a primeira fase do tratamento de lesões musculares e o que ela envolve?

A

Na primeira fase, evita-se a mobilização do membro afetado para evitar o aumento do tecido cicatricial. Após 3 a 4 dias, inicia-se a mobilização passiva, alongamento suave e aquecimento da musculatura.

111
Q

Quais são os exercícios iniciais recomendados durante o tratamento de lesões musculares?

A

Exercícios isométricos e alongamentos suaves devem ser iniciados. Quando o paciente pode alongar a musculatura afetada e realizar exercícios básicos sem dor, o treinamento direcionado pode começar.

112
Q

Qual é o papel dos anti-inflamatórios no tratamento de lesões musculares?

A

Evidências sugerem que analgésicos são mais eficazes do que anti-inflamatórios. Anti-inflamatórios podem interferir no processo cicatricial e reduzir a função muscular.

113
Q

Quais são os tratamentos específicos para diferentes tipos de lesões musculares?

A

Desinserção/arrancamento ósseo: Cirurgia.
Ruptura tendinosa: Tenorrafia.
Ruptura muscular total: Miorrafia.

114
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

115
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

116
Q

Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?

A

Avaliar a estabilidade das articulações.

117
Q

O que é osteomielite?

A

Osteomielite é uma infecção óssea que pode afetar qualquer parte do osso (cortical, esponjosa, medular).

118
Q

Quais são as características da osteomielite?

A

A osteomielite se propaga rapidamente, tende a se tornar crônica e pode causar sequelas físicas e sociais.

119
Q

Quais são as classificações da osteomielite?

A

Osteomielite hematogênica aguda: Origina-se de focos infecciosos distantes através da disseminação sanguínea.

Osteomielite crônica: Resulta da falha de tratamento da forma aguda e pode apresentar sequestro ósseo.

Abscesso ósseo: Infecção mais branda e latente.

Osteomielite pós-traumática/operatória.

120
Q

Quais bactérias são comuns causadoras de osteomielite?

A

Staphylococcus, Pneumococo, Gonococos, Salmonella e outras bactérias podem causar osteomielite.

121
Q

Como ocorre a disseminação da osteomielite?

A

Êmbolos bacterianos viajam pela circulação a partir de focos infecciosos distantes e se implantam na circulação terminal do osso metafisário, causando inflamação local, exsudato e infiltrado intersticial.

122
Q

O que é o abscesso de Brodie?

A

O abscesso de Brodie é uma coleção purulenta que se forma como resultado do processo exsudativo na osteomielite, podendo estabilizar ou progredir.

123
Q

Como a osteomielite pode progredir para pioartrite?

A

A progressão para pioartrite ocorre principalmente em ossos com cápsula articular próxima à região metafisária, podendo gerar artrite séptica.

124
Q

O que é sequestro ósseo?

A

Sequestro ósseo é um fragmento de osso necrótico que se separa do osso vitalizado, podendo ocorrer em estágios avançados da osteomielite.

125
Q

Como a osteomielite se manifesta de forma diferente em crianças?

A

Nas crianças, o processo é mais lento e pode ocorrer uma reação periosteal, caracterizada por múltiplas camadas de tentativa de contenção do pus pelo periósteo, resultando na imagem radiológica em “casca de cebola”. Isso é um diagnóstico diferencial importante em relação ao sarcoma de Ewing.

126
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da osteomielite?

A

Os sintomas clínicos da osteomielite incluem dor, impotência funcional, edema, hiperemia e hipertermia na região afetada.

127
Q

Quais são os exames complementares usados no diagnóstico da osteomielite?

A

Hemograma (HMG): Apresenta leucocitose, desvio à esquerda e anemia.

VHS/PCR elevados: São utilizados para controle e acompanhamento.

Radiografia (RX): Lesões ósseas surgem após 5-7 dias.

Ultrassonografia (US): Ajuda a diferenciar osteomielite e pioartrite.

Ressonância magnética (RM): Considerada padrão-ouro, porém não é solicitada de rotina.

Cultura e antibiograma: Importantes para identificação do agente infeccioso e escolha do tratamento antibiótico.

128
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da osteomielite?

A

Os diagnósticos diferenciais da osteomielite incluem artrite reumatoide, gota, tumores (especialmente o tumor de Ewing) e artrite séptica.

129
Q

Qual é o tratamento para a osteomielite?

