Ortopedia Flashcards
Consolidação Primária/ Direta
Sem calo ósseo. É mais lenta. Ocorre por contato direto. Não tolera movimento Remodelação Haversiana Brotos capilares (frágeis)
Consolidação Secundária/ Indireta
Com calo ósseo
Síntese permite movimento
Mobilidade é benéfica
É mais forte
Estabilidade
Fratura não desvia visivelmente sob nenhuma carga fisiológica
Estabilidade Absoluta
Nenhum movimento (consolidação primária)
Estabilidade Relativa
Permite movimento (consolidação secundária)
Indicações Estabilidade Absoluta
Fraturas articulares, maléolos e antebraço
Indicações Estabilidade Relativa
Fratuas diafisárias e metafisárias multifragmentárias
Compressão interfragmentária
Estática (parafusos e placa)
Dinâmica (banda de tensão)
Tutores (fixadores externos, gesso, tração, placa e parafusos -extramedular- e haste rígida ou flexível -intramedular)
Banda de tensão
Músculo é uma força deformante.
Banda de tensão transforma forças deformantes (força tênsil) em compressão na cortical oposta
i.e: patela e olécrano
Propriedades do Esqueleto Imaturo
Presença da fise (pode alterar o crescimento) Periósteo espesso Flexibilidade Consolidação rápida Potencialmente de remodelação
Deformidade Plástica
Muita energia, o osso deforma antes de quebrar
Tt: conservador ou redução sob anestesia
Fratura subperiosteal/ Tórus
Comum, ocorre na transição da metáfise para a diáfise, sem sintomas, somente dor a palpação
Tt: conservador
Fratura em Galho Verde
Não atravessa o osso por inteiro. Lado cortical da tensão= fratura
Lado cortical da compressão = intacto
Tt: conservador com redução no CC
Descolamento epifisário
Ocorre próximo à fise. Podem levar a deformidade (encurtamento/ angulação do membro)
Tt: redução anatômica e fixação pode ser necessária
Fratura Completa sem Desvio
Tt: gesso bem moldado
Fratura Completa com Desvio
Tt: redução
Fratura de fêmur
Alta energia
Tt:
até 8 anos: conservador (gesso toracopédico)
após 8 anos: cirurgia
Fraturas expostas
Curativo estéril, lavagem exaustiva, debridamento, estabilização e antibioticoterapia
Lesão por raio de bicicleta
Lesão de partes moles, descolamento epifisário da fíbula
Conduta: RX e curativos diários
Tt: tala gessada?
Pronação dolorosa
Subluxação da cabeça do rádio
EF: tração pela mão da criança, cotovelo extendido e antebraço pronado
Tt: redução: supinação e flexão ou hiperpronação
Síndrome Compartimental
Aumenta a pressão dentro do compartimento
Pain, Parestesia, Palidez, Paralisia e Pulseless
Tt: fasciotomia
Politraumatizado
Alta energia, causa mais comum de morte em crianças
Tt: ABCDE
Tratamento Fratura Exposta
1) Pré-hospital (Curativos estéreis, imobilização)
2) Hospital (rx, antibiótico, profilaxia anti-tetânica, cirurgia - debridamento, irritação e fixação)
Antibiótico:
tipo I e II = cefalosporina de 1ª (cefalotina)
tipo III = cefalosporina de 1ª + aminoglicosídeo
ambiente rural = penicilina
opção = metronidazol
Amputação
Absolutas: esmagamento > 6h de isquemia, lesão extensa muscular sem condições de reconstrução e lesão associada a risco de morte que inviabiliza cirurgias externas.
