Dermatologia Flashcards
LESÕES ACNEIFORMES
Principais exemplos de lesões acneiformes (5)
- Acne vulgar
- Acne da mulher adulta
- Erupção acneiforme (medicamentos)
- Rosácea
- Foliculite por gram-negativos
Fisiopatologia da acne vulgar (3)
- Alteração da queratinização folicular.
- Hipersecreção sebácea (ação androgênica).
- Infecção pelo Propionibacterium/Cutibacterium acnes.
Tratamento tópico da acne (2)
- Retinoides: ácido retinoico, tretinoína e isotretinoína.
- Bactericidas/bacteriostáticos: peróxido de benzoíla, ácido azelaico, AB tópico.
Tratamento oral da acne (3)
- AB: bactrim, doxiciclina.
- Antiandrogênicos: espironolactona, contraceptivos orais.
- Retinoide: isotretinoína oral.
Tratamento acne grau I
Retinoide tópico
Tratamento acne grau II
Retinoide tópico +/- bactericida tópico (peróxido de benzoíla + adapaleno) +/- AB oral (doxiciclina)
ACNE
Classificação e tratamento
- G1 = comedões
-> retinoide tópico - G2 = pápulas e pústulas
-> retinoide tópico + epiduo +/- ATB oral (bactrim, doxiciclina) - G3 = nódulos e cistos
-> isotretinoína - G4 = abscessos e cistos purulentos intercomunicantes
-> isotretinoína
LESÕES ACNEIFORMES - ERUPÇÃO ACNEIFORME
Principais medicamentos causadores de erupção acneiforme (4)
- Corticoide sistêmico e imunossupressores (azatioprina, ciclosporina)
- Anticonvulsivantes
- Vitamina B12
- Inibidores do EGFR (gefitinibe)
LESÕPES ACNEIFORMES - ACNE DA MULHER ADULTA
Características da acne da mulher adulta (2)
- Lesões na mandíbula e no pescoço,
- Outros sinais de hiperandrogenismo (hirsutismo, alopecia).
Foliculite dissecante: clínica (3)
- Nódulos e abscessos com secreção gelatinosa.
- Couro cabeludo.
- Parte da síndrome da oclusão folicular: acne + foliculite dissecante + hidradenite supurativa.
Foliculite queloidiana: fisiopatologia
Politriquia (inúmeros pelos saindo do mesmo folículo piloso)
Rosácea: fisiopatologia (3)
- Reatividade da vasculatura cutânea alterada.
- Processo inflamatório autosustentado.
- Infecção pelo Propionibacterium/Cutibacterium acnes e Demoxen folliculorum (ácaro).
Rosácea
Clínica
- região central da face (nariz, malares e mento)
-
eritema, telangiectasias, pápulas e pústulas
-> grau 3 = fimatosa - quadro crônica com episódios de melhora e piora (calor, estresse, álcool, condimentos)
Rosácea: fatores agravantes (4)
- Calor
- Estresse
- Condimentos
- Álcool e tabaco
Rosácea: classificação (4)
- Grau I: eritema e telangiectasia.
- Grau II: pápulas e pústulas.
- Grau III: fimas (áreas redundantes de hiperplasia de anexos cutâneos e fibrose).
- Grau IV: ocular.
LESÕES ACNEIFORMES - ROSÁCEA
Diagnósticos diferenciais de rosácea (4)
- Acne vulgar, da mulher adulta e demais lesões acneiformes
- Dermatite perioral
- Dermatite seborreica
- LES
Rosácea: tratamento (4)
- Gerais: evitar fatores agravantes, FPS.
- Tratamento tópico: ácido azelaico, peróxido de benzoíla, AB.
- Tratamento oral: AB (tetraciclina, minociclina, doxiciclina), isotretinoína.
- Fima: laserterapia, crioterapia, eletrocirurgia.
Dermatite perioral: fisiopatologia (2)
- Dermatose perioral prévia.
- Uso de corticoide fluorado.
(5% dos casos por uso de cosméticos)
Dermatite perioral: clínica
Lesões eritemato-descamativas em região perioral.
Foliculites: tipos (2)
- Infecciosa (bacteriana).
- Secundárias: dissecante, queloidiana e decalvante.
