Cirurgia - Teórica Flashcards

1
Q

Traqueostomia: Incisão na pele

A

Incisão horizontal: realizada na altura média entre a cartilagem cricóide e a fúrcula esternal, com uma extensão de 3 a 4 centímetros.

  • Mais comumente utilizada, especialmente em contextos eletivos.
  • Tem melhor resultado estético.
  • Geralmente feita no nível da segunda e terceira cartilagens traqueais.

Incisão longitudinal: realiza-se uma incisão de 2 a 3 centímetros a partir da borda inferior da cartilagem cricóide em direção ao externo.

  • Utilizada em casos de emergência, quando o acesso rápido à traqueia é necessário.
  • Facilita a exposição de estruturas profundas e reduz o risco de lesão vascular.
  • Pode deixar uma cicatriz mais visível.
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2
Q

Traqueostomia: Incisão nos aneis traqueais

A

A incisão nos anéis traqueais deve ser transversal, seccionando-se três ou quatro anéis a partir do segundo

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3
Q

Traqueostomia: contraindicações e fatores de risco

A

CI: problema de coagulação

Fatores de Risco:
* pacientes com obesidade
* pescoço curto
* aumento da glândula tireoide
* infecção de tecidos moles no pescoço
* impossibilidade de extensão cervical

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4
Q

Traqueostomia: técnica operatória

A
  • POSIÇÃO EM DECÚBITO DORSAL
  • COXIM SOBRE OS OMBROS
  • HIPEREXTENSÃO CERVICAL
  • ASSEPSIA DA REGIÃO CERVICAL
  • INFILTRAÇÃO ANESTÉSICA
  • INCISÃO CERVICAL
  • AFASTAMENTO DOS MUSCULOS PRÉ- TIREOIDIANOS
  • EXPOSIÇÃO DO ISTMO DA TIREÓIDE
  • REPARO COM PONTO DO ANEL TRAQUEAL
  • EXPOSIÇÃO E ABERTURA DA TRAQUÉIA
  • INTRODUÇÃO DA CÂNULA TRAQUEAL
  • FECHAMENTO DA TELA SUB CUTÂNEA E PELE
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5
Q

Cricotomia: indicação

A

Quando não se consegue intubar ou traqueostomizar o paciente em um momento de urgência.

Esse procedimento deve ser convertido em TQT em 48 a 72 horas.

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6
Q

Cricotomia: incisão

A

Cartilagem cricotireoidea

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7
Q

Traqueostomia: complicações

A
  • HEMORRAGIA
  • PNEUMOTORAX
  • ENFISEMA SUB CUTÂNEO
  • INFECÇÃO LOCAL
  • DECANULAÇÃO
  • EXTREMIDADE DA CÂNULA BLOQUEADA
  • OBSTRUÇÃO DA CÂNULA POR SECREÇÃO
  • TRAQUEOMALÁCIA
  • FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA
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8
Q

Toracotomia: tipos de incisões (4)

A

(1) Incisão Torácica Anterior: Do lado esquerdo, permite acesso ao pulmão, pericárdio e aorta.
(2) Incisão Posterolateral: A mais comum. Permite acesso ao pulmão.
(3) Toracoabdominal
(4) Esternotomia: Permite acesso ao mediastino superior e coração

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9
Q

Toracotomia: indicações

A

(1) Pneumotórax
(2) Empiema
(3) Trauma
(4) Cirurgia cardíaca, aórtica, pulmonar ou de esôfago
(5) Biópsia
(6) Massagem Cardíaca Interna

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10
Q

A punção pleural (toracocentese) nunca deve ser realizada sem confirmação radiológica.

A

Falso

A punção pleural poderá ser realizada sem a confirmação radiológica, com objetivo diagnóstico, como nos casos de pneumotórax hipertensivo, ou grandes hemotórax em situações de trauma.

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11
Q

Classificação da punção pleural quanto a finalidade (2)

A
  1. Diagnóstica
  2. Terapêutica
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12
Q

O que é o pneumotórax hipertensivo?

A

Acúmulo de ar na cavidade pleural que comprime os pulmões e aumenta a pressão torácica

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13
Q

Quais as principais causas de pneumotórax hipertensivo?

A

Lesões no pulmão ou na parede torácica, como fraturas de costelas ou perfurações, ou complicações de procedimentos médicos (ventilação mecânica e canulação venosa central).

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14
Q

Quais os principais sintomas do pneumotórax hipertensivo?

A

Dor torácica súbita, dispneia, diminuição do murmúrio vesicular, hipertimpanismo, hipotensão e turgência jugular (diminuição do retorno venoso).

Hipotensão: Devido à compressão venosa e redução do retorno venoso ao coração.
Desvio da traqueia: Frequentemente para o lado oposto do hemitórax afetado, causado pela pressão aumentada.
Distensão da veia jugular: Indicativa de aumento da pressão intratorácica, que impede o retorno venoso.
Hipertimpanismo à percussão: Resultante da presença de ar no hemitórax afetado.
Hemitórax distendido, tenso e pouco compressível: Reflete a pressão acumulada dentro da cavidade torácica.

