Memória - teste 1 - teórica Flashcards

1
Q

Quais são os diversos processos envolvidos na aprendizagem/memória?

A

-codificação
-retenção
-recuperação

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2
Q

Sobre a codificação…

A

Depende da atenção (recordo mais facilmente aquilo a que dou mais atenção) e do nível de processamento.

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3
Q

Sobre a retenção…

A

Depende do intervalo temporal (quanto mais tempo decorre sobre um episódio/acontecimento, pior será a recuperação).
O intervalo de retenção é o tempo que decorre entre a aprendizagem e a recuperação.

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4
Q

Sobre a recuperação…

A

Consiste em ir à memória procurar alguma informação. É um tipo de teste/tarefa de memória. Dá-se através da reativação da pista usada na codificação.

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5
Q

O que são pistas?

A

Levam a um alvo que pode ser uma emoção, contexto, palavra, som, aroma…Por vezes não consigo aceder a uma memória pois não estou a aceder à pista correta. Se perdermos a pista, perdemos “chave” de acesso à memória. Quanto mais pistas estiverem associadas, mais fácil a recuperação mas, por outro lado, quantos mais alvo estiverem associados a uma mesma pista, pior será a recuperação. Não há “alvos” sem haver uma pista, mesmo que esta não seja clara. Episódios com maior carga emocional ou recompensas mais interessantes são os mais fáceis de relembrar.

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6
Q

Algumas variáveis que afetam os processos de memória…

A

-atenção
-“guardar” (ou não) no sítio certo
-mecanismos que ajudam a salvar as memórias mais facilmente

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7
Q

Que tipos de aprendizagem existem?

A

Aprendizagem acidental e intencional

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8
Q

Na aprendizagem acidental…

A

-a pessoa não sabe que a sua memória vai ser testada (apenas acontece de aprender alguma coisa enquanto está a realizar uma atividade);
-provavelmente é a aprendizagem quotidiana mais frequente
-o experimentador faz com que a pessoa preste atenção à informação mas sem que esta realize muito esforço para a tentar decorar (podem dar-lhes cover tasks, para orientar a atenção delas para a informação, possibilitando que esta seja guardada na memória de uma maneira não ativa, como organizar os itens em categorias.

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9
Q

Na aprendizagem intencional…

A

A pessoa sabe que mais tarde vai ter que recordar a informação aprendida e, como tal, envolve-se ativamente num processamento mais elaborado, por exemplo, conhecimento que adquirimos aos estudar

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10
Q

Nota que…

A

A intencionalidade da aprendizagem não é sinónimo de melhor recordação relativamente à acidentalidade, pois há coisas que recordo de forma acidental e retenho bem na memória. No entanto, se processar com o intuito de recordar mais tarde a memória vai, provavelmente, ser melhor, porque vou utilizar estratégias que me permitam recordar de melhor forma.
De maneira geral, a aprendizagem intencional é mais eficaz. Contudo, a acidental também pode ser quando é igualmente elaborada.

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11
Q

Explicação para o nosso cérebro não reter determinadas informações…

A

O professor pediu para desenharmos uma moeda de 5 cêntimos, o que levou ou alunos à conclusão de que, a maioria, não sabia como era o aspeto de uma, apesar de estarmos constantemente em contacto com estas moedas. PORQUÊ? Não precisamos de saber o seu aspeto (desenhos, formas, frases, etc…) para a utilizarmos corretamente! Ou sej,a o nosso sistema cognitivo é altamente PARCIMONIOSO (só gasta energia com aquilo que é realmente necessário).

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12
Q

Teoria dos níveis de processamento

A

Níveis de processamento: influência do esforço exercido durante a memorização. Refere-se ao grau em que as pessoas elaboram a informação durante o estudo. Informação processada profundamente é melhor recuperada. A extensão da recuperação pode ser prevista a partir do nível de processamento.

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13
Q

Quais são os dois tipos de processamento?

A

-repetição de manutenção
-repetição elaborativa ou de elaboração

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14
Q

O que é a repetição de manutenção? (tipo de processamento)

A

Leva a processamento superficial e consiste em repetir a informação vezes sem conta. No geral, a evocação não melhora muito e o reconhecimento é apenas ligeiramente melhorado, logo, a exposição repetida a alguma coisa não melhora a memória (processamento artificial).

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15
Q

O que é a repetição elaborativa ou de elaboração? (tipo de processamento)

A

Leva a um processamento profundo, em que associamos informação nova que recebemos com a que já tínhamos guardada em nós, interligando-as e criando novo conhecimento (processamento profundo), informação que recebe menos elaboração é menos processada.

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16
Q

Que tarefas de processamento há?

A

-Superficial
-Intermédio
-Profundo (a auto referência, ou seja, quando associamos algo a nós mesmos, é dos melhores e mais profundos tipos de processamento)

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17
Q

A imagética…

A

Leva a uma melhor recordação pois recriar imagens mentais requer esforço e desencadeia um processamento elaborado e mais profundo, levando a que a capacidade de recordação seja melhor. Isto demonstra que o nível de processamento é importante, mas o tipo de processamento também…Ao adquirir uma informação, a recuperação é melhor se recorrer à imagética.

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18
Q

Porque é que a nossa memória é melhor para imagens do que para palavras?

A

Porque, do ponto de vista evolutivo, a nossa capacidade de processar imagens é muito anterior à de processar palavras, isto é, o nosso cérebro habituou-se a processar melhor a informação através de imagens.

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19
Q

Também é mais fácil…

A

Recordar palavras concretas (e.g. maçã) do que palavras abstratas (e.g. desenvolvimento) pois, ao primeiro caso, podemos associar (mais facilmente) uma imagem.

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20
Q

Teoria da dupla codificação…

A

Formar imagens mentais leva à criação de 2 tipos de códigos:
-código verbal
-código de imagem

Duas pistas (verbal e imagética) associadas ao mesmo alvo facilitam a sua recuperação.

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21
Q

Explica o efeito geração

A

A memória é melhor para a informação que geramos, do que para a informação que apenas vemos, ouvimos ou lemos. A geração causa um processamento elaborativo. Se eu conseguir gerar a minha própria informação, lembro-a melhor. Exemplo: memorizamos muito melhor a matéria se fizermos os nossos próprios apontamentos, em vez de nos guiarmos pelos dos outros, isto porque somos nós a gerar a informação.

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22
Q

Explica o “aha” affect

A

Quando as pessoas resolvem um probelma. Por exemplo, lemos uma frase e, inicialmente, não a percebemos. Ao tentarmos atribuir-lhe um significado estamos a criar uma solução, sendo a nossa memória melhor.