Relativas imediatas: politrauma, idade, choque e lesão do nervo tibial
Relativas tardias: sepse incontrolável, contraturas graves, áreas externas insensíveis, dor crônica e quando a prótese é melhor que o membro
Mecanismo Lesão de LCA
Maior parte sem contato direto (torsonal, arranque)
Verificar outras estruturas anatômicas
Trauma rotacional ou em valgo extremo
Sintomas Lesão LCA
Estalido, derrame articular/ hemartose, instabilidade ou falseios
Exame físico LCA
Lachman, gaveta anterior e Ressalto
Diagnóstico Lesão LCA
MRI (avalia ligamentos, meniscos e cartilagem)
RX (AP, P e axial de patela 45º)
Tratamento Lesão LCA
Conservador (fisioterapia, reabilitação, ortese em alguns casos)
Indicações: pouca instabilidade, idoso, sendentário, crianças
Cirurgico (enxertos dos flexores)
indicações: indivíduos esqueleticamente maduros e ativos e com instabilidade clínica
Sintomas Lesão Menisco
Dor articular, estalido, derrame articular, limitação da flexão, marcha de pato e, em alguns casos, bloqueio articular
Exame físico Menisco
McMurray e Apley
Diagnóstico Lesão Menisco
MRI (avalia ligamentos, meniscos e cartilagem)
Vascularização do Menisco
zona periférica do menisco = mais vascularizada (vermelha-vermelha)
zona interna do menisco = menos vascularizada (branca)
Tratamento Lesão Menisco
Conservador: indicações: lesões parciais periféricas (vermelha-vermelha),lesões longitudinais estáveis (< 1cm), mínima lesão da borda externa e lesões estáveis com desvio < 3mm
Cirúrgico: sutura meniscal ou minisectomia parcial ou total
Indicação para sutura meniscal
Lesão completa > 10 mm
Preferencialmente na área vermelha-vermelha
Sem alça de balde (sem degeneração ou deformação)
Paciente jovem e ativo
Sem lesão ligamentar Estabilidade ligamentar necessária
Fratura de Tornozelo (Causa e onde acomete)
Trauma torcional ou trauma direto. Acomete o complexo ligamentar lateral (principalmente o ligamento talofibular anterior)
Clínica Fratura Tornozelo
Dor, edema, deformidade, equimose, crepitação e incapacidade de apoio do membro
Exame Físico Tornozelo
Gaveta anterior, sinal do sulco e stress varo
Técnica de Bröstrom Modificada
Para recuperação ligamentar. Usa o retináculo como substituo dos ligamentos laterais do tornozelo
EF Rotura do Tendão de Aquiles
Sulco/ “Buraco”. Pé perde a flexão plantar. Teste de Thompson
Tratamento Rotura Tendão de Aquiles
Conservador: não é invasivo, é mais barato, volta às atividade laborais mais precoce; entretanto, tem maior taxa de reruptura e a cicatrização do tendão com residual alteração do comprimento
Cirúrgico: menor taxa de reruptura, maior força de flexão plantar; entretanto, é invasivo e tem riscos cirúrgicos (infecção, aderências, trombose e lesão do nervo sural)
Maisonneuve
Fratura muito instável, quando a energia do trauma torsonal se dissipa pela membrana interóssea e ocasiona uma fratura fibular. Afeta a biomecânica do tornozelo
Fratura Diafisária do Fêmur
Mecanismo de alta energia
Prevalência em adultos jovens
Pode lesar outros órgãos (colo femoral 30%, lesão ligamentar do joelho)
15% são expostas
Clínica Fratura Diafisária do Fêmur
Hx de trauma de alta energia Dor importante Deformidade na coxa Mobilidade no foco da fratura Grande inchaço Encurtamento do membro
Tratamento Fratura Diafisária do Fêmur
Conservador: exceção (crianças < 7/8 anos, presença de infecção, queimaduras, alto risco cirúrgico)
Cirúrgico: maioria
Redução: placas e parafusos (estabilidade absoluta) ou haste intramedular bloqueada (método de escolha)
Complicações Fratura Diafisária do Fêmur