Foliculite dissecante: fisiopatologia
Hiperqueratose folicular com obstrução do óstio folicular
Foliculite queloidiana: clínica (3)
- Pápulas queloidianas.
- Nuca.
- Negros.
Foliculite decalvante: fisiopatologia (2)
- Acometimento prévio da derme.
- Infecção pelo S. aureus.
Foliculite decalvante: clínica (2)
- Área alopécica com pústulas perifericamente.
- Aspecto de “cabelo de boneca”: tufos saindo de áreas alopécicas.
Miliária: fisiopatologia (2)
- Obstrução das glândulas sudoríparas écrinas.
- Ruptura e extravasamento de suor para e pele.
Miliária: tipos (3)
- Cristalina: camada córnea.
- Rubra (brotoeja): epiderme.
- Profunda: junção derme-epidérmica.
Miliária: fatores de risco (2)
- Calor e umidade (excesso de roupas, hiper-hidrose).
- Cremes de barreira.
Miliária: clínica (2)
Cristalina: vesículas claras e frágeis, sem sinais flogísticos
Rubra: pápulas eritematosas e vesículas em face, pescoço e tronco
Miliária: tratamento (4)
- Roupas de algodão.
- Ambiente ventilado.
- Compressas (permanganato de potássio ou água boricada) e pasta d’água.
- Corticoide tópico (se prurido).
Hidradenite supurativa: fisiopatologia
Acometimento inflamatório crônico e fibrose das glândulas sudoríparas apócrinas.
HIDRADENITE
Hidradenite supurativa
- Comedões, nódulos, abscessos, fístulas e cicatriz retrátil
- Axilas, inframamário, genital e perianal (áreas ricas em glândulas sudoríparas)
- Parte da síndrome da oclusão folicular: acne + foliculite dissecante + hidradenite supurativa.
Psoríase: tipos (3)
- Vulgar.
- Pustulosa (estéril, não infecciosa).
- Gutata.
Psoríase vulgar: fisiopatologia (3)
- Fatores genéticos e ambientais.
- Ativação de linfócitos T CD4 perfis Th1 e Th17.
- Aumento do turnover dos queratinócitos.
Psoríase vulgar: fatores agravantes (5)
- Emocionais.
- Tabagismo e etilismo.
- Medicamentos (AINEs, betabloqueador, corticoides sistêmicos).
- Trauma (fenômeno de Koebner).
- Infecção (psoríase gutata após faringite estreptocócica).
PSORÍASE
Psoríase vulgar
- Placas eritemato-descamativas com escamas prateadas
- Áreas extensoras (cotovelo, joelho), região lombossacra, couro cabeludo e unha (psoríase ungueal)
- Psoríase ungueal: pitting ungueais (depressões puntiformes), onicólise e onicodistrofia
- Artrite psoriásica
PSORÍASE
Manobras diagnósticas e medicação contraindicada
-
Curetagem de Brocq
-> Sinal da vela (hiperqueratose)
-> Sinal de Auspitz (orvalho sangrante - superficialização dos vasos da derme). - Contraindicação = corticoide sistêmico!
-> tópico pode ser usado
Psoríase vulgar: comorbidade
Artrite psoriática: poliartrite simétrica, articulação das mãos (IFD) e axiais - sem associação com a gravidade da dermatose e normalmente ocorre meses/anos após o surgimento das lesões cutâneas.
Psoríase vulgar: fatores que norteiam o tratamento (2)
- Área corporal acometida (BSA): leve (<2%), moderada (2-10%) e grave (>10%).
- Interferência na qualidade de vida: PASI e DLQI.
Psoríase vulgar: tratamento (2)
- Leve: tratamento tópico (corticoide, análogos da vitamina D, derivados do alcatrão e imunomoduladores).
- Moderada e grave, artropática, pustulosa e eritrodérmica: tratamento sistêmico (fototerapia, metotrexato, ciclosporina, acitretina, imunobiológicos - antiTF e anti-interleucinas) - esquema rotativo.
Corticoides sistêmicos são contraindicados!
Dermatite seborreica: fisiopatologia (2)
- Acometimento das glândulas sebáceas e folículos sebáceos.