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23
Q

Explica o efeito de realização…

A

Ações realizadas são melhor recordadas do que simplesmente lidas ou observadas em outros (e.g. dobrar um guardanapo). Mais uma vez, porque há um maior nº de pistas associadas ao alvo, o que melhora a memória, como já foi referido.
Exemplo: para um estudo, são me apresentadas, num ecrã, frases com ações, sendo que algumas delas tenho de realizar e outras não; ou então, um grupo de pessoas apenas as lê, e o outro realiza-as (“meter a mão no bolso” - uns apenas leem, outros põem mesmo). A memória é melhor para as frases cuja ação realizei/para as pessoas que fizeram o que a frase diz, pois ao realizar estou a juntar pistas (pistas de movimento, táteis, de textura e peso, etc…)

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24
Q

Explica o efeito de produção

A

Palavras que são ditas em voz alta (gritadas, cantadas) levam a melhor recordação (mais pistas associadas). Também o são (mas menos expressivamente) se forem balbuciadas, soletradas, escritas, digitadas ou lidas por outra pessoa

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25
Q

O que é o processamento automático?

A

Automaticidade da codificação: alguma informação é codificada de forma mais automática, sem que haja intenção clara e sem grande esforço (e.g. localização espacial, tempo ou frequência, sequência ordinal dos episódios recordados).

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26
Q

Quais são as característica dos estímulos?

A

Podem ser:
-nominais: o que o experimentador entende que o estímulo é e o que acha que o participante está a memorizar;
-funcionais: o que o participante identifica e entende como estímulo.

Estes nem sempre coincidem, por exemplo: mostro ao participante uma fotografia de um carro vermelho (que, por acaso, era um ferrari) querendo, como investigador, que a pessoa foque na cor. No entanto, como este é amante de carros, apenas decora que é ferrari.

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27
Q

O que é o efeito se superioridade das imagens?

A

As imagens são melhor recordadas do que as palavras (têm mais pistas associadas). Pois, lidamos com palavras muito tarde na evolução e têm suportes neuronais diferenciados (e as áreas são mais “amplas” para imagens). As imagens são pistas mais prováveis de serem únicas e conterem um nível de detalhe mais elevado. Este efeito é intensificado por imagens dinâmicas (ex: vídeo).

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28
Q

O ser humano recupera mais facilmente…

A

aqueles objetos que são “pegáveis” ou manuseáveis

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29
Q

O que é o efeito de superioridade auditiva?

A

Sons são melhor recordados do que as palavras que os representam (e.g. balir, cacarejar). A memória é ajudada pela imagética auditiva (pois esta pode também gerar uma imagética pessoal, por exemplo: ouço uma ovelha a balir, vou guardar o som associado e a imagética, ou seja, mais pistas para o alvo)

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30
Q

O que é o efeito de concreticidade?

A

Informação concreta é melhor recordada do que a informação abstrata, é ajudada por um código visual ou imagético.

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31
Q

Quais são as 3 dimensões das emoções/estímulos emocionais?

A

-valência: determina a positividade ou negatividade da emoção
-intensidade (arousal): há emoções que aumentam e energia (raiva) e outras que diminuem a energia (tristeza)
-dominância: há emoções que me fazem sentir dominado (tristeza) e outras que me fazem sentir dominante (felicidade).

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32
Q

A memória é afetada pelo conteúdo emocional?

A

Sim, as memórias emocionais são melhor recordadas do que as memórias neutras. As memórias mais emocionais são mais vívidas e contém mais detalhes. Quanto mais importante e intenso o evento, mais ele afeta a memória. Se for extremamente intenso, para o lado negativo, não nos recordamos tão bem, a nossa memória “fecha” - memórias reprimidas.
Quanto mais nos tentamos esquecer, menos lembramos.

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33
Q

O que é o princípio de Pollyanna?

A

-dimensão da valência
Com o tempo, as pessoas (e.g. idosas) acabam por recordar melhor informação positiva - viés positivo.
Em certas circunstâncias, a informação negativa é melhor recordada (e.g. se foi percebido como o episódio mais importante da vida e flashbulb memories)
-flashbulb memories: episódios que tiveram muito impacto na vida das pessoas, de um modo geral. Por exemplo, 11 de setembro, Portugal ganhar o euro 2016. No entanto, o esquecimento não deixa de ocorrer nessas memórias/acontecimentos. As flashbulb memories estudam-se, normalmente, utilizando acontecimentos famosos (no entanto, cada um pode ter a sua).

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34
Q

Frequência e familiaridade…

A

A informação frequente tende a ser melhor recordada do que informação rara; A capacidade de memória depende do tipo de teste que é usado…
-reconhecimento: saber se já vimos determinada coisa antes, é melhor com informação menos frequente. O reconhecimento é mais ou menos fácil, dependendo dos distratores.
-evocação: recordar algo, é melhor quando a informação é frequente.

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35
Q

Explica o trabalho de Ebbinghaus

A

Usou sílabas sem sentido, sendo o sujeito das próprias experiências.
Savings;
Re-aprendizagem:
-mesmo que não estejamos conscientes do conhecimento prévio (não conseguimos recordar as sílabas sem sentido), ele influencia as nossas aprendizagens.
-é necessário menos esforço para aprender uma informação uma segunda vez, depois de ela ter sido esquecida.
Curva do esquecimento;

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36
Q

Que tarefas de recuperação existem?

A

-evocação livre;
-evocação forçada;
-evocação serial;
-evocação guiada ou por pistas;

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37
Q

Explica a evocação livre…

A

Recordação da informação sem constrangimentos, isto é, é apresentada uma informação e a pessoa recorda na ordem que bem entender e tudo o que conseguir. Método bom para descobrir o que é que a pessoa sabe bem.

Indicadores ou medidas obtidas:
-precisão: quanta informação é recordada de forma correta?
-intrusões: informação não apresentada, mas recordada; bom para estudar memórias falsas; os erros que as pessoa fazem seguem certos princípios e, ao estudá-los, podemos perceber melhor como a memória funciona.
-ordem de evocação: acesso à organização da informação (análise de clusters) e interferências acerca da força do traço de memória; informação guardada na memória é recordada primeiro.

