Mr. Bankowski - A comic of a life time Flashcards

1
Q

Snippet 1

Mr. Banks is a 71-year-old Polish American. He was born 12 years after his mother’s arrival in the USA. His mother was just 5 years old when she left Poland, fleeing the impending war.
Mr. Banks has always felt split in half. He’s never overcome this unsettledness, and therefore, he’s never considered himself a true American citizen.
At school, he was always picked on because of his name and looks. Despite being born on US soil, his parents’ thick accent and the broken English spoken at home made him seem like an outsider, which made his adolescence even tougher.

A

Trecho 1

O Sr. Banks é um polonês-americano de 71 anos. Ele nasceu 12 anos após a chegada de sua mãe aos Estados Unidos. Sua mãe tinha apenas 5 anos quando deixou a Polônia, fugindo da guerra iminente.
O Sr. Banks sempre se sentiu dividido ao meio. Ele nunca superou essa inquietação e, por isso, nunca se considerou um verdadeiro cidadão americano.
Na escola, ele era sempre provocado por causa de seu nome e aparência. Apesar de ter nascido em solo americano, o forte sotaque de seus pais e o inglês quebrado falado em casa faziam com que ele parecesse um estranho, tornando sua adolescência ainda mais difícil.

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Q

Snippet 2

Nikodem Bankowski worked for a long time as a comedy writer. He wrote skits, sketches, and jokes for New York’s most famous talk shows. However, his peers never understood how he managed to stay employed for so long in this industry. They used to call him “Niko-damn”… He earned this nickname because of his shocking comedy lines and zingers that were always sharp and politically incorrect. His humor was so dark that even other comedians felt uncomfortable reading his material. Though his jokes were almost never chosen by the talk show hosts, they never fell flat. He was genuinely funny!

As time went by, Niko became a comedian for comedians. He would make all the writers laugh to tears, but these jokes would never see the light of day. Backstage, people would speculate that the network kept him employed for years because they understood that his attitude toward comedy inspired other comedians to take risks and think differently. Niko lived his entire career on the verge of success.

A

Trecho 2

Nikodem Bankowski trabalhou por muito tempo como roteirista de comédia. Ele escrevia esquetes, cenas e piadas para os talk shows mais famosos de Nova York. No entanto, seus colegas nunca entenderam como ele conseguiu se manter empregado por tanto tempo nessa indústria. Eles costumavam chamá-lo de “Niko-damn”… Ele ganhou esse apelido por causa de suas falas e tiradas cômicas chocantes, que eram sempre afiadas e politicamente incorretas. Seu humor era tão sombrio que até outros comediantes ficavam desconfortáveis ao ler seu material. Apesar de suas piadas quase nunca serem escolhidas pelos apresentadores dos talk shows, elas nunca fracassavam. Ele era genuinamente engraçado!
Com o passar do tempo, Niko se tornou uma espécie de comediante dos comediantes. Ele fazia todos os roteiristas chorarem de tanto rir, mas essas piadas nunca chegavam ao público. Nos bastidores, as pessoas especulavam que a emissora o mantinha empregado por anos porque entendiam que sua atitude em relação à comédia inspirava outros comediantes a correr riscos e pensar de forma diferente. Niko viveu toda a sua carreira à beira do sucesso.

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Q

Snippet 3

Mr. Banks made millions laugh, but nobody knew who he was. Mr. Banks knew he was inherently funny—funny in a way that had not been seen before. He was even funnier than the talk show host he wrote for, but many executives in the industry told him he didn’t have the looks to become a talk show host or even get the chance to play a role in one of the skits he wrote.
Whenever someone told him he didn’t have the looks for it, he would get furious and spend the night writing jokes about that person, using his sharp wit to create the most unimaginable burns he could come up with.
Mr. Banks retired at 55 and spent the early years of his retirement living as an old-timer—or, as he used to joke, a regular New Yorker.

A

Trecho 3

O Sr. Banks fez milhões de pessoas rirem, mas ninguém sabia quem ele era. Ele sabia que era inerentemente engraçado—engraçado de uma forma que ainda não havia sido vista. Ele era até mais engraçado do que o apresentador do talk show para quem escrevia, mas muitos executivos da indústria disseram que ele não tinha a aparência necessária para se tornar um apresentador de talk show ou mesmo conseguir uma chance de atuar em um dos esquetes que escrevia.
Sempre que alguém lhe dizia que ele não tinha a aparência para isso, ele ficava furioso e passava a noite escrevendo piadas sobre essa pessoa, usando sua sagacidade afiada para criar as tiradas mais inimagináveis que conseguia pensar.
O Sr. Banks se aposentou aos 55 anos e passou os primeiros anos de sua aposentadoria vivendo como um veterano—ou, como costumava brincar, um nova-iorquino típico.

