Oftalmologia Flashcards

1
Q

Glaucoma: definição

A

Neuropatia óptica de progressão lenta que leva ao comprometimento do campo visual, tendo como principal fator de risco o aumento da PIO. Segunda maior causa de cegueira (a primeira é a catarata), mas a primeira maior causa de cegueira irreversível.

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2
Q

Glaucoma: fatores de risco (5)

A
  1. Aumento da pressão intraocular.
  2. Miopia.
  3. Negros.
  4. Idade avançada.
  5. Antecedente familiar.
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3
Q

Glaucoma: fisiologia do humor aquoso

A

Produzido no corpo ciliar na câmara posterior > Passa para a câmara anterior através da pupila > Drenado pela malha trabeculada no ângulo até o canal de Schlemm (80%) e pela raiz da íris através das fibras musculares do corpo ciliar (20%), em ambos os casos alcançando as veias epiesclerais.

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4
Q

Glaucoma: limite superior da pressão intraocular

A

21 mmHg.
Pode haver glaucoma com pressão < 21 mmHg, chamado de glaucoma de pressão normal, assim como pode não haver glaucoma mesmo com pressão > 21 mmHg, chamado de hipertensão intraocular.

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5
Q

Glaucoma: alterações ao fundo de olho (3)

A
  1. Aumento da proporção escavação/rima nervosa.
  2. Assimetria de escavação (o glaucoma normalmente acomete mais um olho do que o outro).
  3. Hemorragia de disco óptico.
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6
Q

Glaucoma: campo visual normal (3)

A
  1. Limitado superiormente pela órbita e nasalmente pelo nariz, com 100% de extensão temporal - formato elíptico.
  2. O centro do campo corresponde à mácula.
  3. A mancha cega, que corresponde ao disco óptico, se encontra temporalmente ao centro (pois o disco se localiza nasalmente à mácula e há inversão entre o campo visual e a retina).
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7
Q

Glaucoma: distribuição das fibras nervosas no disco óptico (5)

A
  1. Polo superior: fibras da retina temporal superior.
  2. Polo inferior: fibras da retina temporal inferior.
  3. Polo temporal/lateral: fibras da mácula.
  4. Polo nasal/medial superior: fibras da retina nasal superior.
  5. Polo nasal/medial inferior: fibras da retina nasal inferior.
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8
Q

Glaucoma: progressão do defeito no campo visual (4)

A
  1. Polo superior/inferior do disco óptico: escotoma paracentral nasal inferior/superior > degrau nasal inferior/superior > escotoma arcinado (união dos dois anteriores) > extensão até a mancha cega.
  2. Polo inferior/superior: escotoma paracentral nasal superior/inferior > degrau nasal superior/inferior > escotoma arcinado (união dos dois anteriores) > extensão até a mancha cega.
    - > Até aqui há preservação da região central do campo (acuidade visual mantida) e a temporal periférica.
  3. Polo lateral: região central do campo (macular).
    - > Aqui há cegueira por glaucoma.
  4. Polo medial: campo temporal periférico.
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9
Q

Glaucoma: clínica

A

Totalmente assintomático, gerando manifestações já proximo à cegueira.

(Importância do diagnóstico precoce por rastreamento!)

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10
Q

Glaucoma: rastreamento

A

Exame de rotina em pacientes > 40 anos: medida da pressão intraocular + fundoscopia para avaliar disco óptico +/- campimetria (casos suspeitos).

