OSTEOMUSCULAR Flashcards
FEBRE REUMÁTICA
Definição
- Doença inflamatória que ocorre como uma manifestação tardia de uma faringotonsilite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes)
- 2-3 semanas: período de latência assintomático, sugerindo uma reaçãode autoimunidade
- Envolve o tecido do coração, articulações e sistema nervoso
FEBRE REUMÁTICA
Quadro Clínico
- 2 a 3 semanas apos infecção estreptocócica
- Critérios de Jones (maiores e menores)
- Nem sempre detecta-se infecção prévia
- Nem sempre acompanha febre/ manifestações articulares
FEBRE REUMÁTICA
Critérios de jones
(maiores)
- Artrite
- Cardite
- Coreia
- Nódulos subcutâneos (raros)
- Eritema marginado
FEBRE REUMÁTICA
Critérios de Jones
(menores)
- Febre > ou = 38,5ºC
- Poliartralgia
- Aumento do intervalo PR
- VHS > ou = 60mm1ª hora
- PCR > ou = 3 mg/dL
FEBRE REUMÁTICA
Diagnóstico
- Critérios de Jones:
** 2 maiores
ou
** 1 maior + 2 menores - se recorrencia: ** 2 maiores ou 1 maior + 2 menores ou 3 menores
(se cardite e/ou coreia - ñ ser rigoroso com os critérios de jones)
Se coreia e cardite: altamente sugestivo de FR
FEBRE REUMÁTICA
Exames Complementares
- Evidências de estreptococcia:
- Cultura de orofaringe
- Sorologias
- Teste rápido e/ história de escarlatina - ECO: Cardite clínica/subclínica
- ECG: Para todos
FEBRE REUMÁTICA
Artrite
(Critério Maior)
- Edema Articular
ou - Dor com limitação do movimento (intensa e/ou incapacitante)
- Poliartrite é mais frequente (> ou = 6 articulações)
- Poliartrite migratória com evolução assimétrica (1 a 5 dias)
- Dura em média 1 a 3 semanas
FEBRE REUMÁTICA
Cardite
(Critério Maior)
- Segundo mais frequente
- Endocardite (sopro audível) ~50%
- Válvulas Mitral e Aórtica mais acometidas
FEBRE REUMÁTICA
Coreia
(Critério Maior)
- Movimentos Rápidos, incoordenados, arrítmicos e involuntários
FEBRE REUMÁTICA
Nódulos subcutâneos
(Critério Maior)
- Raros (2 a 5%)
- Nódulos em regiões da superfície extensora articular e couro cabeludo
- Geralmente em pacientes com cardite grave
FEBRE REUMÁTICA
Eritema Marginado
(Critério Maior)
- Bastante raro
- Início da doença
- Não é pruriginoso
- Máculas circulares, ovaladas, róseas, etc
- Transitório
FEBRE REUMÁTICA
Febre
- Diminui com o passar dos dias
- Pode durar 2 a 3 semanas
- Se resolve com anti-térmico
FEBRE REUMÁTICA
Artralgia
- Dor articular sem limitar os movimentos
- Só pode ser contada caso não haja sinais de artrite
- Migratória, assimétrica e em grandes articulações é sugestiva de FR
FEBRE REUMÁTICA
Intervalo PR
- Não é específico
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
2 objetivos:
- Erradicar estreptococo
- Tratar manifestações clínicas
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
(Estreptococo)
- Penicilina G benzatina
se alergia: - Eritromicina
(Toda FR e a coreia devem ser tratadas com ATB)
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
(artrite)
AINES:
1. AAS 80-100mg/kg/dia 6/6
2. Naproxeno 10-20mg/kg/dia 12/12
- Reduzir a partir da 2 semana até 4 semanas
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
(Cardite)
- Corticoesteroides 1 a 2 mg/kg/dia VO ou EV
(se artrite associada a cardite, suspender AINES)
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
(Coreia)
- Fenobarbital
- BZD
Graves:
1. Haloperidol
2. Ácido Valproico
3. Carbamazepina
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento
(Repouso)
- 2 semanas
- Se cardite: 4 semanas
FEBRE REUMÁTICA
Prevenção
(primária)
- Controle e tratamento das tonsilites
- Penicilina benzatina
FEBRE REUMÁTICA
Prevenção
(secundária)
- Visa impedir reincidencia de FR (indivíduo suscetível)
- Penicilina Benzatina IM 600mil a 1,2 milhões UI
Pacientes sem cardite: até 21 anos ou 5 anos após último surto
Pacientes com cardite: Até 25 ou 40 anos e até 5 a 10 anos
DOR EM MEMBROS
Introdução
- Mais frequente (20 a 40%)
- frenquente entre 4 a 14 anos
- Dx de exclusão
DOR EM MEMBROS
Clínica
- Dor intensa
- Episódica
- Difusa
- Unilateral alternante ou bilateral em MMII (face anterior de coxas, tíbias e panturrilhas)
- Duração breve, de manhã ou de noite, com resolução espontânea
- Benigna e autolimitada
- EF, Ex. complementares e de imagem normais
DOR EM MEMBROS
Tratamento
- AINES e Analgésicos simples
- Alongamentos
- Compressas
- Massagens locais
DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER
Introdução
- Causa orgãnica mais comum de dor anterior do joelho
- Tuberosidade anterior da tíbia (inserção do ligamento)
- Epifisíte
- Microtraumas por tração ou esforço repetitivo