- Colonização pelo fungo Pityrosporum ovale (não é o causador da dermatose).
Dermatite seborreica: clínica (lactente e adulto)
- Lactente: crostas amareladas na orla de implantação do couro cabeludo.
- Adulto: lesões eritemato-descamativas na orla de implantação do couro cabeludo, glabela e sulcos nasogenianos, retroauricular, tórax e região de dobras (diagnóstico diferencial com candidíase)
Dermatite seborreica: tratamento
- Lactente: remoção manual das escamas - quadro autolimitado, pois é causado pela passagem dos hormônios maternos.
- Adulto: remoção manual das escamas, xampu ceratolítico ou antifúngico, corticoide tópico e antifúngico tópico - quadro crônico.
Forma “inversa” da psoríase e dermatite seborreica (2)
- Ocorre quando a psoríase e a dermatite seborreica acometem áreas de flexura, perdendo a característica descamativa e se apresentando apenas como lesão eritematosa.
- Diagnóstico diferencial com candidíase.
PTIRÍASE
Ptiríase rósea
- Lesão inicial em medalhão: placa circular eritemato-descamativa.
- Após alguns dias, surgem numerosas lesões eritemato-descamativas ao redor, menores e menos descamativas, na região do tronco (aspecto em árvore de natal).
- Poupa face e região palmo-plantar.
Pitiríase rósea: diagnósticos diferenciais (2)
- Psoríase gutata: sem lesão em medalhão e precedida por faringite estreptocócica.
- Sífilis secundária: sem lesão em medalhão, lesões menos descamativas e mais papulosas, acomete face e região palmo-plantar.
Eritrodermia esfoliativa: definição
Diagnóstico sindrômico de qualquer dermatose eritemato-descamativa que acomete > 90% da superfície corporal.
Eritrodermia esfoliativa: causas (4)
- Dermatoses prévias: pênfigo, eritrodermia ictiosiforme congênita, psoríase, dermatite seborreica, dermatite de contato, dermatite atópica.
- Reação a drogas.
- Linfoma.
- Idiopática.
Eczema: definição
Alterações cutâneas + prurido (sintoma constante)
Eczema: classificação (3)
- Agudo: eritema, edema, vesículas e secreção.
- Subagudo: eritema, descamação e crostas.
- Crônico: liquenificação (acentuação dos sulcos e das pregas normais da pele pelo prurido constante), ressecamento e fissuras.
Dermatoses eczematosas (6)
- Dermatite de contato.
- Dermatite atópica.
- Dermatite de estase.
- Eczema asteatósico.
- Eczema disidrótico.
- Eczema numular.
LESÕES ECZEMATOSAS
Eczema numular (2)
- Placas eczematosas em formato de moeda
- Predomina em MMII, dorso da mão ou face extensora do braço
Dermatite de contato: tipos (4)
- DC irritativa.
- DC alérgica.
- DC fototóxica.
- DC fotoalérgica.
Dermatite de contato irritativa: fisiopatologia (3)
- Lesão direta dos queratinócitos, sem sensibilização antigênica prévia e em qualquer indivíduo.
- Irritante absoluto: primeiro contato com ácidos e álcalis fortes.
- Irritante relativo (mais comum): contato repetitivo com irritantes fracos.
Dermatite de contato irritativa: clínica
Eczema subagudo e crônico restrito à área de contato com o irritante
Dermatite de contato alérgica: fisiopatologia
- Exposição a hapteno em indivíduo predisposto.
- Hapteno atravessa a epiderme, é conjugado na derme, transforma-se em antígeno e provoca sensibilização.
- Manifestações clínicas após 2-3 semanas com nova exposição (tempo de produção e migração dos linfócitos ativados para a pele).
CONTATO
Dermatite de contato irritativa e alérgica
=> Irritativa
- substância irritativa (forte ou contato repetitivo com irritantes fracos), portanto não depende de sensibilização do indivíduo
- restrita ao local do contato
=> Alérgica
- indivíduo sensibilizado à substância (látex, esmalte, níquel)
- ocorre após 2-3 semanas do primeiro contato (tempo de formação da defesa imune) e mediante nova exposição
- diagnóstico: patch teste (epicutâneo)
Dermatite de contato alérgica: diagnóstico
Teste de contato (patch test): alérgenos comuns no dorso, leitura após 48h e após 96.