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Q

Snippet 4

Mr. Banks was believed to have Narcissistic Personality Disorder and Tourette’s Syndrome, but he never visited a psychiatrist or psychologist to discuss it. When people brought it up in conversation, he would say that he was just another asshole raised in New York.
He had the most curious and embarrassing stories to tell, often stemming from his personality and the bizarre decisions he made while interacting with anyone he encountered.
Mr. Banks had a way of saying things so bluntly that people often needed a moment to process what they had just heard. It wasn’t uncommon to see people staring at him in disbelief, wondering if they had misheard him. They struggled to believe that anyone could utter such brutally honest statements, completely disregarding social cues.

A

Trecho 4

Acreditava-se que o Sr. Banks tinha Transtorno de Personalidade Narcisista e Síndrome de Tourette, mas ele nunca procurou um psiquiatra ou psicólogo para discutir o assunto. Quando as pessoas mencionavam isso em uma conversa, ele costumava dizer que era apenas mais um babaca criado em Nova York.

Ele tinha as histórias mais curiosas e embaraçosas para contar, frequentemente resultantes de sua personalidade e das decisões bizarras que tomava ao interagir com qualquer pessoa que cruzasse seu caminho.

O Sr. Banks tinha uma maneira tão direta de dizer as coisas que as pessoas geralmente precisavam de um momento para processar o que tinham acabado de ouvir. Não era incomum ver pessoas olhando para ele incrédulas, pensando que tinham entendido errado. Elas custavam a acreditar que alguém pudesse proferir declarações tão brutalmente honestas, desconsiderando completamente as normas sociais.

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5
Q

Snippet 5

Mr. Banks’ love life had always been tragic. He had plenty of flings, innumerable hook-ups, and a few long-lasting relationships. In his own words, he said he loved breakups more than the actual dating period. He believed that the emotions triggered by breakups helped activate his creative mind and provided stories that would later become jokes or skits.
His comedian friends often told him they could never come up with jokes like his because they preferred quieter lives and the stability of raising a family. Mr. Bankowski, on the other hand, saw comedy in every aspect of his life, no matter how trivial. He would always find a way to infuse humor into it, even at the cost of his love life deteriorating rapidly.

A

Trecho 5

A vida amorosa do Sr. Banks sempre foi trágica. Ele teve muitos casos, inúmeras aventuras e alguns relacionamentos duradouros. Em suas próprias palavras, ele dizia que gostava mais dos términos do que do próprio período de namoro. Ele acreditava que as emoções desencadeadas pelos términos ajudavam a ativar sua mente criativa e forneciam histórias que mais tarde se transformariam em piadas ou esquetes.
Seus amigos comediantes costumavam dizer que nunca seriam capazes de criar piadas como as dele, pois preferiam uma vida mais tranquila e a estabilidade de criar uma família. O Sr. Bankowski, por outro lado, via comédia em todos os aspectos de sua vida, por menor que fossem. Ele sempre encontrava uma maneira de inserir humor em tudo, mesmo que isso custasse o rápido deterioramento de sua vida amorosa.

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6
Q

Snippet 6

It was January 2012, and a gray, cold morning in Manhattan. NYC had been hit by a heavy snowstorm the night before. During times like these, everyone complained and threatened to move to LA, but Mr. Banks couldn’t have loved it more.

He had just prepared his coffee when his landline rang. It was Merina, the nurse who cared for his mother, Katarzyna Bankowski. Merina was sobbing uncontrollably on the phone, and Niko immediately knew what had happened. He told her to calm down and wait—he would be there in no time.

Ms. Katarzyna was a devout Jew. Religion had become a cornerstone of her life after her husband’s passing. Niko, on the other hand, observed his mother’s devotion from a distance. He admired her unwavering dedication to helping those in need but felt unable to participate in her acts of kindness.

That day was Niko’s worst. He felt an unbearable sorrow and an overwhelming sense of loneliness. Seeking solace, he went to the one place where he felt heard and could release all his emotions—The Comic Strip. He always felt at home in this comedy club, where he was friends with the owner, Mr. Richie Tienken. Niko asked Richie if he could somehow squeeze him in because he had a special routine to perform.

