Ortopedia Flashcards
O que são lesões fisárias (ou fraturas da infância)?
As lesões fisárias ocorrem na placa ou cartilagem de crescimento, que é responsável pelo crescimento ósseo longitudinal. O crescimento ósseo na criança acontece na placa epifisária e no centro de ossificação da epífise.
Quais são as diferenças entre lesões fisárias e fraturas em adultos?
As lesões fisárias consolidam mais rapidamente e têm remodelação precoce. A criança possui cápsula articular e ligamentos resistentes, mas a placa de crescimento é frágil. Lesões como entorses e contusões podem causar fraturas fisárias.
Como o comprometimento da fise pode afetar o crescimento?
O comprometimento da fise pode ser total, causando a parada do crescimento, ou parcial, gerando deformidades angulares.
Qual é a fase de estirão em meninas e meninos?
A fase de estirão ocorre por volta dos 11-12 anos em meninas e dos 12-14 anos em meninos.
Onde ocorre o crescimento ósseo na placa fisária?
O crescimento ósseo ocorre nas zonas proliferativa e hipertrófica da placa fisária.
Quais são as características da zona hipertrófica da placa fisária?
A zona hipertrófica é caracterizada pelo crescimento dos condrócitos, resultando na hipertrofia, com escassa matriz cartilaginosa. É subdividida em camada de maturação, camada de degeneração (apoptose dos condrócitos) e camada de calcificação.
Onde ocorrem predominantemente as fraturas fisárias e por que essa zona é mais vulnerável?
As fraturas fisárias ocorrem principalmente na zona hipertrófica, que é mais vulnerável devido à menor concentração de matriz cartilaginosa e ao maior tamanho das células, resultando em menor proteção.
Quais são os elementos do quadro clínico de uma lesão fisária?
Dor
Atitude antiálgica: Postura adotada para aliviar a dor.
Edema
Dor à palpação na fise
Perda de função
Deformidade e desvios ósseos
O que é a Síndrome da Criança Espancada e quais são suas características?
A Síndrome da Criança Espancada envolve a presença de múltiplas fraturas em estágios diferentes de remodelação óssea. Isso pode indicar um histórico de abuso físico na criança.
Quais são os exames de imagem utilizados para diagnosticar lesões fisárias?
RX
TC
RM
Quando é obrigatória a solicitação do RX e quando os outros exames são indicados? lesao fisária
A solicitação do RX é mandatória. Os outros exames de imagem (TC e RM) são solicitados quando é necessário melhor identificação da fratura.
Quais são os tipos de classificação de Salter e Harris para lesões fisárias?
Tipo I: Lesão total na fise.
Tipo II: Lesão fisária total ou parcial, com fragmento da metáfise.
Tipo III: Lesão fisária parcial com envolvimento epifisário.
Tipo IV: Lesão de epífise, fise e metáfise.
Tipo V: Compressão da placa.
Como é a lesão do tipo V na classificação de Salter e Harris?
A lesão do tipo V envolve compressão da placa. Essa lesão é de difícil diagnóstico e pode ser suspeitada quando o paciente apresenta sintomas típicos, mas as alterações não são visíveis nos exames de imagem.
O que fazer se houver diferentes tipos de fratura em diferentes incidências do RX?
Se houver diferentes tipos de fratura em diferentes incidências do RX (por exemplo, tipo III em uma incidência e tipo II em outra), o paciente é classificado como tipo IV.
Quais fatores influenciam o tratamento de lesões fisárias?
Gravidade da lesão
Localização anatômica
Classificação da lesão
Plano de deformidade
Idade do paciente
Potencial de crescimento da fise
Como é tratada a lesão de Salter I e II?
As lesões de Salter I e II são tratadas de forma conservadora, com redução incruenta (sem cirurgia) e aplicação de gesso. A reavaliação é realizada semanalmente até que haja formação do calo ósseo e conclusão da remodelação.
Qual é o tratamento para lesões de Salter III e IV?
As lesões de Salter III e IV são tratadas cirurgicamente, com redução cruenta (cirurgia para reposicionar os ossos) e fixação das fraturas articulares.
Como é tratada a lesão de Salter V?
O tratamento das lesões de Salter V é voltado para a correção de deformidades articulares. Essa lesão é de difícil diagnóstico.
