Micoses Pulmonares Flashcards

1
Q
  1. Quais as micoses estudadas? (dividir entre primárias e oportunistas).
A

PRIMÁRIAS

  • Paracoccidioidomicose –> áreas rurais (umidade e terra)
  • Coccidioidomicose –> áreas mais secas
  • Histoplasmose –> relação com aves
  • Distribuição endêmica; maior prevalência em alguns territórios;
  • Todos são dimorfos

OPORTUNISTAS

  • Criptococose –> Pombos e cavernas
  • Aspergilose –> Construções
  • Pneumocistose
  • Geralmente, ocorre em pctes com algum grau de imunossupressão (ex.: HIV+, DM…)
  • Na suspeita de uma micose pulmonar, sempre investigar se há algum grau de deficiência imunológica.
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Q
  1. Quais as características gerais das micoses pulmonares?
    - Aumento da incidência
    - Condições associadas
    - Portas de entrada
    - Tratamento geral
    - Cuidado com as complicações
A
  • Ultimamente, houve aumento na incidência devido a alguns fatores principais:
  • -> Medicina avançou (mais diagnósticos, mais conhecimento da micologia etc)
  • -> Uso e abuso de antibióticos
  • Algumas micoses pulmonares podem cursar com alterações na pele
  • Podem estar relacionadas a fatores imunológicos
    (ex. : Alterações de linfócitos T, Neutropenia…)
  • De modo geral, as micoses pulmonares dão quadro clínico de infecção crônica
  • De modo geral, todas as micoses por fungos patogênicos primários têm, como porta de entrada a via inalatória; já as causadas por fungos oportunistas podem apresentar outras formas de contágio.
  • Apenas em uma dessas 6 micoses não se tem o Itraconazol como preferência terapêutica: a Pneumocistose
  • Qualquer caso de micose, se desenvolver IRpA, deve entrar com CORTICOIDE
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3
Q
  1. Quais os aspectos relevantes do exame clínico?
A
  • Evolução do quadro
  • Sintomas associados
  • Problemas de saúde (investigar imunossupressão)
  • Lugar de origem
  • Ocupação
  • Hábitos sociais
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4
Q
  1. Paracoccidioidomicose (=Blastomicose Sulamericana)
    - Características específicas
    - Quais os agentes etiológicos?
    - Qual a epidemiologia e a população mais suscetível?
    - Quais os sintomas?
    - Como faz o Diagnóstico?
    - Diagnóstico diferencial
    - Quais as formas clínicas da doença?
    - Como é feito o tratamento?
A
  • CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
  • -> É uma doenças granulomatosa sistêmica (como a TB), sendo que não apresenta necrose caseosa; apresenta disseminação linfo-hematogênica. Acomete principalmente pulmão, pele, mucosas e adrenais.
  • AG. ETIOLÓGICOS
  • -> Paracoccidioides brasiliensis e lutzii (dimórficos)
  • EPIDEMIOLOGIA
  • -> 80% dos casos no Brasil; populações de áreas rurais, exposição a solo e ambiente úmidos; (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte); plantações de café e tabaco; predominante entre 40’s e 50’s anos de idade e no sexo masculino –> ~90% ; (porém forma aguda é juvenil e sem preferência por sexo –> ~10%)
  • SINTOMAS
  • -> Sintomas respiratórios: inespecíficos;
  • -> Gerais: adinamia, anorexia e perda de peso
  • -> Linfadenopatia, lesões em mucosas labial, oral, faríngea, laríngea e traqueal, lesões de pele, acometimento de adrenais. (Importante avaliar esta, em busca de sinais de insuficiência adrenal)
  • DIAGNÓSTICO
  • -> História Clínica Sugestiva + RX tórax (serve mais para a forma crônica) + TC de tórax, abdome e crânio (professora mandou fazer sempre)
  • -> Encontrar o fungo onde o paciente apresenta doença, podendo ser através de Pesquisa direta, Cultura, Biópsia
  • -> Pesquisa direta (escarro, lavado broncoalveolar, secreções das lesões); Cultura (do escarro, aspirado linfonodal ou raspado das lesões cutâneas; porém baixo rendimento); ou Biópsia (cutânea, pulmonar ou linfonodal).
  • -> Exames sorológicos servem mais para seguimento terapêutico;
  • -> Sempre buscar fazer o que for mais fácil e mais efetivo.
  • D. DIFERENCIAL
  • -> Diagnóstico diferencial: sempre fazer com TB (pode também haver associação da TB com a Paracoccidioidomicose - 10% dos casos - )
  • FORMAS CLÍNICAS
    –> Paracoccidioidomicose infecção (não manifesta a doença)
    –> Paracoccidioidomicose Doença
    • Forma aguda/subaguda (tipo juvenil) - 3 a 5%
      Evolução de semanas;
      Lesões pulmonares são menos comuns,
      cursando mais com comprometimento do estado
      geral, febre, adenomegalia (axilar, cervical e
      inguinal), hepatoesplenomegalia e manifestações
      digestivas, osteoarticulares e cutâneas
    • Forma crônica (adulto) - 90%
      Evolução prolongada (pode demorar até 10 anos
      para se manifestar);
      Lesões pulmonares são comuns, podendo haver
      também apresentação em mucosa e pele (úlceras e
      lesões granulomatosas)
    • Forma Sequelar
      Formação de lesões cicatriciais no pulmão pós-
      infecção crônica; são comuns, apresentando
      associação positiva com tabagismo e com TB;
      fibrose progressiva do pulmão e evoluação para
      IRpCrônica.
  • TRATAMENTO
  • -> Itraconazol
    • Forma leve: 6 a 9 meses de tratamento
    • Forma moderada ou grave: 1 a 1,5 ano de tratamento
  • -> Sulfametoxazol: se alteração das enzimas hepáticas
    • Forma leve: 1 ano de tratamento
    • Forma Grave: 1,5 a 2 anos de tratamento
  • -> Outras: Anfotericina B ou Variconazol
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5
Q