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11
Q

Glaucoma: tratamento (4)

A
  1. Colírios: reduzem a produção (alfa-agonista, betabloqueador) ou aumentam o escoamento (policarpina e prostaglandina) do humor aquoso.
  2. Trabeculoplastia a laser: favorece o escoamento pela via convencional.
  3. Trabeculectomia: nova via de escoamento através de uma fístula que comunica a câmara anterior ao espaço subconjuntival.
  4. Outros: implantação valvular, ciclofotocoagulação.
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12
Q

Glaucoma: classificação (4)

A
  1. Primário de ângulo aberto (mais comum).
  2. Secundário: trauma, uveíte, tumor, pigmentação, neovascular (retinopatia diabética progressiva).
  3. De ângulo estreito.
  4. Congênito.
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13
Q

Glaucoma agudo: fisiopatologia

A

Contato entre a íris e o cristalino, impedindo a passagem do humor aquoso para a câmara anterior > Acúmulo de humor aquoso na câmara posterior e deslocamento anterior da íris, fechando a malha trabeculada > Elevação aguda da PIO e inflamação ocular.

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14
Q

Glaucoma agudo: clínica (5)

A
  1. Dor ocular aguda.
  2. Hiperemia conjuntival.
  3. Redução da acuidade visual e visão de halos coloridos.
  4. Pupila semidilatada (médio-midríase).
  5. Cefaleia e náuseas.
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15
Q

Glaucoma agudo: tratamento

A

Iridotomia a laser: comunicação direta entre a câmara anterior e posterior através de um orifício feito na íris.

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16
Q

Glaucoma congênito: fisiopatologia e clínica

A
  1. Malformação do sistema de drenagem do humor aquoso.
  2. Aumento de volume do globo ocular e da córnea, córnea azulada, fotofobia e lacrimejamento.
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17
Q

Neuropatia óptica e disfunções do nervo óptico: sinais (3)

A
  1. Redução da acuidade visual, deficiência da visão em cores e sensibilidade ao contraste.
  2. Defeito de campo visual: escotomas, central, cecocentral, arqueado, altitudinal, constrição difusa.
  3. Defeito pupilar aferente relativo (DAR): pupila de Marcus-Gunn.

(Podem ser uni ou bilateral, súbita ou progressiva, doloroso ou não à movimentação)

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18
Q

Neuropatia óptica: principais tipos e suas representantes (3)

A
  1. Inflamatória: neurite óptica desmielinizante.
  2. Hipertensão intracraniana: síndrome do pseudotumor cerebral.
  3. Isquêmica: neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) arterítica e não arterítica.
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19
Q

Neuropatia óptica: clínica da neurite óptica desmielinizante (3)

A
  1. Perda visual aguda ou subaguda de intensidade moderada.
  2. Dor com piora à movimentação ocular.
  3. FO normal em 2/3 dos casos (inflamação retrobulbar) e alterado com edema de disco em 1/3 dos casos.
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20
Q

Neuropatia óptica: exames complementares da neurite óptica desmielinizante (2)

A
  1. RNM: confirmação diagnóstica e prognóstico neurológico (risco de conversão para esclerose múltipla).
  2. LCR: avaliar causa infecciosa.
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21
Q

Neuropatia óptica: tratamento e prognóstico da neurite óptica desmielinizante (2)

A
  1. Pulsoterapia com metilprednisolona EV seguido de prednisona VO.
  2. Normalmente há recuperação visual.
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22
Q

Neuropatia óptica: definição da síndrome do pseudotumor cerebral

A

Condição com clínica da síndrome de HIC, porém sem alterações estruturais à RNM de crânio.

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23
Q

Neuropatia óptica: causas da síndrome do pseudotumor cerebral (4)

A
  1. Idiopática: mulher jovem e obesa (fora desse padrão é preciso investigar causas estruturais, como alteração venosa).
  2. Medicamentos: tetraciclina, retinoides.
  3. Alteração do fluxo venoso.
  4. Alteração da composição do líquor.
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24
Q

Neuropatia óptica: clínica da síndrome do pseudotumor cerebral (4)

A
  1. Síndrome da HIC: cefaleia + vômitos em jato + papiledema bilateral (borramento do contorno do disco óptico).
  2. Diplopia por acometimento do NC VI (falso sinal localizatório).
  3. Obscurecimento transitório da visão.
  4. Defeito do campo visual: constrição difusa.

