Oftalmologia Veterinária Flashcards
O que é um Hifema?
É a Hemorragia intraocular e pode acontecer de maneira espontânea ou em decorrência de afecções.
Ou seja, presença de sangue na câmara anterior do olho, no espaço entre a córnea e a íris, resultado de trauma ocular, seja contuso ou penetrante e também associado a cirurgias oculares uveítes.
O que é uma Epífora?
É o excesso de lacrimejando com pigmentação dos pêlos adjacentes, ocorrendo em função da obstrução dos canais lacrimais.
O que Sinéquia?
São aderências da Íris e podem acontecer de maneira anterior e posterior.
O que é Hipópio?
é o pus na câmara anterior do olho, ou seja, presença de material purulento, normalmente rico em neutrófilos, linfócitos, macrófagos e células plasmáticas, na câmara anterior do olho.
E Flare, o que é uma Flare?
É o resultado da dispersão da Luz no momento em que ela alcança partículas de proteínas suspensas no humor aquoso.
O exame neuroftalmico constitui uma importante ferramenta diagnóstica para as doenças neurológicas e oftálmicas que cursam com cegueira. O teste que avalia o nervo óptico, o córtex cerebral e o nervo facial, capaz de auxiliar o médico veterinário a verificar se o animal está enxergando ou não, é?
Resposta à ameaça, pois a resposta à ameaça pode auxiliar no diagnóstico da cegueira. Todavia, alguns cuidados devem ser tomados para evitar respostas mascaradas ou mesmo interpretação errada.
O que é o reflexo fotopupilar?
O reflexo fotopupilar, também conhecido como reflexo pupilar à luz, é um mecanismo de resposta do olho à exposição à luz. Ele representa uma função crítica do sistema nervoso autônomo que regula o diâmetro da pupila em resposta a variações na intensidade luminosa, ajudando a proteger a retina de danos causados por excesso de luz e a otimizar a visão em diferentes condições de iluminação.
Mecanismo: Quando a luz incide sobre a retina, um sinal é transmitido através do nervo óptico ao cérebro, mais especificamente ao pretéctum, que integra a informação e envia sinais, via nervo oculomotor, para os músculos do íris. Em condições de alta luminosidade, o esfíncter pupilar se contrai, diminuindo o diâmetro da pupila (miose), enquanto em ambientes com pouca luz, o dilatador pupilar atua para aumentar o diâmetro da pupila (midríase), permitindo a entrada de mais luz.
Tipos de Reflexo Fotopupilar:
1. Reflexo pupilar direto: é a resposta da pupila que está sendo diretamente iluminada.
2. Reflexo pupilar consensual: é a resposta da pupila contralateral (não iluminada diretamente), que se contrai simetricamente à pupila exposta à luz. Este reflexo indica a integridade do trato óptico e das vias nervosas envolvidas.
Importância Clínica: O exame do reflexo fotopupilar é uma ferramenta diagnóstica fundamental na neurologia e oftalmologia, tanto em humanos quanto em medicina veterinária. A avaliação desse reflexo pode revelar informações cruciais sobre o funcionamento do sistema nervoso central e periférico, além de identificar lesões no nervo óptico ou anormalidades na íris. Alterações no reflexo fotopupilar podem indicar condições como lesões cerebrais, aumento da pressão intracraniana, danos ao nervo óptico, entre outros.
Na prática veterinária, a avaliação do reflexo fotopupilar é realizada com cuidado para verificar a saúde ocular e neurológica dos animais. É particularmente importante em casos de trauma craniano, suspeita de doenças neurológicas, ou avaliação de lesões oculares. O entendimento detalhado e a capacidade de interpretar corretamente as respostas pupilares são essenciais para o diagnóstico e a orientação terapêutica adequada, enfatizando a integração entre as especialidades de neurologia e oftalmologia veterinária.
O que é o reflexo do palpebral?
O reflexo palpebral é uma resposta involuntária que consiste no fechamento das pálpebras em resposta a um estímulo externo. Este reflexo é um indicador importante da funcionalidade do sistema nervoso e é essencial para a proteção dos olhos contra potenciais danos ou irritações. Na medicina veterinária, assim como na humana, o reflexo palpebral é utilizado como uma ferramenta diagnóstica para avaliar a integridade das vias nervosas e a saúde ocular.
Mecanismos e Componentes:
1. Reflexo Palpebral Direto: Ocorre quando o estímulo é aplicado diretamente ao olho ou às pálpebras, como um toque leve ou a aproximação de um objeto em direção ao olho, provocando o fechamento das pálpebras do olho estimulado.
