Morte Celular Flashcards
Morte celular
Processos de morte celular
2
Causas de dano celular
Dano irreversível -> morte celular
Necrose
Alterações citoplasmaticas
4
A imagem contém informações sobre alterações citoplasmáticas associadas à morte celular, particularmente durante o processo de necrose. Vou detalhar cada um dos pontos mencionados na imagem:
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Eosinofilia:
- O aumento da afinidade da célula por corantes ácidos como a eosina, o que torna o citoplasma mais rosado. Isso é comum em células necrosadas devido à desnaturação de proteínas e perda de ribossomos basofílicos.
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Degradação proteica:
- Na necrose, ocorre a degradação das proteínas citoplasmáticas por proteases liberadas de lisossomos danificados ou de células imunes que chegam ao local.
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Perda de glicogênio:
- O glicogênio intracelular é depletado em processos de lesão celular, já que as vias metabólicas normais, como a glicólise, são interrompidas.
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Figuras de mielina:
- São estruturas lamelares formadas pela agregação de membranas celulares danificadas. Representam a tentativa de fagocitose de restos celulares durante a necrose. -
Calcificação:
- Ocorre deposição de sais de cálcio em tecidos necrosados, chamada de calcificação distrófica. Isso é comum em áreas de necrose coagulativa ou caseosa.
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Microscopia eletrônica:
- A microscopia eletrônica revela alterações ultraestruturais nas células necrosadas, como:
- Ruptura nas membranas celulares: A membrana plasmática se rompe, levando à perda da integridade celular.
- Dilatação mitocondrial: As mitocôndrias ficam inchadas devido à falha nas suas membranas, e isso prejudica a produção de energia.
- Densidades mitocondriais: Depósitos eletrondensos aparecem nas mitocôndrias, indicativos de disfunção severa.
- A microscopia eletrônica revela alterações ultraestruturais nas células necrosadas, como:
Alterações nucleares
Morte celular
- Picnose: é a condensação da cromatina dentro do núcleo, resultando em um núcleo menor e mais denso. Este é um sinal inicial de morte celular.
- Cariorrexe: é a fragmentação do núcleo que ocorre após a picnose. O núcleo se fragmenta em pedaços menores, e essa etapa é um indicativo da degradação avançada do núcleo.
- Cariólise: é a dissolução completa do núcleo, devido à ação de enzimas nucleases. Nesta etapa, o núcleo perde sua integridade e desaparece completamente, sendo o estágio final do processo de morte celular.
Essas alterações estão geralmente associadas à necrose, que é um tipo de morte celular patológica, mas também podem ocorrer em certos contextos de apoptose (morte celular programada).
Padrões morfológicos
Necrose coagulativa
- Necrose Coagulativa:
• É o tipo mais comum, ocorrendo frequentemente após isquemia (redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo), como no infarto do miocárdio.
• Caracteriza-se pela preservação da arquitetura celular por algum tempo após a morte celular. O tecido necrosado adquire uma aparência firme e pálida.
Necrose liquefativa
- Necrose Liquefativa:
• Ocorre geralmente em infecções bacterianas ou fúngicas, onde enzimas proteolíticas digerem rapidamente o tecido, transformando-o em um líquido viscoso.
• É comum no cérebro, como em casos de acidente vascular cerebral (AVC).
Necrose gangrenosa
Necrose Gangrenosa:
• Uma combinação de necrose coagulativa e liquefativa, muitas vezes associada à infecção bacteriana secundária.
• Pode ser classificada em gangrena seca (sem infecção bacteriana significativa) ou gangrena úmida (com infecção bacteriana).
Necrose caseosa
Necrose Caseosa:
• Associada à tuberculose.
• O tecido morto adquire uma aparência granulosa e branca, semelhante a queijo, devido à destruição celular incompleta.
Necrose adiposa
Necrose Gordurosa:
• Ocorre em tecidos adiposos, muitas vezes após traumatismos ou pancreatite aguda.
• Envolve a digestão de células adiposas pelas enzimas lipolíticas, resultando em depósitos de gordura e cálcio, formando áreas brancas de consistência endurecida.
Necrose fibrinoide
Necrose Fibrinoide:
• Ocorre em paredes de vasos sanguíneos, geralmente associada a doenças autoimunes ou inflamação grave.
• A parede do vaso se torna fibrótica e ganha uma aparência rosada e brilhante devido ao depósito de proteínas plasmáticas.
Destino das células necróticas