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15
Q

Punção pleural: técnica

A
  1. antissepsia da pele de todo hemitórax (com solução clorexedina ou iodopovidona);
  2. anestesia da pele, tecido celular subcutâneo, plano muscular e intercostal com solução de lidocaína, não sendo necessária concentração superior a 1%.
    É importante realizar a anestesia numa área relativamente ampla no sentido lateral.
  3. A agulha deve ser inserida na borda superior do arco intercostal para se evitar o feito neurovascular que passa inferiormente em cada costela.
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16
Q

O que é drenagem pleural?

A

É a técnica cirúrgica que permite, pela inserção de dreno acoplado a um sistema específico, acesso à cavidadepleuralou mediastinal.

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17
Q

Drenagem pleural: indicações

A
  • Hemotórax
  • Pneumotórax.
  • Empiema
  • Quilotórax
  • Derrame pleural recorrente
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18
Q

O que caracteriza um derrame exsudativo e quais são suas causas mais comuns?

A

Características:

Causado por processos locais.
Aumento da permeabilidade capilar.
Exsudação de líquido, proteínas, células e outros constituintes séricos.
Causas mais comuns:

Pneumonia.
Doença maligna.
Embolia pulmonar.
Infecções virais.
Tuberculose.

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19
Q

O que caracteriza um derrame transudativo e quais são suas causas mais comuns?

A

Características:

Resulta de aumento da pressão hidrostática e/ou diminuição da pressão oncótica.
Causas mais comuns:

Insuficiência cardíaca (principal).
Cirrose com ascite por hipoalbuminemia.
Síndrome nefrótica.

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20
Q

Líquidos estéreis podem ser esvaziados por punção pleural sem a necessidade de drenagem.

A

Verdadeiro

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21
Q

O que caracteriza o derrame quiloso (quilotórax) e quais são suas principais causas?

A

Características:

Aspecto branco e leitoso, rico em triglicerídeos.
Causas mais comuns:

Lesão traumática.
Neoplasia linfomatosa (mais frequente).

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22
Q

O que caracteriza o hemotórax e quais são suas principais causas?

A

Características:

Líquido sanguinolento na cavidade pleural.
Hematócrito do líquido pleural > 50% do hematócrito periférico.
Causas mais comuns:

Trauma (principal).
Coagulopatia (raro).
Ruptura de grande vaso sanguíneo (ex.: aorta ou artéria pulmonar).

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23
Q

Qual é o material do categute e suas formas de apresentação?

A

Monofilamentar, biológico, produzido das camadas mucosa e serosa do intestino de bovinos e ovinos, disponível em formas simples ou cromado.

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24
Q

Qual é o tempo de absorção do categute simples e cromado?

A

8 dias (simples) ou 20 dias (cromado). Resquícios podem ser encontrados no organismo por 70 a 90 dias.

25
Q

Quais são os prós e contras do categute?

A

Prós: Fácil manuseio, pequeno arrasto.
Contras: Intensa reação tecidual, alta capilaridade.

26
Q

Onde o categute é utilizado?

A

Sutura do peritônio, escroto, períneo, reaproximação do tecido muscular e subcutâneo.

27
Q

Qual é a principal característica do fio de ácido poliglicólico (Dexon®)?

A

Multifilamentar, sintético, absorvido por hidrólise em 60-90 dias.

28
Q

Quais são os prós e contras do ácido poliglicólico?

A

Prós: Boa resistência tênsil, pouca reação inflamatória.
Contras: Pode abrigar bactérias devido ao seu caráter multifilamentado.

29
Q

Para que é indicado o ácido poliglicólico?

A

Suturas de peritônio, músculo, aponeurose, subcutâneo, pele e anastomoses gastrintestinais.

30
Q

Qual a diferença entre o ácido poligaláctico (Vicryl®) e o Dexon®?

A

Vicryl® é monofilamentar, com absorção em 60 dias, e mínimo arrasto. Dexon® é multifilamentar e absorvido em 60-90 dias.

31
Q

Quais as vantagens e desvantagens do ácido poligaláctico (Vicryl®)?

A

Prós: Boa força tênsil, mínima reação tecidual, boa fixação de nós.
Contras: Não pode ser usado em suturas expostas ao suco pancreático.

32
Q

Quais são os usos do fio de polidioxanona (PDS®)?

A

Sutura de tendões, cápsulas articulares e fechamento da parede abdominal devido à sua manutenção tênsil prolongada.

33
Q

Quais são os principais prós e contras do fio de seda?

A

Prós: Fácil manuseio, boa flexibilidade, baixo custo.
Contras: Intensa reação tecidual, formação de granulomas.

34
Q

Por que o fio de algodão tende ao desuso?

A

Alta reatividade dos tecidos, capilaridade excessiva e potencial para infecções.

35
Q

Quais as vantagens do fio de poliéster?

