Clínica Médica Flashcards
o que é a pressão oncótica?
A pressão oncótica, também conhecida como pressão coloidosmótica, é a componente da pressão osmótica causada pelas proteínas plasmáticas, principalmente albumina, no sangue.
Responsável por manter o fluido dentro dos vasos sanguíneos, contrabalanceando a pressão hidrostática que tende a empurrar o fluido para fora dos vasos.
Alterações na pressão oncótica podem levar a desequilíbrios de fluidos, resultando em edema ou depleção de volume intravascular.
Detalhes e Exemplos:
Fisiopatologia: No sistema circulatório, o equilíbrio entre a pressão hidrostática (que empurra o fluido para fora do vaso) e a pressão oncótica (que puxa o fluido de volta para dentro do vaso) é crucial para a manutenção do volume de fluido nos compartimentos intravascular (dentro dos vasos sanguíneos) e intersticial (entre os tecidos). A pressão oncótica é gerada pelas proteínas plasmáticas, que são grandes moléculas que não podem facilmente atravessar a parede capilar, atuando como um “ímã” que retém água no compartimento vascular.
Causas de Alterações na Pressão Oncótica:
Hipoalbuminemia: Redução nos níveis de albumina no sangue, comum em doenças hepáticas, desnutrição ou síndrome nefrótica, pode diminuir a pressão oncótica, levando a edema.
Desidratação: Concentra as proteínas plasmáticas, aumentando temporariamente a pressão oncótica, mas geralmente acompanhada de perda de volume total de fluido.
Consequências Clínicas:
Edema: A diminuição da pressão oncótica favorece o acúmulo de fluidos nos tecidos, resultando em edema. Isso é observado em condições como cirrose hepática, onde a produção de proteínas pelo fígado é comprometida, ou na síndrome nefrótica, onde há perda excessiva de proteínas na urina.
Ascite: Acúmulo de fluido na cavidade abdominal, frequentemente associado a doenças hepáticas, pode ser exacerbado por uma pressão oncótica reduzida.
Diagnóstico e Tratamento:
O diagnóstico de alterações na pressão oncótica geralmente envolve a medição dos níveis séricos de proteínas, particularmente albumina. O tratamento visa a causa subjacente da alteração da pressão oncótica. No caso de hipoalbuminemia, pode incluir suplementação de proteínas ou tratamento específico para condições subjacentes, como terapia para doença hepática ou controle de doenças renais.
Prevenção e Prognóstico:
A manutenção de uma boa nutrição e o manejo adequado de doenças crônicas são fundamentais para prevenir alterações na pressão oncótica. O prognóstico depende da capacidade de corrigir ou controlar a condição subjacente afetando os níveis de proteínas plasmáticas.
o que é um exsudato?
Exsudato é um fluido com alta concentração de proteínas, células sanguíneas e detritos celulares, produzido e acumulado no tecido ou na superfície dos tecidos durante processos inflamatórios.
Diferencia-se do transudato pela sua composição rica em proteínas e presença de células, indicando um processo patológico ativo.
Associado com inflamação aguda ou crônica, infecções, e reações imunológicas.
Exsudato é um fluido com alta concentração de proteínas, células sanguíneas e detritos celulares, produzido e acumulado no tecido ou na superfície dos tecidos durante processos inflamatórios.
Diferencia-se do transudato pela sua composição rica em proteínas e presença de células, indicando um processo patológico ativo.
Associado com inflamação aguda ou crônica, infecções, e reações imunológicas.
Detalhes e Exemplos:
Fisiopatologia: A formação de exsudato é um componente chave da resposta inflamatória, facilitando a eliminação de agentes patogênicos e a reparação tecidual. Durante a inflamação, a permeabilidade vascular aumenta, permitindo que proteínas plasmáticas, leucócitos e anticorpos saiam dos capilares e entrem no tecido lesionado, formando exsudato. Este processo é mediado por citocinas e mediadores químicos da inflamação, como histamina, bradicinina e prostaglandinas.
Causas Comuns:
Infecções: Bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias, que induzem resposta inflamatória.
Inflamações: Processos inflamatórios agudos ou crônicos, como dermatite, peritonite, pleurisia.
Reações Imunológicas: Respostas a alérgenos ou autoimunidade, onde a inflamação desempenha um papel central.
Características Clínicas: O exsudato pode ser observado em várias condições clínicas, manifestando-se como pus em infecções bacterianas, fluido em bolhas de dermatites, ou efusões em cavidades corporais (por exemplo, efusão pleural, peritoneal). A natureza do exsudato pode variar dependendo da causa subjacente, podendo ser seroso, fibrinoso, purulento, hemorrágico, ou misto.