(Acomete apenas indivíduos predispostos e a lesão se estende além da área de contato!)
Dermatite de contato fototóxica
Substância irritativa quando exposta à radiação solar.
Ex: frutas cítricas (limão).
Dermatite de contato fotoalérgica
Substância alergênica quando exposta à radiação solar.
Ex: prometazina.
Dermatite atópica: fisiopatologia (3)
- Fatores genéticos e ambientais.
- Quebra da barreira cutânea e sensibilização a alérgenos ambientais.
- Resposta inflamatória padrão Th2.
ATÓPICA
Dermatite atópica
- Prurido
- Morfotopografia típica para a idade:
-> lactente: face, pescoço e generalizado (poupa maciço central e áreas de fralda)
-> adolescentes e adultos: áreas de dobra (antecubital e poplítea) - Histórico pessoal ou familiar de atopia
- Quadro crônico com recidivas frequentes
Dermatite atópica: clínica (3)
- Lactente: eczema agudo e subagudo em face (poupa maciço central), pescoço e generalizado (poupa áreas de fralda).
- Pré-púbere: eczema subagudo e crônico em região antecubital e poplítea.
- Adulto e idoso: eczema crônico em áreas extensoras de MMSS e MMII
Dermatite atópica: comorbidades (3)
- Asma.
- Rinite alérgica.
- Esofagite eosinofílica.
Dermatite atópica: dermatoses associadas (2)
- Queratose pilar: micropápulas foliculares ceratóticas em face e região extensora de braço e coxa.
- Pitiríase alba: máculas e manchas hipocrômicas e descamativas com piora à exposição solar.
Dermatite atópica: complicações (4)
- Infecções (S. aureus, Herpes, molusco contagioso e dermatofitoses).
- Eritrodermia.
- Alterações oculares (ceratocone, catara subcapsular).
- Retardo no crescimento.
Dermatite atópica: fatores desencadeantes (4)
- Suor e substâncias irritantes
- Aeroalérgenos e alérgenos alimentares (pouco frequentes e menos importantes)
- Infecções cutâneas
- Fator emocional
DERMATITE ATÓPICA
Forma de utilização de hidratante (2)
- Uma palma de mão para cada membro (MSD, tronco, abdome etc)
- 3 x/dia após o banho, com a pele ainda úmida (segurar a umidade do banho)
Dermatite atópica: tratamento (4)
- Primeira linha: CE tópico de baixa potência (mometasona, flumetasona) - apenas nas crises
- Segunda linha: Inibidores da calcineurina (tacrolimus, ciclosporina) e metotrexato
- Hidratação
- Anti-histamínico (controle do prurido)
(Corticoide para lesões secretivas e hidratante para lesões ressecadas)
Dermatite de estase: fisiopatologia e causas
Aumento da pressão venosa nos MMII.
Causas: IVC, trombose, obesidade.
Dermatite de estase: clínica
Eczema subagudo e crônico + veias varicosas, edema, dermatite ocre e úlcera de estase.
Dermatite de estase: tratamento (3)
- Meias compressivas.
- Elevação dos MMII.
- Deambulação e evitar ortostase prolongada.
Eczema asteatósico: clínica
Eczema subagudo ou crônico + xerose intensa +/- aspecto craquelado, predomínio nos MMII.
Eczema asteatósico: causas (2)
Endógenas: desnutrição, insuficiência renal, envelhecimento.
Exógenas: clima frio e seco, banhos excessivos, medicamentos.
Eczemas: tratamento (3)
- Gerais: evitar banhos excessivos, sabonete neutro, roupas de algodão, corte das unhas e hidratação da pele.
- Corticoides tópicos e anti-histamínicos.
- Outros: fototerapia, inibidores da calcineurina, AB tópico ou oral, corticoide sistêmico e imunossupressores.
Eczema disidrótico: clínica (2)
- Eczema agudo, com vesículas e pústulas, em região palmo-plantar
- Desencadeado por estresse, história crônica com agudizações
Eczema disidrótico: diagnósticos diferenciais (2)
- Dermatite de contato (mais intensa nos interdígitos)
- Psoríase pustulosa.