Infecção (osteomielite), pseudartrose, consolidação viciosa, embolia gordurosa e tromboembolismo
Clínica Fratura Diafisária da Tíbia
Dor intensa, edema, limitação funcional e deformidade
Tratamento Fratura Diafisária da Tíbia
Conservador: em fraturas estáveis, 90 dias, gesso inguinopédico
Cirúrgico: maioria
Redução: placas e parafusos (estabilidade absoluta) ou haste intramedular bloqueada (método de escolha)
Avaliar sempre em fraturas diafisárias de fêmur e tíbia
Lesão neurovascular
Síndrome compartimental
Lesão de partes moles
Complicações Fratura Diafisária da Tíbia
Infecção (osteomielite), pseudartrose e consolidação viciosa
Fratura de Colo de Fêmur
Pacientes acima de 65 anos
Trauma de baixa energia
Queda de mesma altura
Clínica Fratura de Colo de Fêmur
Dor na região do quadril , irradia para região mediana da coxa e joelho. Rotação externa e encurtamento
Osteossíntese
Redução fechada com controle de intensificador de imagem
Fixação com 2 ou 3 parafusos canulados ou placa deslizante (DHS)= placa acoplada ao parafuso
Indicações Osteossíntese
fraturas impactadas, sem desvio em pacientes <65 anos; fraturas com desvios, em pacientes jovens, com boa redução
Artroplastia
Prótese
Estágio I e II
Osteossíntese
Estágio III e IV
Artroplastia
Artroplastia Total
Substituição também do acetábulo.
Pacientes mais jovens
Idosos de 65 a 80 anos
Artroplastia parcial
Só substitui o fêmur; sem substituição do acetábulo
mais rápida; maior desgaste no acetábulo; consumo do estoque ósseo do acetábulo
Idosos acima de 80 anos
Conduta
Osteossíntese (primeiras 24h)
Artroplastia
Dieta hipercalórico e hiperproteica
Prevenção tromboembolismo
Fraturas Transtrocantericas
Extracapsulares
Incidência em idosos mais velhos
3x mais comuns que as de colo
Diagnóstico Fraturas Transtrocantericas
Rotação externa do quadril
Hematoma na face lateral da coxa
Dor à palpação, mobilização e incapacidade funcional
Pronunciado encurtamento
Fraturas estáveis (Tronzo)
I e II
Fraturas instáveis (Tronzo)
III, IV e V
Tratamento Fraturas Transtrocantericas
Cirúrgico: DHS (A1, A2) ou hastes cefalomedular (A3)
Classificação AO
A1= estáveis A2= instáveis com traço padrão A3= instáveis com oblíquidade reversa
Fratura de Úmero Proximal - Mecanismo do Trauma
Traumatismo direto sobre o ombro ou queda no solo apoiando com a mão ou com o cotovelo
M. Subescapular sofre desvio medial por ação de rotação interna
Fratura Úmero Proximal - Etiologia
Associada à osteoporose em idosos (fratura pode ser leve) Traumas de alta energia em jovens Crise convulsiva Choque elétrico Metástase
Fratura Úmero Proximal - Quadro Clínico
Quadro agudo, dor, edema, crepitação local, impotência funcional, equimose que se inicia em 24 a 36h
Fratura Úmero Proximal - Exame Físico
Exame neurovascular da extremidade
Sinais de gravidade: ausência de pulso radial e alteração de sensibilidade
Fratura Úmero Proximal - Diagnóstico
Exame radiográfico
RX: perfil de Neer, axial e AP verdadeira
TC: melhor para desvios, fratura de cabeça, fratura da glenóide e retração posterior do tubérculo maior
Fratura Úmero Proximal - Complicações
Perda da amplitude de movimento
Dor crônica
Necrose avascular da cabeça umeral (+ importante)
Consolidação viciosa- fratura cola numa posição inadequada
Pseudartrose- não consolida
Fratura Úmero Proximal - Tratamento
Conservador (maioria)
indicações: idosos (com comorbidades), desvios compatíveis com função
como? tipoia canadense, gesso de Velpeau + fisioterapia
Cirúrgico
indicações: fraturas com grandes desvios, instáveis e cominutivas e pacientes ativos ou que necessitem reabilitação rápida
como?
