Manejo e conservação do solo Flashcards

1
Q

O que é a Degradação do solo?

A
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2
Q

Quais as funções do solo?

A

▪ Sequestro de carbono;
▪ Purificação da água e degradação de contaminantes;
▪ Regulagem do clima;
▪ Ciclagem de nutrientes;
▪ Hábitat para organismos;
▪ Regulação de enchentes;
▪ Fonte de recursos genéticos e farmacêuticos;
▪ Base da infraestrutura humana;
▪ Fornecimento de materiais de construção;
▪ Herança cultural;
▪ Produção de alimentos, fibras e combustíveis.

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3
Q

Funções do solo
Sequestro de carbono:

A

o processo de humificação dos resíduos orgânicos incorporados à matéria
orgânica do solo favorece o acúmulo de carbono no solo, que permanece quimicamente estabilizado em
macromoléculas húmicas e fisicamente protegido nos agregados.

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4
Q

Funções do solo
Purificação da água e degradação de contaminantes:

A

ao infiltrar-se e redistribuir-se no solo, a água carrega consigo íons e moléculas dissolvidos. Esses compostos podem interagir com a fase sólida do solo,
sofrendo processos de sorção (absorção pelas raízes, adsorção às superfícies minerais e orgânicas); e com a fase viva, sofrendo absorção e degradação.

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5
Q

Funções do solo
Regulagem do clima:

A

Os solos absorvem a radiação solar incidente e, dependendo da sua cobertura,
sofrem maior ou menor aquecimento. A presença de cobertura vegetal reduz a parcela da radiação incidente
refletida e aumenta a parcela absorvida, que atua na fotossíntese e na evapotranspiração. Já no solo
descoberto, a radiação incidente provoca evaporação e rápido aquecimento.

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6
Q

Funções do solo
Ciclagem de nutrientes:

A

pela dinâmica da matéria orgânica do solo, os nutrientes incorporados a
tecidos e moléculas orgânicas são liberados no processo de decomposição. Os nutrientes também são
absorvidos do solo pela comunidade vegetal.

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7
Q

Funções do solo
Hábitat para organismos:

A

inúmeros seres vivos têm sua sobrevivência associada ao solo, tanto em
sua superfície (vegetação e ecossistemas inteiros) quanto em seu interior (organismos do solo).

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8
Q

Funções do solo
Regulação de enchentes:

A

a permeabilidade do solo permite a infiltração de água; seu armazenamento como umidade do solo ou no lençol freático e sistemas aquíferos; e sua disponibilização gradual (via escoamento subterrâneo ou de base) para os cursos d’água.

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9
Q

Funções do solo
Fonte de recursos genéticos e farmacêuticos:

A

organismos do solo, particularmente bactérias e fungos, fornecem diversos recursos biotecnológicos. O antibiótico estreptomicina, por exemplo, foi
descoberto a partir de um actinomiceto do solo do gênero Streptomyces.

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10
Q

Funções do solo
Base da infraestrutura humana:

A

sobre o solo assenta grande parte da infraestrutura humana. Em geral as camadas mais superficiais de solo são escavadas para receber a fundação de obras de infraestrutura, que geralmente assentam sobre os horizontes B, C ou saprolito (rocha intemperizada e mais facilmente
escavável).

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11
Q

Funções do solo
Fornecimento de materiais de construção:

A

o solo fornece material para produção de artefatos cerâmicos (depósitos de argila ou barro, como em solos de várzeas) e para construção de obras de terra
(estradas, barragens).

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12
Q

Funções do solo
Herança cultural:

A

os sedimentos recobrem e o solo ajuda a preservar o patrimônio material de
povos antigos. Além disso, a exploração do solo e da vegetação garantem a sobrevivência de inúmeras
populações tradicionais.

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13
Q

Funções do solo
Produção de alimentos, fibras e combustíveis:

A

função do solo mais intensamente amplificada pelos seres humanos, que a partir do manejo do solo produzem bens de interesse. O uso do recurso solo unicamente voltada a essa função pode levar à sua degradação por diversos processos, como erosão, compactação, salinização e poluição.

