OBS 03 - Sangramentos na Gestação e Doença Hemolítica Perinatal Flashcards
Abortamento: definição
Interrupção da gestação com feto de idade gestacional < 20 semanas (ou pesando menos de 500g, se desconheço a idade gestacional)
Abortamento precoce x tardio
- Precoce → ≤ 12 semanas
- Tardio → > 12 semanas
Quando é permitido por lei o abortamento provocado? (3)
1) Risco de vida → qualquer semana
2) Estupro → < 20 semanas
3) Anencefalia → > 12 semanas
Causa mais comum de abortamento
Aneuploidia
Principal aneuploidia relacionada ao abortamento
Trissomia do 16
Fatores de risco para abortamento (4)
1) Idade materna avançada (principal)
2) Álcool
3) Drogas
4) Medicamentos (misoprostol, metotrexato)
Tipos de abortamento (2)
1) Colo aberto
2) Colo fechado
Abortamento de colo aberto (3)
1) Abortamento incompleto
2) Abortamento inevitável
3) Abortamento infectado
Conduta no abortamento (3)
1) Até 12 semanas → AMIU/curetagem
2) Mais de 12 semanas SEM feto → curetagem
3) Mais de 12 semanas COM feto → misoprostol/microcesarea +/- curetagem
Doença trofoblástica (mola): definição
Proliferação anormal do trofoblasto
Doença trofoblástica: fatores de risco (5)
1) Mola prévia
2) Idade materna avançada
3) Intervalo interpartal curto
4) SOP
5) Abortamentos prévios
Doença trofoblástica: quadro clínico (5)
1) Sangramento de repetição
2) Emissão de vesículas
3) Hiperêmese
4) Hipertireoidismo
5) Crescimento uterino
Doença trofoblástica: diagnóstico (3)
1) Clínica
2) USGTV → flocos de neve
3) β-HCG > 200.000
Doença trofoblástica: tratamento (2)
1) Vacuoaspiração + histopatológico
2) Se > 40 anos / prole definida → histerectomia profilática
Doença trofoblástica → controle de cura (3)
1) β-HCG semanal
2) Se normal em 3 semanas consecutivas → mensal
3) Se normal em 6 meses consecutivos → cura
Malignização da doença trofoblástica se (3)
1) Aumento do β-HCG de uma dosagem para outra
2) Niveis estacionados durante 3 exames consecutivos
3) β-HCG ainda positivo durante 6 meses consecutivos
Tratamento na malignização da mola (mola invasora ou coriocarcinoma) (2)
1) QT
2) Contracepção
Gravidez ectópica: conceito
Implantação do blastocisto fora da cavidade uterina
Mesmo se for no útero, fora da cavidade é ectópica
Gravidez ectópica: local mais comum
Região ampular da trompa
Gravidez ectópica: fatores de risco (4)
1) Ectópica prévia
2) Cirurgia prévia na trompa
3) Exposição ao dietelestilbestrol
4) DIU
Verdadeiro ou falso: o DIU aumenta o risco de gravidez ectópica
Verdadeiro
Gravidez ectópica íntegra: quadro clínico (3)
1) Atraso menstrual
2) Dor abdominal
3) Sangramento
Gravidez ectópica rota: quadro clínico (3)
1) Sinais de choque
2) Sinal de Blumberg
3) Sinal de Proust (abaulamento e dor em fundo de saco)
Gravidez ectópica: diagnóstico (2)
1) USG (útero vazio)
2) β-HCG positivo (> 1500)
Ectópica íntegra + β-HCG declinante: conduta
Expectante (conduta: queda semanal do β-HCG)
Critérios para tratamento medicamentoso na gravidez ectópica (3)
1) Sem BCF
2) Massa < 3,5 cm
3) β-HCG < 5000
Como realizar o tratamento medicamentoso na gestação ectópica
Metotrexato IM
Fazer controle de cura com β-HCG nos dias 4 e 7
Conduta se ectópica íntegra + desejo reprodutivo
Salpingostomia laparoscópica
Ectópica rota: conduta?