Niko didn’t tell anyone that his mother had just passed away, and his bit was entirely about motherhood. He riffed on his mom’s Jewish beliefs, and the audience couldn’t stop laughing. He absolutely killed it on stage! But moments later, in the green room, he broke down, sobbing uncontrollably. That performance was Niko’s way of saying goodbye to the only woman he had ever truly loved.

A

Trecho 6

Era janeiro de 2012, e uma manhã cinza e fria em Manhattan. Nova York havia sido atingida por uma forte nevasca na noite anterior. Em momentos como esses, todos reclamavam e ameaçavam se mudar para Los Angeles, mas o Sr. Banks não poderia estar mais feliz.

Ele tinha acabado de preparar seu café quando o telefone fixo tocou. Era Merina, a enfermeira que cuidava de sua mãe, Katarzyna Bankowski. Merina chorava descontroladamente ao telefone, e Niko imediatamente soube o que havia acontecido. Ele pediu que ela se acalmasse e esperasse—ele chegaria o mais rápido possível.

Dona Katarzyna era uma judia devota. A religião havia se tornado um pilar em sua vida após a morte de seu marido. Niko, por outro lado, observava de longe a devoção de sua mãe. Ele admirava sua dedicação incansável em ajudar os necessitados, mas sentia-se incapaz de participar de suas boas ações.

Aquele foi o pior dia de Niko. Ele sentiu uma tristeza insuportável e um profundo senso de solidão. Procurando alívio, ele foi ao único lugar onde se sentia ouvido e podia liberar todas as suas emoções—The Comic Strip. Ele sempre se sentia em casa nesse clube de comédia, onde era amigo do proprietário, Richie Tienken. Niko pediu a Richie se, por acaso, ele poderia encaixá-lo porque tinha uma apresentação especial para fazer.

Niko não contou a ninguém que sua mãe havia acabado de falecer, e seu número era inteiramente sobre maternidade. Ele improvisou sobre as crenças judaicas de sua mãe, e o público não conseguia parar de rir. Ele arrasou no palco! Mas, momentos depois, no camarim, desabou, chorando copiosamente. Aquela foi a forma que Niko encontrou de se despedir da única mulher que ele realmente amou.

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Q

Snippet 7

When Mr. Bankowski was little, people called him by his nickname, Niko.
Niko was a curious and talkative boy with very few friends. Making new friends was always difficult for him.

He spent much of his time reading, and when he wasn’t reading, he was playing outside his apartment with his best friend, Joel Masel. Joel was an Orthodox Jew whose father owned a butcher shop across the street.

Even though Niko was a Polish-Jewish boy, he was as far as one could imagine from being Orthodox. His clothing, his diet—nothing about him revealed his Jewish identity. This was common among Jews who had fled the war, as they often felt uncomfortable displaying their ethnicity or beliefs.

Niko and Joel had endless fun playing at the butcher shop. They played with all sorts of tools, though Joel’s father never allowed them to touch the knives. However, they always managed to turn any piece of metal into a sword.

Their friendship was strong and lasted for many years. They even went to the same college! Both of them managed to get into Columbia. Joel studied Medicine, while Niko pursued Performing Arts.

A

Trecho 7

Quando o Sr. Bankowski era pequeno, as pessoas o chamavam pelo apelido de Niko.
Niko era um menino curioso e falante, com pouquíssimos amigos. Fazer novos amigos sempre foi difícil para ele.

Ele passava grande parte do tempo lendo, e, quando não estava lendo, brincava fora de seu apartamento com seu melhor amigo, Joel Masel. Joel era um judeu ortodoxo cujo pai era dono de um açougue do outro lado da rua.

Embora Niko fosse um menino polonês-judeu, ele estava longe de ser ortodoxo. Suas roupas, sua dieta—nada nele revelava sua identidade judaica. Isso era comum entre judeus que haviam fugido da guerra, pois muitas vezes se sentiam desconfortáveis em exibir sua etnia ou crenças.

Niko e Joel se divertiam muito brincando no açougue. Eles brincavam com todos os tipos de ferramentas, embora o pai de Joel nunca os deixasse tocar nas facas. No entanto, eles sempre davam um jeito de transformar qualquer pedaço de metal em uma espada.

A amizade era forte e durou muitos anos. Eles até foram para a mesma faculdade! Ambos conseguiram entrar em Columbia. Joel estudou Medicina, enquanto Niko seguiu Artes Cênicas.

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8
Q

Snippet 8

It was 1998… Niko was 47 years old and had just gone through a major breakup. The reason? He had made a joke about a peculiar habit his then-girlfriend had.