A

Punção local
Drenagem cirúrgica
Desbridamento e lavagem com solução salina 0,9%
Cultura (geralmente Staphylococcus)
Antibióticos: Devem ser iniciados o mais rápido possível e administrados por 4-6 semanas. Exemplos incluem Ceftriaxona e Oxacilina.

130
Q

O que é artrite séptica?

A

Artrite séptica é uma infecção que afeta a articulação, resultando da disseminação de bactérias para a metáfise e a região intra-articular.

131
Q

Qual é a fisiopatologia da artrite séptica?

A

As bactérias podem chegar à cápsula articular por via hematogênica, contiguidade ou contaminação direta. Enzimas condrolíticas presentes nas bactérias consomem o colágeno articular, causando erosões articulares e grumos articulares. O processo inflamatório resultante causa aumento da pressão local e distensão articular.

132
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da artrite séptica?

A

Os sintomas incluem dor variando de leve a intensa, posição de defesa, aumento do volume articular, calor local e hiperemia.

133
Q

Quais são os exames complementares usados no diagnóstico da artrite séptica?

A

Hemograma (HMG): Mostra leucocitose, desvio à esquerda e anemia.
VHS/PCR elevados (VHS acima de 20mm): Indicam processo inflamatório.
Radiografia (RX): Lesões ósseas são visíveis após 48 horas.
Ultrassonografia (US): Pode evidenciar líquido articular precocemente.
Cultura e antibiograma: Importantes para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento.
Punção articular: Considerada padrão-ouro para diagnóstico.

134
Q

Qual é o tratamento para artrite séptica?

A

Drenagem cirúrgica da articulação.
Irrigação contínua por 24-48 horas.
Imobilização da articulação para alívio da dor.
Antibióticos.

135
Q

Quais são os limites de tempo para a otite média aguda (OMA) e a otite média persistente?

A

OMA dura até 2 meses; Persistente além de 2 semanas.

136
Q

Quando a otite média aguda (OMA) se torna otite média crônica (OMC)?

A

Quando o processo inflamatório persiste por 3 meses ou mais.

137
Q

Quais são os grupos em que a otite média crônica (OMC) pode ser subdividida?

A

(1) Não colesteatomatosa; (2) Colesteatomatosa

138
Q

Quais são os impactos da otite média crônica (OMC) na vida dos afetados?

A

Perda auditiva; Secreção fétida recidivante.

139
Q

Quais são as principais complicações associadas a casos graves de otite média crônica (OMC)?

A

Paralisia facial; Vertigem; Complicações intracranianas.

140
Q

Quais são os fatores de risco mais importantes para otite média crônica (OMC)?

A

Frequentar creches; Exposição ao tabaco em casa; Mães com história de otorreia; Alta taxa de infecções do trato respiratório superior (IVAS); Baixo nível socioeconômico; Uso de mamadeiras/chupetas; Casas com > 10 habitantes; Desnutrição; Sexo masculino; Estação do outono ou inverno.

141
Q

Quais são as principais etiologias da otite média crônica (OMC)?

A

Pseudomonas aeruginosa; Staphylococcus aureus.

142
Q

Quais são os critérios clínicos para definir a otite média crônica (OMC)?

A

Perfuração timpânica; Presença de colesteatoma; Secreção otológica recorrente; Hipoacusia.

143
Q

Como a otite média crônica (OMC) é definida histopatologicamente?

A

Processo inflamatório da orelha média com dano tecidual irreversível, não sendo obrigatória a existência de perfurações na membrana do tímpano.

144
Q

Como as disfunções da tuba auditiva afetam a orelha média?

A

Disfunções da tuba auditiva causam hipóxia e aumento de CO2, levando a inflamação na mucosa da orelha média e aumento da produção de muco.

145
Q

O que acontece como resultado da inflamação na orelha média?

A

O aumento do muco leva à formação de efusão serosa na orelha média.

146
Q

Como a persistência do processo inflamatório afeta o muco na orelha média?

A

O muco é alterado, apresentando mais proteínas devido à inflamação persistente.

147
Q

O que ocorre devido à pressão negativa gerada pela absorção de ar na orelha média?

A

A pressão negativa causa retrações timpânicas.

148
Q

Quais são as possíveis evoluções das retrações timpânicas?

A

As retrações timpânicas podem evoluir para (1) perfuração timpânica ou (2) formação de colesteatoma.

149
Q

Como a retração timpânica e a fibrose local afetam a orelha média?

