Oftalmologia Veterinária Flashcards

1
Q

O que é um Hifema?

A

É a Hemorragia intraocular e pode acontecer de maneira espontânea ou em decorrência de afecções.

Ou seja, presença de sangue na câmara anterior do olho, no espaço entre a córnea e a íris, resultado de trauma ocular, seja contuso ou penetrante e também associado a cirurgias oculares uveítes.

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2
Q

O que é uma Epífora?

A

É o excesso de lacrimejando com pigmentação dos pêlos adjacentes, ocorrendo em função da obstrução dos canais lacrimais.

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3
Q

O que Sinéquia?

A

São aderências da Íris e podem acontecer de maneira anterior e posterior.

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4
Q

O que é Hipópio?

A

é o pus na câmara anterior do olho, ou seja, presença de material purulento, normalmente rico em neutrófilos, linfócitos, macrófagos e células plasmáticas, na câmara anterior do olho.

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5
Q

E Flare, o que é uma Flare?

A

É o resultado da dispersão da Luz no momento em que ela alcança partículas de proteínas suspensas no humor aquoso.

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6
Q

O exame neuroftalmico constitui uma importante ferramenta diagnóstica para as doenças neurológicas e oftálmicas que cursam com cegueira. O teste que avalia o nervo óptico, o córtex cerebral e o nervo facial, capaz de auxiliar o médico veterinário a verificar se o animal está enxergando ou não, é?

A

Resposta à ameaça, pois a resposta à ameaça pode auxiliar no diagnóstico da cegueira. Todavia, alguns cuidados devem ser tomados para evitar respostas mascaradas ou mesmo interpretação errada.

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7
Q

O que é o reflexo fotopupilar?

A

O reflexo fotopupilar, também conhecido como reflexo pupilar à luz, é um mecanismo de resposta do olho à exposição à luz. Ele representa uma função crítica do sistema nervoso autônomo que regula o diâmetro da pupila em resposta a variações na intensidade luminosa, ajudando a proteger a retina de danos causados por excesso de luz e a otimizar a visão em diferentes condições de iluminação.

Mecanismo: Quando a luz incide sobre a retina, um sinal é transmitido através do nervo óptico ao cérebro, mais especificamente ao pretéctum, que integra a informação e envia sinais, via nervo oculomotor, para os músculos do íris. Em condições de alta luminosidade, o esfíncter pupilar se contrai, diminuindo o diâmetro da pupila (miose), enquanto em ambientes com pouca luz, o dilatador pupilar atua para aumentar o diâmetro da pupila (midríase), permitindo a entrada de mais luz.

Tipos de Reflexo Fotopupilar:
1. Reflexo pupilar direto: é a resposta da pupila que está sendo diretamente iluminada.
2. Reflexo pupilar consensual: é a resposta da pupila contralateral (não iluminada diretamente), que se contrai simetricamente à pupila exposta à luz. Este reflexo indica a integridade do trato óptico e das vias nervosas envolvidas.

Importância Clínica: O exame do reflexo fotopupilar é uma ferramenta diagnóstica fundamental na neurologia e oftalmologia, tanto em humanos quanto em medicina veterinária. A avaliação desse reflexo pode revelar informações cruciais sobre o funcionamento do sistema nervoso central e periférico, além de identificar lesões no nervo óptico ou anormalidades na íris. Alterações no reflexo fotopupilar podem indicar condições como lesões cerebrais, aumento da pressão intracraniana, danos ao nervo óptico, entre outros.

Na prática veterinária, a avaliação do reflexo fotopupilar é realizada com cuidado para verificar a saúde ocular e neurológica dos animais. É particularmente importante em casos de trauma craniano, suspeita de doenças neurológicas, ou avaliação de lesões oculares. O entendimento detalhado e a capacidade de interpretar corretamente as respostas pupilares são essenciais para o diagnóstico e a orientação terapêutica adequada, enfatizando a integração entre as especialidades de neurologia e oftalmologia veterinária.

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8
Q

O que é o reflexo do palpebral?

A

O reflexo palpebral é uma resposta involuntária que consiste no fechamento das pálpebras em resposta a um estímulo externo. Este reflexo é um indicador importante da funcionalidade do sistema nervoso e é essencial para a proteção dos olhos contra potenciais danos ou irritações. Na medicina veterinária, assim como na humana, o reflexo palpebral é utilizado como uma ferramenta diagnóstica para avaliar a integridade das vias nervosas e a saúde ocular.

Mecanismos e Componentes:
1. Reflexo Palpebral Direto: Ocorre quando o estímulo é aplicado diretamente ao olho ou às pálpebras, como um toque leve ou a aproximação de um objeto em direção ao olho, provocando o fechamento das pálpebras do olho estimulado.
2. Reflexo Palpebral Consensual: Refere-se ao fechamento das pálpebras do olho contrário ao que recebeu o estímulo direto.

O reflexo palpebral envolve principalmente o nervo trigêmeo (nervo craniano V), que atua na detecção do estímulo através de suas terminações sensitivas na face e pálpebras, e o nervo facial (nervo craniano VII), que inerva os músculos responsáveis pelo fechamento das pálpebras.