2. Reflexo Palpebral Consensual: Refere-se ao fechamento das pálpebras do olho contrário ao que recebeu o estímulo direto.
O reflexo palpebral envolve principalmente o nervo trigêmeo (nervo craniano V), que atua na detecção do estímulo através de suas terminações sensitivas na face e pálpebras, e o nervo facial (nervo craniano VII), que inerva os músculos responsáveis pelo fechamento das pálpebras.
Importância Clínica:
- Avaliação Neurológica: A presença e a força do reflexo palpebral ajudam a avaliar a função dos nervos cranianos V e VII, além de oferecer pistas sobre a saúde geral do sistema nervoso.
- Diagnóstico de Doenças: Alterações ou a ausência do reflexo palpebral podem indicar condições patológicas, como lesões nervosas, doenças neuromusculares, ou disfunções cerebrais.
- Monitoramento Anestésico: Em procedimentos cirúrgicos, especialmente em animais, o reflexo palpebral é monitorado para avaliar a profundidade da anestesia, uma vez que este reflexo diminui ou desaparece com a sedação adequada.
Na prática veterinária, o exame do reflexo palpebral é realizado de maneira simples, tocando-se levemente a margem das pálpebras ou soprando ar suavemente sobre os olhos do animal. A resposta normal é o fechamento rápido das pálpebras. A avaliação cuidadosa desse reflexo fornece informações valiosas sobre a saúde neurológica do animal, sendo um componente essencial do exame neurológico completo em diversas espécies animais. É também uma ferramenta útil para identificar precocemente problemas que podem requerer intervenções específicas, realçando a importância de uma abordagem multidisciplinar na medicina veterinária.
O que testa o reflexo palpebral?
Testa a habilidade do paciente em fechar as pálpebras, verificando a inervação sensorial (V par de nervo craniano) e inervação motora (VII par de nervo craniano).
Sensibilidade corneal ao toque serve?
Avaliar o nervo trigêmeo que é o V par de nervo craniano inervação sensorial e o nervo facial (VII par de nervo craniano) que avalia a inervação motora.
Quais são os três procedimentos básicos no diagnóstico e manejo clínico dos pacientes com glaucoma?
Gonioscopia, oftalmoscópio e tonometria.
Gonioscopia é a metodologia de diagnóstico usada para examinar o ângulo iridocorneano através de uma goniolente, ou seja, um exame realizado para análise do ângulo entre a córnea e a íris para regular a pressão intraocular e da câmara anterior.
Oftalmoscopia: serve para avaliar o fundo do olho, podendo observar as alterações provenientes do glaucoma.
Tonometria: Serve para aferir a pressão intraocular.
Para que serve o teste lacrimal de Schirmer?
O teste lacrimal de Schirmer mensura a produção lacrimal através da colocação de uma tira de papel com a extremidade dobrada na margem palpebral por um minuto.
O que é a coloração de Fluoresceína?
Serve para identificar lesões na córnea e avaliar a patência das vias lacrimais (teste de Jones).
O que é uma Biopsia Conjuntival?
É uma metodologia para coletar uma pequena amostra da conjuntiva. Pode ser realizada mediante uso de anestesia tópica. Para conter a hemorragia, pode ser utilizada fenilefrina antes e depois da coleta.
Para que serve a Citologia do Humor Aquoso?
É um método auxiliar de diagnóstico de infecções ou de processos neoplásicos, consistindo na contagem de células totais, seguida pela sedimentação do fluído para realização do esfregaço ou preparação com fixador próprio.
O que é a coloração de Rosa Bengala?
É um método que serve como corante para células necróticas e desvitalizadas.
Para que serve a Ultrassonografia ocular?
Serve para examinar olhos opacos, detectar tumores intraoculares ou corpos estranhos, investigação de doenças retrobulbares, acompanhamento de tratamentos e principalmente, antes de procedimentos cirúrgicos.
O uso indiscriminado de colírio de atropina por longos períodos em cães pode causar?
Ceratoconjutivite Seca. Porque? uma vez que a atropina diminui o fluxo de lágrima quando usado por via tópica.
O que é Uveíte em pequenos animais?
É a inflamação da úvea e em geral, ocorre por doenças infecciosas.
Uveíte é a inflamação da úvea, a camada média do olho, que inclui a íris, corpo ciliar e coroide.
Pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções, traumas, doenças autoimunes e neoplasias.
Os sinais clínicos incluem vermelhidão ocular, dor, fotofobia, lacrimejamento e, às vezes, mudança na cor da íris ou presença de pus dentro do olho.
O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver anti-inflamatórios, antibióticos, ou cirurgia em casos graves.