Diagnóstico: A análise do exsudato coletado de cavidades corporais ou de lesões inflamatórias pode fornecer informações valiosas sobre a causa subjacente da inflamação. A avaliação inclui análise da aparência, medição da concentração de proteínas, contagem de células, e, frequentemente, cultura bacteriana e análise citológica para identificar agentes infecciosos ou células específicas relacionadas ao processo inflamatório ou neoplásico.
Tratamento: O manejo do exsudato foca no tratamento da condição subjacente que está causando a inflamação. Isso pode incluir antibióticos para infecções bacterianas, corticosteroides para reduzir a inflamação severa, ou intervenções cirúrgicas para drenar coleções de exsudato em cavidades ou tecidos.
Prevenção e Prognóstico: A prevenção das condições que levam à formação de exsudato envolve medidas gerais de saúde, como higiene adequada, vacinação, e controle de condições crônicas. O prognóstico depende da causa subjacente da inflamação e da resposta ao tratamento.
Conclusão:
O exsudato é um indicador importante de inflamação e processo patológico no corpo. A compreensão da sua formação e composição ajuda na identificação da etiologia da inflamação e na orientação do tratamento. O manejo adequado da condição subjacente é crucial para resolver a inflamação e prevenir complicações relacionadas ao acúmulo de exsudato.
O que é um edema?
Edema é o acúmulo anormal de líquido no tecido intersticial, localizado entre as células dos tecidos do corpo.
Pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo inflamação, trauma, insuficiência cardíaca, doenças renais, e condições vasculares.
Manifesta-se clinicamente por inchaço na área afetada, que pode ser localizado (em uma parte específica do corpo) ou generalizado.
Detalhes e Exemplos:
Fisiopatologia: O equilíbrio normal de fluidos nos tecidos é mantido por uma combinação de pressões hidrostática e oncótica que regulam a troca de líquidos entre o compartimento vascular e o tecido intersticial. O edema ocorre quando esse equilíbrio é perturbado, levando ao acúmulo excessivo de líquido fora dos vasos sanguíneos. Isso pode resultar de aumento da permeabilidade capilar (como visto na inflamação), aumento da pressão venosa (por exemplo, insuficiência cardíaca), diminuição da pressão oncótica (por exemplo, doença hepática que afeta a produção de proteínas plasmáticas) ou obstrução do fluxo linfático.
Causas Comuns:
Insuficiência Cardíaca: Conduz a edema por aumento da pressão venosa.
Doenças Renais: Podem causar edema por perda de proteínas na urina (síndrome nefrótica), levando à diminuição da pressão oncótica.
Doenças Hepáticas: A cirrose pode resultar em edema abdominal (ascite) devido à diminuição da síntese de proteínas e aumento da pressão na veia porta.
Inflamação: Aumenta a permeabilidade capilar, permitindo que mais fluido escape para o tecido intersticial.
Obstrução Linfática: Causa edema linfático, resultante da incapacidade do sistema linfático de drenar adequadamente o líquido intersticial.
Diagnóstico: Baseia-se na história clínica, exame físico e, em alguns casos, exames complementares, como análises sanguíneas, ultrassonografia e radiografias, para identificar a causa subjacente do edema.
Tratamento: Depende fundamentalmente da causa subjacente. Pode incluir medicamentos como diuréticos (para reduzir o volume de líquido), modificações na dieta (como restrição de sal), controle de doenças subjacentes (por exemplo, uso de medicamentos cardíacos para insuficiência cardíaca) e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas para remover obstruções ou reparar vasos danificados.
Prevenção e Prognóstico: A prevenção envolve o manejo adequado das condições que podem levar ao edema, como controle da pressão arterial, manutenção de um peso saudável e tratamento eficaz de doenças crônicas. O prognóstico varia de acordo com a causa subjacente e a resposta ao tratamento.
o que é a Síndrome Nefrótica?
A Síndrome Nefrótica é um distúrbio renal caracterizado por proteinúria maciça (perda excessiva de proteínas na urina), hipoalbuminemia (baixos níveis de albumina no sangue), edema (inchaço, especialmente nas pernas, pés e ao redor dos olhos) e hiperlipidemia (níveis elevados de lipídios no sangue).
Resulta de danos aos glomérulos, as unidades filtrantes dos rins, afetando sua capacidade de reter proteínas.
Detalhes e Exemplos:
Fisiopatologia: Na Síndrome Nefrótica, a barreira de filtração glomerular dos rins é danificada, permitindo que proteínas, principalmente albumina, escapem do sangue para a urina. A perda de albumina diminui a pressão oncótica do plasma, levando à retenção de líquidos nos tecidos (edema). A hipoalbuminemia também estimula o fígado a produzir mais lipídios, contribuindo para a hiperlipidemia.
Causas: Pode ser primária (originada diretamente do rim) ou secundária a outras condições, como diabetes mellitus, lúpus eritematoso sistêmico (LES), infecções crônicas, e uso de certos medicamentos. Em crianças, uma causa comum é a doença de mudanças mínimas.