- 10 aos 15 anos
- Geralmente unilateral
DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER
Quadro Clínico
- Ocorre por causa de trauma por tração excessiva do tendão patelar, causando fraturas microlaceradas
- Dor
- Edema
- Sensibilidade à palpação sobre o tubérculo tibial na inserção do tendão patelar
DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER
Diagnóstico
- Clínico
- Rx: irregularidade ou presença de um ossículo na inserção do ligamento patelar junto à tuberosidade anterior da tíbia
DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER
Tratamento
- Analgésicos
- Repouso
- Raramente imobilização, infiltração de corticoides ou cirurgia
- Evitar exercícios em excesso
(As resoluções são geralmente espontâneas em semanas ou meses)
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
Definição
- Necrose avascular do núcleo secundário de ossificação da epífise proximal do fêmur durante o desenvolvimento
- 2 a 16 anos, mas é + frequente 4 e 9 anos (pico com 6anos)
- Autolimitada
- Mais comum em meninos do que meninas (4:1)
- Mais frequente do lado esquerdo
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
Quadro Clínico
- Dor e claudicação à atividade física
- Dor em região inguinal que irradia para face da coxa e joelho
- Restrição da abdução, flexão e rotação interna
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
Tratamento
- Cirúrgico
(Manter a centralização do quadril durante fase ativa da doença)
EPIFISIÓLISE
Definição
- Escorregamento epifisário proximal do fêmur, caracterizado pelo deslocamento posterior da epífise em relação ao colo do fêmur
- Patologia mais frequente no adolescente (8-15 anos)
EPIFISIÓLISE
Quadro Clínico
- Dor inguinal ou face medial da coxa e do joelho
- Claudicação
- Incapacidade de apoio e marcha
EPIFISIÓLISE
Tratamento
- Sempre cirúrgico
- Fixar com parafuso e estabilizar a epífise
ARTRITE SÉPTICA
Definição
- Presença de um micro-organismo dentro do espaço sinovial
- Principalmente em joelho e quadril
- Pode entrar no espaço articular por via hematogênica, inoculação direta ou extensão de um foco de infecção
- Staphylococcus aureus + frequente
ARTRITE SÉPTICA
Quadro Clínico
- Febre (2 a 5 dias)
- Dor articular intensa
- Limitação do movimento
- Sinais flogísticos (calor, edema, eritema)
- 80% monoartrite
ARTRITE SÉPTICA
Exames Complementares
- Hmg (leucocitose e neutropenia)
- VHS e PCR (elevadas)
- Hemocultura
- Análise do líquido sinovial (PO)
- Rx: após 1 ou + semanas
ARTRITE SÉPTICA
Tratamento
- Oxacilina 100 a 200 mg/kg/dia: Inicial deve ser sempre IV; após melhora clínica e ausência de febre por >48-72h, pode ser trocado por VO
- Drenagem e lavagem da articulação comprometida
ARTRITE VIRAL
Definição
- Leves e autolimitadas
- Tratadas apenas com sintomáticos
- Ocorre nos pródromos virais ou com exantemas característicos
ARTRITE VIRAL
Tratamento
- AINES (em todos) ou baixas doses de corticoesteroides (em alguns)
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Definição
- Artrite crônica ≥ 6 semanas
- Início até 16 anos de idade
- 1º pico com 1 a 3 anos (+ comum em meninas)
- 2º pico com 8 a 10 anos (+comum em meninos)
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Diagnóstico
- Início < 16 anos
- Artrite em 1 ou + articulações
- Duração ≥ 6 semanas
- Vários subtipos (+ comum oligo articular)
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Quadro clínico
(oligoarticular)
- comum
- Artrite em até 4 articulações
- Oligoarticular persistente (até 4 articulações)
- Oligoarticular estendida (+4 articulações)
- Assimétrica
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Principal complicação da AIJ oligoarticular
- Uveíte anterior crônica
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Subtipos
- Início sistêmico (+ grave)
- Inicio oligoarticular (+comum; prevalencia maior em meninas)
- Poliarticular FR negativo
- Poliarticular FR +
- Relacionada a entesíte
- Psoriática
- ## Indiferenciada
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Quadro Clínico
(sistêmica)
- Febre acima de 39ºC ≥ 2 semanas, sendo diária por pelo menos 3 dias
+ - Exantema maculopapular
- Hepatomegalia
- Ganglios aumentados
- Artralgia e mialgia
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Tratamento
(Sistêmica)
- AINES
- Glicocorticoides intra-articular
- Glicocorticoide sistêmico
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Tratamento
(oligoarticular)
- AINES (naproxeno ou Ibuprofeno)
- Glicocorticoide intra articular