Importância Clínica:
- Avaliação Neurológica: A presença e a força do reflexo palpebral ajudam a avaliar a função dos nervos cranianos V e VII, além de oferecer pistas sobre a saúde geral do sistema nervoso.
- Diagnóstico de Doenças: Alterações ou a ausência do reflexo palpebral podem indicar condições patológicas, como lesões nervosas, doenças neuromusculares, ou disfunções cerebrais.
- Monitoramento Anestésico: Em procedimentos cirúrgicos, especialmente em animais, o reflexo palpebral é monitorado para avaliar a profundidade da anestesia, uma vez que este reflexo diminui ou desaparece com a sedação adequada.

Na prática veterinária, o exame do reflexo palpebral é realizado de maneira simples, tocando-se levemente a margem das pálpebras ou soprando ar suavemente sobre os olhos do animal. A resposta normal é o fechamento rápido das pálpebras. A avaliação cuidadosa desse reflexo fornece informações valiosas sobre a saúde neurológica do animal, sendo um componente essencial do exame neurológico completo em diversas espécies animais. É também uma ferramenta útil para identificar precocemente problemas que podem requerer intervenções específicas, realçando a importância de uma abordagem multidisciplinar na medicina veterinária.

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9
Q

O que testa o reflexo palpebral?

A

Testa a habilidade do paciente em fechar as pálpebras, verificando a inervação sensorial (V par de nervo craniano) e inervação motora (VII par de nervo craniano).

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10
Q

Sensibilidade corneal ao toque serve?

A

Avaliar o nervo trigêmeo que é o V par de nervo craniano inervação sensorial e o nervo facial (VII par de nervo craniano) que avalia a inervação motora.

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11
Q

Quais são os três procedimentos básicos no diagnóstico e manejo clínico dos pacientes com glaucoma?

A

Gonioscopia, oftalmoscópio e tonometria.

Gonioscopia é a metodologia de diagnóstico usada para examinar o ângulo iridocorneano através de uma goniolente, ou seja, um exame realizado para análise do ângulo entre a córnea e a íris para regular a pressão intraocular e da câmara anterior.

Oftalmoscopia: serve para avaliar o fundo do olho, podendo observar as alterações provenientes do glaucoma.

Tonometria: Serve para aferir a pressão intraocular.

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12
Q

Para que serve o teste lacrimal de Schirmer?

A

O teste lacrimal de Schirmer mensura a produção lacrimal através da colocação de uma tira de papel com a extremidade dobrada na margem palpebral por um minuto.

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13
Q

O que é a coloração de Fluoresceína?

A

Serve para identificar lesões na córnea e avaliar a patência das vias lacrimais (teste de Jones).

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14
Q

O que é uma Biopsia Conjuntival?

A

É uma metodologia para coletar uma pequena amostra da conjuntiva. Pode ser realizada mediante uso de anestesia tópica. Para conter a hemorragia, pode ser utilizada fenilefrina antes e depois da coleta.

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15
Q

Para que serve a Citologia do Humor Aquoso?

A

É um método auxiliar de diagnóstico de infecções ou de processos neoplásicos, consistindo na contagem de células totais, seguida pela sedimentação do fluído para realização do esfregaço ou preparação com fixador próprio.

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16
Q

O que é a coloração de Rosa Bengala?

A

É um método que serve como corante para células necróticas e desvitalizadas.

17
Q

Para que serve a Ultrassonografia ocular?

A

Serve para examinar olhos opacos, detectar tumores intraoculares ou corpos estranhos, investigação de doenças retrobulbares, acompanhamento de tratamentos e principalmente, antes de procedimentos cirúrgicos.

18
Q

O uso indiscriminado de colírio de atropina por longos períodos em cães pode causar?

A

Ceratoconjutivite Seca. Porque? uma vez que a atropina diminui o fluxo de lágrima quando usado por via tópica.

19
Q

O que é Uveíte em pequenos animais?

A

É a inflamação da úvea e em geral, ocorre por doenças infecciosas.

Uveíte é a inflamação da úvea, a camada média do olho, que inclui a íris, corpo ciliar e coroide.
Pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções, traumas, doenças autoimunes e neoplasias.
Os sinais clínicos incluem vermelhidão ocular, dor, fotofobia, lacrimejamento e, às vezes, mudança na cor da íris ou presença de pus dentro do olho.
O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver anti-inflamatórios, antibióticos, ou cirurgia em casos graves.

A úvea desempenha um papel crucial na nutrição do olho e na regulação da luz que entra na retina; portanto, sua inflamação pode ter repercussões significativas na saúde ocular do animal.

Causas: A uveíte pode ser classificada com base na etiologia em infecciosa (causada por vírus, bactérias, fungos, ou parasitas), traumática (devido a lesões físicas no olho), imunomediada (onde o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente a úvea), ou secundária a doenças sistêmicas, como neoplasias ou toxemias.

Tratamento: O manejo da uveíte foca em controlar a inflamação, aliviar a dor e tratar a causa subjacente. Isso pode incluir a administração de corticosteroides ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para reduzir a inflamação, além de antibióticos, antifúngicos, ou antivirais, se uma infecção for identificada como a causa. Em casos onde a causa é imunomediada ou neoplásica, o tratamento pode exigir uma abordagem mais complexa e específica.