Quais as características radiológicas de cada micose pulmonar?

A

PARACOCCIDIOIDOMICOSE
–> Infiltrado reticulonodular peri-hilar, que costuma poupar ápices; lesões simétricas geralmente em campos médios pulmonares (infiltrado tipo asa de borboleta).

COCCIDIOIDOMICOSE
–> Opacidades alveolares e nódulos que cavitam; infiltrado pode ser unilateral. Costuma cavitar.

HISTOPLASMOSE

  • -> Forma aguda: Infiltrados reticulonodulares difusos bilaterais associados a linfadenomegalias hilares também bilaterais. (parece mais com sarcoidose que com TB). Não cavita nem faz derrame pleural.
  • -> Forma crônica: alterações radiológicas mais em lobos superiores; pode apresentar cavidades, imagens cicatriciais com fibrose.

CRIPTOCOCOSE
Nódulos ou infiltrados que raramente cavitam

ASPERGILOSE
Sinal da meia lua (bola fúngica): é patognomônico

PNEUMOCISTOSE
Micronodular difuso sem adenopatias;
Cistos + Vidro fosco

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6
Q
  1. Coccidioidomicose
    - Características gerais
    - Quais os agentes etiológicos?
    - Qual a epidemiologia e a população mais suscetível?
    - Quais os sintomas?
    - Como faz o Diagnóstico?
    - Diagnóstico diferencial
    - Quais as formas clínicas da doença?
    - Como é feito o tratamento?
A

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
–> Micose sistêmica; O fungo cresce no solo saprofiticamente; Inalação de conídeos do solo provoca a infecção. Na maioria dos casos é uma infecção benigna com resolução espontânea (atinge pulmões na minoria dos casos). Acomete principalmente pele e pulmões.

AG. ETIOLÓGICOS

  • -> Coccidioides immitis (California, Texas)
  • -> Coccidioides posadasii (Brasil)

EPIDEMIOLOGIA
–> Regiões secas (paracoccidioidomicose é úmida); trabalhadores da terra, pessoas que caçam e desentocam tatus

SINTOMAS

  • -> Doença arrastada, como na Paracoco…
  • -> Depende da forma clínica

DIAGNÓSTICO

  • -> História Clínica Sugestiva + RX tórax + epidemiologia
  • -> Laboratorial: Pesquisa direta (escarro, lavado broncoalveolar, LCR, exsudato das lesões cutâneas, se houve), Cultura, Biópsia com exame histopatológico. Sorologias (fixação complemento; muito usado); Teste cutâneo indica só exposição prévia.