A

Resistência, durabilidade e pouca reação tecidual.

36
Q

Quais são os usos do nylon?

A

Suturas de pele, cirurgias cardiovasculares, plásticas e neurocirurgias.

37
Q

Por que o fio de polipropileno (Prolene®) é ideal para sutura intradérmica?

A

Mantém a força tênsil por vários anos, é facilmente removível e causa pouca reação tecidual.

38
Q

Quais as principais diferenças entre fios absorvíveis e inabsorvíveis?

A

Fios absorvíveis perdem resistência e são absorvidos pelo organismo, enquanto inabsorvíveis são permanentes ou biodegradáveis a longo prazo.

39
Q

O que acontece quando os anestésicos locais entram em contato com a fibra nervosa?

A

Eles interrompem transitoriamente a progressão do impulso nervoso, anulando todas as modalidades de transmissão (autonômicas, sensitivas e motoras).

Nenhuma.

40
Q

Qual é a ordem de bloqueio das fibras nervosas na anestesia local?

A

Da menor para a maior fibra. Na regressão, ocorre o contrário.

Nenhuma.

41
Q

Como os anestésicos locais impedem a formação e propagação do potencial de ação?

A

Bloqueando a entrada de íons sódio (Na⁺) através da membrana celular.

Nenhuma.

42
Q

Quais são os efeitos gerais dos anestésicos locais sobre o sistema cardiovascular?

A

Depressão da excitabilidade e condutividade do miocárdio, prolongação do período refratário e vasodilatação.

Nenhuma.

43
Q

Qual a diferença entre lidocaína e bupivacaína no útero?

A

A lidocaína estimula a atividade uterina, enquanto a bupivacaína não interfere na contratilidade uterina.

Nenhuma.

44
Q

Quais são as doses máximas de lidocaína com e sem adrenalina?

A

Sem adrenalina: 7 mg/kg
Com adrenalina: 10 mg/kg

Nenhuma.

45
Q

Qual é o uso clínico da lidocaína em concentrações de 2%?

A

Correção de arritmias cardíacas ventriculares.

Nenhuma.

46
Q

Quais são os principais sinais de intoxicação por anestésicos locais?

A

Mal-estar, sonolência, sensação de frio, opressão torácica, tremores, convulsões, parada cardíaca.

Nenhuma.

47
Q

Por que os vasoconstritores são adicionados aos anestésicos locais?

A

Para retardar a absorção, prolongar a analgesia e reduzir a possibilidade de intoxicação.

Nenhuma.

48
Q

Quais são as contra-indicações para o uso de vasoconstritores em anestésicos locais?

A

Hipertensão arterial severa, hipertireoidismo, cardiopatias graves e arteriosclerose avançada.

Nenhuma.

49
Q

Quais fatores devem ser considerados ao selecionar um anestésico local?

A

Dose (volume e concentração), peso, idade, condições clínicas do paciente e monitoramento durante a aplicação.

Nenhuma.

50
Q

O que é o ambiente cirúrgico?

A

É a área que concentra todos os equipamentos e materiais necessários para a equipe cirúrgica, adaptada às especificidades do hospital.

51
Q

Qual a proporção de salas cirúrgicas em relação aos leitos hospitalares?

A

Deve haver 1 sala de cirurgia para cada 50 leitos, ocupando 1/3 da área total do ambiente cirúrgico.

52
Q

Qual o tamanho ideal de uma sala cirúrgica?

A

30 metros quadrados.

53
Q

Onde deve estar localizado o ambiente cirúrgico?

A

Próximo às alas de internação, em andares elevados, fora do tráfego hospitalar, com luminosidade indireta e protegido de poluição sonora.

54
Q

Quais são os componentes do ambiente cirúrgico?

A

Vestiários, sala de recepção, corredores, lavabo, sala de operação, sala de equipamentos, depósito de materiais, sala de recuperação pós-anestésica, sala de conforto e administração.

55
Q

Quais são os requisitos para a iluminação da sala cirúrgica?

A

Iluminação adequada, eliminando sombras, reduzindo reflexos e calor, evitando fadiga visual e considerando diferenças visuais da equipe.

56
Q

Como deve ser a ventilação nas salas de cirurgia?

A

Deve fornecer ar em condições adequadas, remover gases anestésicos, controlar umidade e temperatura, prevenir contaminação e ser duplamente filtrada.

57
Q

Quais são os parâmetros ideais de temperatura e umidade no ambiente cirúrgico?

A

Temperatura para a equipe: 19 a 21°C.

Temperatura para o paciente: 24 a 26°C.

Umidade: 45 a 55%.

58
Q

O que deve ser monitorado no sistema de monitorização?

A

Temperatura, traçado eletrocardiográfico, pressão arterial, pressão venosa central, níveis de oximetria, entre outros.

59
Q

Quais são as características do acabamento do ambiente cirúrgico?

A

Pisos, paredes, forros e janelas devem ser adequados para controle de infecções, fluxo de pessoas, segurança, eletricidade e manutenção.