20
Q

E a catarata em pequenos animais?

A

Está relacionado a um grupo de distúrbios lenticulares e sua ocorrência está ligada a traumas, radiação, diabetes, agentes tóxicos e a questões hereditárias e genéticas.

Catarata refere-se à opacificação do cristalino do olho, que pode levar à diminuição da visão ou cegueira.
Comum em pequenos animais, especialmente em cães, e pode ser causada por fatores genéticos, doenças sistêmicas (como diabetes), traumas ou envelhecimento.
Diagnóstico é feito através de exame oftalmológico detalhado.
O tratamento principal é a cirurgia para remover o cristalino opacificado, com potencial para restauração da visão.

A catarata é uma das causas mais frequentes de perda de visão em pequenos animais, particularmente em cães, mas também pode afetar gatos e outras espécies. A condição é caracterizada pela perda de transparência do cristalino, uma estrutura ocular que funciona como uma lente para focar a luz na retina. À medida que o cristalino se torna opaco, a luz não pode ser adequadamente transmitida à retina, resultando em visão turva ou perda total de visão.

Causas: Pode estar ligado a radiação, agentes tóxicos, diabetes, e traumas. A catarata pode ser hereditária, indicando uma predisposição genética em algumas raças de cães. Outras causas incluem alterações metabólicas, como aquelas observadas em animais diabéticos, onde a alta glicose no sangue pode levar à formação de catarata. Traumas diretos no olho ou inflamações intraoculares (uveíte) também podem precipitar a formação de catarata, assim como o processo natural de envelhecimento.

Diagnóstico: A avaliação por um veterinário, idealmente um oftalmologista veterinário, é crucial para o diagnóstico correto. O exame oftalmológico incluirá testes como inspeção visual, teste de reflexo da luz, oftalmoscopia e ultrassonografia ocular, quando necessário, para avaliar a extensão da opacidade e a saúde geral do olho.

Tratamento: A cirurgia é o único tratamento efetivo para catarata em pequenos animais. A técnica mais comum é a facoemulsificação, onde o cristalino opacificado é emulsificado com ultrassom e removido, podendo ser substituído por uma lente intraocular artificial para restaurar a visão. O sucesso da cirurgia depende de vários fatores, incluindo a saúde geral do olho e a presença de outras condições oculares.

Prevenção e Prognóstico: Não há uma forma efetiva de prevenir a catarata em todos os casos, especialmente aquelas de origem genética ou relacionadas à idade. No entanto, um controle rigoroso das condições sistêmicas, como o diabetes, pode retardar o seu desenvolvimento. O prognóstico após a cirurgia é geralmente bom para animais que não apresentam outras doenças oculares, com muitos recuperando a visão parcial ou total.

21
Q

O que é retinopatia hipertensiva?

A

Retinopatia hipertensiva é uma condição ocular resultante de hipertensão arterial sistêmica.
Caracteriza-se por danos aos vasos sanguíneos da retina devido à pressão arterial elevada.
Manifestações clínicas podem incluir hemorragias retinianas, exsudatos, edema retiniano e, em casos graves, descolamento da retina e perda de visão.
O diagnóstico é realizado por meio de exame fundoscópico, que permite a visualização direta das alterações retinianas.
O tratamento foca no controle da pressão arterial sistêmica, além de abordar possíveis causas subjacentes.

A retinopatia hipertensiva é secundária à hipertensão renal.

A retinopatia hipertensiva é uma complicação ocular da hipertensão sistêmica, tanto em humanos quanto em animais. A condição é particularmente preocupante porque muitas vezes é silenciosa até que danos significativos à visão tenham ocorrido. A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos da retina, o tecido sensível à luz localizado na parte de trás do olho, responsável por converter a luz em sinais nervosos que são enviados ao cérebro para a produção de imagens.

Fisiopatologia:
A pressão arterial elevada causa um estresse crônico nas paredes vasculares, levando a alterações como estreitamento vascular, hemorragias, exsudatos (acúmulos de proteínas ou outros fluidos) e edema (inchaço). Com o tempo, essas alterações podem comprometer a função visual, resultando em sintomas como visão borrada ou perda de visão.

Diagnóstico:
A retinopatia hipertensiva é diagnosticada por meio de exame fundoscópico, que permite ao veterinário observar diretamente a retina e identificar alterações características, como cruzamentos arteriovenosos patológicos, estreitamento arteriolar, hemorragias e exsudatos. A classificação da gravidade da retinopatia pode ajudar a estimar o nível de hipertensão sistêmica e a urgência do tratamento.

Tratamento:
O manejo da retinopatia hipertensiva envolve a redução da pressão arterial para níveis normais ou quase normais, utilizando medicamentos anti-hipertensivos. A escolha do medicamento depende da causa subjacente da hipertensão e do estado geral de saúde do animal. Em casos onde a retinopatia é avançada, pode ser necessário o encaminhamento para um oftalmologista veterinário para tratamentos específicos visando minimizar a perda de visão.