A úvea desempenha um papel crucial na nutrição do olho e na regulação da luz que entra na retina; portanto, sua inflamação pode ter repercussões significativas na saúde ocular do animal.
Causas: A uveíte pode ser classificada com base na etiologia em infecciosa (causada por vírus, bactérias, fungos, ou parasitas), traumática (devido a lesões físicas no olho), imunomediada (onde o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente a úvea), ou secundária a doenças sistêmicas, como neoplasias ou toxemias.
Tratamento: O manejo da uveíte foca em controlar a inflamação, aliviar a dor e tratar a causa subjacente. Isso pode incluir a administração de corticosteroides ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para reduzir a inflamação, além de antibióticos, antifúngicos, ou antivirais, se uma infecção for identificada como a causa. Em casos onde a causa é imunomediada ou neoplásica, o tratamento pode exigir uma abordagem mais complexa e específica.
E a catarata em pequenos animais?
Está relacionado a um grupo de distúrbios lenticulares e sua ocorrência está ligada a traumas, radiação, diabetes, agentes tóxicos e a questões hereditárias e genéticas.
Catarata refere-se à opacificação do cristalino do olho, que pode levar à diminuição da visão ou cegueira.
Comum em pequenos animais, especialmente em cães, e pode ser causada por fatores genéticos, doenças sistêmicas (como diabetes), traumas ou envelhecimento.
Diagnóstico é feito através de exame oftalmológico detalhado.
O tratamento principal é a cirurgia para remover o cristalino opacificado, com potencial para restauração da visão.
A catarata é uma das causas mais frequentes de perda de visão em pequenos animais, particularmente em cães, mas também pode afetar gatos e outras espécies. A condição é caracterizada pela perda de transparência do cristalino, uma estrutura ocular que funciona como uma lente para focar a luz na retina. À medida que o cristalino se torna opaco, a luz não pode ser adequadamente transmitida à retina, resultando em visão turva ou perda total de visão.
Causas: Pode estar ligado a radiação, agentes tóxicos, diabetes, e traumas. A catarata pode ser hereditária, indicando uma predisposição genética em algumas raças de cães. Outras causas incluem alterações metabólicas, como aquelas observadas em animais diabéticos, onde a alta glicose no sangue pode levar à formação de catarata. Traumas diretos no olho ou inflamações intraoculares (uveíte) também podem precipitar a formação de catarata, assim como o processo natural de envelhecimento.
Diagnóstico: A avaliação por um veterinário, idealmente um oftalmologista veterinário, é crucial para o diagnóstico correto. O exame oftalmológico incluirá testes como inspeção visual, teste de reflexo da luz, oftalmoscopia e ultrassonografia ocular, quando necessário, para avaliar a extensão da opacidade e a saúde geral do olho.
Tratamento: A cirurgia é o único tratamento efetivo para catarata em pequenos animais. A técnica mais comum é a facoemulsificação, onde o cristalino opacificado é emulsificado com ultrassom e removido, podendo ser substituído por uma lente intraocular artificial para restaurar a visão. O sucesso da cirurgia depende de vários fatores, incluindo a saúde geral do olho e a presença de outras condições oculares.
Prevenção e Prognóstico: Não há uma forma efetiva de prevenir a catarata em todos os casos, especialmente aquelas de origem genética ou relacionadas à idade. No entanto, um controle rigoroso das condições sistêmicas, como o diabetes, pode retardar o seu desenvolvimento. O prognóstico após a cirurgia é geralmente bom para animais que não apresentam outras doenças oculares, com muitos recuperando a visão parcial ou total.
O que é retinopatia hipertensiva?
Retinopatia hipertensiva é uma condição ocular resultante de hipertensão arterial sistêmica.
Caracteriza-se por danos aos vasos sanguíneos da retina devido à pressão arterial elevada.
Manifestações clínicas podem incluir hemorragias retinianas, exsudatos, edema retiniano e, em casos graves, descolamento da retina e perda de visão.
O diagnóstico é realizado por meio de exame fundoscópico, que permite a visualização direta das alterações retinianas.
O tratamento foca no controle da pressão arterial sistêmica, além de abordar possíveis causas subjacentes.
A retinopatia hipertensiva é secundária à hipertensão renal.
A retinopatia hipertensiva é uma complicação ocular da hipertensão sistêmica, tanto em humanos quanto em animais. A condição é particularmente preocupante porque muitas vezes é silenciosa até que danos significativos à visão tenham ocorrido. A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos da retina, o tecido sensível à luz localizado na parte de trás do olho, responsável por converter a luz em sinais nervosos que são enviados ao cérebro para a produção de imagens.