Herpes simples: agentes etiológicos (2)
- HSV-1 (lábios).
- HSV-2 (genital).
HERPES
Formas de manifestação
-
Gengivoestomatite herpética (primoinfecção pelo HSV-1):
-> lesões exulceradas na mucosa oral
-> sintomas sistêmicos (febre, mialgia, linfonodomegalia) - Herpes simples recorrente (reativação do HSV-1):
-> vesículas sobre base eritematosa nos lábios - Herpes simples genital (HSV-2):
-> vesículas sobre base eritematosa na região genital - Outros: eritema multiforme, erupção variceliforme de Kaposi.
Herpes simples: fatores de reativação (4)
- Tensão emocional.
- Menstruação.
- Exposição solar.
- Trauma.
Herpes simples: tratamento
Aciclovir oral (sem evidências sobre tratamento tópico).
Varicela e herpes-zoster: agente etiológico
VZV ou HHV-3.
Varicela e herpes-zóster: fisiopatologia (3)
- Primo-infecção (varicela).
- Latência nos gânglios nervosos.
- Reativação e migração pelo nervo periférico até a pele (herpes-zóster).
Varicela e herpes-zóster: clínica
- Varicela: manchas eritematosas > vesículas sobre base eritematosa > crostas, lesões no tronco e em diferentes estágios de evolução.
- Herpes-zóster: dor nevrálgica precedendo vesículas sobre base eritematosa que seguem o trajeto do nervo (dermátomo), principalmente em dermátomos torácicos, cranianos e lombares - pode ter paralisia de Bell (NC VII) e dor nevrálgica após o desaparecem das lesões cutâneas.
HERPES
Diagnóstico de herpes simples, varicela e herpes-zóster
Clínico +/- citodiagnóstico de Tzanck (células gigantes multinucleadas).
Verrugas: agente etiológico
HPV.
Verruga vulgar: clínica (2)
- Pápulas ou nódulos de consistência firme e superfície queratótica.
- Dorso das mãos e dos dedos.
Verruga plana: clínica (2)
- Pápulas planas, levemente amareladas, de 1-5 mm.
- Face, dorso das mãos e antebraço.
Verruga plantar
“Olho de peixe”, pápula que se aprofunda na epiderme pela pressão.
Verruga genital: clínica (2)
- Pápula vegetante com aspecto em couve-flor.
- Glande, vulva, vagina e ânus.
Verrugas: tratamento (4)
- Vulgar: ácido salicílico + ácido lático.
- Plana: tretinoína.
- Plantar: ácido nítrico fumegante.
- Genital e outros: eletrocoagulação e curetagem (exceto na verruga plantar), laser de CO2, nitrogênio líquido.
Carcinoma verrucoso: definição e subtipos
CEC com baixo grau de displasia.
Subtipos: papilomatose oral florida (boca), condiloma acuminado gigante de Buschke Lowenstein (genital e perianal) e epitelioma cuniculatum (plantar).
Tumores benignos epiteliais (3)
- Nevos.
- Ceratose seborreica.
- Dermatose papulosa nigra.
Nevos: tipos e subtipos
- Melanocítico
- Organoide: epidérmico e sebáceo.
Nevo melanocítico: evolução (3)
- Juncional: junção dermo-epidérmica - lesão pouco elevada e enegrecida.
- Composto: junção dermo-epidérmica + derme - lesão mais papulosa, coloração mais clara e heterogênea.
- Intradérmico: apenas derme - lesão papulosa de coloração clara.
Nevo organoide epidérmico (2)
- Lesões pouco elevadas, acastanhadas e ceratótica.
- Distribuição linear (linhas de embriogênese de Blaschko).
Nevo organoide sebáceo (3)
- Placa amarelada de aspecto graxento.
- Couro cabeludo, face e pescoço
- Risco de transformação maligna para tumores anexiais na puberdade (indicação de exérese cirúrgica antes da puberdade).
Ceratose seborreica (3)
- Pápulas planas ou elevadas, com nível variável de hiperceratose, superfície irregular e coloração acastanhada ou enegrecida.
- Padrão autossômico dominante.
- Sem risco de transformação maligna.