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14
Q

O que é Qualidade do solo?

A

Capacidade de desempenhar suas funções.

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15
Q

Quais as definições dos indicadores para avaliação da qualidade do solo?

A

Funções → Processos → Propriedades → Indicadores → Metodologia

  1. Definir funções de interesse.
  2. Verificar os processos associados ao desempenho daquela função.
  3. Identificar as propriedades do solo que representam o processo de interesse.
  4. Definir indicadores de qualidade que representem as propriedades de interesse.
  5. Definir a metodologia de avaliação dos indicadores.
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16
Q

Quais os Indicadores físicos da qualidade do solo?

A

Aeração
Disponibilidade de água
Infiltração e permeabilidade
Resistência mecânica
Agregação
Regime térmico do solo

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17
Q

Indicadores físicos
Aeração:

A

Porosidade de aeração
Permeabilidade ao ar

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18
Q

Indicadores físicos
Disponibilidade de água:

A

Capacidade de água disponível

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19
Q

Indicadores físicos
Infiltração e permeabilidade:

A

Velocidade de infiltração básica
Condutividade hidráulica

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20
Q

Indicadores físicos
Resistência mecânica:

A

Resistência do solo à penetração

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21
Q

Indicadores físicos
Agregação:

A

Estabilidade de agregados em água

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22
Q

Indicadores físicos
Regime térmico do solo:

A

Temperatura do solo

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23
Q

Quais os Indicadores químicos da qualidade do solo?

A
  • Acidez
    pH

-Complexo sortivo
Capacidade de troca de cátions

  • Disponibilidade de nutrientes
    Teores de Ca2+, Mg2+, K+, P, Zn2+, Fe2+, Mn2+, Cu2+, SO4
    2-, B, N

_ Elementos tóxicos
Al3+

  • Salinidade
    Na+, Condutividade elétrica
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24
Q

Quais os Indicadores biológicos da qualidade do solo?