Salpingectomia
DPP: conceito
Descolamento da placenta após 20ª semana e fora do período expulsivo
DPP: fatores de risco (6)
1) HAS
2) Trauma
3) Idade > 35 anos
4) Polidramnia
5) Gemelaridade
6) Drogas (cocaína, tabaco)
DPP: quadro clínico (3)
1) Sangramento escuro
2) Hipertonia uterina
3) Sofrimento fetal
DPP: diagnóstico
Clínico
Se pede USG p/ descartar placente prévia
Conduta inicial ao diagnosticar uma DPP
Amniotomia
DPP: tratamento (2)
1) Feto vivo → cesariana
2) Feto morto → vaginal (se demorar muito, cesariana)
Principal complicação na DPP
Útero de Couvelaire (apoplexia uteroplacentária)
Útero de Couvelaire: tratamento (2)
1) Massagem + ocitocina
2) Sutura em B-Lynch
Placenta prévia: conceito
Placenta inserida viciosamente próxima ou sobre orifício interno do colo após 28 semanas de gestação
Placenta prévia: classificação (3)
1) Prévia marginal → tangencia o orifício interno do colo
2) Prévia parcial → encobre so parcialmente o orificio interno do colo
3) Prévia total → encobre o orifício interno do colo
De inserção baixa → não encosta no orifício interno do colo
Placenta prévia: fatores de risco (5)
1) Multiparidade (mais importante)
2) Idade materna avançada
3) Tabagismo
4) Gemelaridade
5) Histerotomia prévia
Placenta prévia: quadro clínico (2)
1) Sangramento vermelho vivo
2) Indolor
Placenta prévia: diagnóstico
USGTV
NUNCA realizar toque vaginal na suspeita de PP
Placenta prévia: tratamento (2)
1) A termo → parto
2) Prematuro
* Sangramento discreto → conduta expectante
* Sangramento importante → parto
Via de parto na placenta prévia (3)
1) Total → sempre cesariana (indicação absoluta)
2) Parcial → a maioria cesariana
3) Marginal → depende do sangramento
Acretismo placentário: conceito
Aderência da placenta de forma anômala à parede uterina
Acretismo placentário: classificação (3)
1) Acreta → chega no miométrio
2) Increta → invade o miométrio
3) Percreta → ultrapassa o miométrio
Na placenta acreta, pode tentar conduta conservadora, no resto é tudo histerectomia
Rotura de seio marginal: quadro clínico
Placenta prévia com USG normal
Rotura de seio marginal: conduta
Acompanhar trabalho de parto
Rotura de vasa prévia: quadro clínico (2)
Sangramento agudo após amniorrexe + sofrimento fetal agudo
Rotura de vasa prévia: conduta
Cesariana de emergência
Quadro clínico na iminência de rotura uterina (3)
1) Contrações extremamente dolorosas
2) Sinal de Bandl → útero em aspecto de ampulheta
3) Sinal de Frommel → estiramento dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente
Quadro clínico na rotura uterina consumada (3)
1) Interrupção das contrações (sofrimento fetal grave)
2) Sinal de Clark → crepitação à palpação abdominal
3) Sinal de Reasens → subida da apresentação (relaxamento da musculatura após ruptura)
Rotura uterina: tratamento (2)
1) Iminência de rotura → cesariana
2) Rotura consumada → histerorrafia ou histerectomia
Doença hemolítica perinatal: fisiopatologia (3)
i. Primeira gestação → gestante Rh- / parceiro Rh+ / feto Rh +
ii. Hemorragia fetomaterna → formação de anticorpos IgM
iii. Segunda gestação → passagem de IgG pela placenta → hemólise fetal
Doença hemolítica perinatal: diagnóstico
Coombs indireto (identificação do anticorpo no plasma materno)
Se Coombs indireto negativo: qual conduta tomar (1) e quando (4)
- O que fazer → imunoglobulina anti-Rh (Matergan)
- Quando fazer
1) A partir de 28 semanas
2) Até 72h pós-parto
3) Hemorragia durante a gestação
4) Procedimento invasivo durante a gestação
Se Coombs indireto negativo, quando repetir (4)
1) 28 semanas
2) 32 semanas
3) 36 semanas
4) 40 semanas
Se Coombs indireto positivo (2)
1) Se valor < 1:16 → repetir mensalmente
2) Se valor ≥ 1:16 → predição de anemia fetal
Conduta se Coombs indireto positivo e predição de anemia fetal
Dopplervelocimetria da ACM
Qual valor da dopplervelocimetria da ACM indica anormalidade e que conduta tomar
Se > 1,5 → cordocentese
Doença hemolítica perinatal: tratamento (2)
1) Até 34 semanas → transfusão intrauterina via cordocentese
2) Após 34 semanas → parto e exsanguineotransfusão
Verdadeiro ou falso: após o tratamento da mola hidatiforme, as gestações apresentam maiores riscos materno-fetais
Falso
As gestações não apresentam maiores riscos.