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38
Q

Explica a evocação forçada…

A

As pessoas são forçadas a recordar uma determinada quantidade de informação (as pessoas recordam mais do que se fosse numa evocação livre). A informação menos bem guardada é recordada no fim.
Indicadores ou medidas obtidas:
-intrusões

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39
Q

Explica a evocação serial…

A

Recordação da informação pela ordem que foi aprendida ou apresentada. Melhor que a livre pois cada uma das recordações funciona como pista para a seguinte.
Indicadores ou medidas obtidas:
-precisão;
-intrusões

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40
Q

Explica a evocação guiada por pistas…

A

A informação é evocada em resposta a uma pista. As pessoas aprendem conjuntos de informações e, posteriormente, a informação é evocada em resposta a uma pista. As pessoas aprendem conjuntos de informações e, posteriormente, a informação é evocada em resposta a uma pista.
Por exemplo:
sapo-tosta, roupa-casaco…
sapo-?, roupa-?
A pista de recuperação ajuda a perceber e controlar o contexto de codificação (as pistas podem ser mais ou menos associadas ao alvo). Quando eu aprendo um par, a melhor pista para esse par será aquela que foi apresentada inicialmente (a informação foi apresentada em conjunto). A melhor pista para a recuperação é sempre a que foi dada na fase de codificação (relembrar princípio da codificação específica).
As pessoas desenvolvem um “plano de recuperação”, no qual elas próprias criam pistas que as guiam durante a recordação, para evitar que recordem novamente informação que já foi recordada.
Indicadores ou medidas obtidas:
-precisão;
-intrusões;

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41
Q

Sobre a curva de esquecimento (ou de retenção)…

A

Quanto mais tempo passar, menos as pessoas se vão lembrar da informação. A curva do gráfico mostra a quantidade de informação retida ao longo do tempo. Ao longo do tempo, a quantidade de informação esquecida aumenta, mas o ritmo do esquecimento diminui.

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42
Q

O que é a Jost’s Law?

A

Para memórias de força semelhante, memórias mais antigas são esquecidas mais lentamente que memórias mais recentes

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43
Q

O que é overlearning de Ebbinghaus?

A

As pessoas continuam a estudar informação que já conseguem recordar sem erros. Este treino contínuo diminui a curva de esquecimento.

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44
Q

O que é reminiscência (reminiscence)?

A

Recordar informação que já tinha sido esquecida (observa-se em testes de evocação livre, por exemplo)

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45
Q

Hypermnesia

A

Aumento da memória depois das pessoas tentarem recordar várias vezes seguidas a informação. Ocorre porque os pedaços de informação que foram recordados anteriormente podem servir como pistas para recordar a informação que tinha sido esquecida. Este efeito pode ser mais forte do que o efeito do esquecimento. Ocorre mais com fotos e com intervalos de tempos mais curtos.

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46
Q

Nas tarefas de reconhecimento…

A

A pessoa deve identificar uma informação antiga (o conteúdo que estamos a processar é comparado com o conteúdo guardado na memória)

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47
Q

O reconhecimento velho-novo (old-new) consiste em…

A

Identificar se um item e velho (foi estudado, está guardado na memória) ou novo (não guardado ou retido na memória)
Old item: correspondem aos alvos
New item: são os distratores

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48
Q

Diferencia hit, false alarm, miss, correct rejection

A

Hit: reconhecimento de velho estímulo (digo sim a um estímulo que já vi)
False alarm: reconhecimento de um estímulo novo (digo sim a um estímulo que nunca vi)
Miss: não reconheço um estímulo velho (digo não a um estímulo que já vi)
Correct rejection (digo não a um estímulo que nunca vi)

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49
Q

O que é a discriminação?

A

Capacidade de distinguir itens novos e velhos na memória

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50
Q

O que é o Bias?

A

Grau de disposição das pessoas para aceitar o que é relembrado como novo ou velho. Algumas pessoas só aceitam informação nova quando têm a certeza absoluta que nunca a viram antes, para evitar falsos alarmes (estado conservativo). Noutros casos, há pessoas mais dispostas a reconhecer toda a informação como velha, para evitar omissões (estado liberal).

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51
Q

Sobre o reconhecimento velho-novo…

A

O reconhecimento da escolha forçada ocorre quando são apresentados vários itens a uma pessoa em que ela tem que indicar qual é que é o velho.
O pior dos erros é o false alarm: é melhor um criminoso à solta do que um inocente preso.
No reconhecimento, ponderar hits e false alarms é muito importante. Alguém com 90% de hits e 10% de false alarms, tem boa memória. Alguém com 80% de hits e 80% de false alarms tem péssima memória (não é capaz de distinguir entre alvos e distratores)

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52
Q

O que é a cronometria mental?

A

Tempo necessário para realizar algumas operações mentais. As operações mais complexas demoram mais tempo.

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53
Q

Tempo de respostas…

A

As diferenças de tempos de resposta são informativas acerca da natureza dos processos envolvidos.
TRSimples=[1E-1R]
TRComplexos=[2E-1R]

Todos os humanos respondem mais rápido aos estímulos auditivos. Demora menos tempo um estímulo auditivo a chegar ao córtex auditivo do que um estímulo visual a chegar ao córtex visual. Se for acrescentando complexidade às tarefas, o tempo de resposta é mais longo. Se diminuir a complexidade das tarefas, o tempo de resposta é mais curto.

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54
Q

O que é o método subtrativo de Donders?

A

Existem 2 tarefas simples (A e B) numa primeira fase. Numa segunda fase, acrescentam a tarefa de interesse e ficamos com as 3 tarefas (A,X,B). Para calcular o tempo que precisas para X, fazes:
X=(A+X+B)-(A+B)
Quando não há uma decisão a realizar, o tempo de resposta é mais reduzido.

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55
Q

O que é o método aditivo de Sternberg?

A

Na primeira fase começa-se já com a tarefa de interesse e mais duas simples (A,X,B); na segunda fase, acrescentam mais uma tarefa, que torna o processo mais complexo (X’) e ficas com 4 tarefas (A, X, X’, B). Para calcular o X que te interessa fazes X=(A+X+X’+B)-(A+X+B)

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56
Q

O que é eye tracking?

A

Informa ao investigador o que as pessoas estão a ver e por quanto tempo. O tempo gasto a olha para algo chama-se fixação e pode indicar se isso já está armazenado na memória (se conhecemos algo passamos menos tempo a observá-lo).

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57
Q

O que é a análise de clusters?

A

Informação que é armazenada em conjunto deve ser recuperada em conjunto. A forma como alguém agrupa a sua memória dá-nos a perceber como funciona a sua organização, que conceitos estão “próximos” uns dos outros. Pode ser um indicador do tipo de processos que utilizamos para organizar a informação e para a recuperação, por exemplo.
Intervalos de retenção inter-itens: pausas mais longas indicam uma mudança de cluster para o seguinte.

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58
Q

O que é a metamemória?

A

Avaliação individual da própria memória (e.g. como decido que é o momento de deixar de estudar?)
Relatos verbais:
-as pessoas desconhecem muitos processos mentais
-os relatos fornecem insight sobre a experiência consciente (e.g. julgamentos “remember (lembro-me daquilo que aconteceu) vs “know” (não me lembro, mas sei por causa de relatos)
-hindsight bias: tendência para distorcer as nossas memórias de forma a estas corresponderem àquilo que conhecemos ou às circunstâncias em que nos encontramos

59
Q

O que é a memória implícita?