DIAG. DIFERENCIAL
–> TB

FORMAS CLÍNICAS
–> Pulmonar primária (+ frequente)
Maior parte (60%) cura espontaneamente sem
manifestação nenhuma; e a outra desenvolve
sintomas respiratórios agudos (febre, tosse,
sudorese, dor e lesões de pele). 5% forma cavidades
justapleurais. Regressão espontânea em até 60 dias.
No paciente com imunossupressão, não regride,
podendo evoluir para formas graves, fulminantes.

–> Pulmonar progressiva
* Crônica –> menos sintomática porém mais
persistente uma vez que não regride; doença
pulmonar fibrocavitária (lesões nodulares ou
cavitárias podem existir, como na forma anterior)

–> Disseminada (<1% dos casos)
* Geralmente em imunodeprimidos; disseminada
quando tem também lesão em PELE, SNC, e
Sistema Osteoarticular. Linfadenopatias. Pode
morrer.

TRATAMENTO

  • -> Itraconazol
    • Todas as formas: 3 a 6 meses de tratamento.
  • -> Fluconazol: na recidiva
  • -> Anfotericina B: para forma crônica (casos graves ou forma disseminada); uso intra-hospitalar; 7-14 dias.
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7
Q
  1. Sobre a Histoplasmose
    - Características gerais
    - Quais os agentes etiológicos?
    - Qual a epidemiologia e a população mais suscetível?
    - Quais os sintomas?
    - Como faz o Diagnóstico?
    - Diagnóstico diferencial
    - Quais as formas clínicas da doença?
    - Como é feito o tratamento?
A

CARACTERÍSTICAS GERAIS
–> É a micose pulmonar que mais parece com TB; Sistêmica, com características de granulomatosa; Pele geralmente não acometida. Como na TB, forma um complexo pulmonar primário. Acomete principalmente pulmões e órgãos linfáticos.

AG. ETIOLÓGICO
–> Histoplasma Capsulatum

EPIDEMIOLOGIA
–> Ambientes ricos em dejetos de pássaros e de morcegos (ex.: cavernas, contato com galinheiros, com construções). Principal infecção fúngica em pacientes sob uso de anti-TNFalfa (indicação de acompanhamento com pneumologista nesses pcts).

SINTOMAS

  • -> Em pacientes imunodeficientes, pode haver disseminação linfo-hematopoeiética.
  • -> Depende de intensidade da exposição, da quantidade de esporos inalados e da imunidade do hospedeiro.

DIAGNÓSTICO
–> Pesquisa direta (escarro ou lavado broncoalveolar); Histopatológico; Exames imunológicos (Ag. Histoplasmínico ELISA, para detecção precoce; e testes sorológicos para achar os anticorpos). ; Teste cutâneo com histoplasmina.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  • -> TB miliar
  • -> Sarcoidose

FORMAS CLÍNICAS (classificação da apresentação)
–> Forma aguda
* Remissão espontânea; sendo assintomática ou
oligossintomática.
–> Forma difusa pulmonar
* Linfadenomegalia superficial (menos intensa que na
paracoccidioidomicose) e hepatoesplenomegalia
–> Forma reumatológica e pericardite
* Aguda; resposta inflamatória; dor torácica
–> Forma mediastinal
* Linfadenomegalias com compressão de órgãos importantes (ex.: veia cava, esôfago), produzindo sintomas relacionados a esses órgãos.

–> À radiologia, podem ser classificadas em forma aguda, forma crônica (febre, dor torácica e fadiga) e forma disseminada (febre arrastada, tosse, dispneia, fadiga)

TRATAMENTO

  • -> Precisa tratar a infecção latente por Histoplasmose, para não vir a evoluir para a forma disseminada (como na TB).
  • -> Depende da gravidade e da imunidade
  • -> Forma aguda:
    • Itraconazol: tratamento por 1,5 a 3 meses.
    • Pode resolver espontaneamente
  • -> Forma crônica
    • Itraconazol: tratamento por 1 a 2 anos
  • -> Forma disseminada
    • Anfotericina B depois Itraconazol
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