Dermatose papulosa nigra (3)
- Pápulas pouco elevadas, hiperceratóticas e de coloração enegrecida (histologicamente igual à dermatite seborreica).
- Face e pescoço.
- Negros.
Tumores anexiais (3)
- Foliculares (tricoepitelioma, triquilemoma, ceratoacantoma).
- Sebáceos (adenoma sebáceo, hiperplasia sebácea e grânulos de Fordyce).
- Sudoríparos (siringoma, poroma écrino e cilindroma).
Tumor anexial folicular: tricoepitelioma (3)
- Pápula eritematosa, sem brilho perolado, predominantemente na face.
- Única ou múltiplas.
- Diagnóstico diferencial com CBC (única) ou angiofibromas (múltiplas - angiofibromas fazem parte da esclerose tuberosa, caracterizada pela “epiloia” = epilepsy, low intelligence e angiofibromas).
Tumor anexial folicular: ceratoacantoma (4)
- Idosos com exposição solar crônica.
- Pápula elevada de bordas eritematosas e centro hiperceratótico.
- Crescimento rápido (semanas) > estabilização > involução espontânea (meses).
- Diagnóstico diferencial com CEC.
Tumor folicular sebáceo: adenoma sebáceo (3)
- Idosos, face e pescoço.
- Pápula eritematosa ou alaranjada < 1 cm.
- Diagnóstico diferencial com CBC, tricoepitelioma e nevo sebáceo.
Tumor folicular sebáceo: hiperplasia sebácea (2)
- Pápulas normocrômicas com depressão central
- Áreas seborreicas, como testa, malar e nariz
Tumor folicular sudoríparo: siringoma (2)
- Numerosas micropápulas normocrômicas em região periorbital.
- Estruturas em vírgula à histologia.
Tumor folicular sudoríparo: poroma écrino
Pápula ou nódulo eritematoso e séssil em região palmo-plantar.
Tumor folicular sudoríparo: cilindroma (2)
- Nódulos e massas no couro cabeludo, aspecto “em turbante”.
- Parte da síndrome de Brooke-Spiegler (múltiplos tumores cutâneos anexiais).
Tumores benignos mesenquimatosos (4)
- Acrocórdon e fibroma mole.
- Dermatofibroma.
- Queloide.
- Lipoma.
Tumor mesenquimatoso: acrocórdon e fibroma mole (2)
- Lesões pequenas e numerosas em áreas de atrito (acrocórdon) ou única, maior e pedunculada (fibroma mole).
- Associadas a DM e resistência insulínica.
Tumor mesenquimatoso: dermatofibroma (2)
- Pápula dérmica (aspecto aderido) eritematosa e acastanhada, indolor.
- Associada a traumas e picadas de insetos.
Tumor mesenquimatoso: queloide (2)
- Proliferação fibroblástica em áreas de cicatriz (piercing, brincos, acnes) que ultrapassa os limites da lesão.
- Mais comum em negros.
Tumor mesenquimatoso: lipoma
Nódulo subcutâneo de consistência diminuída e recoberto por pele normal.
Carcinoma basocelular: fatores de risco (2)
- Pele clara.
- Exposição solar intermitente.
(Sem lesão precursora)
Carcinoma espinocelular: fatores de risco (5)
- Pele clara.
- Exposição solar crônica.
- Imunossupressão.
- HPV.
- Lesões precursoras: cicatriz, queimadura, úlcera.
CBC/CEC
Clínica
=> CBC
- exposição solar intermitente (Beach)
- pápula eritematosa, brilhante / perlácea, lisa e com telangiectasia
- predomina nos 2/3 superiores da face
- não acomete mucosas
=> CEC
- exposição solar crônica
- maior associação com imunossupressão e lesões prévias (queimaduras, úlceras que não cicatrizam - úlcera de Marjolin)
- pápula ou placa hiperceratótica, com ulceração e sangramento e infiltração
- predomina no 1/3 inferior da face
- acomete mucosas
CBC: subtipos e clínica (5)
- Nodular: pápula eritematosa, brilhante e lisa com telangiectasias, podendo haver pigmentação - subtipo mais comum e menos agressivo.
- Superficial: placa fina eritematosa e descamativa - crescimento lento.
