Neonatologia Flashcards
Classificação do período neonatal
Neonatal precoce: nascimento até o 7 dia de vida Neonatal tardio: 7 ao 28 dia de vida
Como avaliar a idade gestacional do RN e como classificar
- Pode ser avaliada de acordo com DUM/USG ou exame físico (capurro ou ballard) - Classificação: >=42s - pôs termo; 42-37s = termo; <37s = pre termo
Classificação do RN quanto o peso
<2500g = baixo peso; <1500g = muito baixo peso; <1000g = extremo baixo peso
Classificação do RN quanto a relação idade x peso
Precisa de um gráfico. >p90 = GIG,
Como classificar de acordo com peso x idade sem o gráfico?
No gráfico, a 37a semana está em cima do peso 2Kg. Então, se idade > 37s e peso < 2kg =’PIG
Mecanismos de infecção no RN
Via transplacentaria, via ascendente/canal de parto ou adquirida na comunidade/hospital
Como ocorre a infecção nas infecções congênitas
Ocorre por transmissão vertical via hematogenica placentária.
Quando suspeitar de infecção congenita?
A maioria das crianças são assintomáticas. A suspeita ocorre com presença de doença na mãe ou sorologia materna.
Em qual fase da gestação ocorre mais transmissão?
O risco de transmissão é maior no terceiro trimestre, pela presença da placenta maior e mais vascularizada. Nessa fase, normalmente, não há tempo para manifestação da doença. Se infecção no 1o trimestre = maior risco de malformações
IgM e IgG na infecção congenita
IgM positivo = infecção aguda no rn IgG positivo = pode ser anticorpo materno
Como são os casos sintomáticos das infecções congênitas? (Em geral)
- quadro antenatal: abortamento, prematuridade, ciur - Sintomas inespecificas ou específicos: hepatoesplenomegalia, alterações oculares, alterações neurológicas, cutânea (exantema maculopapular, exantema petequias, ictericia), medular (plaquetopenia) - Sequelas: doença neurológica, surdez, cegueira
Características gerais da sifilis congenita
A principal infecção congenita no Brasil. Resultado de transmissão hematogenica via transplacentaria. A transmissão ocorre independente do estágio da doença na mãe. O bebê vai estar assintomático no momento do nascimento.
Características e manifestações da sifilis precoce no RN
Ocorre até os 2a, por infecção e inflamação direta pelo treponema - Rinite: Inflamação e destruição da cartilagem nasal, levando a secreção serossanguinolenta. Geralmente nos < 3m. - Lesão Mucosa: placa mucosa -> principalmente na boca / condiloma plano -> em regiões orificiais - Lesão Cutânea: o mais característico é o pênfigo palmoplantar (lesões vesicobolhosas que podem aparecer em todo o corpo); o mais comum é o exantema maculopapular - Lesões Ósseas: osteocondrite -> inflamação na placa metafisaria de ossos longos; bastante doloroso; a criança chora bastante ao ser manipulada; não mexe o braço pela dor (Pseudoparalisia de Parrot)// periostite -> inflamação do periósteo na diáfise de ossos longos e ossos do crânio
Sifilis congenita tardia
Complicação das manifestações precoces.
Investigação clínica e laboratorial do RN com suspeita de sifilis congenita
- VDRL: tem que ser de sangue periférico. Representa imunidade IgG e IgM. Deve ser feito sempre que se suspeitar de infecção por sifilis ou mãe com diagnóstico de sifilis na gestação. - Hemograma: anemia, plaquetopenia e leucocitose/leucopenia - LCR: analisar VDRL, celularidade (>25) ou proteina (>150) Obs.: todo RN em investigação para sifilis deve colher VDRL. Se não puder colher o LCR, tratar como neurosífilis.
Tratamento inadequado de sifilis na gestante
Tratamento não penicilinico, inadequado para fase clínica, incompleto, <= 30d antes do parto, parceiro não tratado
Manejo do RN de mãe nao tratada ou com tratamento incompleto para sifilis
Realizar todos os exames (incluindo VDRL e LCR) e tratar todos os casos!! - liquor alterado: tratar com penicilina cristalina IV por 10d (se não tiver como estudar o LCR, trato como infectado) - Liquor normal + outra alteração: tratar com p. Cristalina IV por 10dias ou p. Procaina IM por 10dias - Assitomatica + todos os exames normais (VDRL negativo): se tiver acompanhamento: dose única de benzatina; se nao tiver acompanhamento: tto com cristalina ou procaina
Manejo do RN de mãe adequadamente tratada para sifilis
- RN sintomático ou VDRL > materno: colher todos os exames e tratar com p. Cristalina ou p. Procaina - RN assintomático: - VDRL <= materno: acompanhamento ou todos os exames tratar de acordo com os achados - VDRL não reagente: acompanhamento ou p. Benzatina.
Acompanhamento dos RN com sifilis
Acompanhamento clínico VDRL seriado (se era negativo tem que permanecer negativo; se aumentar = investigar e tratar) Punção lombar a cada 6 meses se alterado anteriormente Acompanhamento oftalmológico e auditivo
Toxoplasmose congenita
Causada pelo toxoplasma gondii. Após infecção aguda, há infecção latente, depositado em tecidos, podendo ser reativada. A gestante que transmite a doença é a agudamente infectada (exceção para reativação de infecção latente em imunodeprimidas)
Manifestações clínicas da toxoplasmose congenita no RN
A maioria é assintomática. Pode haver manifestações inespecificas. Tríade de Sabin: Coriorretinite (se não tratada desenvolve-se até a vida adulta) + hidrocefalia (do tipo obstrutiva) + calcificações difusas
Diagnóstico de toxoplasmose na gestante
Utiliza IgG e IgM. A viragem sorológica durante a gestação é diagnóstico de infecção aguda. Os níveis de IgM podem ser positivos por até 1 ano, e o de IgG para o resto da vida, tornando mais difícil a caracterização de infecção aguda ou cronica. - Teste de Avidez de IgG: instrumento utilizado para caracterizar infecção cronica. Deve ser feita no primeiro trimestre. Se nível alto = a infecção ocorreu há mais de 3 meses. O índice de avidez baixo não garante que seja infecção aguda.
Tratamento da gestante com infecção aguda pelo toxoplasma
- No momento do diagnóstico: Espiramicina (diminuir a chance de transmissão vertical; se concentra na placenta) - Se infecção fetal: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folinico (após o 1 trimestre - risco de teratogenicidade pela droga)
Investigação fetal para toxoplasmose
Indicada quando mãe tem diagnóstico ou alta suspeição - USG seriado (procurar placentomegalia, hepatomegalia) + pcr do LA