Quais são as principais complicações das fraturas fisárias?
Aceleração do crescimento, que raramente ocorre e, quando acontece, resulta em pequeno hipercrescimento.
Parada do crescimento, que pode ser total ou parcial, causando desvios em varo e valgo ou desvios rotacionais.
Qual é o macete para lembrar sobre desvios em varo e valgo?
O macete é: “valgo não cavalga”.
Sarcopenia é uma doença do envelhecimento, juntamento com:
osteoartrite e osteoporose
Qual definição de sarcopenia?
doença muscular caracterizada pela redução de força associada à diminuição da qualidade muscular e/ou desempenho físico
Quais fatores causais da sarcopenia?
falta de atividade fisica
deficit nutricional
alterações hormonais e endócrinas
fator genético
doenças cronicas
mudança severa na composição corporal
aumento dos niveis de citocinas inflamatórias
Quais as fibras musculares mais acometidas na sarcopenia?
fibras tipo II (anaeróbicas de contração rapida)
(também prejudica as fibras tipo I)
Quais os dois principais fatores envolvidos na sarcopenia que fazem redução do estimulo anabolico?
1- resistencia a substancia anabólicas
2- aumento da produção de IL
O que a produção de IL-1, IL6 e TNF causa na sarcopenia?
perda de aminoacidos e aumento da quebra de fibras musculares
Como a sarcopenia pode ser classificada?
primária (relacionada ao envelhecimento) e secundária (atividade, doença e nutrição)’
Quais sao os estágios da sarcopenia?
pre sarcopenia- redução da massa muscular
sarcopenia- redução da massa muscular + força muscular ou performance
sarcopenia grave- redução da massa muscular + performance + força muscular
Como se faz o diagnóstico de sarcopenia?
1- auxiliado pelo questionário sarc-f
2- algoritmo da sarcopenia EWGSOP2
3- AVALIAR FORÇA MUSCULAR
4- AVALIAR QUANTIDADE E QUALIDADE MUSCULAR
5- AVALIAR PERFORMANCE FÍSICA (PARA SARCOPENIA GRAVE)
Como se avaliar a força muscular na sarcopenia?
uso de dinamômetro e teste do levantar da cadeira
1- alterações da dinamometria é <16kg nas mulheres e <27kg nos homens
2- teste da cadeira o pct deve levantar no minimo 5x
Como se avalia a quantidade e qualidade de massa muscular?
densitometria (DEXA) OU bioimpedancia
Quais os cortes de MMEA para sarcopenia?
1- homens < 20 kg
2- mulheres menor que 15kg
Quais os cortes de IMMEA para sarcopenia?
1- homens menor que 7kg/m2
2- mulheres < 5.5 kg/m2
Quais exames de imagem podem ser usados para avaliar quantidade de massa muscular?
1- US: vantajosa pois nao utiliza radiação
2- TC: padrão ouro, mas utiliza radiação e tem alto custo
3- RM: padrão-ouro, sensivel a infiltração de gordura na musculatura e nao utiliza radiçao
Como se avaliar desempenho físico na sarcopenia?
1- teste de velocidade de 4m (NI: <0,8M/S)
2- time up and go: sair da cadeira, andar 3m e voltar a posição sentada (NI: < 20S)
3- Teste da caminhada de 400m (NI: <6MIN)
QUAL É O TRATAMENTO NAO FARMACOLOGICO DA SARCOPENIA?
1- PREVENÇÃO
2- EXERCÍCIOS RESISTIDOS
3- EXERCICIO AEROBICO NO INTERVALO
4- ALIMENTAÇÃO (1,2-1,6 G DE PROTEÍNA POR KG)
5- SUPLEMENTOS
6- MENOS SEDENTARISMO (ATIV. DE 30MIN)
7- FISIOTERAPIA
QUAIS OS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS DA SARCOPENIA?
1- HORMONIOS SEXUAIS (TESTOSTERONA E ESTRÓGENO)
2- ANALOGOS GHRELINA
3- INIBIDORES DE MIOSTATINA
4- REPOSIÇÃO DE GH
5- DHEA (aumento de testo e igf-1)
Qual é o grupo etário mais suscetível a fraturas de fêmur proximal?