Fixação com redução fechada ou aberta
Artroplastia: indica em fratura de 4 partes e fratura-luxação em idosos (sem comorbidades)
Luxação Glenoumeral Traumática - Etiologia
Perda da relação anatômica entre a cavidade glenoidal e a cabeça do úmero (que se aloja anteriormente) produzindo:
Ruptura do lábio (lesão de Bankart)
Ruptura dos ligamentos glenoumerais
Afundamento do canto posterossuperior da cabeça do úmero (lesão de Hill-Sachs)
Luxação Glenoumeral Traumática - Mecanismo do Trauma
Mecanismo de queda ao solo, com movimento rotacional com o MMSS em abdução e rotação externa (muito comum)
Trauma direto e violento em direção posteroanterior sobre o ombro (raro)
Luxação Glenoumeral Traumática - Exame Físico
Sinal de Dragona (ausência da cabeça do úmero em seu local anatômico) Proeminência do acrômio “Vazio" anatômico logo abaixo Exame Vascular e neurológico Teste de Allen
Luxação Glenoumeral Traumática - Quadro Clínico
Dor, desconforto, bloqueio de rotações
Luxação Glenoumeral Traumática - Diagnóstico
Saber:
Mecanismo da lesão (traumático, atraumático, voluntário) e direção
Posição do braço deslocado
Exames de Imagem:
Radiografia (AP verdadeiro, P de Neer e axilar)
CT (dúvidas diagnósticas e fraturas-luxações)
MRI (lesão labrum, ligamentar e lesão MR)
Luxação Glenoumeral Traumática - Tratamento
Conservador
Luxação = redução
Como? Tipoia em rotação neutra ou até externa por 2-3 semanas
Cirúrgico
indicações: recidivas ou com instabilidade
reparo cápsulo-labral
aberta
artroscópia
Bristow-Laterget: enxerto ósseo - processo coracoide
Luxação Posterior
Muitas vezes tem diagnóstico tardio, pois a clínica é precária, paciente pode realizar alguns movimentos (pode ter bloqueio de elevação passiva). Importante as incidências de perfil e axilar para não passar despercebida
Luxação posterior= lesão Hill-Sachs inversa
Mecanismo da luxação posterior:
Trauma direto de direção anteroposterior
Crise convulsiva ou Choque elétrico
Musculatura se contrai com maior intensidade, fazendo com que os roteadores internos se sobreponham aos roteadores externos
Fratura do Rádio Distal - Epidemiologia, Incidência e Mecanismo do Trauma
Comum. Ocorre em jovens (20-30) com trauma de alta energia ou mulheres (60-69) com trauma de baixa energia.