A

Refere-se a memórias e processos da memória que são inconscientes.
Nem sempre os efeitos do processamento dão recuperáveis através de uma medida direta de memória (evocação e reconhecimento)
Por vezes, posso não me lembrar de alguma coisa mas isso pode continuar a influenciar os meus comportamentos.

Há informação que só pode ser acedida de forma indireta:
-caso das amnésias;
-a memória para informação processada durante a anestesia
-as tarefas que não recorrem ao episódio de processamento

60
Q

Exemplificando a memória implícita e explícita…

A

É apresentado um conjunto de palavras.
Uma tarefa de memória explícita seria uma tarefa em que, no final da apresentação, a pessoa tivesse que as recordar (tratar-se-ia de uma evocação/memória explícita).
No entanto, se quisermos proceder a um teste de memória implícita, temos que dizer o seguinte às pessoas: “escreva a primeira palavra que lhe vier à cabeça: LA—, MA—.

61
Q

Explica o modelo modal

A

O modelo modal de memória de Atkinson & Shiffrin baseia-se em 4 componentes:
-registos sensoriais
-memória a curto-prazo
-processos de controlo (mecanismos de manipulação da informação na mcp): repetição, elaboração, inibição…
-memória a longo prazo…

62
Q

O que é a memória icónica?

A

Registo sensorial para informação visual. A representação mental do estímulo visual é designada por “ícone”. Tem em conta a natureza da informação visual (relativa estabilidade da informação e acomodação dos movimentos oculares).

63
Q

O que é a capacidade apreensão na memória icónica?

A

Trata-se da capacidade de recordação que a nossa memória icónica consegue reter. Ocorre em paralelo (conseguimos processar várias coisas em simultâneo).

64
Q

O que é a técnica do relato total e técnica do relato parcial na memória icónica?

A

Segundo a experiência de Sperling, se for utilizada a técnica de relato total (o participante tem de recordar tudo o que conseguir, sem instruções), a capacidade da memória icónica é de 4 ou 5 itens, mas se for utilizada a técnica de relato parcial (ou seja, é dada uma pista específica para que seja relatada uma informação específica), a capacidade da memória icónica melhora.

65
Q

Quais são as características da memória icónica?

A

Duração: 250ms
Capacidade: muito grande
Esquecimento: declínio do traço com o decurso do tempo
Código de registo: visual

66
Q

O que é a perceção anortoscópica na memória icónica?

A

Um efeito da memória icónica é a distorção que esta faz da realidade (“vemos mais do que aquilo que as coisas são”). Ocorre pois as pessoas integram informação que está na memória icónica para reestruturar ou completar objetos.

67
Q

O que é trans-saccadic memory na memória icónica?

A

Fixação: quando o olho para fixo nalguma coisa. Processamos informação durante a fixação.
Sacada: movimento normal do olho. Vamos integrando informação durante as sacadas.
Este tipo de memória acompanha as características normais dos objetos, daí conseguirmos notar quando há alterações.

68
Q

O que é a cegueira atencional na memória icónica?

A

Nós detetamos a mudança no mundo visual com muita dificuldade. São alguns exemplos:
-objetos que surgem
-objetos que desaparecem
-objetos que mudam de posição ou forma
-pessoas que mudam
Para além disso, é mais fácil reparar numa mudança de objeto se este “pertencer” ao espaço, do que se este for um “intruso”.

69
Q

O que é a memória ecoíca?

A

É uma memória sensorial auditiva. Tal como a icónica, a memória ou é esquecida, ou é passada para a memória a curto-prazo. A informação é processada uma a uma, isto é, serialmente (ao contrário do que acontece na icónica), o que implica chunks de informação maiores e que têm de ser retidos durante mais tempo para depois conseguirmos dar sentido ao que ouvimos.

70
Q

Quais são as características de memória ecoíca?

A

Duração: 4000ms (4s)
Capacidade: muito grande
Esquecimento: declínio do traço com o decurso do tempo
Código de registo: auditivo

71
Q

Quais são as duas visões opostas e em discussão acerca da memória a curto-prazo?

A

1: É um sistema de memória independente em que diferentes áreas cerebrais lidam com diferentes memórias que se organizam a partir de diferentes “intervalos de retenção”

2: a MCP é a porção da MLP que está ativa num determinado momento em que há um contínuo de disponibilidade da memória

72
Q

A memória a curto-prazo…

A

Processa e retém informação para além dos registos sensoriais: processo consciente. A memória a curto-prazo tem capacidade muito limitada, porque tem um único objetivo: manter a memória durante algum tempo (não muito), para enviar para a MLP, ou a utilizar de imediato. Tem uma duração curta (12-30 segundos).

73
Q

Como se mede a memória a curto-prazo?

A

Através da AMI (amplitude da memória imediata), que corresponde à capacidade de informação que consigo reter na memória a curto-prazo. AMI = A+B/C
A=extensão mais elevada com todas as sequências certas
B=nº de restantes sequências certas
C=quantas sequências certas existem em cada extensão

74
Q

Qual é a capacidade da memória a curto-prazo?

A

-7 +/- 2 chunks de informação
-um chunk é uma unidade com muito significado e muito flexível
-o treino no chunking leva à perícia, o que pode facilitar o armazenamento na MCP
-quantos mais chunks, melhor a retenção
-atualmente esta definida como 4 +/- 1 chunk de informação (as estimativas anteriores refletem diferentes critérios.

75
Q

Qual é a duração da MCP?

A

18 segundos

Deve-se ao declínio do traço ou porque há interferência constante? Esquecemos porque passa tempo ou porque que estamos sempre a processar nova informação, o que dificulta a recuperação de informação mais antiga

76
Q

O que é sinestesia?

A

Experiências sensoriais involuntárias adicionais, para além das normais. Exemplo: uma pessoa pode sentir cores enquanto lê

77
Q

Descreve o paradigma de Brown-Peterson

A

15 segundos deve ser o limite da MCP…

Neste paradigma é apresentado um dígito e o participante tem que começar uma contagem retrógada (por exemplo: 260, 257, 254). Ou seja, há um intervalo de retenção, mas que é preenchido com uma tarefa que impede a repetição (interferência). Quanto maior o intervalo de tempo, pior a MCP.
A questão que surge é: isto será apenas o efeito de intervalo de retenção ou, também, dos participantes terem que estar a pensar em outros números, ocorrendo uma interferência?

Mais interferência conduz a mais esquecimento. Itens processados inicialmente tornam mais difícil recordação de novos itens que os sucedem (já existe informação prévia a interferir na recordação da nova).

78
Q

O esquecimento na MCP pode ser devido à interferência…

A

-a capacidade da MCP é muito limitada
-itens processados inicialmente tornam mais difícil a recordação de itens recentes que lhes sucedem
-nos ensaios ou itens iniciais do paradigma de BP quase não há esquecimento

79
Q

Interferência: Waugh e Norman…

A

Quanto maior for o nº de interferências, menor o desempenho.
Quando se apresenta mais rápido, a recuperação é maior pois a informação foi apresentada há menos tempo.