Idosos, especialmente na faixa etária de 75 anos.
Quais são os mecanismos comuns de fratura em idosos?
Traumas de baixa energia, como quedas no ambiente doméstico, ou até mesmo ausência de traumas devido à fragilidade óssea (osteopenia/porose).
Como ocorrem as fraturas de fêmur proximal em jovens?
Geralmente são secundárias a traumas de alta energia, como acidentes.
Quais complicações médicas estão associadas às fraturas de fêmur proximal?
Distúrbios como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias, demência e outros distúrbios cognitivos e neurológicos que aumentam o risco de complicações.
Quais são os fatores relacionados à maior ocorrência de quedas nos idosos?
Distúrbios neurológicos que afetam a estabilidade e o equilíbrio.
Uso de medicamentos como hipotensores e psicotrópicos.
Redução da força muscular e presença de artropatias.
Ambiente com obstáculos, pisos escorregadios e iluminação insuficiente
Quais são os principais tipos de fraturas de fêmur proximal?
Fraturas do colo do fêmur.
Fraturas transtrocanterianas.
Fratura da cabeça do fêmur.
Luxação do quadril.
Qual é o exame mandatório para o diagnóstico de fraturas de fêmur proximal?
Radiografia (RX).
Qual é o intervalo de tempo em que é obrigatória a cirurgia após uma fratura de fêmur proximal?
A cirurgia é obrigatória entre 24-48 horas após a fratura.
O que é uma fratura transtrocanteriana?
Uma fratura localizada entre os dois trocânteres do fêmur, extracapsular e relacionada à osteoporose.
Qual é a evolução típica das fraturas transtrocanterianas?
Esse tipo de fratura geralmente evolui com boa consolidação.
Quais são os sinais clínicos de uma fratura transtrocanteriana?
Dor intensa.
Impotência funcional total.
Encurtamento visível da perna afetada.
Rotação EXTERNA do membro afetado.
Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas transtrocanterianas?
Avaliação clínica dos sintomas.
Radiografias (RX) nas projeções anteroposterior (AP) e perfil.
Como é a classificação DAS FRATURAS TRANSTROCANTERIANAS segundo o sistema AO 31-A?
31-A1: FRATURA SIMPLES, ESTÁVEL
31-A2: FRATURA DESVIADA, FRAGMENTADA E INSTÁVEL
31-A3: FRATURAS INTERTROCANTERIANAS, TRAÇO INVERTIDO
Qual tratamento para lesões transtrocanterianas?
cirúrgico, com osteossíntese (tecnicas DHSe haste bloqueada)
Qual é o principal mecanismo de fratura das fraturas do colo do fêmur?
Queda da própria altura é o principal mecanismo em idosos, enquanto em jovens é causada por trauma de alta energia.
Quais são as características das fraturas do colo do fêmur?
São fraturas intracapsulares.
Clinicamente, provocam pouca rotação externa do membro.
Por que as fraturas do colo do fêmur apresentam alto risco de necrose avascular?
Essas fraturas interrompem a irrigação sanguínea pelas artérias femoral e circunflexa medial, aumentando o risco de necrose avascular.
Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas do colo do fêmur?
Radiografia (RX) em projeção anteroposterior (AP) com rotação interna.
Como a Classificação de Garden é dividida?
A Classificação de Garden é dividida em quatro tipos:
Tipo I: Fratura incompleta, não deslocada.
Tipo II: Fratura completa, mas sem deslocamento.
Tipo III: Fratura completa com deslocamento parcial.
Tipo IV: Fratura completa com deslocamento total.
O que é a Classificação de Garden?
A Classificação de Garden é um sistema utilizado para categorizar fraturas do colo do fêmur de acordo com o grau de deslocamento.
Como é o tratamento para fraturas Garden I e II?
3 parafusos canulados paralelos de 7mm ou DHS com parafuso antirotatório (basocervical)
Qual é o tratamento cirúrgico para Garden III e IV?
osteossíntese c/ parafusos em jovens (evita-se artroplastia), e
artroplastia primária em idosos (total em
idosos ativos, parcial naqueles mais debilitados)
Quais são os principais fatores relacionados às fraturas da cabeça do fêmur?
São fraturas raras, mais comuns em jovens, geralmente resultantes de traumas de alta energia, muitas vezes associadas a luxação coxofemoral.