Prevenção e Prognóstico:
O monitoramento regular da pressão arterial em animais, especialmente aqueles com risco de hipertensão, é crucial para a detecção precoce e prevenção de complicações, como a retinopatia hipertensiva. O prognóstico depende da severidade das lesões retinianas e da eficácia do controle da pressão arterial.

22
Q

Em cães e gatos, para inibir a atividade de proteases que degradam o estroma corneal na úlcera de córnea colagenolítica, também chamada de ceratomalacia ou melting, pode-se utilizar qual colírio? Ou seja colírio de?

A

EDTA - colírio de EDTA, pois é um sal dissódico do ácido etilenodiaminotetracético que, além de anticoagulante, tem a função de inibir a proliferação de bactérias por fixar os metais essenciais a sua proliferação.

23
Q

O que é o colírio de Atropina?

A

É um agente parassimpatolítico, que tem função midriática e ciclopégica.

O colírio de Atropina é um medicamento oftalmológico usado para dilatar (midriase) ou paralisar o músculo do olho temporariamente (cicloplegia).

Pertence à classe dos anticolinérgicos, bloqueando os receptores muscarínicos da acetilcolina no olho.
Utilizado em exames de fundo de olho, tratamento de condições inflamatórias oculares e para prevenir ou tratar a formação de aderências (sinequias) entre a íris e o cristalino ou a córnea.

24
Q

para que é indicado o diclofenaco sódico na oftalmologia veterinária?

A

O diclofenaco sódico é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) usado na oftalmologia veterinária para tratar a inflamação e a dor ocular.
Atua inibindo a ciclo-oxigenase, uma enzima envolvida na produção de prostaglandinas, que são mediadores da inflamação e da dor.
Comumente utilizado para o tratamento de uveíte, pós-operatório de cirurgias oculares e para reduzir a dor e a inflamação associadas a lesões oculares.
Detalhes e Exemplos:

Mecanismo de Ação: Ao inibir as enzimas ciclo-oxigenase (COX-1 e COX-2), o diclofenaco sódico reduz a síntese de prostaglandinas, diminuindo a inflamação e a dor no tecido ocular. Este mecanismo de ação o torna eficaz para o tratamento de condições inflamatórias do olho.

Indicações na Oftalmologia Veterinária:

Uveíte: Uma condição inflamatória que afeta a úvea (camada média do olho), podendo levar a dor significativa e potencial perda de visão. O diclofenaco é utilizado para minimizar a inflamação e aliviar a dor.
Cirurgias Oculares: Aplicado no pré e pós-operatório de procedimentos cirúrgicos, como extracção de catarata, para reduzir a inflamação e promover uma recuperação mais confortável para o animal.
Lesões Oculares: Utilizado para tratar a dor e a inflamação resultantes de traumas ou lesões no olho.
Administração e Dosagem: A forma oftálmica do diclofenaco sódico é tipicamente utilizada como colírio. A dosagem e a frequência de aplicação dependem da condição específica a ser tratada e devem ser prescritas por um veterinário. É crucial seguir as instruções de dosagem para evitar possíveis efeitos colaterais.

Efeitos Colaterais e Precauções: Embora geralmente seguro e bem tolerado, o uso de diclofenaco sódico pode ocasionalmente causar efeitos colaterais locais, como irritação ocular, sensação de queimação ou conjuntivite. Em casos raros, pode ocorrer toxicidade sistêmica, especialmente se usado de forma inadequada. Deve ser usado com cautela em animais com histórico de doenças oculares ou sensibilidade a AINEs.

25
Q

para que é utilizado a Dorzolamina na Oftalmologia veterinária?

A

A Dorzolamida é um inibidor da anidrase carbônica, utilizado na oftalmologia veterinária para o tratamento do glaucoma.
Reduz a pressão intraocular ao diminuir a produção de humor aquoso dentro do olho.
Pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros medicamentos para o manejo do glaucoma.
Detalhes e Exemplos:

Mecanismo de Ação: A Dorzolamida atua inibindo a enzima anidrase carbônica, que desempenha um papel crucial na produção de humor aquoso, o fluido dentro do olho. Ao inibir essa enzima, a Dorzolamida reduz a produção de humor aquoso, o que, por sua vez, diminui a pressão intraocular. Esta redução da pressão é vital para o tratamento do glaucoma, pois a pressão elevada pode danificar o nervo óptico e levar à perda de visão.

Indicações:

Glaucoma: Principalmente indicada para o tratamento do glaucoma, tanto na forma primária quanto secundária, em animais. O glaucoma é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que pode causar dor significativa e perda de visão se não for tratado adequadamente.
Uso Combinado: A Dorzolamida é frequentemente usada em combinação com outros medicamentos, como o Timolol (um beta-bloqueador), para proporcionar um controle mais eficaz da pressão intraocular em animais com glaucoma. Esta combinação pode ser particularmente útil em casos onde o tratamento monoterápico não é suficientemente eficaz.

Administração e Dosagem: Disponível como solução oftálmica, a Dorzolamida é aplicada diretamente no olho afetado. A dosagem e a frequência da aplicação dependem da gravidade do glaucoma e são determinadas pelo veterinário.