80
Q

A busca na MCP…

A

Ocorre em PARALELO: a informação presente na MCP está toda disponível e procura-se várias informações em simultâneo. Como se procura tudo ao mesmo tempo, o tempo de resposta de “sim, está aqui” ou “não, não está aqui” é igual

É SERIAL: ocorre quando se procura a informação da MCP item a item e para-se ao encontrar o item de interesse. Quanto maior o set em que estamos a procurar, mais tempo demora a resposta. A resposta de “não” demora mais que a de “sim, está aqui”, pois é necessário chegar ao final da sequência para chegar à conclusão que o item que procuramos não está presente.

É SERIAL e EXAUSTIVA: a MCP é percorrida item a item, mas apenas depois de toda a informação ser verificada é que é dada uma resposta. Logo, as respostas de “sim” e “não” demoram o mesmo tempo.

81
Q

Então, afinal, qual é o modo de busca na MCP?

A

Se a busca for paralela: as linhas deviam ser planas num determinado tempo de resposta.
Se a busca for serial interrompida: as respostas “não” deveriam demorar sempre mais tempo do que as “sim” para a mesma extensão.

Concluindo, a busca na MCP é, de facto, serial exaustiva: os tempos de resposta deverão ser idênticos e crescentes para respostas “sim” e “não”

82
Q

Sobre a curva de posição serial…

A

Obtém-se, unicamente, em tarefas de evocação livre;
Manifesta 3 zonas independentes (curva não unitária);

Efeito de recência: por serem informações obtidas há menos tempo (e, por isso, mais prováveis de ainda estar na MCP), estas sofrem menos efeito de interferência (haver menos informações entre a apresentação da informação e a tarefa de evocação), os últimos itens de um conjunto de informações, são também melhor recordados. Este efeito pode ser comprometido pelo Efeito de Sufixo (quando informação extra é apresentada no fim da lista).

Efeito de primazia: os primeiros itens de um conjunto de informações têm mais oportunidades de serem “ensaiados” (por exemplo, através de repetição) e, por isso, passarem para a MLP, pelo que temos melhor memória para estes…

Intermédia: influenciada pela extensão da lista, quanto maior for a lista, mais tenho dificuldades a recordar os itens que estão no meio.

A curva de posição serial ajuda a entender se há mesmo uma MCP e uma MLP.
Dissociação: dupla: há casos em que a MCP é afetada e a MLP não e há casos em que a MLP é afetada e a MCP não (se perder a MCP, deixo de conseguir fazer aprendizagens novas);
Experiência;

Se as palavras forem ditas, melhor será a recência e a curva de posição serial será mais acentuada do que se as palavras forem visualizadas. Pois, a memória sensorial auditiva dura mais tempo do que a memória sensorial visual.

Efeito da recência a longo prazo: recordamos melhor episódios mais recentes do que episódios mais longínquos no tempo.

83
Q

Recordação na ordem ou serial…

A

Por vezes, a recordação na ordem é importante..e.g número de telefone, indicação de uma rua.
Outras vezes, as pessoas têm mesmo que recordar…e.g relato de um acontecimento testemunhado…

A MCP não armazena apenas as informações, armazena também a ordem na qual estas foram recebidas que, em certos casos, mostra-se importante (mesmo quando esta ordem é esquecida, a informação tende a ser recordada de forma sistemática, com base na mesma).
Se a ordem for esquecida, a informação mais recente será similar à mais antiga…e.g. efeito da pandemia na distribuição temporal das memórias.

84
Q

Quais são as 3 propostas de explicação para a organização e recordação da ordem na MCP?

A

São:
-modelos de encadeamento
-modelos ordinais
-modelos de posição

85
Q

Explica o modelo de encadeamento…

A

-a ordem é armazenada com o item (em cadeia)
-os itens são recordados em sequência porque há associação entre as posições seriais e os estímulos…e percorrer a cadeia produz a recordação serial.

A evocação deveria ser interrompida se um item não fosse evocado:
-modelo contradito pelo efeito de recência…mesmo que os dígitos do meio não se recordem, os últimos são recordados.
Pode ser reparado com recurso a associações remotas ou fracas e itens esquecidos semelhantes ou associados.

86
Q

Explica o modelo ordinal…

A

Definido por valores relativos. Existem 3 tipos:
-perturbação (hierarquia de chunks), inibição (inibição da ativação de um item anterior) e cegueira da repetição (memória pior para um item repetido)

87
Q

Explica os modelos posicionais…

A

A ordem dos itens está associada à sua posição numa dada sequência de informações

88
Q

No modelo de Baddeley de memória de trabalho…

A

Existe um executivo central (“centro de controlo”), é o que decide qual é a quantidade de atenção que vou dedicar a esta tarefa, o que permite identificar a quantidade de recursos que tenho de alocar. Há tarefas que têm de ser feitas uma de cada vez por serem difíceis e outras que consigo realizar 2 ou 3 ao mesmo tempo…
Baseia-se em 3 subsistemas:
-loop fonológico: informação verbal e acústiva;
-bloco de notas visuo-spatial: informação visual e espacial
-retentor episódico ou episódico “Buffer”: associação de informação de várias fontes e ligação à MLP

89
Q

Que tipo de processo ocorre no loop fonológico? Quais são as duas componentes do mesmo?

A

É um processo automático;
Dois componentes do loop fonológico:
-registo fonológico a curto prazo: é a via de entrada no componente, a informação fonológica decai com o tempo (“ouvido interno”)
-loop articulatório: repetição articulatória para manutenção ativa da informação (“voz interna”)

90
Q

Quais são os efeitos do loop fonológico?

A

Efeito do tamanho das palavras: a capacidade de memória é maior para as palavras mais pequenas do que para palavras com uma extensão maior
-extensão da palavra: casa vs habitação
-palavras mais pequenas podem ser repetidas mais vezes no mesmo espaço de tempo…e a repetição favorece a retenção a curto prazo;

Efeito da supressão articulatória: o processamento de palavras é corrompido ou dificultado pela supressão articulatória (repetição continuada de informação simples…abc, abc, abc, abc…) pois ele requer repetição (interna)

91
Q

Sobre o bloco de notas visuo-espacial…

A

Processamento de informação visual e espacial…
visual: cor, tamanho, forma…
espacial: orientação espacial, localização, posição relativa..

O seu desempenho varia em função da complexidade espacial… não é perturbado por distratores verbais, sendo corrompido por distratores espaciais
E.g. blocos de corsi

Quando estou a realizar 2 tarefas ao mesmo tempo…
-se as duas forem espaciais, são ambas prejudicadas
-se uma for verbal e outra espacial, não há interferência

92
Q

Que tipos de tarefas de avaliação do bloco de notas visuo-espacial existem?