Qual é o método de diagnóstico utilizado para fraturas da cabeça do fêmur?
Radiografias (RX) e Tomografia Computadorizada (TC) são utilizadas para diagnóstico.
Como a clínica típica de fraturas da cabeça do fêmur pode ser identificada?
A rotação do membro afetado é tipicamente interna.
Qual é o tratamento mais comum para fraturas da cabeça do fêmur?
A maioria dos casos é tratada cirurgicamente, frequentemente usando parafuso esponjoso de 3,5mm ou o tipo de parafuso Hebert.
Quais são as principais causas da luxação de quadril?
luxação de quadril está associada a traumas de alta energia e pode ocorrer quando o quadril está fletido, podendo ser acompanhada de fraturas de cabeça do fêmur.
Quais são os tipos de luxação de quadril?
Existem três tipos principais de luxação de quadril:
Luxação anterior.
Luxação posterior (a mais comum).
Luxação central.
Qual é a associação importante frequentemente observada com a luxação de quadril?
A luxação de quadril frequentemente está associada à paresia (fraqueza parcial) do nervo ciático.
Por que é necessária uma redução urgente em casos de luxação de quadril?
A redução urgente (em até 12 horas) é necessária para evitar danos ao nervo ciático e à circulação da cabeça do fêmur.
Qual é a técnica utilizada para realizar a redução de uma luxação de quadril?
A técnica envolve tração do membro e contratação segurando a pelve.
O que são ligamentos?
Ligamentos são formados por tecido conjuntivo denso e organizado.
Eles são estabilizadores estáticos das articulações, conectando ossos entre si.
Qual é a função dos ligamentos?
Os ligamentos limitam o movimento articular e guiam os ossos durante o movimento.
O que é uma entorse?
Uma entorse é uma lesão causada pelo alongamento excessivo de um ligamento.
Quais são as causas comuns de entorses?
Movimento brusco, quedas, golpes e torções da articulação.
Como as entorses são classificadas?
Grau I: Estiramento - ligamento preservado, dor ligamentar e edema local.
Grau II: Lesão Parcial - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso e hematoma.
Grau III: Lesão Total / Ruptura - provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.
Quais são as manifestações clínicas comuns das lesões ligamentares?
Dor contínua, localizada, leve a intensa.
Edema e equimose.
Impossibilidade de marcha.
Quais são os passos principais do exame físico para lesões ligamentares?
Avaliar vascular e neurológicamente.
Investigar deformidades, edema, equimose, ferimentos abertos e movimentos anormais.
Examinar articulações acima e abaixo da área lesionada.
Excluir fraturas e luxações (clínica/imagem).
Realizar exame de esforço das articulações comprometidas para avaliar dor e instabilidade.
Quando é postergado o teste de estresse?
Se houver suspeita de fratura, o teste é adiado até que o raio-X descarte essa possibilidade.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
Como são realizados os exames de esforço à beira do leito?
Passivamente abrindo a articulação em direção perpendicular à amplitude normal do movimento.
Quais são os dois principais testes de estresse utilizados?
Teste de estresse em varo e valgo.
Teste da gaveta.
O que são lesões crônicas nas lesões ligamentares?
Resultam da falta ou insucesso no tratamento de lesões agudas.
Como as lesões crônicas são caracterizadas?
Por instabilidade funcional, como o tornozelo que desloca ou entorses de repetição.
Quais exames diagnósticos podem ser utilizados para lesões ligamentares?
RX: para fraturas associadas.
US: para lesões ligamentares.
RM: para fase aguda/tardia e instabilidade articular.
Como é o tratamento inicial para lesões LIGAMENTARES de grau I e II?
Programa de tratamento funcional com PRGCE:
Proteção para evitar mais lesões.
Repouso para prevenir lesões posteriores e acelerar a consolidação.
Gelo e Compressão para minimizar edema e dor.
Elevação do membro lesado acima do coração.
O que significa o acrônimo PRGCE?
Proteção, Repouso, Gelo e Compressão, Elevação.
Quais são as opções de tratamento para lesões ligamentares de grau III?
a) Imobilização por 4-6 semanas.
b) Tratamento funcional.
c) Cirurgia para rupturas graves, especialmente em atletas.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
Qual é a vantagem da cirurgia para lesões ligamentares grau III?