A
  • Matéria orgânica do solo

Teor de carbono orgânico do solo
Frações da matéria orgânica do solo

  • Atividade de microrganismos

Biomassa microbiana
Quociente metabólico
Atividade enzimática

  • Biodiversidade do solo

Microrganismos
Micro, meso e macrofauna

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25
O que é a Compactação do solo?
● Processo de compressão do solo, com aumento da densidade e redução da porosidade.
26
Quais os Efeitos negativos da compactação do solo?
▪ ↑ resistência mecânica; ▪ ↓ aeração; ▪ altera disponibilidade e nos fluxos de água, calor e nutrientes; ▪ ↓ infiltração permeabilidade ▪ ↑ erosão ▪ ↓ atividade biológica; ▪ sistema radicular pouco profundo e mal-formado; ▪ ↓ crescimento de plantas e produtividade.
27
Definição de Poluição do solo?
● Degradação do solo por contaminantes ou poluentes, como metais pesados, resíduos, material radioativo, agroquímicos e chuva ácida.
28
Persistência de contaminantes no solo:
→ balanço entre retenção, transporte e transformação.
29
Persistência de contaminantes no solo retenção →
→ processos de absorção, adsorção e precipitação.
30
Persistência de contaminantes no solo Transporte:
→ lixiviação, escorrimento e volatilização.
31
Persistência de contaminantes no solo transformação:
→ degradação química, degradação biológica, fotodecomposição.
32
Persistência de contaminantes no solo retenção → Absorção:
→ passagem do contaminante para o interior das plantas;
33
Persistência de contaminantes no solo retenção → Precipitação:
→ formação de precipitados ou ligações alta energia.
34
Persistência de contaminantes no solo retenção → Adsorção:
→ fenômeno reversível, interação entre contaminante e coloides do solo.
35
Persistência de contaminantes no solo Transporte: Lixiviação:
→ contaminante é transportado através do perfil do solo pela água;
36
Persistência de contaminantes no solo Transporte: Escorrimento superficial:
→ arraste do contaminante juntamente com o solo;
37
Persistência de contaminantes no solo Transporte: Volatização:
→ passagem do contaminante da fase líquida para a fase gasosa.
38
Persistência de contaminantes no solo transformação: ▪ tempo de meia-vida:
Intervalo de tempo para que ocorra degradação de 50% das moléculas do contaminante.
39
Desertificação e arenização ● Degradação desencadeada principalmente por?
▪ remoção da cobertura vegetal; ▪ emprego de práticas de manejo inadequadas.
40
Desertificação do solo?
▪ degradação de terras em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas; ▪ índice de aridez → relação entre a precipitação e a evapotranspiração potencial; ▪ intervenção humana em ecossistemas de elevada fragilidade; ▪ desmatamento, sobrepastejo, manejo inadequado do solo, erosão, salinização; ▪ Lei nº 13.153/2015 → Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
41
Arenização?
▪ processo de degradação em solos arenosos; ▪ causas principais: sobrepastejo e manejo inadequado → intensifica erosão.
42
Erosão geológica?
→ fenômeno natural;
43
Erosão acelerada
→ intervenção antrópica.
44
Processo erosivo?
● Água → principal agente (erosão hídrica). ● Desprendimento ou desagregação → impacto das gotas de chuva (salpicamento) + escoamento superficial concentrado (cisalhamento); ● Transporte pelo escoamento superficial; ● Deposição das partículas em suspensão. ● Erosão laminar ● Erosão em sulcos
45
Erosão laminar?
▪ remoção uniforme do solo na área; ▪ mais difícil de ser percebida; ▪ progressivo empobrecimento do solo.
46
Erosão em sulcos?
▪ concentração do escoamento superficial → formação de sulcos; ▪ sulcos aprofundam-se → podem evoluir para voçorocas.
47
Quais Fatores que afetam a erosão?
● Erosividade da chuva ● Erodibilidade do solo ● Declividade e comprimento de rampa ● Cobertura do solo ● Práticas conservacionistas
48
● Erosividade da chuva
▪ representa o potencial da chuva de causar erosão; ▪ depende principalmente da intensidade da precipitação (mm/h); ▪ EI30 (MJ/ha.mm/h) → índice que melhor representa a erosividade da chuva → energia cinética da precipitação para a intensidade máxima em 30 minutos.
49
● Erodibilidade do solo
▪ resistência/suscetibilidade do solo à erosão; ▪ resistência ao desprendimento de partículas + redução do escoamento superficial (infiltração); ▪ ↑ estabilidade de agregados e ↑ capacidade de infiltração ↓ erodibilidade; ▪ determinação direta em parcelas de perda de solo no campo ou indireta por gráficos e equações;