Fratura do Rádio Distal - Complicações
Lesão do nervo mediano Não consolidação Artrite pós-traumática Distrofia simpático-reflexa Rigidez articular Lesão tendinosa (extensor longo do polegar) Instabilidade mediocárpica Infecção Contratura isquêmica de Volkmann
Fratura do Rádio Distal - Tratamento
Estáveis:
Redução fechada e imobilização gessada
Punho em 20º de flexão volar e desvio ulnar
Evitar flexão extrema
Instáveis: 1. Fixação percutânea com fios Extra ou intraarticulares em 2 partes 2. Fixadores externos 3. Redução aberta limitada e fixação com fios 4. Redução aberta e fixação interna Cisalhamento vertical Barton dorsal ou volar Smith Planejamento
Fratura do Rádio Distal- Padrão de Fraturas
Fratura de Colles, Fratura de Smith, Fratura de Barton e Fratura de estiloide radial (Chauffeur)
Fratura de Colles
Descrita para intra e extrarticulares
Queda com a mão estendida, desvio radial do punho e pronação
Intra-articulares: jovens com trauma de alta energia
Baixa energia: idosos e mulheres
Fratura de Smith
Afundamentoem flexão palmar
Queda sobre a mão estendida e antebraço em supinação
Instáveis
Fratura de Barton
Fratura-subluxação do punho
Queda sobre o punho dorsifletido com o antebraço fixo em pronação
Desvio volar mais frequente
Instáveis
Fratura de estiloide radial (Chauffeur)
Avulsão dos ligamentos extrínsecos
Compressão do escafoide contra a estiloide radial
Associada a lesões dos ligamentos intercarpais
Classificação do Mecanismo do Trauma
- Extensão
metáfise falha em tensão (Colles e Smith) - Cisalhamento
Fraturas da superfície articular (Barton) - Compressão
Fratura da superfície articular com impacção de osso subcondral e metafisário - Fratura-avulsões ou luxações radiocarpais
- Fraturas combinadas:
Alta energia
Combinação dos 4 primeiros
Classificação AO
Tipo A: Extra-articular A1 ulna A2 rádio A3 rádio cominutiva Tipo B: Articular parcial do rádio B1 sagital B2 coronal fragmento dorsal B3 coronal fragmento volar Tipo C: Intra-articular completa C1 articular simples metafisária simples C2 articular simples metafisária cominutiva C3 articular cominutiva
Fratura do Escafóide
É a mais comum dos ossos do carpo
Queda sobre a mão espalmada
Adultos jovens
Fratura do Escafóide- Diagnóstico
Idade Mecanismo Dor e aumento de volume na tabaqueira anatômica Dor à palpação do escafóide Dor pistonagem do polegar
Fratura do Escafóide- Complicações
Necrose do polo proximal Consolidação viciosa—artrose, instabilidade Pseudoartrose Técnica de Matti-Russe Enxerto esponjoso ou vascularizado
Fratura do Escafóide- Tratamento
Tratamento conservador
Fraturas sem desvio
Fraturas do tubérculo do escafoide e 1/3 distal
Gesso BP com 90º flexão do cotovelo, prono-supinação neutra e discreta extensão. Englobar o polegar.
60 - 90 dias – dificuldade de cicatrização do escafoide
Quanto mais proximal, maior o risco de necrose
Tratamento cirúrgico Relativa: Fraturas sem desvio, dependendo do perfil do paciente Fixação percutânea Absoluta: Fraturas com desvio > 1mm Redução + osteossíntese
Luxação Perissemilunar dorsal/ volar
É a mais comum
Queda com o punho em hiperextensão
Todos os ossos são lançados para trás do semilunar
Luxação Perissemilunar dorsal/ volar - Diagnóstico
RX
AP aspecto pisiforme “pie sign”
P reconhecimento
Luxação Perissemilunar dorsal/ volar - Tratamento
Redução incruenta (tração e compressão volar)
Reconstrução do ligamento escafosemilunar
Imobilização em flexão
Luxação transescafosemilunar do carpo- Diagnóstico
Associada a fratura do escafoide
O fragmento distal do escafoide e os outros ossos do carpo se deslocam dorsalmente
Luxação transescafosemilunar do carpo- Tratamento
Redução cruenta
Fixação da fratura do escafóide
Estabilização da articulação semilunopiramidal se necessária
Instabilidade do Carpo- Características
Após traumatismos
Perda de alinhamento normal
Instabilidade
Instabilidade do Carpo- Classificação
Estática
Rompimento ligamentar total