(Acuidade visual é normal!)

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25
Neuropatia óptica: fisiopatologia da NOIA (arterítica e não arterítica)
1. NOIA arterítica: obstrução da artéria por inflamação da parede (arterite). 2. NOIA não arterítica: hipoperfusão sanguínea transitória por hipotensão (área pobremente vascularizada) - fator anatômico predisponente = disco óptico pequeno e sem escavação.
26
Neuropatia óptica: história típica da NOIA não arterítica
Homem idoso, unilateral, perda visual altitudinal e ao acordar.
27
Neuropatia óptica: tratamento da NOIA não arterítica (3)
1. Controle dos fatores de risco cardiovascular: HAS, DM, dislipidemia. 2. Evitar uso de hipotensores. 3. Corticoterapia: prednisona VO (questionável em alguns casos). (Não há tratamento específico).
28
Neuropatia óptica: tipos de acometimento do campo visual pela divisão clínica da via óptica (3)
1. Pré-quiasmática: monocular. 2. Quiasmática: binocular, hemianopsia heterônima bitemporal. 3. Pós-quiasmática: binocular, hemianopsia homônima.
29
Neuropatia óptica: sinais de acometimento do NC III (3)
1. Alteração da motricidade ocular: adução (reto medial), elevação (reto superior), abaixamento (reto inferior) e exciclotorsão (oblíquo inferior). 2. Ptose palpebral (elevador da pálpebra). 3. Midríase (constritor da pupila): ocorre apenas nas compressões e traumatismos do NC III, não nos casos de infarto microvascular por DM e HAS.
30
Neuropatia óptica: sinais de acometimento do NC IV (2)
1. Diplopia vertical: olho afetado ligeiramente para cima (oblíquo superior). 2. Sinal de Bielschowski: aumento do desvio dos olhos com a inclinação ipsilateral da cabeça e redução do desvio com a inclinação contralateral.
31
Neuropatia óptica: sinais de acometimento do NC VI (2)
1. Alteração da motricidade ocular: abdução (reto lateral). 2. Estrabismo convergente.
32
Neuropatia óptica: causas de acometimento do NC III (3)
1. Microvascular (HAS, DM). 2. Traumatismo. 3. Aneurisma.
33
Neuropatia óptica: causas de acometimento do NC IV (3)
1. Congênito: nos primeiros anos o sistema oculomotor pode compensar, e a manifestação ocorre apenas na vida adulta (~40 anos). 2. Adquirido: traumatismo, vasculopatia, tumor, aneurisma. 3. Idiopático.
34
Neuropatia óptica: causas de acometimento do NC VI (3)
1. Microvascular. 2. Traumatismo. 3. Meningite. (HIC também é uma causa muito comum!).
35
Neuropatia óptica: anisocoria fisiológica vs patológica
Fisiológica: a anisocoria não se altera com base na iluminação do ambiente. Patológica: a anisocoria se torna mais evidente no claro ou no escuro.
36
Neuropatia óptica: causas de anisocoria patológica (claro e escuro)
Anisocoria que piora no claro: lesão da via parassimpática - NC III. Anisocoria que piora no escuro: lesão da via simpática - síndrome de Horner.
37
Irrigação arterial da retina (2)
1. Artéria central da retina (ramo da a. oftálmica, proveniente da carótida interna): irrigação da retina interna (células nervosas) - barreira hematorretiniana interna. 2. Artérias ciliares (também ramos da a. oftálmica): circulação coroidal que faz a irrigação da retina externa (camada pigmentar e fotorreceptores) - barreira hematorretiniana externa.
38
Exames oftalmológicos para avaliar o fundo de olho (4)