50
● Declividade e comprimento de rampa
▪ efeito da “energia do relevo” na intensidade do escoamento superficial; ▪ ↑ declividade → aumento exponencial da erodibilidade ▪ ↑ comprimento de rampa → perda de solo inicialmente aumenta, depois estabiliza (deposição de sedimentos); ▪ pedoforma côncava: convergência do escoamento (sulcos); ▪ pedoforma convexa: fluxo divergente (erosão laminar).
51
● Cobertura do solo
▪ principal proteção do solo contra a erosão; ▪ proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; ▪ dispersão do escoamento superficial; ▪ aumento da capacidade de infiltração; ▪ efeito protetor: **floresta > pastagem > lavouras perenes > lavouras anuais.**
52
● Práticas conservacionistas
▪ práticas edáficas, vegetativas e mecânicas.
53
▪ pedoforma c**ô**ncava:
convergência do escoamento (sulc**o**s);
54
▪ pedoforma convex**a**:
fluxo divergente (erosão l**a**minar).
55
Equação Universal de Perdas de Solo
● modelo empírico para predição das perdas de solo pela erosão hídrica; ● importante para planejamento e implantação de estratégias de conservação do solo; ● estima a perda média anual de solo em determinada área a partir dos fatores: A = R K LS C P ▪ A: perda de solo média anual (t ha-1 ano-1); ▪ R: fator erosividade da chuva; ▪ K: fator erodibilidade do solo ▪ LS: fator topográfico; ▪ L: comprimento de rampa; ▪ S: declividade; ▪ C: fator uso de manejo do solo → redução da perda de solo pelo efeito protetor da vegetação → C = 1,0 para solo descoberto; ▪ P: fator práticas conservacionistas → redução da perda de solo pelas práticas conservacionistas → P = 1,0 para plantio morro abaixo.
56
Objetivos das práticas de controle da erosão?
▪ redução do desprendimento; ▪ redução do escoamento superficial.
57
Práticas de controle da erosão promovem?
▪ redução do impacto das gotas de chuva sobre a superfície; ▪ aumento da capacidade de armazenamento de água; ▪ aumento da capacidade de infiltração; ▪ aumento da resistência do solo.
58
Práticas edáficas
▪ adequação do sistema de cultivo para favorecer o desenvolvimento das culturas. controle do fogo calagem e correção do solo adubação química adubação orgânica adubação verde cultivo mínimo plantio direto
59
Práticas vegetativas
▪ empregam a vegetação para proteção do solo. reflorestamento rotação de culturas pastagens bem manejadas plantas de cobertura cultura em faixas cordões vegetados alternância de capinas roçada faixas de bordadura quebra-ventos
60
Práticas mecânicas
▪ interceptação e condução do escoamento superficial. plantio em nível terraços canais escoadouros bacias de captação
61
Terraceamento
● interceptação e condução ou infiltração do escoamento superficial; ● práticas muito eficiente de controle da erosão; ● custo de implantação é elevado; ● composto por camalhão (parte elevada) e canal (parte escavada, onde a água se acumula ou escoa).
62
Classificação dos terraços quanto à função?
▪ terraços de **retenção** ▪ terraços de **drenagem** ou em gradiente ▪ terraços **mistos**
63
Terraços de retenção:
Construídos em nível para acúmulo da água e infiltração em solos com boa permeabilidade.
64
Terraços de drenagem ou em gradiente:
Construídos com inclinação para drenagem controlada do escoamento superficial em **solos com permeabilidade lenta a moderada.**
65
Terraços mistos:
Acúmulo de determinado volume de água e drenagem do excesso.
66
Classificação dos terraços quanto à forma construtiva?
▪ terraços do tipo Nichols ▪ terraços do tipo Manghum
67
Terraços do tipo N**i**chols:
movimentação de solo apenas de **cima para baixo**, com um único canal profundo que não pode ser cultivado (maior perda de área);
68
Terraços do tipo Manghum?
Movimentação do solo **acima e abaixo do camalhão**, com canais mais largos e rasos, maior capacidade de retenção de água e menor perda de área.
69
Classificação dos terraços quanto à largura?
▪ terraço de base estreita: até 3,0 m de largura, ▪ terraço de base média: de 3,0 a 6,0 m ▪ terraço de base larga: de 6,0 a 12,0 m,
70
Terraço de base estreita:
Até 3,0 m de largura, recomendado para pequenas propriedades em locais declivosos **(declividade de 12 a 18%)**;
71
Terraço de base média:
de 3,0 a 6,0 m de largura, locais com **declividade de 8 a 12%** e disponibilidade de maquinário de pequeno a médio porte;