Efeitos Colaterais e Precauções: Embora geralmente bem tolerada, a Dorzolamida pode causar efeitos colaterais locais, como desconforto ocular, ardência ou prurido no olho tratado. Raramente, podem ocorrer efeitos sistêmicos devido à absorção do medicamento. É importante monitorar animais em tratamento com Dorzolamida para qualquer sinal de reação adversa e ajustar o tratamento conforme necessário.

26
Q

o que é o Ectrópio?

A

Ectrópio é uma condição oftalmológica onde a pálpebra, tipicamente a inferior, vira-se para fora, expondo a superfície interna da pálpebra e a conjuntiva ao ambiente externo.
Pode causar sintomas como irritação ocular, vermelhidão, sensação de corpo estranho e secreção ocular devido à exposição e à incapacidade de lubrificação adequada do olho.
Comum em certas raças de cães devido a características genéticas, mas também pode ocorrer em outros animais e humanos por razões congênitas, traumáticas ou relacionadas à idade.
Detalhes e Exemplos:

Fisiopatologia: No ectrópio, a eversão da pálpebra interfere na distribuição normal da lágrima sobre a superfície ocular, levando à exposição e ao ressecamento da conjuntiva e da córnea. Isso pode resultar em conjuntivite crônica, queratite (inflamação da córnea) e aumento do risco de infecções oculares.

Causas:

Congênitas: Algumas raças de cães, como Bloodhound, Cocker Spaniel, e Basset Hound, têm predisposição genética para o ectrópio devido à sua conformação facial e palpebral.
Adquiridas: Trauma, cicatrizes ou doenças que afetam o tônus ​​muscular palpebral podem levar ao desenvolvimento de ectrópio em qualquer idade.
Relacionadas à Idade: A perda de tônus ​​e elasticidade da pele ao redor dos olhos em animais mais velhos pode causar ectrópio.
Diagnóstico: O diagnóstico é principalmente clínico, baseado na apresentação visual das pálpebras e nos sintomas associados. Avaliações adicionais, como testes de lágrima (teste de Schirmer) e exame da superfície ocular, podem ser realizados para avaliar o impacto na saúde ocular.

Tratamento: O tratamento varia de acordo com a severidade dos sintomas e pode incluir:

Manejo Conservador: Lubrificantes oculares e colírios anti-inflamatórios podem ser usados para aliviar os sintomas em casos leves.
Cirurgia: Em casos mais graves ou quando há complicações, a correção cirúrgica do ectrópio pode ser necessária para restaurar a posição normal da pálpebra e proteger a superfície ocular.
Prevenção e Prognóstico: Em raças predispostas, uma seleção cuidadosa dos animais reprodutores pode ajudar a reduzir a incidência de ectrópio. O prognóstico é geralmente bom com tratamento adequado, especialmente se as alterações secundárias na superfície ocular ainda não se desenvolveram ou são mínimas.

27
Q

O que é hiperemia escleral?

A

Hiperemia escleral refere-se ao vermelhidão ou dilatação dos vasos sanguíneos na esclera, a parte branca do olho, indicando um aumento do fluxo sanguíneo na área.
É um sinal comum de irritação, inflamação ou infecção ocular, mas também pode ser causada por fatores externos como alergias, trauma ou exposição prolongada a ambientes irritantes.
Pode acompanhar diversas condições oftalmológicas, tanto benignas quanto graves, exigindo avaliação para determinar a causa subjacente.
Detalhes e Exemplos:

Fisiopatologia: A hiperemia escleral ocorre quando os vasos sanguíneos da esclera se expandem devido a um aumento do fluxo sanguíneo para a região. Isso pode ser uma resposta a fatores irritantes locais, processos inflamatórios ou infecciosos que afetam o olho.

Causas Comuns:

Inflamação: Condições como uveíte, conjuntivite ou episclerite podem causar vermelhidão na esclera devido à inflamação.
Infecção: Infecções oculares bacterianas, virais ou fúngicas podem levar a hiperemia escleral como parte da resposta inflamatória.
Alergias: Reações alérgicas podem causar vermelhidão e inchaço no olho, incluindo a esclera.
Trauma: Lesões físicas no olho ou exposição a corpos estranhos podem provocar hiperemia escleral.
Exposição a irritantes: Fumo, cloro de piscinas, poluição e uso prolongado de telas podem irritar os olhos e causar vermelhidão.
Sintomas Associados:
Além da vermelhidão, a hiperemia escleral pode estar acompanhada de outros sintomas, como dor ocular, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, descarga ocular, fotofobia (sensibilidade à luz) e visão turva, dependendo da causa subjacente.

Diagnóstico: O diagnóstico de hiperemia escleral geralmente envolve um exame oftalmológico completo, incluindo inspeção visual, avaliação da acuidade visual e, possivelmente, testes específicos como a lâmpada de fenda para avaliar as estruturas internas do olho e identificar a causa da vermelhidão.

