Micoses Sub E Sist Flashcards

1
Q

Esporotricose - qual a droga clássica e qual a droga mais usada atualmente:

A

Clássica: iodeto de potássio

Mais usada atualmente: Itraconazol

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2
Q

Em qual outra doença além da esporotricose se usa iodeto no tratamento?

A

Entoroftomicose por basidiobolos.

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3
Q

Paracoco - cite as formas clínicas de Paracoco e fale rapidamente sobre elas:

A
  • Forma crônica do adulto: reativação do foco latente, lavradores adultos do sexo masculino > 30 anos, doença evolui lentamente, de forma silenciosa; comprometimento pulmonar (80-90% ), mucosas oral e nasal, pele…
    Clínica: tosse, dispneia, expectoração mucopurulenta, lesões ulceradas de pele e mucosa…
  • Forma aguda/subaguda juvenil (5-10%): acomete jovens e crianças < 25 anos. Evolução mais rápida. Acometimento do sistema retículo-endotelial. Investigar linfonodomegalia de localização mesentérica, para-aórtica e para-hilar hepática. Envolvimento da adrenal, fígado. Menor acometimento pulmonar e cutâneo.
  • Cicatricial: complicação, fibrose, cor-pulmonale.
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4
Q

Esporotricose - discorra sobre os agentes etiológicos, diagnóstico, clínica e tratamento:

A
  • Agentes etiológicos: 6 espécies
    Sporothrix schenkii; S albicans; S lurie; S brasiliensis; S globosa; S mexicana

-Diagnóstico: padrão ouro -> cultura, cresce 3-5d, inicialmente branca formando um halo preto. Na microscopia da cultura: conídeos em forma de “margarida”).

  • Formas clínicas:
    1. CUTÂNEA
    1.A) Cutânea linfática (+comum, 70%): nódulo subcutâneo que depois ulcera (goma). Fases da goma: endurecimento, amolecimento, fistulização, endurecimento.
    Após semanas ou meses, as lesões disseminam-se pelos linfáticos que drenam a área. Nós MM tem trajeto ascendente, e quando ocorre na face, descendente.
    1.B) Cutânea fixa (verruciforme) - 10-20%: lesão única, face e membros. Lesão verrugosa, ulcerosa, úlcero-vegetante… Não acomete o estado geral. Pode haver cura espontânea.
    1.C) Cutânea disseminada: raro, inoculação por meio da pele, inalação ou ingestão. Disseminação hematogênica. Múltiplas lesões. Acometimento do estado geral.
    2) Mucosa:
    2.A) Ocular
    2.B) Nasal
  • Tratamento:
    1 escolha: Itraconazol 100-200 mg/dia até a cura clínica e manter por mais 30 dias.
    2 escolha: Solução saturada de iodeto de potássio (142,85g de KI para 100 ml de água) - manter por 1 a 2 meses após cura clínica. Efeito Wolff-Chaikoff(hipotireoidismo); efeito Jod-Basedow(hipertireoidismo).
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5
Q

Esporo - quais os tipos de esporotricose cutânea?

A

1.A) Cutânea linfática (+comum, 70%): nódulo subcutâneo que depois ulcera (goma). Fases da goma: endurecimento, amolecimento, fistulização, endurecimento.
Após semanas ou meses, as lesões disseminam-se pelos linfáticos que drenam a área. Nós MM tem trajeto ascendente, e quando ocorre na face, descendente.
1.B) Cutânea fixa (verruciforme) - 10-20%: lesão única, face e membros. Lesão verrugosa, ulcerosa, úlcero-vegetante… Não acomete o estado geral. Pode haver cura espontânea.
1.C) Cutânea disseminada: raro, inoculação por meio da pele, inalação ou ingestão. Disseminação hematogênica. Múltiplas lesões. Acometimento do estado geral.

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6
Q

Esporo - o diagnóstico de certeza da esporotricose é:

A

Cultura (para o fungo) do material da biópsia.

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7
Q

Paracoco - na classificação clínica adotada, a forma aguda-subaguda da paracoco reflete:

A

Comportamento mais agressivo da infecção, em parte resultante de comprometimento do sistema monócito-macrofágico.

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8
Q

Caso clínico: homem, agricultor, em BEG, com lesão verrugosa há 4 anos, que iniciou nas mãos e foi se estendendo para todo MMSS. Qual a hipótese diagnóstica?

A

Cromomicose.

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9
Q

Cromomicose - qual a característica do exame direto?

A

Corpos muriformes.

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10
Q

Cromomicose - qual técnica era usada antigamente para tratamento da doença?

A

Termoterapia.

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11
Q

Paracoco - sobre a forma crônica do paracoco, pode-se inferir que:

A

O que mais leva o doente à consulta é a presença de lesão tegumentar.

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12
Q

Paracoco - a partir da constituição do primeiro complexo (pulmonar), as evoluções possíveis são:

A

Reinfecção endógena é o que explica a doença aparecendo em residentes em países não endêmicos.