A

A retração timpânica e a fibrose local criam compartimentos na orelha média, permitindo a presença de diferentes fases do processo inflamatório na mesma orelha.

150
Q

Como é feito o diagnóstico das otites médias cronicas?

A

O diagnóstico é feito pela associação de (1) anamnese e exame físico, principalmente otoscopia, (2) audiometria e imitânciometria, e (3) tomografia computadorizada (TC).

151
Q

Qual é a importância da audiometria no diagnóstico de OMC?

A

A audiometria documenta a perda auditiva do paciente e é indispensável antes da realização de cirurgia.

152
Q

Quando é necessária a realização de tomografia computadorizada (TC) na OMC?

A

A TC não é obrigatória, mas facilita o planejamento cirúrgico.

153
Q

Como a audiometria avalia as vias de audição?

A

A audiometria utiliza testes com diapasão, colocando-o na mastoide para avaliar a via óssea da audição (via óssea) e na frente do pavilhão auditivo para avaliar a via aérea da audição (via aérea).

154
Q

Quais são os dois tipos de perfuração timpânica na OMC e como se diferenciam?

A

(a) Perfuração timpânica central - todas as bordas e o anel timpânico são visíveis ao redor dos 360º da perfuração, tem melhor prognóstico. (b) Perfuração timpânica marginal - ausência de bordo em parte da perfuração, com pior prognóstico.

155
Q

O que é uma retração timpânica e onde pode ocorrer na orelha média?

A

A retração timpânica é uma deformidade do tímpano e pode ocorrer na pars flácida ou na pars densa, podendo ser restrita a algum quadrante ou difusa.

156
Q

Qual é o tratamento geral para a OMC não colesteatomatosa?

A

O tratamento é principalmente cirúrgico, visando erradicar o processo inflamatório, reconstruir a anatomia e reabilitar a função auditiva.

157
Q

Que medicamentos podem ser utilizados para reduzir o processo inflamatório antes da cirurgia da OMC não colesteatomatosa?

A

Gotas otológicas, como ciprofloxacino, gotas com corticoides e antibióticos sistêmicos em casos graves.

158
Q

Quais são as opções para reabilitação da função auditiva quando a cirurgia não é suficiente?

A

Pode-se utilizar AASI (aparelho de amplificação sonora individual), aparelho de amplificação sonora ancorado em osso, prótese de orelha média ou implante coclear.

159
Q

Qual tratamento da OMC colesteatomatosa?

A
  1. Timpanomastoidectomia
  2. Mastoidectomia radical
160
Q

O que é colesteatoma e como ele se forma?

A

Colesteatoma é o acúmulo de queratina esfoliada na orelha média ou espaços pneumatizados do osso temporal, originando-se a partir de epitélio escamoso pneumatizado.

161
Q

Quais são as complicações intratemporais do colesteatoma?

A

Vertigem, mastoidite e paralisia facial são complicações intratemporais do colesteatoma.

162
Q

Quais são as complicações endocranianas do colesteatoma?

A

Abscesso cervical/cerebral, trombose de seio lateral e meningite são complicações endocranianas do colesteatoma.

163
Q

Como é a classificação da otite média crônica colesteatomatosa?

A

A OMC colesteatomatosa é classificada em congênita e adquirida (primária e secundária).

164
Q

Qual é a teoria do continuum para a formação do colesteatoma?

A

A disfunção tubária persistente leva a uma pressão negativa sustentada na orelha média, formando retrações da membrana timpânica e evoluindo para o colesteatoma ao longo do tempo.

165
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de colesteatoma?

A

Anomalias craniofaciais, defeito anatômico/funcional de palato, obstruções tubárias e tuba auditiva patente são fatores de risco para o desenvolvimento de colesteatoma.

166
Q

Quais são as características do quadro clínico de colesteatoma?

A

História crônica e insidiosa, otorreia fétida crônica e refratária ao tratamento, e perda auditiva do tipo condutivo são características do quadro clínico de colesteatoma.

167
Q

Quais são as etiologias mais comuns do colesteatoma?

A

Bactérias aeróbias como Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, e bactérias anaeróbias como Bacteroides e Peptostreptococcus geralmente compõem a flora mista do colesteatoma.

168
Q

Quais exames complementares são necessários para o diagnóstico de colesteatoma?

A

Audiometria (imprescindível) e tomografia computadorizada ou ressonância magnética (TC/RM) são exames complementares importantes.