Tratamento: O tratamento da hiperemia escleral visa a causa subjacente. Isso pode incluir colírios anti-inflamatórios, antibióticos para infecções, antialérgicos para reações alérgicas ou simplesmente a eliminação de irritantes ambientais. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento sistêmico, especialmente se a condição ocular for parte de uma doença sistêmica.

Prevenção e Prognóstico: A prevenção da hiperemia escleral envolve proteger os olhos de irritantes conhecidos e manter uma boa higiene ocular. O prognóstico depende da causa subjacente, sendo geralmente positivo para condições tratáveis, mas pode variar em casos de doenças oculares mais graves.

28
Q

Quais são as manifestações oculares da doença do carrapato Erliquiose em Animais?

A

A erliquiose é uma doença infecciosa transmitida por carrapatos, causada por bactérias do gênero Ehrlichia. Afeta tanto animais quanto humanos e é mais comumente vista em cães. A infecção pode causar uma ampla gama de sintomas sistêmicos devido à resposta inflamatória do organismo e ao impacto da bactéria nos glóbulos brancos e, às vezes, nos glóbulos vermelhos e plaquetas. Embora a erliquiose não cause diretamente hiperemia escleral, a doença pode ter manifestações oculares associadas à condição geral do animal.

Manifestações Oculares da Erliquiose em Animais:

Uveíte: A inflamação da úvea (camada média do olho que inclui a íris, o corpo ciliar e a coroide) pode ocorrer em animais com erliquiose. A uveíte pode causar vermelhidão ocular, dor, fotofobia, lacrimejamento e, em alguns casos, mudanças na cor da íris ou presença de pus dentro do olho.

Hemorragias Retinianas: Em casos de erliquiose severa, especialmente quando há envolvimento da contagem de plaquetas e problemas de coagulação, podem ocorrer hemorragias dentro do olho, incluindo a retina.

Vasculite Retiniana: A inflamação dos vasos sanguíneos da retina também pode ser uma manifestação da doença, potencialmente levando a problemas de visão.

Sintomas Sistêmicos da Erliquiose que Podem Indiretamente Afetar os Olhos:

Febre, letargia e perda de apetite.
Trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas), que pode levar a hemorragias espontâneas, inclusive nos olhos.
Anemia, que pode causar palidez nas mucosas, embora não esteja diretamente relacionada à hiperemia escleral.
Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico da erliquiose baseia-se na história clínica, sinais clínicos, exames laboratoriais (como hemograma completo, que pode mostrar anemia, trombocitopenia e/ou leucopenia) e testes específicos para a detecção de anticorpos contra Ehrlichia ou DNA bacteriano através de PCR.

O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos, como a doxiciclina, por várias semanas. O manejo dos sintomas oculares depende da gravidade e pode incluir colírios anti-inflamatórios ou corticosteroides sob orientação veterinária, especialmente em casos de uveíte.

Enquanto a hiperemia escleral não é uma manifestação direta da erliquiose, a doença pode levar a condições oculares que resultam em vermelhidão e outros sintomas oculares devido à resposta inflamatória sistêmica e às alterações hematológicas. É crucial tratar a erliquiose e suas manifestações oculares de maneira integrada, abordando tanto a infecção subjacente quanto os sintomas oculares específicos para garantir a recuperação eficaz do animal.

29
Q

O que é o Entrópio?

A

É a inversão da pálpebra, pode ser, congênito, espástico ou adquirido.

Entrópio é uma condição oftalmológica onde a pálpebra se vira para dentro, fazendo com que os cílios e a pele da pálpebra rocem contra a superfície do olho (córnea e conjuntiva), podendo causar irritação, desconforto, e até lesões oculares.
Diferente do ectrópio, que é a eversão da pálpebra para fora, o entrópio pode levar a complicações sérias, como ulcerações corneanas, infecções e perda de visão se não for tratado adequadamente.
É comum em algumas raças de cães e gatos devido a predisposições genéticas, mas também pode ocorrer como resultado de traumas, infecções ou processos de cicatrização.
Detalhes e Exemplos:

Fisiopatologia e Causas:

Congênito: Em muitos casos, especialmente em cães de raças como Shar-Pei, Chow Chow e Bulldog, o entrópio é uma condição congênita relacionada à estrutura facial e à conformação das pálpebras.
Adquirido: Pode se desenvolver como resultado de condições que causam espasmo palpebral, cicatrizes ou perda de tônus muscular ao redor do olho, como traumas ou infecções crônicas.
Sintomas Associados:

Lacrimejamento excessivo, secreção ocular e piscar frequente.
Sensibilidade à luz (fotofobia) e vermelhidão ocular devido à irritação.
Corrimento ocular e possíveis sinais de infecção.
Em casos graves, podem ocorrer danos à córnea, como ulcerações, que podem prejudicar seriamente a visão.
Diagnóstico:
O diagnóstico é baseado no exame clínico oftalmológico, onde a inversão da pálpebra e seus efeitos na superfície ocular podem ser diretamente observados. Testes adicionais, como a fluoresceína, podem ser realizados para detectar danos na córnea.