1. Oftalmoscopia direta: prático e barato, porém com pequeno campo de observação (não avalia a periferia da retina), sem estereoscopia (monocular), baixa intensidade luminosa e grande aproximação do paciente. 2. Oftalmoscopia indireta: intermédio de uma lente condensadora, com estereoscopia (binocular), maior intensidade luminosa e maior campo de observação. 3. Biomicroscopia de fundo: semelhante à OI, mas a fonte de iluminação é a lâmpada de fenda. 4. OCT.
39
Sinerese vítrea: fisiopatologia e clínica
Hidratação vítrea com condensações vítreas, podendo evoluir para descolamento vítreo periférico. Sintomas: moscas volantes (pontos e linhas escuras que acompanham o movimento ocular).
40
Tipos de descolamentos de retina (3)
1. Regmatogênico: rotura retiniana. 2. Tracional: doenças vasoproliferativas (retinopatia diabética). 3. Exsudativo: uveítes e tumores intraoculares.
41
Retinopatia diabética: tipos (3)
1. Proliferativa: fotocoagulação ou vitrectomia. 2. Não proliferativa. 3. Avançada: fotocoagulação ou vitrectomia.
42
Ametropias: clínica da miopia e classificação
Redução da acuidade visual para longe. Fisiológica (até - 6D) e patológica (\> - 6D) - fator de risco para glaucoma e descolamento de retina.
43
Ametropias: fisiopatologia da miopia (3)
O foco da imagem é formado antes da retina: 1. Olho grande. 2. Grande curvatura da córnea (ceratocone). 3. Grande convergência do cristalino.
44
Ametropias: clínica da hipermetropia
Redução da acuidade visual para perto.
45
Ametropias: fisiopatologia da hipermetropia
O foco da imagem é formado depois da retina: 1. Olho pequeno. 2. Pequena curvatura da córnea. 3. Ausência de cristalino (afacia).
46
Ametropias: clínica do astigmatismo
Redução da acuidade visual por embaçamento da visão, tanto para longe quanto para perto.
47
Ametropias: fisiopatologia do astigmatismo
O foco da imagem é formado em diferentes planos na retina.
48
Ametropias: clínica e fisiopatologia da presbiopia
Redução da acuidade visual para perto decorrente da perda de capacidade de aumento da convergência do cristalino (\> 40 anos).
49
Ametropias: correção (4)
1. Miopia: lentes divergentes. 2. Hipermetropia: lentes convergentes. 3. Astigmatismo: lentes cilíndricas. 4. Presbiopia: lentes convergentes (monofocal, bifocal ou multifocal).
50
Ametropias: fatores determinantes da dioptria ocular (3)
1. Eixo axial do olho (tamanho). 2. Curvatura da córnea. 3. Convergência do cristalino.
51
Anatomia ocular: camadas do olho (3)
1. Fibrosa: córnea e esclera. 2. Vascular: íris, corpo ciliar, pars plana e coroide. 3. Nervosa: retina.
52
Anatomia ocular: úvea ou trato uveal
Íris e pupila + aparelho ciliar (corpo, processos e músculos) + coroide.
53
Uveíte anterior: sinais e sintomas (4)
1. Redução da acuidade visual, dor, lacrimejamento. 2. Hiperemia periceratótica e precipitados ceratóticos. 3. Sinéquias posteriores: aderência entre a íris e o cristalino. 4. Células, fibrina e coleção purulenta na câmara anterior.
54
Uveíte anterior: causas (3)
1. Reumatológicas: espondilite anquilosante e artrite reumatoide juvenil. 2. Infecção: viral, parasitária. 3. Trauma.
55
Uveíte intermediária: sinais e sintomas (2)
1. Visão borrada e moscas volantes. 2. Snow balls na periferia da retina.
56
Uveíte intermediária: causas (3)
1. Sarcoidose. 2. Doença de Lyme. 3. Esclerose múltipla.
57
Uveíte posterior: sinais e sintomas (2)
1. Redução da acuidade visual, escotomas e moscas volantes. 2. Hemorragias, exsudação e cicatrizes ao fundo de olho.