Manifestações Clínicas:
Edema: Geralmente é o sintoma mais notável, começando ao redor dos olhos e nos membros inferiores, podendo progredir para ascite e anasarca (edema generalizado).
Proteinúria: A perda de proteína na urina é tipicamente superior a 3,5 g por dia em adultos.
Hipoalbuminemia: Níveis de albumina no soro abaixo de 3 g/dL.
Hiperlipidemia: Aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.
Diagnóstico: Baseia-se na história clínica, exame físico, e resultados laboratoriais que incluem análise de urina (para verificar proteinúria), exames de sangue (para medir níveis de albumina, colesterol, e função renal), e, em alguns casos, biópsia renal para determinar a causa específica da lesão glomerular.
Tratamento: O manejo da Síndrome Nefrótica foca em tratar a causa subjacente (quando conhecida), controlar os sintomas e prevenir complicações. Isso pode incluir corticosteroides ou outros imunossupressores para condições primárias, controle rigoroso da pressão arterial e da glicose para pacientes com doenças subjacentes, diuréticos para manejar o edema, e estatinas para controlar a hiperlipidemia.
Prevenção e Prognóstico: Embora não haja uma estratégia de prevenção específica para a Síndrome Nefrótica, o controle eficaz de doenças subjacentes pode diminuir o risco de seu desenvolvimento. O prognóstico varia amplamente dependendo da causa subjacente e da resposta ao tratamento, sendo geralmente mais favorável em casos de doença de mudanças mínimas, especialmente em crianças.
Qual o exame de patologia clínica devo solicitar para verificar a quantidade de albumina no organismo?
Para verificar a quantidade de albumina no organismo, o exame de patologia clínica indicado é o exame de bioquímica sanguínea, especificamente a dosagem sérica de albumina. Este teste é fundamental para avaliar a função hepática, o estado nutricional, o equilíbrio hídrico e a presença de doenças crônicas ou agudas.
- Função Hepática: A albumina é uma proteína produzida pelo fígado, sendo um indicador sensível de sua função. Baixos níveis podem sugerir disfunção hepática.
- Estado Nutricional: Serve como um marcador do estado nutricional, pois a albumina é necessária para o transporte de muitas substâncias no sangue.
- Equilíbrio Hídrico: A concentração de albumina influencia a pressão oncótica do plasma, essencial para manter o equilíbrio hídrico entre os compartimentos vascular e intersticial.
- Doenças Crônicas ou Agudas: Alterações nos níveis de albumina podem indicar processos patológicos agudos ou crônicos, como inflamação, infecções, e doenças renais ou gastrointestinais.
- Hipoalbuminemia: Pode ser observada em casos de síndrome nefrótica, doença hepática crônica, enteropatia perdedora de proteínas, e em estados de má absorção ou desnutrição.
- Hipoalbuminemia de Fase Aguda: A albumina pode diminuir em resposta a uma inflamação aguda, onde os mediadores inflamatórios reduzem sua síntese hepática.
A interpretação dos níveis de albumina deve ser realizada considerando o contexto clínico global do paciente, incluindo sinais clínicos, histórico médico, e resultados de outros exames. Por exemplo, a hipoalbuminemia pode ser multifatorial e requer uma abordagem diagnóstica abrangente para identificar a causa subjacente.
Qual é a sigla no exame de albumina devo colocar quando solicitado o exame?
Para solicitar especificamente a dosagem de albumina em um exame bioquímico sanguíneo, a sigla ou termo a ser utilizado é “ALB”, que se refere à albumina. Esta sigla é comumente reconhecida em formulários de solicitação de exames laboratoriais e sistemas de informação laboratorial.
Ao preencher uma requisição de exame bioquímico sanguíneo para avaliação da função hepática, do estado nutricional, do equilíbrio hídrico ou da presença de doenças sistêmicas, você deve incluir:
- ALB (Albumina): para quantificar a concentração de albumina no soro sanguíneo.
A precisão ao utilizar siglas padronizadas, como “ALB” para albumina, é crucial para evitar erros de interpretação e garantir que o laboratório realize e reporte o exame correto. Isso facilita a comunicação entre o veterinário e o laboratório, otimiza o processo diagnóstico e contribui para uma avaliação clínica eficaz do paciente.
Sempre verifique com o laboratório específico com o qual você está trabalhando, pois podem existir variações nas siglas ou códigos usados para a solicitação de exames. Embora “ALB” seja amplamente utilizado, é importante estar ciente das convenções locais para garantir a clareza na solicitação de exames.
Defina e explique todas as siglas mais comuns utilizadas em um exame de bioquímico sanguíneo?
