Neuroanatomia Flashcards
Sindrome de Benedikt
Local da lesão: tegumento do mesencéfalo.
a) lesão do oculomotor
b) lesão dos lemniscos medial, espinhal e trigeminal - anestesia da metade oposta do corpo, inclusive da cabeça.
Esta última causada por lesão do lemnisco trigeminaL;
c) lesão do núcleo rubro - tremores e movimentos anormais do lado oposto à lesão.
Quais são os núcleos da base?
- Claustrum
- Corpo amigdaloide
- Núcleo caudado,
- Putâmen
- Globo pálido
- Núcleo basal de Meynert
- Núcleo accumbens
Quais núcleos constituem o corpo estriado dorsal?
Núcleo caudado, o putâmen e o
globo pálido
Quais núcleos constituem o corpo estriado ventral?
Núcleos basal de Meynert e
accumbens
Quais núcleos constituem o núcleo lentiforme?
Putame e globo pálido
Localização da capsula externa?
Entre o putâmen e o claustrum
Localização da cápsula interna?
Entre o Putâmen e o tálamo
Quais estruturas fazem parte funcionalmente dos núcleos da base?
Substância negra e o subtálamo
Qual a função do claustrum?
Regulação de comportamentos vonluntários
Quais núcleos da base fazem parte do sistema límbico?
Corpo amigdaloide e núcleo accumbens
Qual a função do corpo estriado dorsal?
Modular o sistema piramidal (principal)
Outras: processos cognitivos,
emocionais e motivacionais.
Onde ocorre o cruzamento das fibras de dor e temperatura trigeminais?
Bulbo
Onde ocorre o cruzamento das fibras de propriocepção e tato trigeminais?
Ponte
Quais estruturas são atravessadas durante uma punção lombar?
Epiderme
Derme
Tecido subcutâneo (tecido adiposo)
Ligamento supraespinhoso
Ligamento interespinhoso
Ligamento amarelo
Espaço epidural (contendo gordura e plexo venoso)
Dura-máter
Aracnoide
Qual estrutura pode ser lesada durante a punção lombar e gerar hematoma epidural?
Plexo Venoso
S. de Millard-Gubler: local
Local: Lesão da base da ponte
Apraxia ideacional
os pacientes com apraxia ideacional não conseguem perceber o propósito de uma tarefa complexa previamente aprendida e, assim, não conseguem planejar ou executar os movimentos voluntários necessários na sequência correta. Por exemplo, podem colocar os sapatos antes das meias.
Apraxia ideomotora
esse tipo de apraxia é o mais comum. Quando solicitado a realizar tarefas motoras comuns, o paciente com apraxia ideomotora não conseguem realizá-las. Por exemplo, não podem reproduzir ações como dar tchau nem mostrar como utilizar um objeto (p. ex., escova de dentes, martelo).
Apraxia conceitual
esse tipo de apraxia é semelhante à ataxia ideomotora, mas inclui comprometimento na capacidade de utilizar objetos corretamente. Por exemplo, ao receber uma chave de fenda, os pacientes podem tentar escrever com ela como se fosse uma caneta.
Apraxia construcional:
pacientes com apraxia construcional não são capazes de desenhar, construir ou copiar um objeto, mesmo que entendam a tarefa e tenham a capacidade física para realizá-la. Por exemplo, pacientes podem ser incapazes de copiar uma forma geométrica simples, apesar de conseguir ver e reconhecê-la, segurar e utilizar uma caneta e compreender a tarefa.
Sindrome de Horner: anatomia
1⁰ neurônio: hipotálamo → gânglio ciliospinal de Budge
2⁰ neurônio: gânglio ciliospinal de Budge → gânglio cervical superior
3⁰ neurônio: gânglio cervical superior →
Músculo dilatador da pupila (via nervo oftálmico), músculo tarsal superior (parte da elevação da pálpebra superior), glândulas sudoríparas da face.
Ganglio ciliospinal de Budge
Coluna intermedialateral da medula espinhal (T1-T2).
Sindrome de Horner: Causas
Lesões do tronco encefálico
Cefaleia em salvas
Trombose ou dissecção da artéria carótida interna
Doença do seio cavernoso
Tumores apicais do pulmão Traumatismo cervical
Sindrome de Horner: sinais e sintomas
- Ptose (aparente enoftalmia)
- Miose (consequente anisocoria)
- Anidrose facial (característico das lesões dos nervos de primeira ou segunda ordem da via)
- Heterocromia da íris (em casos congênitos ou adquiridos até os dois anos de idade)
Sindrome de Horner: colírio de cocaína
Olho afetado: não dilata
Olho não afetado: midríase
Fisiologia Normal:
A cocaína bloqueia a recaptação da noradrenalina liberada nas sinapses pós-ganglionares da via simpática, aumentando sua concentração e causando dilatação pupilar.