72
Terraço de base larga:
de 6,0 a 12,0 m, relevos mais suavizados, com **declividades inferiores a 12%** (preferencialmente até 6 a 8%), custo de construção elevado, mas pode ser cultivado.
73
Terraço em patamar:
Elevado custo, viável em locais de relevo declivoso sem terras disponíveis;
74
Terraço individual ou banqueta:
Construído ao redor de plantas em lavouras perenes, com custo elevado pela escavação manual;
75
Terraço embutido:
canal triangular com talude vertical no camalhão, com menor perda de área;
76
Terraço murundum:
Camalhão bastante alto (até 2,0 m), que exige grande mobilização de solo.
77
Espaçamento entre terraços
Método de Bentley Método de Lombardi Neto
78
Canais escoadouros:
▪ dimensionamento pela vazão máxima da enxurrada; ▪ canais escoadouros: complementam o sistema de terraços em gradiente; ▪ **canais escoadouros laterais:** direcionam o escoamento de estradas; ▪ **canais escoadouros divergentes:** proteção de áreas a montante.
79
Bacias de captação:
▪ obras de terra para acúmulo de água do escoamento superficial; ▪ comumente construídas ao longo das estradas rurais não pavimentadas; ▪ dimensionamento pelo volume máximo do escoamento superficial.
80
Preparo do solo
● operações de revolvimento do solo antes da implantação das lavouras.
81
Quais os objetivos do preparo do solo?
▪ Controle de plantas daninhas; ▪ Preparo do leito de semeadura; ▪ Rompimento de camadas compactadas; ▪ Incorporação de corretivos, fertilizantes e outros insumos; ▪ Incorporação de restos vegetais; ▪ Nivelamento da superfície do terreno; ▪ Controle de pragas e doenças.
82
Tipos de preparo do solo?
● Preparo primário ● Preparo secundário ● Preparo inicial ● Preparo periódico
83
Tipos de preparo do solo Preparo primário
▪ maior mobilização do solo; ▪ maior profundidade de trabalho; ▪ incorporação de restos culturais; ▪ resulta em torrões de maiores dimensões; ▪ comumente com inversão das camadas.
84
Tipos de preparo do solo Preparo secundário
▪ após o preparo primário; ▪ destorroamento e nivelamento da superfície; ▪ facilita semeadura e favorece desenvolvimento inicial da cultura.
85
Tipos de preparo do solo Preparo inicial
▪ solos não cultivados, como áreas recém-desbravadas; ▪ operações como desmatamento, destoca, enleiramento dos resíduos, limpeza da área, marcação e construção de terraços.
86
Tipos de preparo do solo Preparo periódico
▪ revolvimento do solo antes da implantação da cultura a cada ciclo de cultivo; **▪ plantio ou preparo convencional** preparo periódico com preparo 1º e 2º; **▪ cultivo mínimo** preparo periódico com número reduzido de operações; **▪ semeadura direta:** revolvimento limitado ao mecanismo rompedor das semeadoras; **▪ plantio direto:** semeadura direta + cobertura do solo com palhada + rotação de culturas.
87
● Arado de aivecas
▪ maior profundidade de trabalho (até 20-40 cm); ▪ promove inversão da camada superficial do solo; ▪ enterrio de sementes favorece o controle de plantas daninhas; ▪ pouco empregado no Brasil; ▪ operação em solos sem tocos e raízes grandes e em condições adequadas de umidade ; ▪ solos excessivamente úmidos e muito pegajosos → adesão do solo ao arado impede a inversão total da camada superficial (“leiva”);
88
● Arado de aivecas Componentes?
**relha** corta o solo e inicia o levantamento da leiva, a **aiveca** levanta e inverte a leiva, o **rasto** dá estabilidade e recebe esforços laterais, o **suporte** une os componentes e a **coluna** liga a estrutura ao **chassi.**
89
● Arado de discos
▪ resulta em uma pior inversão da camada de solo; ▪ movimento dos discos permite o uso em solos com tocos, raízes e mais resíduos; ▪ provoca maior mistura do solo da camada superficial revolvida; ▪ profundidade de trabalho de até 20-30 cm; ▪ comum a formação de camada compactada abaixo dessa profundidade (pé-de-arado); ▪ formação do pé-de-arado → favorecida pela passagem da roda do trator no sulco; ▪ discos podem ser lisos ou recortados, quando há maior quantidade de resíduos vegetais e raízes;
90
● Arado de discos Componentes?
**disco** corta, levanta e inverte a camada cortada; **coluna** permite a regulagem do ângulo vertical dos discos; **roda estabilizadora** controla a profundidade de trabalho e estabiliza o implemento; **chassi** reúne todos os componentes; **mastro** e pinos da **barra transversal** engatam ao sistema de três pontos do trator.
91
