Nódulos tireoidianos Flashcards
Carcinoma papilífero
- Principal tumor maligno da tireoide (75-80% dos casos)
- Associação com exposição a radiação (principalmente na infância)
- Disseminação principalmente linfática (presença de linfonodos acometidos já no diagnóstico)
- Ótimo prognóstico, baixa mortalidade associada
Carcinoma folicular
- Segundo tumor maligno mais frequente (10-15% dos casos)
- Associação com deficiência de iodo
- Disseminação principalmente hematogênica
- Metástases preferencialmente para pulmão e ossos
- Bom prognóstico, exceto seu subtipo tumor de células de Hurthle
Carcinoma medular
- Tem origem nas células C da tireoide
- Eleva os níveis de calcitonina no sangue
- Alguns pacientes podem apresentar diarreia
- Associalção com as neoplasias endócrinas múltiplas (20%)
- Metástases para linfonodos cervicais são frequentes e metástases à distân¬cia ocorrem mais comumente para o pulmão, seguido de fígado, osso e cérebro
Carcinoma anaplásico
- São raros e altamente malignos
- Único tipo que predomina no sexo masculino
- Sobrevida raramente ultrapassa 6 meses após o diagnóstico
- Cursa com rouquidão, disfagia, paralisia da corda vocal, dor cervical e dispineia (devido ao crescimento rápido e invasão das estruturas adjascentes)
- Cerca de metade dos pacientes já tem metástases ao diagnóstico
Linfomas da tireoide
- São raros, maioria do tipo não-Hodgkin
- Associação com tireoidite de Hashimoto
Fatores de risco para CA de tireoide
- Predisposição familiar ou genética
- Radiação
- Níveis de iodo na dieta
- Sexo feminino
- Aumento dos níveis de TSH
-Doença autoimune da
tireoide
-Antecedente de neoplasia tireoidiana
Causas mais comuns de nódulos tireoidianos
- Cistos coloides
- Tireoidites
- Neoplasias foliculares benignas
- Doenças granulomatosas
- Carcinoma
Achados clínicos que levantam alta suspeita de malignidade do nódulo tireoidiano
- História familiar de carcinoma medular ou NEM
- Radioterapia prévia de cabeça e pescoço
- Crescimento rápido, especialmente durante terapia com L-tiroxina
- Nódulo endurecido
- Fixação a estruturas adjascentes
- Paralisia das cordas vocais
- Linfadenopatia satélite
- Metástase à distância
Tripé da investigação de um nódulo tireoidiano
- TSH e T4L
- USG
- PAAF
Quando realizar uma PAAF no paciente com NT?
Nódulo >1 cm ou naqueles nódulos, que mesmo menores, apresentam características ultrassonográficas sugestivas de malignidade
Características dos nódulos malignos na USG
- Ecogenicidade: Hipoecogênico
- Margens: Irregulares
- Calcificações: Microcalcificações
- Halo hipoecogênico: ausente
- Vascularização: Chammas IV e V
Classificação Chammas
Chammas I
Ausência de vascularização
Chammas II
Vascularização periférica, apenas
Chammas III
Vascularização periférica maior ou igual à vascularização central
Chammas IV
Vascularização central maior que a vascularização periférica
Chammas V
Vascularização central, apenas
TI-RADS
Sistema de notificação de NT que determinam a probabilidade de malignidade de um nódulo baseado em composição, ecogenicidade, forma, margem e focos ecogênicos
TR1 - 0 pontos (benigno) TR2 - 2 pontos (não-suspeito) TR3 - 3 pontos (ligeiramente suspeito) TR4 - 4 a 6 pontos (moderadamente suspeito) TR5 - ≥7 pontos (altamente suspeito)
Recomendações de manejo baseadas no TI-RADS
TR1 : não é necessário FNA
TR2 : não é necessário FNA
TR3 : ≥1,5 - Observação
≥2,5 cm - FNA
Acompanhamento: 1, 3 e 5 anos
TR4 : ≥1,0 cm: Observação
≥1,5 cm FNA
Acompanhamento: 1, 2, 3 e 5 anos
TR5 : ≥0,5 cm: Observação
≥1,0 cm FNA
Acompanhamento anual por até 5 anos
Como realizar PAAF na presença de múltiplos nódulos?
Realiza-se a PAAF nos 4 maiores