She would get anxious at times and start giggling at any remark people made during a conversation. Even if the comment wasn’t intended to be funny, she would still laugh. This drove Niko mad because his entire job—and existence—was centered around crafting clever ways to make people laugh.

He confessed that he couldn’t tolerate someone like her by his side. He told his friends that dating her felt like being a Michelin five-star chef while his girlfriend was someone who ate microwaved food and thought it was gourmet.

To Niko, she represented nothing but a lack of respect for his craft. For him, laughter was something to be earned—conquered by those who masterfully trick people’s minds into finding humor in life’s tragedies—and should never be expressed frivolously.

A

Trecho 8

Era 1998… Niko tinha 47 anos e havia acabado de passar por uma grande separação. O motivo? Ele tinha feito uma piada sobre um hábito peculiar de sua então namorada.

Ela ficava ansiosa às vezes e começava a rir de qualquer comentário feito durante uma conversa. Mesmo que o comentário não tivesse a intenção de ser engraçado, ela ainda assim ria. Isso deixava Niko furioso, pois seu trabalho—e toda a sua existência—girava em torno de criar maneiras inteligentes de fazer as pessoas rirem.

Ele confessou que não conseguia tolerar alguém assim ao seu lado. Contou aos amigos que namorá-la era como ser um chef cinco estrelas Michelin enquanto sua namorada era alguém que comia comida de micro-ondas e achava que era gourmet.

Para Niko, ela representava apenas uma falta de respeito pela sua arte. Para ele, o riso era algo a ser conquistado—dominado por aqueles que sabem enganar habilmente a mente das pessoas para encontrar humor nas tragédias da vida—e nunca deveria ser expresso de forma leviana.

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Q

Snippet 9

Niko is a man of peculiar habits. His friends consider him an eccentric comedian, while everyone else in his life simply regards him as a weirdo, practically indecipherable.

His fellow comedians understand why Niko behaves the way he does—it is precisely through his unique demeanor that odd situations arise, and odd situations create great bits.

Once, Niko was sitting on a bench at a subway station when a beggar approached him asking for alms. Niko looked him up and down and said he would give the homeless man a thousand dollars if he could tell a good joke. The homeless man, greedy for money but clearly troubled, admitted that he couldn’t come up with a good joke—or at least one good enough to earn that amount of money. He replied:

If that were possible, it would mean there aren’t enough comedians in the world, or it would mean the world is desperate for humor. Both scenarios are tragic since humor comes from tragedy. A joke worth a thousand dollars is unsettling and makes the joke akin to a violin being played in a concentration camp.
Niko, amazed by such wisdom, stood up and said:

You’re absolutely right about comedy as a whole! I agree that humor comes from tragedy. Humor is the art of transcending tragedy. It is a gift from God to calm our spirits. The difference between tragedy and humor is the timing, and what makes it a joke is the words we choose to tell the tragedy to others.
BUT! My friend… you clearly don’t see your homelessness as a tragedy. Otherwise, you would have made a good joke about it. You are probably at peace and, therefore, you need no money from me.

A

Trecho 9

Niko é um homem de hábitos peculiares. Seus amigos o consideram um comediante excêntrico, enquanto todos os outros em sua vida simplesmente o veem como um esquisitão, praticamente indecifrável.

Seus colegas comediantes entendem por que Niko age do jeito que age—é precisamente por meio de seu comportamento único que situações inusitadas surgem, e situações inusitadas criam ótimos números.

Certa vez, Niko estava sentado em um banco na estação de metrô quando um mendigo se aproximou pedindo esmola. Niko o analisou de cima a baixo e disse que daria mil dólares ao sem-teto se ele contasse uma boa piada. O mendigo, ganancioso por dinheiro mas claramente perturbado, admitiu que não conseguiria fazer uma boa piada—ou pelo menos uma boa o suficiente para ganhar aquele montante. Ele respondeu:

Se isso fosse possível, significaria que não há comediantes suficientes no mundo ou que o mundo está desesperado por humor. Ambos os cenários são trágicos, pois o humor vem da tragédia. Uma piada que valha mil dólares é algo perturbador e faz a piada se assemelhar a um violino sendo tocado em um campo de concentração.
Niko, impressionado com tamanha sabedoria, levantou-se e disse:

Você está absolutamente certo sobre a comédia como um todo! Concordo que o humor vem da tragédia. O humor é a arte de transcender a tragédia. É um presente de Deus para acalmar nossos espíritos. A diferença entre a tragédia e o humor é o tempo, e o que transforma uma tragédia em piada são as palavras que escolhemos para contá-la aos outros.
MAS! Meu amigo… você claramente não vê sua condição de sem-teto como uma tragédia. Caso contrário, teria feito uma boa piada sobre isso. Você provavelmente está em paz e, portanto, não precisa do meu dinheiro.