Menor instabilidade residual após o tratamento.
Quais são as sequelas possíveis de lesões ligamentares?
Instabilidade permanente - devido a tratamento inadequado ou falta de adesão ao tratamento funcional.
Artrose prematura - função articular deficiente leva a uma patologia degenerativa.
Calcificações periarticulares - surgem devido a lesões recorrentes em pacientes crônicos.
Quais são as complicações que podem ocorrer a longo prazo devido a lesões ligamentares?
Instabilidade - especialmente entorses de grau 3, que podem causar instabilidade articular incapacitante e aumentar o risco de osteoartrite.
Rigidez e comprometimento da amplitude do movimento - mais provável após imobilização prolongada, especialmente em articulações como joelho, cotovelo e ombro.
Osteoartrite - lesões que causam instabilidade articular podem danificar a cartilagem articular, levando a danos repetidos e osteoartrite.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
O que são músculos e qual é a sua função no corpo?
O que são músculos e qual é a sua função no corpo?
Músculos são estruturas individuais que cruzam uma ou mais articulações e, por meio de sua contração, são capazes de transmitir movimento. Eles são a estrutura motora do corpo.
Qual é a principal causa de lesões musculares e qual é a porcentagem de lesões que ocorrem durante atividades esportivas?
A maior parte das lesões musculares ocorre durante atividades esportivas, representando de 10% a 55% de todas as lesões.
Quais são os três músculos mais frequentemente afetados por lesões?
Os músculos mais afetados são Isquiotibiais, Quadríceps e Gastrocnêmios.
O que é uma contusão muscular e quais são os sintomas associados a ela?
A contusão muscular ocorre devido a um traumatismo direto, apresentando dor localizada, edema, hematoma, limitação de força e mobilidade articular, rigidez e dor ao alongamento passivo.
O que é a Dor Muscular Tardia (DMT) e quando ela geralmente ocorre?
A DMT afeta indivíduos que retomaram a atividade física após um período de inatividade, resultando em desconforto e dor algumas horas após o término da atividade, sendo mais intensos de 24 a 48 horas após.
O que é uma laceração muscular e quando ela ocorre?
A laceração muscular resulta de traumatismos graves, mais penetrantes, e é menos comum entre os praticantes de esportes.
O que é um estiramento muscular e qual é sua característica principal?
O estiramento muscular é uma lesão indireta caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites normais, sendo uma das lesões mais comuns nos membros.
Quais são as diferentes localizações das lesões musculares?
Arrancamento ósseo
Tendão
Transição miotendínea
Músculo
Como as lesões musculares podem ser classificadas quanto à gravidade?
Lesões podem ser classificadas em parciais (afetando parte das fibras) ou totais (ruptura completa).
Quais são as categorias de tempo para classificar lesões musculares?
Aguda (até 21 dias)
Crônica (> 21 dias)
Descreva o Tipo I de lesão muscular.
Tipo I é um estiramento que afeta menos de 5% das fibras musculares, causando dor à contração e alongamento passivo, edema pequeno, danos mínimos ao tecido e ausência de perda de função.
Descreva o Tipo II de lesão muscular.
Tipo II é uma ruptura parcial que afeta 5-50% das fibras musculares, causada por contração máxima. Apresenta edema, dor que piora contra resistência, hemorragia moderada e função limitada pela dor.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
Descreva o Tipo III de lesão muscular.
Descreva o Tipo III de lesão muscular.
Tipo III é uma ruptura total, com ruptura completa das fibras musculares. Apresenta defeito visível, grande edema, hemorragia e perda completa da função.
Quando usar gelo e quando usar calor no tratamento de lesões musculares?
O gelo é recomendado para reduzir edema e dor em casos de inflamação. A bolsa de água quente é útil para aliviar a contração muscular excessiva em situações de tensão crônica da musculatura.
Quais são algumas das causas predisponentes para lesões musculares?
Fadiga muscular: Depósito excessivo de ácido lático no músculo.
Fadiga nervosa: Perda do automatismo da contração muscular.
Condições climáticas: Frio e alta umidade.
Práticas extemporâneas: Exigir da musculatura acima da condição atual.
