Hanseníase Flashcards
Diferenças histológicas entre Eritema nodoso clássico e eritema nodoso hansênico.
R:
- Clássico : Paniculite septal sem vasculite.
- Hansênico : Paniculite lobular com vasculite.
Na reação tipo I, em pacientes com hanseníase tuberculóide, as manifestações agudas se caracterizam por:
A) Eritema e necrose das lesões pré-existentes e sintomas gerais;
B) Eritema nodoso, tubérculos e edema das lesões pré-existentes;
C) Eritema e necrose das lesões pré-existentes e tubérculos periorificiais;
D) Eritema das lesões pré-existentes e múltiplas lesões no tronco;
E) Eritema e edema das lesões pré-existentes e novas lesões.
R: E) Eritema e edema das lesões pré-existentes e novas lesões.
Na atualidade, as atividades prioritárias de um programa de contole da hanseníase consiste em:
A) Educação da população e quimioprofilaxia dos Contatos;
B) Diagnóstico e tratamento imediato dos casos de multibacilares e indeterminados;
C) Diagnóstico e tratamento imediato dos casos virchowianos e tuberculóides;
D) Combate ao estigma social e imunoprofilaxia nos grupos populacionais de alto risco;
E) NRA
R: B) Diagnóstico e tratamento imediato dos casos de multibacilares e indeterminados.
Os pacientes de hanseníase virchowiana com Eritema Nodoso recorrente correm o risco de comprometimento sistêmico de tipo:
A) Hepatite tóxica pelo uso continuado de talidomida;
B) Glomerulonefrite difusa e amiloidose renal;
C) Insuficiência renal aguda por vasculite hemorrágica;
D) Desmielinização progressiva consequente às neurites;
E) NRA
R: B) Glomerulonefrite difusa e amioloidose renal.
Entre os principais aspectos da hanseníase indeterminada temos:
A) Lesão hipocrômica com alteração constante da sensibilidade dolorosa e tátil;
B) Lesão ou lesões hipocrômicas e, raramente, alteração da sensibilidade térmica;
C) Lesão ou lesões hipocrômicas com baciloscopia negativa ou positiva (globais) e tendência à evolução para hanseníase virchowiana, tuberculóide ou boderline;
D) Mancha (s) hipocrômica (s), com baciloscopia negativa e boa resposta ao tratamento paucibacilar (6 meses) quando houver 2 a 5 lesões.
E) Lesão hipocrômica, com baciloscopia negativa e tendência a evoluir para hanseníase virchowiana sempre que apresentar mais de 5 lesões.
R: D) mancha (s) hipocrômica (s), com baciloscopia negativa e boa resposta ao tratamento paucibacilar (6 meses) quando houver 2 a 5 lesões.
Entre os principais aspectos da hanseníase virchowiana temos:
A) Lesões em placa, eritematoso, com bordas bem delimitadas e, às vezes, acometimento de vários troncos nervosos;
B) Lesões infiltradas, com bordas mal delimitadas, baciloscopia positiva em quase 50% dos casos e, na maioria dos pacientes, tendência a não responder bem ao tratamento;
C) Lesões infiltradas, eritematoso, acometendo extensas áreas do tegumento e na fase inicial da infiltração, quase sempre com baciloscopia negativa;
D) Lesões infiltradas, eritematoso, bordas mal delimitadas na maioria dos casos, com baciloscopia sempre positiva e boa resposta ao tratamento;
E) Lesões eritemato-hipocromicas, com bordas bem delimitadas, baciloscopia quase sempre positiva e, na maioria dos casos com longa evolução, “fascies leonina”.
R: D) lesões infiltradas, eritematosas, bordas mal delimitadas na maioria dos casos, com baciloscopia sempre positiva e boa resposta ao tratamento.