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10
Q

Snippet 10

Once, while sitting at his favorite table in his favorite diner, a man approached Niko. At the time, Niko was just a stand-up comic and an up-and-coming actor. He had auditioned for many roles, most of them in commercials where he only had to say a few lines before wrapping up.

The casting teams never chose him, and Niko could never figure out what he was doing wrong—at least, not until that day. It was March 15, 1991, and the man who approached him was a casting director for one of the commercials Niko had auditioned for.

The man walked over and said:
“Hey, hot shot! Great audition yesterday!”

Niko looked at him and replied:
“You’re joking, right? My agent already called me to say I didn’t get the part.”

The man smiled and said:
“Yeah, I know… That’s exactly why I said ‘great audition.’ Look, kid, you’re applying for jobs with no decent budget for casting, and no casting director is going to pick someone just to turn them down. This business is cutthroat and full of snooty people. You’re a well-spoken guy who comes across as someone from old money. You should try auditioning for bigger roles in real movies.”

Niko kept looking down, nodding his head as the director spoke. Then, out of nowhere, Niko said:
“No! F*** you!”

A

Trecho 10

Certa vez, enquanto estava sentado em sua mesa favorita em seu restaurante preferido, um homem se aproximou de Niko. Naquela época, Niko era apenas um comediante stand-up e um ator em ascensão. Ele já havia feito muitos testes, a maioria para comerciais em que só precisava dizer algumas falas e encerrar.

Os times de casting nunca o escolhiam, e Niko nunca entendia o que estava fazendo de errado—pelo menos, até aquele dia. Era 15 de março de 1991, e o homem que se aproximou era o diretor de elenco de um dos comerciais para os quais Niko havia feito teste.

O homem chegou e disse:
“Ei, campeão! Ótimo teste ontem!”

Niko olhou para ele e respondeu:
“Você está brincando, né? Meu agente já me ligou dizendo que eu não consegui o papel.”

O homem sorriu e disse:
“É, eu sei… Por isso mesmo eu disse ‘ótimo teste.’ Olha, garoto, você está se candidatando a trabalhos sem orçamento decente para elenco, e nenhum diretor de casting vai escolher alguém só para dizer não. Esse negócio é cruel e cheio de gente esnobe. Você é um cara bem articulado que parece alguém de família rica. Deveria tentar papéis maiores, em filmes de verdade.”

Niko continuou olhando para baixo, balançando a cabeça enquanto o diretor falava. De repente, Niko disse:
“Não! Vai se f***!”

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11
Q

Snippet 11

Niko knew he was a stand-up comic at the age of 9 when he delivered a rant about the dogs peeing in the same spot on the stairway of his friend’s butcher shop. That day, he made five elderly people laugh to tears. What was strange about the experience was that he had never felt anything in his life that compared to the elation he felt when those golden-agers laughed at his rant.

There’s a venting culture in New York—it’s almost therapeutic to rant about anything. On that day, he was simply venting. He didn’t intend to poke fun at anything; he was genuinely annoyed by the unavoidable dog-peeing situation.

Niko went back home with a big smile on his face, and his mom couldn’t help but ask him what had happened downstairs. He told her he didn’t know—he was venting like any regular person, and some old folks started laughing uncontrollably.

His mom became furious and stormed downstairs to confront the people who had laughed at her boy. Even though Niko had explained that they weren’t laughing at him, she only saw red.

From that day on, Niko came to understand two things: making people laugh is the most incredible feeling in the world, but it’s also one of the most dangerous. Laughter is so liberating that some people can’t comprehend or handle it. At that moment, Niko didn’t fully grasp it, but he had a glimpse of what his life would be like in the years to come. Being a comedian thickens your skin because love and hate make the heart beat the same, and some people can’t tell one from the other.

A

Trecho 11

Niko soube que era um comediante aos 9 anos, quando fez um desabafo sobre os cães que urinavam no mesmo lugar na escada do açougue de seu amigo. Naquele dia, ele fez cinco idosos rirem até chorar. O que foi estranho nessa experiência é que ele nunca tinha sentido nada na vida que se comparasse à alegria que sentiu ao ver aqueles senhores rindo de seu desabafo.