Erro de treinamento.
Quais são os sintomas comuns associados a lesões musculares?
Dor (principal sintoma)
Hematoma (frequentemente presente)
Edema
Impotência funcional
Solução de continuidade
Quais são os exames utilizados para diagnosticar lesões musculares?
Ultrassonografia (US)
Ressonância Magnética (RM)
Qual é a primeira fase do tratamento de lesões musculares e o que ela envolve?
Na primeira fase, evita-se a mobilização do membro afetado para evitar o aumento do tecido cicatricial. Após 3 a 4 dias, inicia-se a mobilização passiva, alongamento suave e aquecimento da musculatura.
Quais são os exercícios iniciais recomendados durante o tratamento de lesões musculares?
Exercícios isométricos e alongamentos suaves devem ser iniciados. Quando o paciente pode alongar a musculatura afetada e realizar exercícios básicos sem dor, o treinamento direcionado pode começar.
Qual é o papel dos anti-inflamatórios no tratamento de lesões musculares?
Evidências sugerem que analgésicos são mais eficazes do que anti-inflamatórios. Anti-inflamatórios podem interferir no processo cicatricial e reduzir a função muscular.
Quais são os tratamentos específicos para diferentes tipos de lesões musculares?
Desinserção/arrancamento ósseo: Cirurgia.
Ruptura tendinosa: Tenorrafia.
Ruptura muscular total: Miorrafia.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
Qual é o objetivo dos testes de estresse para lesões ligamentares?
Avaliar a estabilidade das articulações.
O que é osteomielite?
Osteomielite é uma infecção óssea que pode afetar qualquer parte do osso (cortical, esponjosa, medular).
Quais são as características da osteomielite?
A osteomielite se propaga rapidamente, tende a se tornar crônica e pode causar sequelas físicas e sociais.
Quais são as classificações da osteomielite?
Osteomielite hematogênica aguda: Origina-se de focos infecciosos distantes através da disseminação sanguínea.
Osteomielite crônica: Resulta da falha de tratamento da forma aguda e pode apresentar sequestro ósseo.
Abscesso ósseo: Infecção mais branda e latente.
Osteomielite pós-traumática/operatória.
Quais bactérias são comuns causadoras de osteomielite?
Staphylococcus, Pneumococo, Gonococos, Salmonella e outras bactérias podem causar osteomielite.
Como ocorre a disseminação da osteomielite?
Êmbolos bacterianos viajam pela circulação a partir de focos infecciosos distantes e se implantam na circulação terminal do osso metafisário, causando inflamação local, exsudato e infiltrado intersticial.
O que é o abscesso de Brodie?
O abscesso de Brodie é uma coleção purulenta que se forma como resultado do processo exsudativo na osteomielite, podendo estabilizar ou progredir.
Como a osteomielite pode progredir para pioartrite?
A progressão para pioartrite ocorre principalmente em ossos com cápsula articular próxima à região metafisária, podendo gerar artrite séptica.
O que é sequestro ósseo?
Sequestro ósseo é um fragmento de osso necrótico que se separa do osso vitalizado, podendo ocorrer em estágios avançados da osteomielite.
Como a osteomielite se manifesta de forma diferente em crianças?
Nas crianças, o processo é mais lento e pode ocorrer uma reação periosteal, caracterizada por múltiplas camadas de tentativa de contenção do pus pelo periósteo, resultando na imagem radiológica em “casca de cebola”. Isso é um diagnóstico diferencial importante em relação ao sarcoma de Ewing.
Quais são os principais sintomas clínicos da osteomielite?
Os sintomas clínicos da osteomielite incluem dor, impotência funcional, edema, hiperemia e hipertermia na região afetada.
Quais são os exames complementares usados no diagnóstico da osteomielite?
Hemograma (HMG): Apresenta leucocitose, desvio à esquerda e anemia.
VHS/PCR elevados: São utilizados para controle e acompanhamento.
Radiografia (RX): Lesões ósseas surgem após 5-7 dias.
Ultrassonografia (US): Ajuda a diferenciar osteomielite e pioartrite.
Ressonância magnética (RM): Considerada padrão-ouro, porém não é solicitada de rotina.
Cultura e antibiograma: Importantes para identificação do agente infeccioso e escolha do tratamento antibiótico.