Visível ao Rx simples AP e perfil
Dinâmica
Lesões parciais
RX simples: normal
RX do punho com os dedos em forte flexão : anormal
Instabilidade Escafosemilunar - Características
Mais comum das instabilidades carpais
Queda com o punho em extensão e antebraço em pronação
Instabilidade Escafosemilunar - Clínica e Exame físico
Dor, edema, aumento de volume dorsal
Dor à palpação do espaço entre semilunar e escafoide
Teste de Watson : clique doloroso (subluxação dorsal)
Instabilidade Escafosemilunar - Diagnóstico
AP: encurtamento do escafoide Sinal do “anel” Sinal de Terry Thomas Perfil absoluto: 45º (30-60º)
Instabilidade Escafosemilunar - Tratamento
Aguda
redução aberta + fixação da luxação com 2 fios de Kirschner
Reinserção com âncoras
Imobilização por 8 sem
Crônica
Se redutível, reconstrução (FRC)
Artrodese triescafóide (escafoide + trapézio + trapezoide)
Artrodese escafocapitato
Ressecção da 1ª fileira: artrose
Degeneração do capitato: resseca-se escafoide e artrodese semilunar, piramidal, capitato e hamato
Classificação do Trauma Raquimedular quanto a altura na medula
Lesão medulares = ao nível/ acima de T10
Lesão medular e nas raízes = entre T10 e L1
Lesão das raízes = abaixo de L1
Trauma Raquimedular - Anatomia
Em cima tem menor chance de lesão medular, pois ela ocupa um espaço menor
A medula espinhal preenche 35% do canal ao nível do atlas, e 50% nos outros níveis.
O restante do canal é preenchido por líquor, gordura epidural e a dura-máter.
Trauma Raquimedular - Mecanismo de Trauma
acidentes automobilísticos quedas de altura mergulhos em água rasa projéteis de arma de fogo traumatismos diretos
Trauma Raquimedular - Prioridades para tratamento cirúrgico no politraumatizado
TCE lesões oculares e faciais lesões viscerais compressão progressiva da medula espinhal lesões musculoesqueléticas graves
Classificação das Lesões neurológicas
Primárias: ocorrem no momento da lesão; por 4 mecanismos básicos: contusão, compressão, estiramento e laceração.
Secundárias: resultam de processos reacionais, por isquemia e/ou edema.
Classificação das lesões medulares/ espinhais
Completas: perda sensitiva e motora completa abaixo do nível da lesão.
Incompletas: existe alguma função sensitiva e/ou motora preservada distalmente à lesão.
Geralmente possui bom prognóstico. ex: formas típicas = síndromes medulares
Síndromes Medulares
Lesões incompletas geram várias combinações de sintomas, pela interrupção do tratos motores, sensitivos e autonômicos
Síndrome Medular Central
Lesão medular incompleta mais comum Destrói a área central da medula Clínica: quadriparesia (maior envolvimento dos MMSS) sem comprometimento sensitivo Prognóstico bom Típica em idoso com osteoartrose Mecanismo do trauma de hiperextensão
Síndrome de Brown-Séquard/ Hemissecção Medular
Lesão de uma metade da medula
Clínica: déficit motor ipsilateral e perda de discriminação da dor e da temperatura contralateral
Prognóstico bom
Síndrome da Cauda Equina
Lesão entre o cone medular e as raízes dos nervos lombossacrais
Clínica: arreflexia da bexiga, intestino e MMII, Ausência de sensibilidade perianal (anestesia em sela), dos reflexos bulbocavernoso e anal, além da ausência de toda atividade reflexa dos MMII.
Síndrome Medular Mista
Combinação não classificável de várias síndromes
Mecanismo: compressão Exame: anestesia em sela, ausência de reflexos bulbo cavernosos e anal, arreflexia membros inferiores
Geralmente lesão neurológica incompleta, perda de esfíncteres
Choque Medular
Disfunção do tecido nervoso da medula, por uma interrupção fisiológica no lugar de estrutural. Recupera entre 1-3 dias
Clínica: paralisia flácida (musculatura flácida/ solta) arreflexia (incluindo bulbocavernoso) perda total de sensibilidade ausência de função autonômica bexiga atônica relaxamento dos esfíncteres
Choque Neurogênico
Hipotensão + bradicardia, por interrupção traumática da eferência simpática T1-L2.