A

-manipulação de imagens mentais;
-scanning ou varrimento mental;
-rotação mental..o tempo que é necessário para reconhecermos que dois objetos são iguais ou espelhados é uma função linear para dar uma resposta

93
Q

Retentor episódico ou episódico de Buffer…

A

É um componente mais recente e ajudou a responder a algumas dificuldades do modelo inicial - como se processa a ligação da memória de trabalho à MLP?

A informação multimodal é associada de forma a criar traços episódicos (processamento multimodal):
-auditivos e fonológicos;
-visuais e espaciais;
-memórias a longo-prazo.

A forma como a memória de trabalho se liga à MLP é através deste retentor episódico. A informação é agregada no retentor episódico…é o binding que cria o traço de memória episódica:
-rica em detalhes e multimodal;
-situada num tempo e contexto;
-com conteúdo autobiográfico, posso relacionar-me melhor com determinada informação, dependendo das minhas experiências

O episódico Buffer é o único componente que se relaciona com a MLP

94
Q

O papel da atenção…

A

A atenção é um processo que está presente e sustenta todos os processos cognitivos. Pode ser de vários tipos:

Quanto ao foco:
-focal: capacidade que tenho de me focar/concentrar em determinada tarefa;
-distribuída: capacidade que tenho de realizar 2 tarefas em simultâneo, geralmente, ocorre com as tarefas que tenho mais facilidade. Há sempre uma que sai prejudicada e aquela que consideramos mais importante é realizada com mais atenção
-sustentada: capacidade de manter a vigilância durante algum tempo

Quanto ao desencadeamento:
-Bottom-up: atenção desencadeada pelos estímulos (e.g. som de uma ambulância)
-top-down: atenção desencadeada pelo percipiente (e.g. motivação para ouvir uma aula)

95
Q

Relativamente ao executivo central:

A

É o centro de controlo da memória de trabalho:

manipula o conteúdo dos sub-componentes (ou sistemas escravos) e dedica-lhes recursos (e.g. atencionais):
-é a vertente atencional da memória de trabalho
-associado ao funcionamento executivo - função do lobo pré-frontal

é o componente mais complexo e ativo da memória de trabalho:
-lesões no córtex frontal podem afetar a memória de trabalho por alteração da funcionalidade da atenção

Não tem uma medida de atenção muito fácil de medir.

96
Q

Em que consiste o modelo de processos embutidos de Nelson Cowan?

A

A memória de trabalho não é independente ou separada da MLP.
-a memória de trabalho é a parte ativa da MLP
-componentes: executivo central e foco de atenção

97
Q

Em que consiste o modelo de controlo atencional de Randall Eagle?

A

WMC=working memory capacity
Os conteúdos da memória de trabalho são ativados através da atenção momentânea. A memória depende da quantidade de recursos que consigo utilizar na realização da tarefa e na capacidade que tenho para inibir aquilo que não é relevante (controlo atencional).

Componentes do processo atencional:
-objetivo ou foco da atenção: envolve a análise de quantos processos ou tarefas estão ativas e avaliação do que pode ainda ser realizado em simultâneo.
-controlo da atenção: forma como a atenção é controlada e dirigida para que as tarefas em curso sejam concretizadas com sucesso.

Explicações:
Porque não conseguios realizar bem 2 tarefas?
-desequilíbrio na distribuição de recursos atencionais;
-limites da capacidade de memória de trabalho (maior WMC melhor consolidação, melhor recuperação e menos interferência)

98
Q

O que são as medidas de memória a curto-prazo?

A

Tarefas simples de amplitude (e.g. amplitude de dígitos): recordação na ordem direta, só requer processos de retenção

99
Q

O que são as medidas de capacidade de memória de trabalho?

A

Tarefas complexas de amplitude: envolve tanto a retenção como o processamento (dois processos)
e.g. recordação na ordem inversa da tarefa de amplitude de dígitos

100
Q

Quais são 3 tarefas de medida de capacidade da memória de trabalho?

A

-amplitude de leitura (daneman&carpenter)
-operation span task OSPAN (turner&eagle)
-N-BACK

101
Q

Explica a amplitude de leitura de Daneman&Carpenter

A

Leitura de frases em voz alta (2 a 6):
-“descemos a avenida da liberdade e ao fundo vimos o Teatro Nacional”
-“entramos na sala de aula e estava apenas uma cadeira vazia”

Tarefa: recordar a última palavra de um conjunto de frases. O participantes leem (processo) e recordam as palavras (retenção)

102
Q

Explica Operation Span Task (OSPAN) de Turner &Eagle

A

É uma tarefa altamente diferenciadora e é a mais utilizada para medir a memória de trabalho. As pessoas avaliam a exatidão de operações seguidas de uma palavra
-(7x2)-3=12 Certo/Errado LAGO
O problema é lido em voz alta e o participante diz se a operação está certa ou errada

Tarefa: as palavras devem ser recordadas:
-os participantes resolvem problemas (processo) e recordam as palavras (retenção)

103
Q

Explica as tarefas de N-BACK

A

São apresentadas sequências de itens (2-back)

Tarefa:
-indicar se n posições (n-back) atrás as letras eram iguais
-(2-back)>(3-back)>(4-back)

Quanto maior for o “n”, mais difícil a tarefa: 4-back é mais difícil que 3-back e assim progressivamente…

104
Q

Ideias gerais sobre o conteúdo das memórias episódicas

A

É a memória para acontecimentos que experienciamos. Baseia-se na capacidade que temos de recordar episódios/acontecimentos específicos da nossa vida.

105
Q

Viagem mental no tempo…

A

A memória episódica envolve viagens no tempo mental até eventos que são diferentes do momento atual e se concentram em experiências individuais. Permite-nos viajar no tempo, para trás e para a frente…colocando-nos nesses momentos. Associada à ideia de consciência auto-noética (autoconsciência que permite ao indivíduo a reflexão do próprio conteúdo da memória episódica).
Estas podem ser associadas a conhecimentos específicos e podem ser memórias episodicamente mais completas ou apenas detalhes. Exemplo: a 1ª sessão de boas vindas na UM.

106
Q

Curva de posição serial…

A

As memórias episódicas são influenciadas pela ordem em que as coisas foram aprendidas, mostrando uma curva de posição serial, e sofrendo, por isso, os efeitos de primazia e recência a longo prazo. A primazia e a recência devem-se à distintividade contextual. A recência reflete também a curva do esquecimento (declínio do traço) e um menor efeito de interferência (retroativa).