● Grade pesada ou grade aradora
▪ largamente empregada no preparo primário ▪ maior rendimento operacional ▪ opera em condições de grande quantidade de resíduos vegetais sobre a superfície ▪ menor capacidade de penetração no solo, profundidade de trabalho até 15-25 cm ▪ fragmenta os resíduos, mas não provoca inversão do solo → ↑ infestação por plantas daninhas **▪ grande potencial de compactação do solo abaixo da camada revolvida ("pé de grade")**
92
Escarificador ou arado escarificador
▪ constituído por hastes estreitas montadas em um chassi ▪ atinge profundidades de trabalho de até 25-45 cm ▪ capaz de romper camadas compactadas como pé-de-grade e pé-de-arado ▪ menor revolvimento do solo ▪ sem incorporação de resíduos e menor mobilização do solo ▪ alternativa para sistemas de cultivo mínimo ▪ ação descompactadora favorece infiltração de água e aprofundamento das raízes ▪ vantagens operacionais (fácil regulagem, eficiente em solos secos, rapidez de trabalho e economia de tempo e combustível) ▪ embuchamento em solos com grande quantidade de palhada e resíduos na superfície
93
Implementos para preparo secundário ● Grade
▪ pode ser de diferentes tipos (dentes, molas, discos) → de discos á a mais comum ▪ discos lisos ou recortados (adequados para corte da vegetação e palhada) ▪ todos os discos têm o mesmo ângulo em relação ao eixo (arado → ângulo ajustável) ▪ número de fileiras de discos: de simples ação (apenas uma fileira) ou de dupla ação (duas fileiras) ▪ grades de dupla ação ▪ geralmente discos recortados na 1ª fileira e discos lisos na 2ª ▪ ↑ ângulo entre as fileiras de discos ↑ profundidade de trabalho ▪ disposição das fileiras: em X (grade tandem) ou em V (grade deslocada ou offset). **▪ grade niveladora: bastante larga, usada para nivelamento da superfície do solo; ▪ grade destorroadora: mais comum, empregada para quebrar os torrões do preparo primário, incorporar corretivos e palhada e controle plantas daninhas.**
94
Implementos para preparo secundário ● Enxada rotativa
▪ ligado à tomada de potência do trator; ▪ movimento transmitido ao eixo com facas que giram no solo; ▪ resulta em grande destorroamento e uniformização; ▪ preparo de canteiros para plantio de hortaliças; ▪ resulta em solo bastante solto, poroso e extremamente suscetível à erosão; ▪ profundidade de trabalho até 20 cm.
95
● Subsolador
▪ implemento robusto, que atinge maiores profundidades de trabalho (até 40-80 cm); ▪ formado por chassi com hastes metálicas; ▪ hastes podem ter pontas estreitas ou largas; ▪ alívio da compactação em maiores profundidades, como solos adensados; ▪ implantação de lavouras perenes (como café e citros) e florestas.
96
● Sulcador
▪ principalmente para abertura do sulco de plantio → implantação de lavouras perenes.
97
Revolvimento e degradação do solo ● práticas inadequadas de preparo → incorporação dos resíduos vegetais + alterações estruturais
▪ solo desprotegido; ▪ aumento das perdas de solo por erosão; ▪ decomposição acelerada da matéria orgânica; ▪ compactação do solo.
98
● preparo do solo em condições inadequadas de umidade
**▪ excessivamente seco** → pulverização do solo ↑ suscetibilidade à erosão; **▪ excessivamente úmido** → compactação em profundidade (pé-de-grade e pé-de-arado) ↓ infiltração de água ↓ desenvolvimento radicular.
99
A intensidade do processo de compactação do solo está relacionada a diversos fatores, como:
* estrutura do solo, que condiciona a sua resistência à compactação (resistência blocos > grânulos); * sistema de preparo do solo, já que o revolvimento excessivo do solo e as condições inadequadas de umidade no momento do preparo podem favorecer a compactação do solo; * umidade do solo no momento da aplicação de pressões por tráfego ou pisoteio animal, sendo este o fator que mais fortemente afeta a resistência mecânica do solo e sua suscetibilidade à compactação (↑ umidade ↓ resistência ↑compactação). * presença de resíduos e restos culturais sobre a superfície do solo, que amenizam as pressões aplicadas; * tamanho e peso do maquinário empregado, já que as pressões aplicadas são função da relação entre o peso do equipamento e a área de contato do rodado com o solo; * largura do rodado (↑ largura ↓ pressão aplicada ↓ compactação).