58
Uveíte posterior: causas (6)
1. Toxoplasmose (principal). 2. Sífilis. 3. Tuberculose. 4. Histoplasmose. 5. CMV. 6. HIV.
59
Uveíte difusa: definição
Quadro misto que envolve dois ou três tipos de uveíte (anterior, intermediária e posterior).
60
Uveíte difusa: causas (3)
1. Vogt Koyanagi Harada: sintomas do SNC (cefaleia e vertigem) + cutâneos (vitiligo, alopecia) + auditivos (hipoacusia) + oculares. 2. Doença de Behçet: aftas orais recorrentes + úlceras genitais + lesões cutâneas + lesões oculares. 3. Oftalmia simpática: trauma mal cuidado que leva ao contato entre a úvea e o sangue, formando-se anticorpos anti-úvea e causando uveíte bilateral.
61
Urgências oftalmológicas: principais causas em adultos (7)
1. Baixa acuidade visual súbita. 2. Dor ocular. 3. Hiperemia e hiposfagma (hemorragia subconjuntival). 4. Sensação de corpo estranho. 5. Epífora (lacrimejamento profuso) 6. Edema e ptose palpebral. 7. Proptose, exoftalmia e luxação de globo ocular.
62
Urgências oftalmológicas: principais causas em crianças (6)
1. Leucocoria (catarata congênita, retinoblastoma). 2. Buftalmo (glaucoma congênito). 3. Dor ocular. 4. Hiperemia. 5. Epífora. 6. Nistagmo.
63
Urgências oftalmológicas: exames iniciais (5)
1. Exame externo. 2. Reflexo pupilar. 3. Tonometria. 4. Fundo de olho. 5. Lâmpada de fenda (biomicroscopia).
64
Urgências oftalmológicas: exames complementares (4)
1. USG e USB (biomicroscopia ultrassônica). 2. OCT. 3. RNM. 4. Radiografia.
65
Cristalino: funções (2)
1. Refração óptica (principal estrutura de refração do olho). 2. Acomodação visual.
66
Catarata: fisiopatologia e classificação
1. Opacificação do cristalino. 2. Nuclear, cortical, lamelar, polar etc.
67
Catarata: causas da catarata adquirida (5)
1. Idade avançada. 2. Doenças metabólicas: DM, hipotireoidismo, atopia. 3. Medicamentos: esteroides. 4. Uveítes. 5. Trauma.
68
Catarata: causas de catarata congênita (4)
1. Infecção: rubéola. 2. Doença metabólica: galactosemia. 3. Alterações genéticas: síndrome de Down. 4. Trauma. (A catarata na criança pode ser congênita ou ocorrer no início do desenvolvimento)
69
Catarata: tratamento (2)
1. Cirúrgico: remoção do cristalino opacificado e substituição por lente intraocular. 2. Na criança, é preciso ser feito até o primeiro mês de vida, para não comprometer o período crítico de desenvolvimento da visão e do reflexo de fixação, causando nistagmo.
70
Retinopatia diabética: principais achados ao fundo de olho (5)
1. Microaneurismas: machas pequenas e pontos avermelhados. 2. Hemorragias: manchas avermelhadas de diferentes tamanhos e formatos (dependendo da camada da retina afetada). 3. Exsudações: manchas esbranquiçadas bem delimitadas (duros) ou mais espalhadas (algodonados). 4. Maculopatia: principal causa de BAV nesses pacientes. 5. Vasos tortuosos e neovasos.
71
Retinopatia diabética: etapas e evolução (3)
1. Retinopatia não proliferativa. 2. Isquemia de retina \> liberação de fatores de angiogênese (VEGF1) \> proliferação neovascular. 3. Retinopatia proliferativa.
72
Retinopatia diabética: principais complicações (3)
1. Hemorragia vítrea. 2. Descolamento de retina: tração do vítreo pela proliferação neovascular. 3. Catarata: mais precoce e de evolução mais rápida.
73
Retinopatia diabética: tratamentos (4)