Existe uma cultura de desabafar em Nova York—quase como uma terapia reclamar sobre qualquer coisa. Naquele dia, ele estava apenas desabafando. Não pretendia fazer graça de nada; estava genuinamente irritado com aquela situação inevitável dos cães urinando.

Niko subiu para casa com um grande sorriso no rosto, e sua mãe não conseguiu evitar perguntar o que tinha acontecido lá embaixo. Ele disse que não sabia—estava desabafando como qualquer pessoa normal, e alguns velhinhos começaram a rir descontroladamente.

Sua mãe ficou furiosa e desceu até o açougue para confrontar as pessoas que riram de seu filho. Embora Niko tivesse explicado que eles não estavam rindo dele, ela só via vermelho.

A partir daquele dia, Niko passou a entender duas coisas: fazer as pessoas rirem é a coisa mais incrível do mundo, mas também uma das mais perigosas. O riso é tão libertador que algumas pessoas não conseguem compreendê-lo ou lidar com ele. Naquele momento, Niko não entendia totalmente, mas teve um vislumbre de como seria sua vida nos anos seguintes. Ser comediante endurece a pele, porque o amor e o ódio fazem o coração bater da mesma forma, e algumas pessoas não conseguem diferenciar um do outro.

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12
Q

Snippet 12

Niko was ten years old when, for the first time, his mom was called in to talk to the principal. Niko had gotten himself into serious trouble at school. The situation was so grave that even his mom couldn’t have imagined what her son might have done wrong.

It was Talent Day, and every student in his class had been assigned to prepare a presentation showcasing their skills. The teacher was expecting to see kids sing, dance, or maybe even perform tricks with their pets—and she got all of that.

What she wasn’t expecting was Niko’s act. At the time, almost no one knew about his passion for comedy. That day, he showed up to school with a makeshift microphone crafted from a piece of cardboard he had found discarded in his mom’s pantry. When the teacher called Niko to present his talent, he confidently walked to the front of the classroom, stood in front of the blackboard, and began a roast.

Niko started by targeting one of the class bullies, Julian. He said:
“Hey Julian… I’ve heard from the butchers in my neighborhood that you’d be of great use there!”

Niko paused, scanning his classmates, using the tension to build anticipation. Just before the suspense died down, he delivered the punchline:
“The price of bacon has gone up a lot lately, and we all know you’d charge them much less for a slice!”

The classroom exploded with laughter. Julian, however, was furious—like a mad bulldog. He saw nothing but red and charged at Niko. The teacher had to step in, pulling the boys apart and immediately taking them to the principal’s office.

A

Trecho 12

Niko tinha dez anos quando, pela primeira vez, sua mãe foi chamada para conversar com o diretor. Niko tinha se metido em sérios problemas na escola. A situação era tão grave que nem mesmo sua mãe poderia imaginar o que seu filho havia feito de errado.

Era o Dia do Talento, e todos os alunos da sua turma tinham a tarefa de preparar uma apresentação para mostrar suas habilidades. A professora esperava ver crianças cantando, dançando ou até fazendo truques com seus animais de estimação—e ela viu tudo isso.

O que ela não esperava era o número de Niko. Naquela época, quase ninguém sabia sobre sua paixão pela comédia. Naquele dia, ele apareceu na escola com um microfone improvisado, feito de um pedaço de papelão que encontrou jogado na despensa de sua mãe. Quando a professora chamou Niko para apresentar seu talento, ele caminhou confiante para a frente da sala, parou em frente ao quadro-negro e começou um roast.

Niko começou mirando um dos valentões da classe, Julian. Ele disse:
“Ei, Julian… Ouvi dos açougueiros do meu bairro que você seria muito útil por lá!”

Niko fez uma pausa, observando seus colegas e usando a tensão para aumentar a expectativa. Antes que o suspense acabasse, ele disparou a piada:
“O preço do bacon subiu muito ultimamente, e todos sabemos que você cobraria bem menos por uma fatia!”

A sala explodiu em gargalhadas. Julian, por outro lado, ficou furioso—como um buldogue enlouquecido. Ele só via vermelho e avançou contra Niko. A professora teve que intervir, separando os dois e levando-os imediatamente para a sala do diretor.

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13
Q

Snippet 13

It was a typical Saturday morning, and Niko woke up enraged at his next-door neighbor, who had caused a commotion in his apartment the night before. Niko was 17 at the time and spent most of his days studying for the S.A.T., which he was scheduled to take later that year.

