Câncer de Pulmão Flashcards

1
Q
  1. Qual o tipo mais comum de câncer de pulmão? E quais os outros tipos e metástases?
A
  • O mais comum é o carcinoma broncogênico, neoplasia maligna de origem na mucosa brônquica ou parênquima pulmonar. (90%)
  • Outras neoplasias que não de origem de tecido pulmonar também podem aparecer no pulmão, porém não podem ser chamadas de câncer de pulmão. São estas –> Linfomas, sarcomas, condrossarcomas, mesoteliomas e carcinoides.
  • Tumores de tireoide, intestino, mama, pele (melanoma, cabeça e pescoço) e até do próprio pulmão, apresentam importante potencial de gerar metástases pulmonares.
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2
Q
  1. Qual a mortalidade por câncer de pulmão no mundo?; Chance de cura?
A
  • Desde 2011, é a 7ª. causa de morte no mundo;
  • A chance de cura é maior que ele tem menos de 2cm. –> Porém, o diagnóstico geralmente só é feito quando o tumor já se encontra em estágios avançados.
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3
Q
  1. Os cânceres de pulmão são muito diferentes. A mutação que causou o câncer vai determinar a gravidade da doença e a resposta ao tratamento. Diante disso, quais os tipos histológicos de câncer de pulmão?
A
  • Pequenas células (oat cell/avenocelular)
  • -> O menos prevalente (16%); mas extremamente agressivo
  • -> Mais comum na traqueia e brônquios (metástase rápida, logo formando grandes massas mediastinais)
  • -> Relação muito forte com o tabagismo, relativamente.
  • -> Disseminação extratorácica precoce, disseminação para região central do pulmão, e metástase para SNC e Fígado.
  • Não-Pequenas células
  • -> Adenocarcinoma: o mais prevalente; mais periférico; 30% dos pacientes acometidos nunca fumaram; pior que o seguinte.
  • -> Epidermoide (CEC): central –> atelectasia; relação intrínseca com tabagismo. MEDCURSO diz que é o mais comum em países subdesenvolvidos.
  • -> Grandes células: raro; apresentação periférica.
  • -> Bronquiolo-alveolar: raro; apresentação periférica
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4
Q
  1. Quais as possíveis etiologias possíveis?
A
  • TABAGISMO (80 a 90% dos casos)
    –> 1/3 a 2/3 do restante está relacionado a tabagismo passivo. Apenas cerca de 10% dos tabagistas desenvolvem a doença.
    Obs.: no incentivo à cessação do tabagismo, mencionar disfunção erétil, dentes amarelados, cabelos envelhecidos em mulheres.
    Obs.2: Cigarro eletrônico está associado a maior risco de micobacterioses e de acidentes cardiovasculares.
  • DPOC (fator de risco independente)
  • Pneumopatias fibrosantes
  • Abesto
  • Radônio
  • Poluição ambiental
  • Fatores genéticos (história familiar positiva aumenta o risco em parentes de 1º. grau)
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5
Q
  1. Qual a apresentação clínica de um paciente com câncer de pulmão?
A
  • Assintomático (70% dos casos)
  • 20% apresentam sintomas decorrentes da neoplasia (às vezes, inclusive, o sintoma da metástase aparece primeiro). Ex.: Convulsão (SNC).
  • Sintomas tardios e inespecíficos
  • -> TOSSE;
  • -> Hemoptise;
  • -> Dor torácica (o pulmão não dói, vai doer só quando atinge a pleura)
  • -> Expectoração
  • -> Dispneia
  • -> Perda ponderal
  • -> Sintomas metastáticos, apresentações específicas, síndromes paraneoplásicas.
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6
Q
  1. Sobre as apresentações clínicas específicas, relacionadas ao CA de pulmão, comente sobre a Síndrome da Veia Cava Superior (Fisiopatologia, causas, apresentação clínica)
A
  • Nessa síndrome, vai haver compressão da Veia Cava Superior por linfonodos perivasculares malignos que coalesceram.
  • Pode ter outras causas, como linfoma ou teratoma, mas, na maior parte das vezes, é causado por CA de pulmão de pequenas células.
  • De forma geral, é uma complicação do tumor, mas pode também ser a primeira apresentação do paciente.
  • Apresentação Clínica –> Turgência jugular bilateral, certo grau de circulação colateral, olhos empuçados e rosto pletórico.
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7
Q
  1. Sobre as apresentações clínicas específicas, relacionadas ao CA de pulmão, comente sobre a Síndrome de Horner. (Fisiopatologia, localização, apresentação clínica).
A
  • Nela, há acometimento do núcleo simpático cervical.
  • Quase sempre é por câncer de pulmão do ápice (a localização apical do tumor chama-se tumor de Pancoast)
  • Apresentação clínica –> Ptose e Anidrose unilaterais, e Anisocoria (miose do lado afetado), e, às vezes, acomete o plexo braquial, afetando o braço.
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8
Q
  1. Comente sobre as síndromes paraneoplásicas.