1. Controle glicêmico. 2. Fotocoagulação a laser: impede a liberação de fatores de angiogênese. 3. Injeção intraocular de anti-VEGF. 4. Vitrectomia (hemorragia vítrea) e retinoprexia (descolamento de retina).
74
Retinopatia hipertensiva: diferenças entre veias e arteríolas
Veias: maior diâmetro e avermelhadas. Arteríolas: menor diâmetro e alaranjadas.
75
Retinopatia hipertensiva leve: alterações ao fundo de olho (3)
1. Constrição arteriolar. 2. Cruzamento patológico: enrijecimento da parede arteriolar, que comprime e obstrui o fluxo da veia adjacente. 3. Fios de cobre e de prata: aterosclerose parcial e total das arteríolas.
76
Retinopatia hipertensiva moderada: alterações ao fundo de olho (4)
1. Microaneurismas. 2. Hemorragias retinianas. 3. Exsudações. 4. Forte associação com AVC e doença coronariana.
77
Retinopatia hipertensiva severa/maligna: alterações ao fundo de olho e clínica (6)
1. Edema de disco. 2. Estrela macular. 3. Hemorragia em chama de vela. 4. Descolamento de retina exsudativo. 5. Estágio sintomático: BAV, escotomas, fotopsia. 6. Típico de crise hipertensiva, com risco de morte.
78
Oclusão da artéria e da veia central da retina: alterações ao fundo de olho e clínica
1. Artéria: retina pálida com a mácula em destaque (mácula em cereja - o sangue não chega) e diminuição súbita, profunda e irreversível da visão (isquemia severa). 2. Veia: retina muito avermelhada com várias áreas de hemorragia (o sangue não sai) e diminuição leve da visão (isquemia leve).
79
Hemorragia subconjuntival: clínica e relação com HAS
1. Conjuntiva avermelhada, indolor, sem comprometimento visual, resolução espontânea. 2. Indicativo de pico hipertensivo com lesão de pequenos vasos.
80
Fístula carotídeo-cavernosa: fisiopatologia
Comunicação entre a carótida interna e o seio cavernoso, para onde drena o sangue do globo ocular, causando um fluxo retrógrado do sangue de volta ao olho.
81
Fístula carotídeo-cavernosa: clínica (3)
1. Dilatação dos vasos episclerais. 2. Proptose pulsátil. 3. Sopro à ausculta do olho.
82
Hipertireoidismo: manifestações oculares (4)
1. Exoftalmia com retração palpebral. 2. Hipertrofia dos músculos oculares. 3. Ceratite de exposição: as pálpebras não se fecham completamente, comprometendo a lubrificação da córnea. 4. Neuropatia óptica compressiva: por compressão da musculatura hipertrofiada.
83
Estrabismo: definição
Desalinhamento entre os eixos visuais, sem fusão das imagens.
84
Estrabismo: complicação na infância
Ambliopia: pelo desalinhamento, apenas um dos olhos é posicionado de forma a focalizar a imagem, de modo que o outro olho, com imagem desfocada, sofre supressão a nível cortical e perde gradativamente a capacidade visual. (Mais grave e precoce no estrabismo de fixação unilateral, pois é sempre o mesmo olho que sofre a supressão)
85
Estrabismo: latente vs manifesto
Latente: o desvio é controlado pelo reflexo de fusão e só aparece em sua quebra - após tapar o olho, ao destapar ele se encontrar desviado, mas é corrigido imediatamente. Manifesto: o desvio é constante.
86
Estrabismo: classificação quanto à preferência de fixação (2)
1. Alternante: a cada momento um dos olhos é usado para fixação - AV igual entre eles. 2. Unilateral: apenas um dos olhos é usado para fixação da imagem - o olho contralateral se torna amblíope.
87
Estrabismos: testes semiológicos e sensoriais (4)