Avaliação Clínica
Inconsciente/ alcoolizado = lesado medular
Exame neurológico criterioso de tempos em tempos
Testar reflexos (bulbocavernoso)
Verificar presença de choque medular e choque neurogênico.
Pacientes conscientes com fraqueza, sinais de entorpecimento, paralisia dos braços, mãos ou pés, justificam um diagnóstico de lesão medular.
Lesão Medular - Clínica
Respiração diafragmática (respiração mais difícil)
Perda da resposta ao estímulo doloroso
Incapacidade de realizar movimentos voluntários nos membros
Alterações do controle dos esfíncteres
Priapismo
Reflexos patológicos (Babinski e Oppenheim), indicando lesão do neurônio motor superior.
Reflexo Bulbocavernoso
Determina se está no choque medular ou se já saiu do choque medular (Ausente no choque medular).
Testa S3 e S4
Retorno desse reflexo indica o término do choque medular, permitindo a determinação do déficit neurológico após a lesão.
Sinais de bom prognóstico
Preservação de algum movimento voluntário
Preservação de sensibilidade perianal (= raízes sacrais poupadas)
Sinais de mau prognóstico
Ausência do Reflexo Bulbocavernoso. Ausência do Reflexo Superficial Anal. Presença do Sinal de Babinski positivo Priapismo: ereção involuntária do pênis. Não retorno dos reflexos
Tratamento
Conservador fase aguda imobilização provisória corticoterapia* reabilitação = multidisciplinar
Cirúrgico
indicações: Instabilidade segmento vertebral, lesão neurológica, piora progressiva da função neurológica (absoluta e urgente), redução de fraturas-luxações, descompressão medular e fixação com material de síntese
importante: mobilização precoce, cuidados de enfermagem, evita complicações respiratórias ( junto com a sepse é o que mais mata) e reabilitação
Trauma Raquimedular - Critérios de Instabilidade
Lesão neurológica Compressão do canal >50%. Fraturas contíguas Redução da altura do corpo vertebral > 50% angulação torácica > 30° angulação lombar > 25° Translação vertebral
Imobilização
Manter um membro (ou parte de um membro) imóvel, em repouso e em uma posição correta
Imobilização- Função
Proteção evitando lesões adicionais de partes moles
Alívio da dor
Evitar manipulação desnecessária no segmento afetado
Facilidade de transporte
Permitir o tratamento conservador
Princípio da Imobilização
Imobilizar sempre que possível uma articulação acima e abaixo da área lesada
MOTIVO: muitos músculos cruzam mais de 1 articulação (ex: a do joelho e do tornozelo), sendo a fratura afetada pelas duas articulações
Imobilização - Indicações Não Gessadas e Gessadas
Não gessadas: contusões de baixa energia, lesão ligamentar, entorses e pré e pós-op
Gessadas: fraturas, contusões de alta energia e luxações
Imobilização - Enfaixamentos
Joelho: Watson Jones (lesões ligamentares, temporária), Simples
Tornozelo: em “oito”, simples
Pé: esparadrapagem
Imobilizações - Aparelhos Gessados
Quadril e Fêmur: tóraco-pédico
Joelho: ínguino-pédico, inguino-maleolar, 30º flexão
Tíbia: bota gessada, ínguino-pédico
Tornozelo e pé: bota gessada com/sem salto
Informações de cuidados com o Gesso
Não molhar (cobrir com saco plástico quando tomar banho) Não retirar o algodão Não coçar com instrumentos Manter a extremidade elevada Pisar somente após 48 horas
Em caso de dor ou Inchaço dos dedos = Retorno imediato ao hospital!!!!!
Imobilizações - Complicações
Feridas ocultas Perda da redução Consolidação viciosa Úlcera de pressão Síndrome compartimental
Imobilização - Avaliação antes e pós alinhamento
Pulsos distais
Cor da pele
Temperatura
Estado neurológico