Quais são os diagnósticos diferenciais da osteomielite?
Os diagnósticos diferenciais da osteomielite incluem artrite reumatoide, gota, tumores (especialmente o tumor de Ewing) e artrite séptica.
Qual é o tratamento para a osteomielite?
Punção local
Drenagem cirúrgica
Desbridamento e lavagem com solução salina 0,9%
Cultura (geralmente Staphylococcus)
Antibióticos: Devem ser iniciados o mais rápido possível e administrados por 4-6 semanas. Exemplos incluem Ceftriaxona e Oxacilina.
O que é artrite séptica?
Artrite séptica é uma infecção que afeta a articulação, resultando da disseminação de bactérias para a metáfise e a região intra-articular.
Qual é a fisiopatologia da artrite séptica?
As bactérias podem chegar à cápsula articular por via hematogênica, contiguidade ou contaminação direta. Enzimas condrolíticas presentes nas bactérias consomem o colágeno articular, causando erosões articulares e grumos articulares. O processo inflamatório resultante causa aumento da pressão local e distensão articular.
Quais são os principais sintomas clínicos da artrite séptica?
Os sintomas incluem dor variando de leve a intensa, posição de defesa, aumento do volume articular, calor local e hiperemia.
Quais são os exames complementares usados no diagnóstico da artrite séptica?
Hemograma (HMG): Mostra leucocitose, desvio à esquerda e anemia.
VHS/PCR elevados (VHS acima de 20mm): Indicam processo inflamatório.
Radiografia (RX): Lesões ósseas são visíveis após 48 horas.
Ultrassonografia (US): Pode evidenciar líquido articular precocemente.
Cultura e antibiograma: Importantes para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento.
Punção articular: Considerada padrão-ouro para diagnóstico.
Qual é o tratamento para artrite séptica?
Drenagem cirúrgica da articulação.
Irrigação contínua por 24-48 horas.
Imobilização da articulação para alívio da dor.
Antibióticos.
Quais são os limites de tempo para a otite média aguda (OMA) e a otite média persistente?
OMA dura até 2 meses; Persistente além de 2 semanas.
Quando a otite média aguda (OMA) se torna otite média crônica (OMC)?
Quando o processo inflamatório persiste por 3 meses ou mais.
Quais são os grupos em que a otite média crônica (OMC) pode ser subdividida?
(1) Não colesteatomatosa; (2) Colesteatomatosa
Quais são os impactos da otite média crônica (OMC) na vida dos afetados?
Perda auditiva; Secreção fétida recidivante.
Quais são as principais complicações associadas a casos graves de otite média crônica (OMC)?
Paralisia facial; Vertigem; Complicações intracranianas.
Quais são os fatores de risco mais importantes para otite média crônica (OMC)?
Frequentar creches; Exposição ao tabaco em casa; Mães com história de otorreia; Alta taxa de infecções do trato respiratório superior (IVAS); Baixo nível socioeconômico; Uso de mamadeiras/chupetas; Casas com > 10 habitantes; Desnutrição; Sexo masculino; Estação do outono ou inverno.
Quais são as principais etiologias da otite média crônica (OMC)?
Pseudomonas aeruginosa; Staphylococcus aureus.
Quais são os critérios clínicos para definir a otite média crônica (OMC)?
Perfuração timpânica; Presença de colesteatoma; Secreção otológica recorrente; Hipoacusia.
Como a otite média crônica (OMC) é definida histopatologicamente?
Processo inflamatório da orelha média com dano tecidual irreversível, não sendo obrigatória a existência de perfurações na membrana do tímpano.
Como as disfunções da tuba auditiva afetam a orelha média?
Disfunções da tuba auditiva causam hipóxia e aumento de CO2, levando a inflamação na mucosa da orelha média e aumento da produção de muco.
O que acontece como resultado da inflamação na orelha média?
O aumento do muco leva à formação de efusão serosa na orelha média.
Como a persistência do processo inflamatório afeta o muco na orelha média?
O muco é alterado, apresentando mais proteínas devido à inflamação persistente.
O que ocorre devido à pressão negativa gerada pela absorção de ar na orelha média?
A pressão negativa causa retrações timpânicas.
Quais são as possíveis evoluções das retrações timpânicas?
