Modelos de células humanas Flashcards

1
Q

Definição de droga e target:

A
  • Droga: tem um efeito fisiológico quando introduzido no organismo, diminuindo sintomas ou curando um estado de doença
  • Target: célula ou molécula no corpo, normalmente uma proteína, que está diretamente associada com um processo de uma doença e que pode ser modulada por uma droga, produzindo um efeito terapêutico
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2
Q

O que se determina fase I, II e III dos ensaios clínicos de novos medicamentos?

A
  • I: PK, testagem de dose e toxicidade
  • II e III: dose, eficácia e toxicidade
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3
Q

O que falha na fase II e III?

A

Eficácia e Segurança - necessário para qualquer medicamento ser aprovado pela FDA, EMA e INFARMED.

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4
Q

Modelos experimentais na fase de R&D:

A
  • Modelos in vivo: altamente complexos mas com disponibilidade limitada (devido às guidelines para diminuir a experimentação animal) e é diferente do tecido e doenças humanas (tanto o desenvolvimento, anatomia e fisiologia)
  • in Vitro: falha na recapitulação das características do tecido alvo (interações célula-célula, célula-matriz extraceluar, etc)
  • Ensaio cell-free: abordagem tendenciosa para proteínas e vias bem caracterizadas, mas não conseguem prever as contribuições e consequências da interação com outras proteínas (compostos)
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5
Q

Quais são os modelos mais clássicos em R&D:

A
  • in vivo
  • in vitro
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6
Q

Fonte de células para modelos de células humanas:

A
  • Linhagens celulares
  • Células estaminais (pluripotentes e multipotentes), derivadas do cliente
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7
Q

Tipos de modelos existentes de células humanas:

A
  • Cultura de células em monocamada
  • Esferóide (agregados)
  • Organóide
  • Explantes de tecido
  • Multiplexed models on a chip
    (de cima para baixo há aumento de complexidade)
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8
Q

Vantagens dos modelos de células humanas:

A
  • aumento da relevância humana em modelos de doença (pois usando células animais, a fisiopatologia da mesma doença pode não ser totalmente idêntica)
  • aumento da complexidade biológica (mais próxima dos humanos)
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9
Q

Aplicações de modelos de células humanas:

A
  • Modelos de doença
  • Biologia de desenvolvimento (perceber a fisiologia normal)
  • R&D farmacêutica (toxicologia, identificação de alvos e validação, estudos de eficiência)
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10
Q

Componentes necessários para recriar o microambiente celular:

A
  • fatores solúveis: hormonas, fatores de crescimento, citocinas
  • Interações célula-célula (polarização de tecido celular)
  • Matrix extracelular (necessário para ancoragem, suporte e estímulos mecânicos e modulação de vias, diferenciação e migração)
  • Forças físicas: água hidrodinâmica, taxas de difusão,
  • parâmetros fisico-químicos: temperatura, oxigénio, pH
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11
Q

Culturas de células 2D vs 3D:

A

2D:
* Alta rigidez do substrato (sinais mecânicos suprafisiológicos)
* Superfície plana contínua disponível para adesão e migração (restrita ao plano x‐y)
* As células não enfrentam gradientes de fatores solúveis
* A geometria 2D restringe a morfogênese e as interações do substrato celular dominam
* Polarização apical-basal forçada

3D (VANTAJOSO): mimetizar a morfologia e interações celulares dentro de um órgão/tecido
* Ambiente de rigidez relativamente baixa (mais próximo dos tecidos)
* Eventos de adesão celular em todas as 3 dimensões
* As interações célula-célula e célula-ECM regulam a polaridade celular
* As fibras da ECM e a porosidade da matriz regulam a motilidade celular
* Gradientes de fatores solúveis, nutrientes e oxigênio com base na difusão
* Receptor de superfície e organização do citoesqueleto
* FUNÇÃO DA CÉLULA

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12
Q

Cultura monotípica vs heterotípica:

A
  • Mono - células só de um tipo
  • hetero - células de vários tipos
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13
Q

Técnicas baseadas na gravidade para promover a agregação (esferoides):

A
  • Hanging drop (esperar numa superfície esférica)
  • Forced floating (centrifugação)
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14
Q

Técnicas baseadas na colisão para promover a agregação:

A
  • Stirring (com pás)
  • Shaking (orbital)
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15
Q

Vantagem de cultivo dos esferóides em meio dinâmico vs meio estático:

A

No meio estático formam-se agregados demasiado grandes, o que vai levar ao aparecimento de zonas necróticas no centro por não conseguirem receber todos os nutrientes necessários. Assim, ao gerarmos movimentos, evitamos que se formem agregados demasiado grandes

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16
Q

Características do organóide:

A
  • estrutura 3D que contém células para estabelecer ou reter a identidade do órgão do modelo
  • presença de múltiplos tipos de células, como no órgão em si
  • Alguma função especializada do órgão
  • auto-organização de acordo com a organização do próprio órgão
17
Q

Componentes de uma matrix bioativa para promover a polarização das células e organização tecidual in vitro:

A
  • colagénio
  • lamininas
  • extratos de membranas basais
  • fatores de crescimento
  • citocinas
  • fatores de transcrição

matrizes precisam de ser o mais parecido possível com o ambiente in vivo

18
Q

Tipos de culturas em 3D em biorreatores:

A
  • Culturas “mexidas”
  • Sistemas de cultura de células rotatórias
  • aparelhos de microfluídica
19
Q

Vantagens do modo de perfusão em bioreatorres:

A
  • forças de cisalhamento e pressão
  • supply de O2, citocinas, fatores de crescimento
  • retiro de metabolitos
  • acesso a fármacos ou compostos
  • escabilidade (up ou down)
  • reproducibilidade
20
Q

Conceito de “human on a chip” bom para estudos pré-clínicos pois dá para analisar a:

A
  • absorção
  • distribuição
  • metabolismo
  • excreção e toxicidade

Human on a chip - um chip ligado por microfluidica a diferentes câmaras, onde cada uma temos um esferóide a mimetizar um certo tecido (tentando mimetizar o fluxo sanguíneo e interações entre diferentes órgãos) com sensores microscópicos que monitorizam a resposta do corpo humano a tratamentos de fármacos

21
Q

Vantagem ética de “human on a chip”

A

não testar em animais

22
Q

O que se deve adicionar nas diferentes fases de criação de um modelo esferóide
1. Agregação
2. Diferenciação
3. Maturação

A
  1. fatores de crescimento (EGF.bFGF)
  2. fatores de diferenciação para as células que queremos
  3. fatores que promovem interligações e um ambiente mais parecido com o que temos in vivo.
23
Q

Células características do microambiente tumoral:

A
  • CAF (cancer associated fibroblasts) - libertam fatores de crescimento, citocinas e matrix extracelular
  • TAM (tumor associated macrophages) - 50% da massa tumoral, polarizados nos estado M2 (anti-inflamatório e pro-tumorogénico) e imunossupressivos (libertam IL-10 e TGF-B), promovem angiogenese, proliferação, invasão e metástese.
24
Q

Concluindo, vantagens de modelos de células em biorreatores:

A
  • escabiliadade
  • reprodutividade
  • robustez
  • perfusão
  • recuperação celular