Tratamento:

Manejo Conservador: Em casos leves ou temporários, o tratamento pode incluir lubrificantes oculares para proteger a córnea e anti-inflamatórios para reduzir a irritação.
Cirurgia: Para casos moderados a graves ou entrópio congênito, a correção cirúrgica é geralmente recomendada para reposicionar permanentemente a pálpebra. Existem diferentes técnicas cirúrgicas, dependendo da causa e da severidade do entrópio.
Prevenção e Prognóstico:

A seleção cuidadosa na criação de animais pode ajudar a reduzir a incidência de entrópio congênito em raças predispostas.
O prognóstico é geralmente bom após a correção cirúrgica, especialmente se a condição for tratada antes de ocorrerem danos significativos à córnea.

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Qual a melhor técnica cirúrgica para o tratamento do Entrópio?

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A escolha da melhor técnica cirúrgica para tratar o entrópio depende de vários fatores, incluindo a causa subjacente da condição, a severidade do entrópio, a presença de condições oculares associadas e a experiência do cirurgião. O objetivo da cirurgia é corrigir a inversão da pálpebra para evitar o contato da pele e dos cílios com a superfície do olho, minimizando assim o risco de lesões corneanas e melhorando o conforto do paciente. Aqui estão algumas das técnicas cirúrgicas mais comumente utilizadas:

  1. Técnica de Hotz-Celsus:
    Descrição: Consiste na remoção de uma faixa elíptica de pele e músculo orbicular diretamente abaixo da margem da pálpebra afetada. A sutura subsequente ajuda a everter a pálpebra para a posição normal.
    Indicações: É amplamente utilizada para casos de entrópio envolvendo principalmente a pálpebra inferior e é adequada para a maioria dos casos de entrópio congênito ou adquirido.
  2. Procedimento de Blefaroplastia:
    Descrição: Envolve a remoção de uma porção da pele e, possivelmente, do músculo subjacente para corrigir o defeito palpebral.
    Indicações: Usada em casos onde o excesso de pele contribui para o entrópio, especialmente em animais mais velhos com perda de tônus muscular.
  3. Tarsorrafia Temporária:
    Descrição: Consiste na sutura parcial das pálpebras para promover a eversão durante o processo de cicatrização. É frequentemente um procedimento temporário.
    Indicações: Pode ser utilizada como medida temporária em casos de entrópio secundário a inflamação ou trauma, enquanto o tratamento da causa subjacente está em andamento.
  4. Técnicas de Retirada de Cunha:
    Descrição: A retirada de uma cunha de tecido da pálpebra pode ser realizada para corrigir o entrópio severo, particularmente quando há necessidade de remover tecido excessivo para permitir uma correção adequada.
    Indicações: Indicada para casos mais graves ou quando outras técnicas não são suficientes para alcançar a correção desejada.
  5. Técnicas de Modificação do Tarsal:
    Descrição: Procedimentos que visam modificar a cartilagem tarsal podem ser utilizados para fornecer suporte estrutural adicional à pálpebra, ajudando a manter sua posição correta.
    Indicações: Recomendado para casos onde o entrópio é causado ou exacerbado por anormalidades na cartilagem tarsal.
    Escolha da Técnica:
    A decisão sobre qual técnica utilizar deve ser feita por um cirurgião veterinário especializado em oftalmologia, baseando-se no exame detalhado do animal, na experiência prévia do cirurgião com os diferentes procedimentos e nas especificidades do caso. A comunicação clara com o proprietário sobre as expectativas, potenciais complicações e cuidados pós-operatórios é essencial para o sucesso do tratamento.

Cuidados Pós-Operatórios:
Independentemente da técnica cirúrgica utilizada, o manejo adequado pós-operatório é crucial. Isso pode incluir o uso de colírios anti-inflamatórios, antibióticos para prevenir infecções e o uso de colar elizabetano para evitar que o animal interfira na área operada. O acompanhamento veterinário após a cirurgia é vital para monitorar a cicatrização e identificar precocemente quaisquer sinais de complicações.

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E Distiquíase, o que é?

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Distiquíase é uma condição oftalmológica caracterizada pelo crescimento anormal de cílios a partir das glândulas de Meibômio localizadas na borda das pálpebras. Estes cílios extras crescem na direção do globo ocular, podendo tocar a superfície da córnea ou a conjuntiva, causando irritação e desconforto.
Pode ocorrer em humanos e animais, sendo relativamente comum em algumas raças de cães.
Detalhes e Exemplos:

Fisiopatologia e Causas:

A distiquíase é frequentemente considerada uma condição congênita, especialmente em raças de cães predispostas, como Cocker Spaniels, Labrador Retrievers e Bulldogs. No entanto, também pode ser adquirida após inflamações ou traumas palpebrais que afetam as glândulas de Meibômio.
Sintomas Associados:

Irritação ocular, manifestada por piscar excessivo, lacrimejamento e esfregar os olhos.
Vermelhidão e sensibilidade à luz (fotofobia) podem ocorrer devido ao contato constante dos cílios anormais com a córnea.
Em casos severos, pode haver ulceração da córnea, resultando em dor significativa e até perda de visão se não tratada.
Diagnóstico:

O diagnóstico é realizado por meio de um exame oftalmológico detalhado, onde o veterinário pode visualizar os cílios mal posicionados diretamente ou utilizando equipamentos especializados, como a lâmpada de fenda.
Tratamento:

Manejo Conservador: Em casos leves, pode-se recorrer ao uso de colírios lubrificantes para minimizar o desconforto.
Remoção dos Cílios: Métodos como pinçamento, eletrólise ou crioterapia podem ser utilizados para remover os cílios problemáticos. Essas técnicas visam destruir os folículos dos cílios distíquicos para impedir o crescimento futuro.
Cirurgia: Em alguns casos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir o posicionamento da pálpebra ou remover uma porção significativa dos folículos ciliares afetados.
Prevenção e Prognóstico:

A distiquíase muitas vezes requer manejo contínuo, especialmente em casos onde novos cílios distíquicos continuam a se formar após o tratamento inicial.
O prognóstico é geralmente bom com tratamento adequado, mas depende da severidade das lesões corneanas no momento do diagnóstico e da resposta ao tratamento. A detecção precoce e o tratamento podem prevenir complicações sérias.

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E o que é triquiase?

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Triquíase é uma condição oftalmológica onde os cílios crescem em direção ao globo ocular, tocando a córnea ou a conjuntiva, semelhante à distiquíase, mas com a diferença de que os cílios estão localizados em sua posição anatômica normal e não em orifícios glandulares.
Causa irritação, desconforto, vermelhidão e pode levar a lesões mais graves na córnea se não for tratada adequadamente.
Detalhes e Exemplos:

Fisiopatologia e Causas:

A triquíase pode ser resultado de diversas condições, incluindo cicatrizes palpebrais secundárias a infecções (como tracoma), inflamações crônicas, trauma ou cirurgias oculares. Também pode ocorrer devido a processos inflamatórios crônicos que afetam as pálpebras, alterando a direção do crescimento dos cílios.
Sintomas Associados:

Sensação de corpo estranho no olho, lacrimejamento e piscar excessivo são sintomas comuns.
Dor ocular e fotofobia, especialmente se houver dano à córnea.
A irritação crônica pode levar a ulcerações corneanas e infecções, aumentando o risco de perda de visão.
Diagnóstico:

O diagnóstico é realizado através de um exame oftalmológico detalhado, onde o médico veterinário pode observar os cílios tocando a superfície ocular. Ferramentas como a lâmpada de fenda podem ajudar a avaliar o impacto dos cílios na córnea e na conjuntiva.
Tratamento:

Manejo Conservador: O uso de colírios lubrificantes pode ajudar a aliviar os sintomas temporariamente, reduzindo o desconforto.
Remoção dos Cílios: Métodos como a pinçagem regular dos cílios, eletrólise ou crioterapia podem ser utilizados para remover os cílios mal posicionados e evitar seu crescimento direcionado ao olho.
Cirurgia: Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários em casos mais graves ou persistentes, especialmente se houver alterações significativas na anatomia palpebral. A cirurgia visa reorientar os cílios para longe da superfície ocular ou corrigir as anormalidades palpebrais causadoras da triquíase.
Prevenção e Prognóstico:

A prevenção da triquíase envolve o tratamento adequado das condições subjacentes que podem levar a cicatrizes ou deformidades palpebrais.
O prognóstico depende da causa subjacente e da severidade do envolvimento corneano no momento do diagnóstico. Com tratamento adequado, muitos pacientes experimentam alívio dos sintomas e redução do risco de complicações corneanas.

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Um cão a raça Rotweiller, com um ano de idade, apresentando histórico de blefaroespasmo costante e secreção ocular bilateral há aproximadamente dois meses, foi atendido por um médico veterinário. Durante o exame físico, observou-se bilateralmente: blefaroespasmo acentuado, inversão da margem palpebral inferior de forma acentuada, secreção seromucosa, epífora e hiperemia escleral. O diagnóstico é: ?

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Com base nos sintomas apresentados — blefaroespasmo acentuado, inversão da margem palpebral inferior de forma acentuada, secreção seromucosa, epífora (lacrimejamento excessivo) e hiperemia escleral — o diagnóstico mais provável para o cão Rotweiller de um ano de idade é entrópio bilateral.

Entrópio é uma condição na qual a pálpebra se vira para dentro, fazendo com que os cílios e a borda da pálpebra rocem contra a superfície ocular, causando irritação, dor, hiperemia (vermelhidão), secreção ocular e potencialmente danos à córnea. O entrópio pode ser congênito, comum em algumas raças devido à sua conformação facial e estrutura palpebral, ou adquirido, resultante de condições inflamatórias, traumáticas ou de cicatrização. Raças como o Rotweiller podem ser predispostas a essa condição devido à sua conformação facial e estrutura das pálpebras.

O tratamento do entrópio geralmente envolve correção cirúrgica para reverter a inversão da pálpebra e evitar o contato contínuo da pálpebra e dos cílios com a córnea. O manejo pré-operatório pode incluir o uso de colírios lubrificantes ou anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e proteger a córnea até que a cirurgia possa ser realizada. A intervenção precoce é crucial para evitar danos permanentes à córnea e preservar a visão do animal.

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