Cite quais são e qual a fisiopatologia

A
  • Os peptídeos produzidos pelo tumor podem gerar consequências (repercussões clínicas) à distância.
  • -> Baqueteamento digital: esses peptídeos induzem o crescimento do periósteo.
  • -> Síndrome de Cushing: peptídeos que mimetizam o ACTH, estimulando a produção do córtex da adrenal. Provavelmente o tumor é de pequenas células.
  • -> Neutrofilia: 30k, 40k até 50k Neutrófilos.
  • -> Policitemia severa: poliglobulia
  • -> Ataxia cerebelar: peptídeo que causa atrofia do cerebelo.
  • É mais comum que o tumor se apresente SEM síndrome paraneoplásica, porém a manifestação destas agilizam o diagnóstico.
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9
Q
  1. Como pode ser feito o diagnóstico do CA de pulmão? (Diagnóstico Não invasivo e Invasivo)
A

NÃO-INVASIVO

  • RX de tórax
  • TC de tórax com contraste (p/ ver massa, vascularização e mediastino)
  • TC com emissão de pósitrons: Glicose radioativa e mapa metabólico; exame caro.
  • PET-CT: Mapa metabólico e tomográfico.
  • Exames de estadiamento (servem para ver metástases fora do campo do tórax):
  • -> Cintilografia/PET-CT
  • -> USG/TC de abdome
  • -> TC/RNM do encéfalo
  • TEM QUE SE PROVAR HISTOLOGICAMENTE QUE É UM CÂNCER –> BIÓPSIA É ESSENCIAL
  • Porém, se, à TC de tórax, vê-se massa espiculada na região da carina, é câncer até que se prove o contrário.

INVASIVO (Amostragem do Tecido)

  • Broncoscopia –> se tumor mais central
  • -> Para poder fazer biópsia endobrônquica, transbrônquica ou de linfonodo (por agulha guiada por USG endobrônquica)
  • Mediastinoscopia –> se múltiplas massas mediastinais
  • Pleuroscopia/Toracoscopia –> se metástases pleurais com derrame
  • Biópsia transtorácica –> se massa grande colada nas costelas
  • Exérese cirúrgica –> quando nódulo pequeno, não biopsia, tira tudo logo.
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10
Q
  1. Como se faz o estadiamento do CA de pulmão?

Como é a relação Estadiamento X Cirurgia?

A
  • Quando de pequenas células, por ser muito agressivo, separa-se apenas em localizado (quando possibilidade de radiação do tumor e de suas metástases linfonodais em um único campo) ou disseminado.
  • -> Faz QUIMIO e RADIO (campo único ou múltiplo)
  • Quando não-pequenas células:
  • -> Estadios IA, IB e IIA: opera bem
  • -> Estadios IIB, IIIA, IIIB e IV opera mal (opera mesmo????)
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11
Q
  1. Comente sobre o tratamento do Câncer de pulmão? (Pequenas células e não-pequenas células).
A

PEQUENAS CÉLULAS
- Quimioterapia (Carboplatina + Etoposide)
+
- Radioterapia

  • Como metastatiza fácil e rápido, cirurgia não cura, por isso que não faz.
  • Prognóstico ruim (3 meses sem tratar e até 8 meses tratando)

NÃO-PEQUENAS CÉLULAS

  • Cirurgia (perspectiva curativa)
  • Quimioterapia (Carboplatina + Paclitaxel)**
  • Radioterapia*
  • Como adjuvância ou se cirurgia não mais possível.
    • Complementa a cirurgia, em adjuvância.
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12
Q
  1. Comente sobre Nódulo Pulmonar? (Conceito, avaliação do risco, interpretações da imagem)
A
  • Opacidade arredondada com menos de 2cm de diâmetro.
  • PODE representar malignidade
  • -> Precisa avaliar características morfológicas, como o tamanho, a presença de calcificações (se ausente, difusa ou em forma de pipoca) e a presença de forma espiculada; e o padrão de crescimento.
  • Avaliar Fatores de risco para câncer de pulmão (tabagismo/carga tabágica, idade, história familiar positiva, história pessoal de câncer…)
  • AVALIAÇÃO DO RISCO DE MALIGNIDADE
  • -> Características do nódulo + características do indivíduo (considerar idade, carga tabágica e história pessoal de câncer).

INTERPRETAÇÕES

  • Nódulo totalmente calcificado: é benigno
  • Existem alguns padrões de calcificação malignos
  • Nódulo em alvo ou com alguns potinhos de calcificação: maligno ou tendência para malignidade
  • Nódulo espiculado: maligno - 90% - (as espículas são vasos linfáticos ingurgitados de células malignas); 1-2cm
  • Nódulo parcialmente calcificado em pipoca: é benigno; só tira se paciente sintomático; 10% risco de malignizar
  • Nódulo inespecífico, não corresponde fidedignamente a nenhuma das características anteriores: não tem como saber.
  • Nódulo inespecífico, porém estável à TC por cerca de 2 anos –> É benigno, relaxa
  • Se tumor/nódulo tem velocidade de duplicação menor que 30 dias: com certeza, não é câncer (tá mais para lesão benigna inflamatória).
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