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13
Q

Paracoco - para o controle clínico laboratorial dos doentes com paracoco em tratamento, os exames mais importantes atualmente são:

A

Contra-imunoeletroforese e imunodifusão.

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14
Q
Cromomicose, discorra sobre:
A) Clínica
B) Diagnóstico
C) Tratamento
D) Prognóstico
E) Agentes
A

A: placa verruciforme encimada por pontos pretos, evolução crônica, lenta, sem acometer o estado geral. Dissemina-se por contiguidade e autoinoculaçao. Raramente acomete linfonodos, e a disseminação por via linfática ou hemática é excepcional.

B: Cultura e histopatológico são os mais utilizados, mas há tb exame direto e prova imunológica (não utilizada na prática)

C: Tratamento: Itraconazol 200-400 mg/dia VO por 6-12 meses; Terbinafina; Cetoconazol; Anfotericina B 1 mg/kg 3x/semana IV + 5 fluorocitosina.
Lembrando que cromomicose é uma doença de díficil resolução terapêutica e não costuma ser empregado Glucantine.

D: Prognóstico: pode levar à impotência funcional da região afetada após anos. Pode desenvolver infecção secundária grave, linfedema, elefantíase e, por vezes, tardiamente, carcinoma espinocelular.

E: Fonsecae pedrosoi (+ comum), Cladosporium carrioni, Phialophora verrucosa, Rhinocladiela aquaspersa, Cladosporium ajeloi.

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15
Q

Actinomicose - o tratamento da forma endógena e da exógena é:
- origem endógena: actinomi­cetos anaeróbios (Actinomyces israelli): cérvico-facial, torácica, abdominal. Ocasionado por comensais da boca.

  • origem exógena (nocar­diose) - actinomicetos aeróbios (gêneros: Nocardia, Streptomyces e Actinomadura). A forma podálica é sem­pre exógena, aparecendo geralmente após traumatismo com o vegetal
A
  1. Endógena:
    Penicilina em doses elevadas (10 milhões de UI por dia), durante longo tempo (meses), é o tratamento de escolha para os produzidos por Actinomyces.
  2. Exógena -> actinomadura, nocardia e Streptomyces:
    * diaminodifenilsulfona (dapsona; DDS); 3 a 5 mg/kg/dia, por 12 a 24 meses; sulfametoxazol 400 mg/trimetoprima 80 mg VO 12/12 h, por 2 anos. Efeitos colaterais: meta­globulinemia
    * sulfametoxazol 800 mg/trimetoprima 160 mg IM, 12/12 h, por 30 dias; manutenção: 6 a l5 meses, 60 a 70% de cura (Talhari). Efeitos colaterais: distúrbios gas­trintestinais e hematológicos.

Penicilina G e Dapsona.

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16
Q

Actinomicose - na forma endógena apresente como parte de seu quadro clínico as seguintes lesões:

A

Nódulos, gomas e fístulas sem comprometimento ganglionar.

17
Q

Botriomicose - se caracteriza por:

A

Tumoração vegetante e fistulosa com eliminação de pus.

18
Q

Micetomas - o que são os eumicetomas? Quais os agentes? E qual o tratamento?

A

Síndrome clinicopatológica, caracterizada por aumento de volume de determinada região, à custa de gomas em várias fases evolutivas, por cujas fístulas é eliminado material necrótico exsudativo, com grãos; tem evolução crônica.
Micetomas, podem ser causados por fungos, actinobactérias, eubactérias (botriomicose).

1- Os eumicetomas são ocasionados por fungos e são denominados maduromicoses.

2- Agentes: Madurella, Acremonium, Allescheria e Cephalosporium.

3- Tratamento eumicetoma: respondem de modo irregular aos tratamentos com imidazólicos (?)
itraconazol200mgVO 12/12h; itraconazol 200 a 300 mg/VO/dia
anfotericina B 0,25 mg a 1,O mg/kg/dia IV, 3 vezes/ semana - dose total: 2,5 a 3,0 g (contraindicada em pacientes idosos)
- eumicetoma por Acremonium kiliense:
iodeto de potássio l,5 g VO ao dia por 3 meses.
Manutenção: 3,5 g VO 3 vezes/dia, por 2 anos
- eumicetoma por fungos demáceos:
itraconazol 400 mg/dia VO, por 12 meses e fluoroci­tosina 1 g VO ao dia, também por 12 meses. Associar cirurgia conservadora - desbridamento superficial e profundo.

19
Q
Cromomicose - pode ser causada pelos seguintes fungos, exceto:
A) Cladosporium carrionii
B) Wangiella dermatidis
C) Trichosporon beigelli 
D) Fonsecae pedrosoi
E) B e C
A

R: letra E

A) Cladosporium carrionii (YES)
B) Wangiella dermatidis (NO)
C) Trichosporon beigelli (NO)
D) Fonsecae pedrosoi (YES) -> mais frenquente no Brasil
E) B e C

As espé­cies Fonsecaea pedrosoi, Fonsecaea compacta, Cladosporium carrionii, Phialophora verrucosa, Rhinocladiella aquaspersa e Cladophialophora ajeloi são as mais comumente encontradas.