- Esclerosante: lesão ulcerada com bordas papulosas, brilhantes e eritematosas - agressivo, diagnóstico diferencial com CEC invasivo (mais hiperceratótico e de ulceração mais rápida).
- Micronodular: agressivo.
- Basoescamoso: agressivo.
CEC: espectro de desenvolvimento (4)
- Ceratose actínica: placa eritematosa hiperqueratótica - lesão pré-neoplásica (1/3 da epiderme com atipias).
- Doença de Bowen: placa eritematosa, descamativa e hiperqueratótica - CEC in situ (toda a epiderme com atipias, mas respeitando a membrana basal).
- CEC invasivo: pápula ou placa eritematosa, hiperqueratótica, com ulceração e sangramento - invasão da derme pelas células neoplásicas em bloco com queratinização anormal (pérolas córneas).
- CEC invasivo pouco diferenciado: tumor ulcerado de aspecto infiltrativo - >75% das células neoplásicas indiferenciadas, sem produção de queratina.
Corno cutâneo (2)
- Projeção queratótica com eixo vertical maior do que a base, produzida a partir de uma lesão hiperqueratótica inicial.
- Produzido a partir de: verruga viral, ceratoacantoma, queratose actínica e CEC - avaliar as bases para diferenciar!
Campo cancerizável
Área de exposição solar crônica, marcada por queratose actínica, elastose e xerose, na qual há alto risco de surgimento de neoplasias de pele.
CEC de semimucosa labial: evolução (3)
- Leucoplasia e queilite actínica: placa esbranquiçada de superfície seca - lesão pré-neoplásica.
- CEC invasivo: lesão ulcerada de bordas infiltrativas.
- CEC infiltrativo: lesão nódulo-tumoral ulcerada e infiltrativa.
CEC e CBC a partir de úlceras crônicas (2)
- Úlceras que não cicatrizam após 3 meses de tratamento adequado.
- Diagnóstico diferencial com úlcera de Marjolin: CEC ulcerado desde o início.
Síndromes genéticas que predispõem a neoplasias de pele (3)
- Albinismo: comprometimento na produção de melanina por defeito enzimático.
- Xeroderma pigmentoso: sensibilidade exagerada à radiação ultravioleta, sofrendo seus efeitos nocivos precocemente, como xerose, alteração de pigmentação (efélides e leucodermia), queratose e queilite actínicas, telangiectasias (sinais de fotoenvelhecimento que surgem aos 3-5 anos, com evolução para neoplasias cutâneas até 20 anos)
- Síndrome do nevo basocelular (Gorling-Gorlitz): mutação de gene supressor tumoral com maior risco de câncer de pele e alterações em outros órgãos, como ossos, cérebro, ovário e malformações congênitas.
CBC e CEC: fatores de recidiva e metástase (6)
- Área H da face, área M > 10 mm e área L > 20 mm.
- Bordas mal delimitadas.
- Subtipos agressivos e/ou pouco diferenciados.
- Invasão perineural e maior profundidade na derme.
- Imunossupressão.
- Radioterapia prévia.
CEC e CBC: tratamento (6)
- Cirurgia excisional com 0,5 cm de margem.
- Cirurgia micrográfica de Mohs: avaliação histológica de todas as margens no intraoperatório - tumores recidivantes, > 2 cm, subtipos agressivos e pouco diferenciados (CBC esclerosante, micronodular, CEC indiferenciado), zona H ou área de difícil colocação de margens.
- Curetagem e eletrocoagulação e Shaving e eletrocoagulação.
- Criocirurgia: congelamento e morte da lesão com nitrogênio líquido - tumores pequenos e finos, difícil abordagem cirúrgica, paciente sem condições cirúrgicas.
- Radioterapia: muito raro, apenas para pacientes sem condições cirúrgicas ou como terapia coadjuvante para margens comprometidas - deve ser evitada, pois aumenta o risco de um tumor futuro na área irradiada e há tumores insensíveis à radioterapia.
- Quimioterapia: imunobiológicos, anticorpos monoclonais e inibidores específicos.
Queratose actínica e campo cancerizável: tratamento
QA: ATA ou 5-FU ou eletrocoagulação ou crioterapia
CC: 5-FU creme.