Verdadeiro ou falso: a mola hidatiforme completa é observada na ultrassonografia como pequenas áreas hiperecogênicas que lembram cacho de uva
Falso
A mola hidatiforme completa é observada na ultrassonografia como pequenas áreas anecoicas que lembram cacho de uva
Verdadeiro ou falso: a origem do sangramento na rotura de vasa prévia é materna
Falso
A origem do sangramento na rotura de vasa prévia é fetal
Verdadeiro ou falso: a origem do sangramento na rotura de seio marginal e na placenta prévia é fetal
Falso
A origem do sangramento é materna
Verdadeiro ou falso: cesariana prévia é o principal fator de risco para acretismo placentário na presença de PP, entretanto, esse risco não aumenta nas próximas gestações
Falso
Verdadeiro ou falso: sinais de pré-eclâmpsia antes da 20ª semana de gestação não são um achado esperado na doença trofoblástica gestacional
Falso
Sinais de pré-eclâmpsia antes da 20ª semana de gestação são um achado esperado na doença trofoblástica gestacional
Critérios ultrassonográficos de gestação inviável (4)
1) Saco gestacional ≥ 25mm
2) Embrião com CCN ≥ 7mm sem atividade cardíaca
3) Ausência de embrião com BCF 14 dias após exame evidenciando saco gestacional
4) Ausência de embrião com BCF 11 dias após exame evidenciando saco gestacional + vesícula vitelina
Verdadeiro ou falso: 50-80% dos abortamentos apresentam alterações cromossômicas
Verdadeiro
Em uma gestante de 32 semanas, que dá entrada na maternidade em bom estado geral, com sangramento vaginal indolor de moderada quantidade, com feto morto por anemia aguda, o diagnóstico mais provável é de
Rotura de vasa prévia
Lembrar que placenta prévia e rotura de seio marginal NÃO causa sofrimento fetal (o sangramento é de origem materna)
Verdadeiro ou falso: a anticoncepção hormonal pode ser iniciada logo após o esvaziamento uterino
Verdadeiro
Verdadeiro ou falso: a RNM é recomendada nos casos de placenta prévia com predomínio posterior
Verdadeiro
Pode-se afirmar que, para o acompanhamento da DHP, a avaliação dopplerfluxométrica da ACM pode ser iniciada entre quais semanas de gestação?
16 e 18ª
Verdadeiro ou falso: pode-se afirmar que a idade gestacional > 41 semanas é uma condição que eleva o risco de ruptura uterina durante o parto vaginal de mulheres que se submeteram à cesárea previamente
Verdadeiro
Verdadeiro ou falso: para transfusão intrauterina na DHP, utiliza-se sangue do tipo O Rh negativo, com hematócrito entre 65% e 85% e submetido à irradiação, que promove menor reação enxerto-hospedeiro
Verdadeiro