Fisiologia na Síndrome de Horner:
Na Horner, há falha na inervação simpática. Com o suprimento reduzido ou ausente de noradrenalina, a cocaína não tem efeito significativo.
Sindrome de Horner: colírio de hidroxianfetamina
Falta de dilatação indica lesão de terceira ordem.
Fisiologia Normal:
A hidroxianfetamina provoca a liberação de noradrenalina armazenada nos terminais nervosos simpáticos pós-ganglionares, causando dilatação da pupila.
Fisiologia na Síndrome de Horner:
Lesão de terceira ordem (pós-ganglionar): Os terminais nervosos estão danificados, então não há liberação de noradrenalina e a pupila não dilata.
Lesão de primeira ou segunda ordem: Os terminais nervosos pós-ganglionares ainda são funcionais, e a hidroxianfetamina pode liberar noradrenalina, resultando em dilatação pupilar.
Sindrome de Horner: colírio de apraclonidina
Pupila afetada dilata devido à supersensibilidade (confirma a síndrome).
Fisiologia Normal:
A apraclonidina é um agonista dos receptores α2-adrenérgicos e, em menor grau, dos α1-adrenérgicos.
Em olhos normais, não causa dilatação significativa porque os receptores α1 não são suficientemente expressos.
Fisiologia na Síndrome de Horner:
Na Horner, devido à desnervação simpática, há supersensibilidade dos receptores α1-adrenérgicos no músculo dilatador da pupila. A apraclonidina provoca uma dilatação paradoxal da pupila afetada e, em alguns casos, um leve estreitamento da pupila contralateral (por efeito α2-adrenérgico).
S. de Millard-Gubler: estruturas afetadas
Acometimento: t. Corticoespinhal, NCVI e NCVII
S. de Millard-Gubler: sinais e sintomas
- Hemiparesia contralateral à lesão 2. Paresia do músculo reto lateral ipsilateral à lesão
- Estrabismo convergente
- Diplopia
- Paralisia periférica da face ipsilateral à lesão
Onde ocorre a lesão na síndrome de Weber?
No pedúnculo cerebral do MESENCÉFALO, frequentemente devido a um AVC isquêmico na ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR.
Quais estruturas são acometidas na síndrome de Weber?
- Trato corticoespinhal
- Fibras do nervo oculomotor (NC III)
Qual é a apresentação clínica da lesão do trato corticoespinhal na síndrome de Weber?
Hemiparesia ou hemiplegia contralateral à lesão (envolvendo braço e perna).
A hemiparesia ou hemiplegia ocorre devido à interrupção da via motora que se projeta para o corpo oposto.
Qual é a apresentação clínica da lesão do nervo oculomotor (NC III) na síndrome de Weber?
- Paralisia ipsilateral do nervo oculomotor
- Ptose palpebral
- Desvio do olho para baixo e para fora
- Midríase (pupila dilatada, não reativa à luz)
Essas manifestações são características de disfunção do nervo oculomotor e indicam comprometimento do mesencéfalo.
Qual é o padrão de déficits motores na síndrome de Weber?
- Déficit motor contralateral no corpo (hemiparesia ou hemiplegia)
- Déficit ipsilateral nos músculos inervados pelo nervo oculomotor (III)
O padrão de comprometimento reflete a organização das vias motoras no sistema nervoso central.
Qual é a principal causa da síndrome de Weber?
Lesão vascular, frequentemente um AVC isquêmico no território da artéria cerebral posterior, que irriga o mesencéfalo.
O AVC isquêmico resulta em isquemia e morte celular nas áreas afetadas, levando aos sintomas clínicos da síndrome.
Onde ocorre a lesão na síndrome de Parinaud?
No mesencéfalo dorsal, envolvendo a região do colículo superior e a comissura posterior.
A lesão na síndrome de Parinaud está relacionada a disfunções oculares e alterações no movimento ocular.
Qual é a principal causa da síndrome de Parinaud?
Pinealoma (tumor na glândula pineal).
Outras causas incluem AVC, esclerose múltipla e hidrocefalia por compressão ventricular.
Quais estruturas são acometidas na síndrome de Parinaud?
- Colículo superior
- Núcleos responsáveis pelo movimento ocular vertical (núcleo intersticial de Cajal e área pré-tectal)
- Trato corticoespinhal (em alguns casos)
Essas estruturas estão envolvidas no controle do olhar e movimentos oculares.