1. Teste de Hirschberg: avaliação da posição do reflexo luminoso nos olhos (deve estar presente no centro da pupila em ambos os olhos), confirmando o estrabismo. 2. Teste da percepção simultânea: avalia o uso de ambos os olhos - imagens diferentes de cada. 3. Teste da fusão: avalia a fusão entre as imagens captadas por cada olho - imagens praticamente iguais, com detalhes diferentes. 4. Titmus estereoteste: avalia a estereoscopia - em qual profundidade a criança enxerga uma parte da imagem.
88
Ambliopia: definição
Baixa acuidade visual sem anomalia das vias visuais, causada por binocularidade anormal e/ou deficiência no processamento visual.
89
Ambliopia: causas (3)
1. Estrabismo. 2. Anisometropia: diferença da intensidade de ametropias entre os dois olhos. 3. Catarata congênita.
90
Ambliopia: tratamento (2)
1. Óptico: óculos para corrigir as ametropias. 2. Oclusão: tapar o olho bom para estimular a visão com o olho ruim.
91
Estrabismo: classificação quanto à etiologia (3)
1. Essencial. 2. Parético: comprometimento da ação dos músculos extraoculares por fibrose ou lesão dos NC III, IV e VI. 3. Restritivo: hipertireoidismo (exoftalmia) e fratura de órbita.
92
Estrabismo: tratamento (3)
1. Óptico: eliminar o componente acomodativo - melhora, mas não resolve. 2. Oclusão: correção da ambliopia - não interfere no estrabismo. 3. Cirurgia: correção do alinhamento ocular (alteração para proximal da inserção do músculo hiperfuncionante e encurtamento na mesma inserção do músculo hipofuncionante) e do torcicolo - única forma de corrigir totalmente o estrabismo e é feita **_após_** a correção da acuidade visual.
93
Diplopia monocular: causas (4)
1. Externa: opacificação da córnea. 2. Óptica: subluxação ou inclinação do cristalino, ametropia não corrigida. 3. Neuromuscular. 4. Psicogênica: diagnóstico de exclusão.
94
Diplopia binocular: causas (6)
1. Paralisia dos NC III, IV e/ou VI. 2. Miastenia graves. 3. Estrabismo. 4. Oftalmopatia tireoidiana. 5. Tumores e pseudotumores orbitários. 6. Trauma e inflamação.
95
Diplopia: correção
Lentes prismáticas: ápice voltado para o desvio e base voltada para o defeito.
96
Síndrome Sagging Eye: fisiopatologia e clínica
1. Alterações degenerativas do tecido conjuntivo entre o reto lateral e o reto superior. 2. Blefaroptose em idosos.
97
Redução abrupta da acuidade visual: causas (7)
1. Oclusão arterial e venosa. 2. Hemorragia vítrea (DM). 3. Descolamento de retina. 4. NOIA arterítica e não arterítica. 5. Neurite óptica desmielinizante. 6. Glaucoma agudo. 7. Cefaleia.
98
Cegueira: principais causas em países desenvolvidos e em desenvolvimento
1. Desenvolvidos: DMRI \> retinopatia diabética/glaucoma \> catarata. 2. Em desenvolvimento: catarata \> opacidade da córnea \> glaucoma \> erros refracionais \> infecções.
99
**Descolamento de retina** Clínica (4)
1. Redução do campo visual. 2. Redução da acuidade visual. 3. Fotopsia (clarões). 4. História de trauma prévio. (**_Não_** há dor ocular ou hiperemia!)
100
**Perfuração ocular** Medidas que _não_ devem ser tomadas (3)
1. Lavar com soro fisiológico. 2. Pingar colírios e passar pomadas. 3. Oclusão (apenas não compressiva para evitar novo trauma).
101
**Triagem visual em crianças** Exames e data a serem realizados (2)
1. Reflexo vermelho ao nascimento - “Teste do olhinho”. 2. Teste de acuidade visual com E de Snellen aos 3 anos.