107
Q

Níveis de representação da memória episódica…

A

Também captam informação em múltiplos níveis de representação. Estas representações podem adquirir 3 tipos de formato:
-formato superficial
-formato textual/significado
-modelagem mental

108
Q

Explica o formato superficial

A

-memória verbatim (a informação literal do texto);
-rapidamente esquecida (alguns segundos ou minutos);
-exemplo: verde, branco, roxo

109
Q

Explica o formato textual/significado…

A

-representação abstrata do texto;
-memória mais ideográfica (as ideias básicas do texto);
-recordadas por mais tempo, mas também sujeitas a esquecimento;
-exemplo: cores;

110
Q

Explica a modelagem mental…

A

-memória com referentes ou referencial temático (corresponde à imagem criada);
-recordada após longos períodos de retenção;
-exemplo: cores do movimento gay

111
Q

Para recorrer à memória podemos recorrer a pistas que podem ser…

A

Pistas de conteúdo: informação acerca do próprio episódio, por exemplo, alguém da nossa família conta um episódio de que não nos lembramos mas, de repente, uma palavra faz-nos lembrar alguns detalhes e a memória acaba por ser recordada (ou reconstruída)

Pistas contextuais: circunstâncias da experiência vivida. Quanto mais específicos e sobreponíveis (pista estar presente no momento da codificação e da recordação) os conteúdos de uma memória, tanto melhor e mais precisa será a recordação. Exemplo: voltamos a um lugar onde já estivemos antes e muita informação, de que não nos recordamos, surge na nossa memória.

112
Q

Como ocorre o esquecimento de memórias episódicas?

A

O esquecimento ocorre por perda de pistas, ou pela perda da associação “pista-alvo”: sem as pistas certas a recuperação torna-se mais difícil, no entanto, com a apresentação das pistas certas, memórias episódicas outrora esquecidas podem ser reavivadas. Quanto menos memórias corresponderem a uma determinada sugestão, mais a probabilidade de a lembrança ser bem-sucedida (pista diagnóstica)

O processo de recuperação é muitas vezes dirigido pelos conteúdos:
-o que vos faz recordar a palavra “vírus”?
-o efeito de auto-referência (A melhor pista sou EU!)

As pistas ativam traços com conteúdos específicos, quanto mais específicas e únicas, tanto melhor e mais precisa será a recordação.

Exemplo: se almoçamos no mesmo lugar todos os dias, alguém tentar-nos lembrar de um evento informando esse local não será muito útil, porque isso não é uma informação de diagnóstico. No entanto, se nos for indicado um lugar onde apenas almoçamos uma vez, isso selecionará apenas uma única memória e será mais eficaz.

113
Q

Relativamente ao contexto…

A

Alterações no contexto podem indicar novos eventos episódicos (são pistas)

Tipos de pistas contextuais:
-contexto interno: exemplo: o estado emocional em que nos encontramos quando guardamos essa memória:
-contexto externo: exemplo: o local em que processamos a informação.

Por vezes, são usados vários contextos em simultâneo de forma a que a recuperação da memória seja mais precisa ou detalhada.

114
Q

Princípio da codificação específica

A

Codificação específica: a recordação é melhor quando os contextos de codificação e recuperação são os idênticos (ou similares)
-o contexto é incorporado no traço de memória e funciona como pista
-o papel da atenção ao contexto

Reinstalação do contexto: quando as pessoas recuperam um dado episódio mental e imageticamente, a memória é melhorada
-vantagem mnemónica desta técnica na recordação de detalhes episódicos
-aplicação em entrevistas a testemunhas (e.g. entrevista cognitiva)

115
Q

O que é a memória dependente do estado?

A

A memória melhora quando o estado interno ou as emoções são iguais no momento de codificação e no momento de recuperação. Exemplo: quando estou triste recordo melhor palavras que aprendi quando também estava triste.

116
Q

O que é a memória congruente?

A

A memória melhora quando o conteúdo a recordar tem a mesma conotação emocional daquela que está a ser sentida no momento, independentemente do conteúdo emocional sentido no momento da codificação.
Exemplo: quando estou triste recordo melhor palavras negativas.

117
Q

Transferência apropriada de processamento…

A

A memória é melhor quando as estratégias de recuperação se assemelham às que são usadas na codificação (e.g. saber que o teste vai ser com perguntas de desenvolvimento)

-processamento “profundo” leva a melhor memória para tarefas que são baseadas no significado (e.g. evocação)
-processamento “superficial” leva a melhor memória para tarefas baseadas na forma (e.g. completamentos de…)

A memória explícita é auxiliada pela codificação conceptual ou profunda, enquanto a memória implícita é auxiliada pela codificação perceptiva ou superficial.

118
Q

A memória episódica é fortalecida/maximizada pela…

A

Repetição, prática e treino…
Efeito de repetição: quanto mais uma pessoa é exposta à informação, maior a probabilidade de esta ser lembrada.

119
Q

Que tipos de prática existem?

A

Prática massificada ou concentrada: quando há um único e longo período de estudo;
Prática distribuída ou espaçada: ocorre quando o esforço é distribuído por vários períodos de estudo.

Mantendo tudo constante, a memória segue melhor a prática distribuída do que a prática em massa e, quanto maior for o espaçamento entre as práticas distribuídas, melhor a memória.

120
Q

Como se explica o efeito positivo da prática distribuída?

A

Consolidação: não há tempo suficiente para a consolidação ocorrer durante a prática massificada;

Processamento deficiente: a atenção dedicada ao processamento na prática concentrada é menor, por exemplo, perda de vigilância (ou habituação)

Diversidade contextual: na prática distribuída o contexto (interno e externo) tem maior possibilidade de variação, favorecendo a diversidade de pistas. Novos conhecimentos podem ser acomodados em aprendizagens anteriores consolidadas.

121
Q

Que cronogramas de prática existem?

A

Cronograma uniforme de prática: há um atraso consistente entre os períodos de estudo (estudar a cada sete dias);

Cronograma em expansão: há atrasos crescentes (um dia, três dias, seis dias, 12 dias, etc…)

Cronograma de contratação: há atrasos decrescentes (sete dias, seis dias, cinco dias, quatro dias, etc…)

122
Q

A prática em massa…

A

-Não permite a consolidação completa (exemplo: falta de tempo)
-Menor variabilidade contextual
-Promover menos esforço: a atenção dedicada ao processamento é menos (por habituação ou perda de vigilância)
-Menos oportunidades de ligar o conhecimento a memórias anteriores
-Não permite a existência dos horários de prática.