Para o s pacientes “borderline-borderline” recomenda-se o seguinte esquema terapêutico:
A) DDS - 100mg/dia + clofazimina - 100mg/dia + rifampicina - 600mg por mês e clofazimina - 300mg por mês, durante 2 anos;
B) Clofazimina - 500mg/dia + DDS - 100 mg/dia + rifampicina - 600mg por mês + clofazimina - 300mg por mês, até a negativação da baciloscopia;
C) DDS - 100mg/dia + clofazimina - 300mg por mês + rifampicina - 600mg por mês, durante um ano;
D) DDS - 100mg/dia + clofazimina - 50mg/dia + rifampicina - 600mg por mês + clofazimina - 300mg por mês, durante um ano;
E) DDS - 100mg/dia + clofazimina - 100mg/dia + rifampicina - 600mg/dia, durante dois anos, pois são muitos os casos bacilíferos resistentes às drogas.
R: D) DDS - 100mg/dia + clofazimina - 50mg/dia + rifampicina - 600mg por mês + clofazimina - 300mg por mês, durante um ano.
Foto de criança com lesão na face - principal hipótese diagnóstica:
Granuloma hanseniase infantil
Hanseníase em criança: como trata? E qual a peculiaridade?
Hanseníase nodular da infância: é uma variante de MHT; crianças de 2 a 4 anos; filhos de pais com MHV; baciloscopia negativa; Mitsuda positivo.
Caracteriza-se por pápulas ou nódulos castanhos ou de tom eritemato-acastanhados, únicos ou em pequeno número, e localizam-se, em geral, na face ou nos membros.
No passado, essa forma não recebia tratamento. Hoje, sabemos que ela deve ser tratada com esquema paucibacilar.
Explicar o que é reação hansenica, tipos e qual imunidade esta envolvida.
- O que é? Os episódios reacionais, descritos como fenômenos agudos sobrepostos à evolução crônica e insidiosa da hanseníase. Decorrem do processo inflamatório e resposta imunológica, mediada por antígenos do Mycobacterium leprae, e estabelecem relação com a carga bacilar e a resposta imune do hospedeiro.
- Tipos:
- Tipo 1 ou reversa: th1 (citocinas IL-2 e IFN-y) reação de hipersensibilidade de tipo tardio, em que há aumento da imunidade celular correspondente à reação do tipo IV de Gell e Coombs;
- Tipo 2 ou eritema nodoso: th2 (citocinas IL-1 e TNF-a), mediada por anticorpos e corresponde à reação tipo III de Gell e Coombs
- Imunidade envolvida:
- O que significa PGL-1?
- Quando se solicita a sorologia anti PGL-1?
- Glicolipídeo-fenólico-1
- Pode ser útil para acompanhar o tratamento, e diagnóstico de recidiva.
Diferenças histológicas entre o eritema indurado de Bazin x Eritema nodoso:
- Eritema indurado de Bazin: reação tuberculóide, vasculite nodular, marcada por necrose caseosa com extensão até a derme profunda
- Eritema nodoso: paniculite septal ou paraseptal sem vasculite. Não forma granuloma tuberculóide.
Descreva a clínica da Hanseníase histiocitoide de Wade e do Fenômeno de Lúcio.
R:
- Hanseníase histiocitoide de Wade: variante rara da hanseníase virchowiana. Clinicamente apresenta-se como pápulas, placas, nódulos cutâneos ou subcutâneos firmes, bem definidos, normocrômicos ou eritematoso e brilhantes que acometem com maior frequência face, dorso, proeminências ósseas, membros superiores e inferiores.
- Fenômeno de Lúcio (eritema necrosante): variante do estado reacional hansênico tipo 2, e por alguns até uma classificação de um tipo 3, é caracterizado por ulceração cutânea, trombose vascular e invasão da parede dos vasos sanguíneos pelo bacilo de Hansen. Clinicamente apresenta-se por máculas eritematopurpúricas que evoluem formando escaras, as quais, ao se desprenderem, podem deixar área cicatricial ou não, dependendo da extensão da necrose. Acomete, pés, pernas, mãos, antebraços, coxas e braços.