Um exame bioquímico sanguíneo na medicina veterinária pode incluir diversas siglas, cada uma representando um parâmetro específico que fornece informações valiosas sobre a saúde e o funcionamento dos órgãos do animal. Aqui estão algumas das siglas mais comuns e suas respectivas funções:
- ALB (Albumina): Avalia a função hepática, o estado nutricional, o equilíbrio hídrico e indica doenças crônicas.
- ALT (Alanina Aminotransferase) ou TGP (Transaminase Glutâmico Pirúvica): Indicador de lesão hepática.
- AST (Aspartato Aminotransferase) ou TGO (Transaminase Glutâmico Oxalacética): Enzima encontrada no fígado, coração e músculos, indicativo de lesões.
- BUN (Blood Urea Nitrogen) ou URE (Ureia): Avalia a função renal, desidratação ou catabolismo aumentado.
- CREA (Creatinina): Avalia a função renal, indicando a eficiência da filtração glomerular.
- GLU (Glicose): Mede os níveis de glicose, indicativo de diabetes mellitus ou hipoglicemia.
- TBIL (Bilirrubina Total): Avalia a função hepática e pode indicar icterícia ou hemólise.
- ALKP (Fosfatase Alcalina) ou FA (Fosfatase Alcalina): Enzima associada a doenças ósseas ou lesões hepáticas.
- GGT (Gama Glutamil Transferase): Enzima que ajuda na avaliação da função hepática e das vias biliares.
- Ca (Cálcio): Avalia os níveis de cálcio, importantes para a função neuromuscular e a saúde óssea.
- PHOS (Fosfato): Avalia os níveis de fosfato, relacionados à função renal e ao metabolismo ósseo.
- Na (Sódio) e K (Potássio): Avaliam os eletrólitos, essenciais para a função celular, neuromuscular e o equilíbrio hídrico.
- Cl (Cloro): Importante para o equilíbrio ácido-base e a função renal.
- CHOL (Colesterol): Avalia os níveis de colesterol, que podem estar relacionados a distúrbios metabólicos ou hepáticos.
Cada sigla representa um teste específico que pode ajudar a diagnosticar diversas condições, desde desordens hepáticas, renais, distúrbios endócrinos, até desequilíbrios eletrolíticos e metabólicos. A seleção dos parâmetros a serem testados depende da condição clínica do paciente, dos sintomas apresentados e das suspeitas clínicas do veterinário.
Quais são as referências de cada sigla no exame de bioquímico sanguíneo devo saber, para diagnosticar alteração seja em algum órgão ou na corrente sanguínea ou no organismo?
Para diagnosticar alterações em órgãos específicos, na corrente sanguínea ou no organismo como um todo, é crucial conhecer os valores de referência para cada parâmetro medido em um exame bioquímico sanguíneo. Estes valores podem variar de acordo com a espécie, idade, sexo do animal, e até mesmo entre diferentes laboratórios devido a metodologias distintas. Portanto, é importante sempre consultar as referências fornecidas pelo laboratório que realizou os testes. Abaixo, são apresentados valores de referência gerais para algumas das siglas mais comuns em medicina veterinária, mas lembre-se de que estes valores são apenas orientações e podem não se aplicar a todos os casos.
- ALB (Albumina): 2.7-4.4 g/dL
- ALT (Alanina Aminotransferase): 10-100 U/L
- AST (Aspartato Aminotransferase): 15-55 U/L
- BUN (Blood Urea Nitrogen): 7-27 mg/dL
- CREA (Creatinina): 0.6-2.1 mg/dL
- GLU (Glicose): 70-150 mg/dL
- TBIL (Bilirrubina Total): 0.0-0.9 mg/dL
- ALKP (Fosfatase Alcalina): 23-212 U/L
- GGT (Gama Glutamil Transferase): 0-11 U/L (varia muito entre as espécies)
- Ca (Cálcio): 8.8-11.8 mg/dL
- PHOS (Fosfato): 2.5-6.0 mg/dL
- Na (Sódio): 140-160 mmol/L
- K (Potássio): 3.5-5.8 mmol/L
- Cl (Cloro): 105-115 mmol/L
- CHOL (Colesterol): 110-320 mg/dL
- Específico por Espécie: Os valores podem variar significativamente entre diferentes espécies (cães, gatos, equinos, ruminantes, etc.), então é importante referenciar valores específicos para a espécie em questão.
- Interpretação Clínica: A interpretação desses valores deve sempre ser feita em conjunto com a avaliação clínica do animal, incluindo exame físico e histórico médico, pois muitos fatores podem influenciar os resultados dos exames.
- Variações Fisiológicas e Patológicas: Variações dentro dos limites de referência podem ser normais para alguns animais; por outro lado, valores dentro dos limites normais não excluem todas as doenças. Alterações significativas ou tendências ao longo do tempo podem ser mais reveladoras do que uma única medição.