Niko couldn’t believe his neighbor would ever behave this way, as the man had always been a quiet, albeit unsettling, presence with a peculiar habit of staring that made nearly everyone in the building wary of him. For this reason, it became a shared tradition among the tenants to blame him whenever something went wrong. “It was Asher who did it,” they would say.

Asher was well aware of his reputation for his creepy staring behavior, but he enjoyed being left alone and decided to encourage the gossip and mockery of his neighbors.

Niko, on the other hand, was at a point in his life when he was reckless and willing to confront anything, no matter how risky it seemed. That morning was no exception. Niko was furious. He marched to Asher’s door, banged on it, and yelled at the top of his lungs:
“Asher, you scumbag, open this fucking door!”

Unbeknownst to Niko, Asher was hosting a party with his college friends and didn’t want his neighbors to know he was actually a pretty normal guy with no malicious intentions. So, he and his friends decided to prank Niko.

Asher opened the door holding a hammer smeared with ketchup. Behind him, on the floor near the sofa, Niko saw a girl lying seemingly unconscious. Asher said nothing, simply staring at Niko.

Niko’s courage began to falter. His face turned pale, and with a trembling, high-pitched voice, he stammered:
“Sorry to bother you… Keep doing whatever you’re doing.”

A

Trecho 13

Era uma típica manhã de sábado, e Niko acordou furioso com seu vizinho de porta, que havia causado uma grande confusão no apartamento na noite anterior. Niko tinha 17 anos na época e passava a maior parte de seus dias estudando para o S.A.T., que faria mais tarde naquele ano.

Niko não podia acreditar que seu vizinho agiria daquela maneira, já que o homem sempre foi uma presença silenciosa, embora inquietante, com um hábito peculiar de encarar as pessoas, o que deixava quase todos no prédio desconfiados dele. Por esse motivo, tornou-se uma tradição entre os moradores culpá-lo sempre que algo dava errado. “Foi o Asher quem fez isso,” eles costumavam dizer.

Asher sabia muito bem da sua reputação por seu comportamento estranho e assustador, mas gostava de ser deixado em paz e decidiu incentivar as fofocas e as zombarias dos vizinhos.

Niko, por outro lado, estava em uma fase da vida em que enfrentava tudo, não importava o quão arriscado fosse. Aquela manhã não foi diferente. Ele estava furioso. Foi até a porta de Asher, bateu nela com força e gritou:
“Asher, seu cretino, abre essa maldita porta!”

O que Niko não sabia era que Asher estava dando uma festa com seus amigos da faculdade e não queria que os vizinhos soubessem que ele era, na verdade, um cara normal e sem más intenções. Então, ele e seus amigos decidiram pregar uma peça em Niko.

Asher abriu a porta segurando um martelo coberto de ketchup. Atrás dele, no chão perto do sofá, Niko viu uma garota aparentemente inconsciente. Asher não disse nada, apenas encarou Niko.

A coragem de Niko começou a desaparecer. Seu rosto ficou pálido e, com uma voz trêmula e aguda, ele balbuciou:
“Desculpe incomodar… Continue fazendo o que quer que você esteja fazendo.”

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14
Q

Snippet 14

It was a summer morning in Manhattan. Mr. Banks loved the atmosphere summer brought to the city. Manhattan simply felt different. People smiled more, showed more skin, and their usual grumpy, grim expressions softened into friendly, neighborly faces. Mr. Banks, on the other hand, remained unchanged. His ill-humored disposition had been with him for so long that it felt like an intrinsic part of his character.

Mr. Banks firmly believed that being disagreeable brought an element of honesty to the world. He felt it was his duty to poke at reality with a blunt stick to reveal people’s true colors. Otherwise, comedy would be impossible, leaving him with no material to work with. For him, comedy was an expression of the ultimate truth. Nobody laughs at something inauthentic or untrue.

To Mr. Banks, laughter was the soul’s song of relief, a spontaneous outlet for self-expression. It was akin to a child getting caught doing something mischievous—the blend of embarrassment and humor in an honest moment.

Mr. Banks’s unwavering commitment to truth was unparalleled. While it had caused him considerable trouble throughout his life, it had also garnered him a group of fiercely loyal followers. These individuals shared a strong bond with him, treating their friendship as sacred ground—a safe haven where they could think aloud without fear of judgment.