As retrações timpânicas podem evoluir para (1) perfuração timpânica ou (2) formação de colesteatoma.
Como a retração timpânica e a fibrose local afetam a orelha média?
A retração timpânica e a fibrose local criam compartimentos na orelha média, permitindo a presença de diferentes fases do processo inflamatório na mesma orelha.
Como é feito o diagnóstico das otites médias cronicas?
O diagnóstico é feito pela associação de (1) anamnese e exame físico, principalmente otoscopia, (2) audiometria e imitânciometria, e (3) tomografia computadorizada (TC).
Qual é a importância da audiometria no diagnóstico de OMC?
A audiometria documenta a perda auditiva do paciente e é indispensável antes da realização de cirurgia.
Quando é necessária a realização de tomografia computadorizada (TC) na OMC?
A TC não é obrigatória, mas facilita o planejamento cirúrgico.
Como a audiometria avalia as vias de audição?
A audiometria utiliza testes com diapasão, colocando-o na mastoide para avaliar a via óssea da audição (via óssea) e na frente do pavilhão auditivo para avaliar a via aérea da audição (via aérea).
Quais são os dois tipos de perfuração timpânica na OMC e como se diferenciam?
(a) Perfuração timpânica central - todas as bordas e o anel timpânico são visíveis ao redor dos 360º da perfuração, tem melhor prognóstico. (b) Perfuração timpânica marginal - ausência de bordo em parte da perfuração, com pior prognóstico.
O que é uma retração timpânica e onde pode ocorrer na orelha média?
A retração timpânica é uma deformidade do tímpano e pode ocorrer na pars flácida ou na pars densa, podendo ser restrita a algum quadrante ou difusa.
Qual é o tratamento geral para a OMC não colesteatomatosa?
O tratamento é principalmente cirúrgico, visando erradicar o processo inflamatório, reconstruir a anatomia e reabilitar a função auditiva.
Que medicamentos podem ser utilizados para reduzir o processo inflamatório antes da cirurgia da OMC não colesteatomatosa?
Gotas otológicas, como ciprofloxacino, gotas com corticoides e antibióticos sistêmicos em casos graves.
Quais são as opções para reabilitação da função auditiva quando a cirurgia não é suficiente?
Pode-se utilizar AASI (aparelho de amplificação sonora individual), aparelho de amplificação sonora ancorado em osso, prótese de orelha média ou implante coclear.
Qual tratamento da OMC colesteatomatosa?
- Timpanomastoidectomia
- Mastoidectomia radical
O que é colesteatoma e como ele se forma?
Colesteatoma é o acúmulo de queratina esfoliada na orelha média ou espaços pneumatizados do osso temporal, originando-se a partir de epitélio escamoso pneumatizado.
Quais são as complicações intratemporais do colesteatoma?
Vertigem, mastoidite e paralisia facial são complicações intratemporais do colesteatoma.
Quais são as complicações endocranianas do colesteatoma?
Abscesso cervical/cerebral, trombose de seio lateral e meningite são complicações endocranianas do colesteatoma.
Como é a classificação da otite média crônica colesteatomatosa?
A OMC colesteatomatosa é classificada em congênita e adquirida (primária e secundária).
Qual é a teoria do continuum para a formação do colesteatoma?
A disfunção tubária persistente leva a uma pressão negativa sustentada na orelha média, formando retrações da membrana timpânica e evoluindo para o colesteatoma ao longo do tempo.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de colesteatoma?
Anomalias craniofaciais, defeito anatômico/funcional de palato, obstruções tubárias e tuba auditiva patente são fatores de risco para o desenvolvimento de colesteatoma.
Quais são as características do quadro clínico de colesteatoma?
História crônica e insidiosa, otorreia fétida crônica e refratária ao tratamento, e perda auditiva do tipo condutivo são características do quadro clínico de colesteatoma.
Quais são as etiologias mais comuns do colesteatoma?
Bactérias aeróbias como Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, e bactérias anaeróbias como Bacteroides e Peptostreptococcus geralmente compõem a flora mista do colesteatoma.
Quais exames complementares são necessários para o diagnóstico de colesteatoma?
Audiometria (imprescindível) e tomografia computadorizada ou ressonância magnética (TC/RM) são exames complementares importantes.