123
Q

A prática distribuída…

A

-Maior consolidação
-Maior variabilidade contextual
-Maior esforço (maior atenção dedicada)
-Mais oportunidades de ligar o conhecimento a memórias anteriores (maior recuperação)
-Expansão dos horários de prática

124
Q

Sobre-aprendizagem

A

Depois de ser conseguida uma recuperação perfeita, o re-processamento da mesma informação leva à sobre-aprendizagem (e.g. músicos treinam vezes sem conta…)
Exemplo: experiências de Ebbinghaus
Quando a informação memorizada continua a ser praticada, sobre-aprendizagem ocorre, fortalecendo as memórias e aumentando a resistência ao esquecimento. Estas memórias estabilizadas ficam armazenadas na “permastore”. Uma memória permastore é uma memória extremamente longa ou duradoura que se forma após uma aprendizagem, formação ou experiência extensiva.

125
Q

Como se manifesta a sobre-aprendizagem)

A

-o tempo de recuperação da informação sobre-aprendida diminui;
-o esquecimento é menos pronunciado

126
Q

O efeito de testagem é uma outra forma de prática…

A

Aplicação:
-S-S-S-S (study-study-study-study)
-S-T-S-T (study-test-study-test)

Efeito te testagem:
-a longo prazo, a memória é melhor se as pessoas se testarem em vez de só estudarem
-testar implica uma nova recuperação da informação retida.

127
Q

O que faz a testagem repetida?

A

-Reduz a taxa de esquecimento da informação (a informação não é esquecida tão abruptamente)
-Reduz a interferência proativa (é um tipo de esquecimento muito presente no quotidiano)
-Força o processamento mais elaborado (as perguntas são pistas semânticas para as respostas)
-Promove a organização da informação (responder permite a organização de clusters)

128
Q

Qual a diferença entre organização e distintividade?

A

Organização: ligar memórias umas às outras
Distintividade: separa memórias umas das outras.

129
Q

O efeito de organização (clustering)…

A

A memória é melhorada ao colocar a informação numa estrutura organizacional, ou seja, em clusters. Quando organizamos a informação, a memória para essa informação melhora.

De entre as várias formas de organização é favorecido o agrupamento temático: chunking.

A intenção/finalidade que temos para uma dada informação também interfere com a sua organização. Processo relacional.

Todas estas formas de organização mais metódicas facilitam a atribuição de pistas de recuperação.

Aprender para mim ou para ensinar outros (explicação ou auto-explicação como estratégia de estudo)

130
Q

Na distintividade…

A

A memória episódica também é melhorada ao tornar a nova informação distinta. Item-specific strategy. Tinha um conjunto de coisas semelhantes a acontecer e, de repente, surge uma coisa diferente/distintiva.

131
Q

O que diz o efeito de Von Restorff (ou efeito de isolamento)?

A

Itens distintivos são melhor recordados devido à diferenciação face a outros itens ou face ao contexto e porque sobressaem dos outros itens que competem e interferem entre si. Ocorre mais em tarefas de evocação do que de reconhecimento.

Quanto mais distintiva for a cara da pessoa a quem conto alguma coisa, melhor recordo se contei isto a certa pessoa.

132
Q

Qual é a contradição aqui presente?

A

A organização favorece a recordação, mas a distintividade também.

133
Q

Processamento relacional e específico de itens

A

Embora estes dois fatores (organização e distintividade) pareçam estar em desacordo, ambos são eficazes nas circunstâncias certas:

  • o PROCESSAMENTO RELACIONAL favorece a geração de um plano de recuperação
    -o PROCESSAMENTO ESPECÍFICO do item melhora a memória quando as pessoas já têm uma organização bem desenvolvida, ajudando assim a destacar o conhecimento e a ser menos afetado por interferências.
134
Q

Temos o exemplo da aprendizagem de categorias de tamanhos diferentes..

A

Tarefas:
-Separar os elementos em diferentes categorias (processamento relacional)
-Avaliar cada item quanto à agradabilidade (processamento específico)

Os resultados de um estudo demonstram que a memória foi melhor para pequenas categorias quando o processamento relacional foi enfatizado (ajudando a identificar as inter-relações entre os poucos membros de uma categoria), mas foi melhor para categorias maiores quando o processo de distinção foi enfatizado (ajudando pessoas a lidar com quantidades maiores de interferência).

135
Q

Memória adaptativa

A

Trabalhos recentes sugerem que pensar na informação dentro de um contexto adaptativo e de sobrevivência pode impulsionar a memória. As pessoas respondem mais rapidamente às palavras com base no seu nível subjetivo de perigo ou utilidade.

136
Q

O que é a memória para o futuro?

A

A memória episódica é importante para pensar em eventos do futuro.

137
Q

Quais são os 3 tipos de memória prospetiva?

A

BASEADA EM ACONTECIMENTOS: fazer qualquer coisa depois de um determinado acontecimento ocorrer, há um evento que dispara a memória (e.g. estátua do Prometeu);

BASEADA NO TEMPO: fazer qualquer coisa a uma determinada hora ou depois de um determinado tempo (e.g. às 20h40 dá o filme…);

BASEADA EM ATIVIDADES: fazer qualquer coisa depois de uma atividade ter sido concluída (depois de jantar, telefono…), há uma atividade que tem a duração daquilo que quero fazer.

137
Q

Memória prospetiva (vs retrospetiva)

A

É aquela que nos permite recordar fazer algo no futuro (ou não fazer algo…). Esta memória pressupõe que eu tenho uma atividade diária, e que há momentos em que tenho que me lembrar de executar determinada tarefa. É um tipo de problemas de memória muito reportado pelas pessoas pois as falhas são muito evidentes.

138
Q

Quais são as 2 teorias que estão em confronto sobre a memória prospetiva?

A

A partir do momento em que decidimos que temos de realizar uma tarefa, esta está sempre a ser monitorizada.

Após decidirmos que temos de realizar uma tarefa, esta não é monitorizada, surge espontaneamente.

139
Q

Qual o tipo de memória prospetiva que falha mais?

A

É a memória baseada no tempo. É uma tarefa que envolve o lobo frontal (e.g. planificação, manutenção de informação, monitorização do ambiente, etc…). Com a idade, o lobo frontal vai ficando mais afetado e é por isso que as pessoas mais velhas se esquecem mais facilmente de coisas que têm de fazer.

140
Q

O que são tarefas decorrentes? (ongoing tasks)

A

São o que estamos a fazer até realizarmos a tarefa prospetiva. Estas tarefas dificultam a realização da tarefa prospetiva. Uma tarefa decorrente que seja mais exigente de um ponto de vista cognitivo vai dificultar ainda mais a tarefa prospetiva.

141
Q

A facilidade com que uma tarefa de memória prospetiva é feita ou recordada é uma consequência da pista que a desencadeia, que pode ser:

A

-focal: parte da tarefa decorrente (mais eficaz, mais fácil);
-não-focal: pista externa à tarefa decorrente (menos eficaz)

142
Q

A memória para o futuro declina com:

A

-perdas gerais de memória;
-idade e envelhecimento natural;
-carga cognitiva da tarefa

143
Q
A