A

Trecho 14

Era uma manhã de verão em Manhattan. O Sr. Banks adorava a atmosfera que o verão trazia à cidade. Manhattan simplesmente parecia diferente. As pessoas sorriam mais, mostravam mais a pele, e suas expressões geralmente ranzinzas e sombrias suavizavam-se em rostos amigáveis e acolhedores. O Sr. Banks, por outro lado, permanecia o mesmo. Seu mau humor já fazia parte dele há tanto tempo que parecia ser uma característica intrínseca de sua personalidade.

O Sr. Banks acreditava firmemente que ser desagradável trazia um elemento de honestidade ao mundo. Ele sentia que era seu dever cutucar a realidade com um bastão direto para revelar as verdadeiras cores das pessoas. Caso contrário, a comédia seria impossível, deixando-o sem material para trabalhar. Para ele, a comédia era uma expressão da verdade absoluta. Ninguém ri de algo inautêntico ou falso.

Para o Sr. Banks, o riso era o canto de alívio da alma, uma saída espontânea para a autoexpressão. Era como uma criança sendo pega no flagra fazendo algo travesso—a mistura de constrangimento e humor em um momento genuíno.

O compromisso inabalável do Sr. Banks com a verdade era incomparável. Embora isso lhe tenha causado consideráveis problemas ao longo da vida, também lhe rendeu um grupo de seguidores extremamente leais. Esses indivíduos tinham uma conexão forte com ele, tratando sua amizade como um terreno sagrado—um refúgio seguro onde podiam pensar em voz alta sem medo de julgamento.

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Snippet 15

It didn’t take long for everyone who worked closely with Mr. Banks to realize that the man was no joke. This became especially evident when the CEO of CBS, Bill Leonard, appeared in a hit piece written by a New York Times journalist, and Mr. Banks couldn’t resist writing jokes about it. Everyone in the room had an unspoken agreement that the topic was strictly off-limits. However, gossip eventually made its way to the top floor of the CBS Tower.

The joke read:
“The New York Times has begun a new chapter in journalism history; they craft hit pieces with difficult words that nobody understands. They think their last article was a hit piece when they mentioned Bill Leonard, but nobody got past the word ‘ephemeral.’ Shut up, NYT! Just shut up! You write state-of-the-art articles of irrelevancy! What does ‘ephemeral’ have to do with a man getting caught by his wife in a whorehouse? A one-liner would do the job just fine—not referencing the cocaine he was using, though.”

Bill Leonard called Mr. Banks to his office. When he arrived, Leonard, with a cigar in his mouth, hugged him while laughing out loud. He said:
“You funny bastard! I almost fell out of my chair when I read it! It took balls of steel to write this!”

Mr. Banks was taken aback and couldn’t believe the positive reaction. He asked:
“Does this mean we’re publishing the joke?”

Leonard replied:
“Of course we will! Merv Griffin will tell this joke tonight! We’ll just omit the last part and stop at the final ‘Shut up’ you wrote.”

A

Trecho 15

Não demorou muito para que todos que trabalhavam de perto com o Sr. Banks percebessem que ele não estava para brincadeira. Isso ficou especialmente claro quando o CEO da CBS, Bill Leonard, apareceu em um artigo polêmico escrito por um jornalista do New York Times, e o Sr. Banks não resistiu a escrever piadas sobre o caso. Todos na sala tinham um acordo tácito de que o assunto era estritamente proibido. No entanto, a fofoca chegou ao último andar da Torre da CBS.

A piada dizia:
“O New York Times iniciou um novo capítulo na história do jornalismo; eles criam artigos polêmicos com palavras difíceis que ninguém entende. Eles acham que o último artigo foi um grande ataque ao mencionar Bill Leonard, mas ninguém passou da palavra ‘efêmero.’ Cala a boca, NYT! Apenas cala a boca! Vocês escrevem artigos de última geração sobre irrelevâncias! O que ‘efêmero’ tem a ver com um homem pego pela esposa em um bordel? Uma frase curta resolveria o problema—mas não mencionem a cocaína que ele estava usando, claro.”

Bill Leonard chamou o Sr. Banks ao seu escritório. Quando ele chegou, Leonard, com um charuto na boca, o abraçou rindo alto. Ele disse:
“Seu desgraçado engraçado! Eu quase caí da cadeira quando li isso! Foi preciso ter nervos de aço para escrever isso!”

O Sr. Banks ficou surpreso e não acreditava na reação positiva. Ele perguntou:
“Isso significa que vamos publicar a piada?”

Leonard respondeu:
“Claro que vamos! O Merv Griffin vai contar essa piada hoje à noite! Só vamos omitir a última parte e parar no ‘Cala a boca’ que você escreveu.”

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