Fisiopatologia:
A pressão arterial elevada causa um estresse crônico nas paredes vasculares, levando a alterações como estreitamento vascular, hemorragias, exsudatos (acúmulos de proteínas ou outros fluidos) e edema (inchaço). Com o tempo, essas alterações podem comprometer a função visual, resultando em sintomas como visão borrada ou perda de visão.
Diagnóstico:
A retinopatia hipertensiva é diagnosticada por meio de exame fundoscópico, que permite ao veterinário observar diretamente a retina e identificar alterações características, como cruzamentos arteriovenosos patológicos, estreitamento arteriolar, hemorragias e exsudatos. A classificação da gravidade da retinopatia pode ajudar a estimar o nível de hipertensão sistêmica e a urgência do tratamento.
Tratamento:
O manejo da retinopatia hipertensiva envolve a redução da pressão arterial para níveis normais ou quase normais, utilizando medicamentos anti-hipertensivos. A escolha do medicamento depende da causa subjacente da hipertensão e do estado geral de saúde do animal. Em casos onde a retinopatia é avançada, pode ser necessário o encaminhamento para um oftalmologista veterinário para tratamentos específicos visando minimizar a perda de visão.
Prevenção e Prognóstico:
O monitoramento regular da pressão arterial em animais, especialmente aqueles com risco de hipertensão, é crucial para a detecção precoce e prevenção de complicações, como a retinopatia hipertensiva. O prognóstico depende da severidade das lesões retinianas e da eficácia do controle da pressão arterial.
Em cães e gatos, para inibir a atividade de proteases que degradam o estroma corneal na úlcera de córnea colagenolítica, também chamada de ceratomalacia ou melting, pode-se utilizar qual colírio? Ou seja colírio de?
EDTA - colírio de EDTA, pois é um sal dissódico do ácido etilenodiaminotetracético que, além de anticoagulante, tem a função de inibir a proliferação de bactérias por fixar os metais essenciais a sua proliferação.
O que é o colírio de Atropina?
É um agente parassimpatolítico, que tem função midriática e ciclopégica.
O colírio de Atropina é um medicamento oftalmológico usado para dilatar (midriase) ou paralisar o músculo do olho temporariamente (cicloplegia).
Pertence à classe dos anticolinérgicos, bloqueando os receptores muscarínicos da acetilcolina no olho.
Utilizado em exames de fundo de olho, tratamento de condições inflamatórias oculares e para prevenir ou tratar a formação de aderências (sinequias) entre a íris e o cristalino ou a córnea.
para que é indicado o diclofenaco sódico na oftalmologia veterinária?
O diclofenaco sódico é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) usado na oftalmologia veterinária para tratar a inflamação e a dor ocular.
Atua inibindo a ciclo-oxigenase, uma enzima envolvida na produção de prostaglandinas, que são mediadores da inflamação e da dor.
Comumente utilizado para o tratamento de uveíte, pós-operatório de cirurgias oculares e para reduzir a dor e a inflamação associadas a lesões oculares.
Detalhes e Exemplos:
Mecanismo de Ação: Ao inibir as enzimas ciclo-oxigenase (COX-1 e COX-2), o diclofenaco sódico reduz a síntese de prostaglandinas, diminuindo a inflamação e a dor no tecido ocular. Este mecanismo de ação o torna eficaz para o tratamento de condições inflamatórias do olho.
Indicações na Oftalmologia Veterinária:
Uveíte: Uma condição inflamatória que afeta a úvea (camada média do olho), podendo levar a dor significativa e potencial perda de visão. O diclofenaco é utilizado para minimizar a inflamação e aliviar a dor.
Cirurgias Oculares: Aplicado no pré e pós-operatório de procedimentos cirúrgicos, como extracção de catarata, para reduzir a inflamação e promover uma recuperação mais confortável para o animal.
Lesões Oculares: Utilizado para tratar a dor e a inflamação resultantes de traumas ou lesões no olho.
Administração e Dosagem: A forma oftálmica do diclofenaco sódico é tipicamente utilizada como colírio. A dosagem e a frequência de aplicação dependem da condição específica a ser tratada e devem ser prescritas por um veterinário. É crucial seguir as instruções de dosagem para evitar possíveis efeitos colaterais.
Efeitos Colaterais e Precauções: Embora geralmente seguro e bem tolerado, o uso de diclofenaco sódico pode ocasionalmente causar efeitos colaterais locais, como irritação ocular, sensação de queimação ou conjuntivite. Em casos raros, pode ocorrer toxicidade sistêmica, especialmente se usado de forma inadequada. Deve ser usado com cautela em animais com histórico de doenças oculares ou sensibilidade a AINEs.