Caracterização dos solos Flashcards

1
Q

O que é INTEMPERISMO?

A

Conjunto de processos de desagregação física e alteração química das rochas e outros materiais expostos à superfície do planeta.

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2
Q

O que o Intemperismo físico provoca?

A

provoca fissuras e redução de tamanho - expõe ao intemperismo químico.

  • ciclos de aquecimento e resfriamento, que levam à expansão e contração dos minerais e ao surgimento de fissuras;
  • expansão volumétrica da água presente em fissuras ao congelar-se;
  • expansão volumétrica em fissuras pela cristalização de sais;
  • alívio de pressão das rochas expostas e fendilhamento.
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3
Q

O que o Intemperismo químico provoca?

A

Reações químicas (principal: hidrólise) que alteram a composição química e mineralógica das rochas e outros materiais geológicos.

  • dissolução dos componentes mineralógicos das rochas;
  • hidrólise, que corresponde ao ataque à estrutura dos minerais promovido pelos íons H+ e OH- em solução (essa é a principal reação do intemperismo químico);
  • oxidação, especialmente associada a Fe e Mn, geralmente precedida pela hidrólise.
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4
Q

FORMAÇÃO DO SOLO (PEDOGÊNESE)
O que é?

A

Formação do solo a partir dos produtos do intemperismo.

O intemperismo químico provoca alteração dos minerais primários (provenientes das rochas) a minerais secundários.

Os minerais secundários são estáveis nas condições da superfície do planeta, por isso ocorrem nos solos. Incluem os argilominerais (caulinita, o mais abundante) e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio.

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5
Q

O solo é o quê?

A

O solo é um corpo natural formado por processos próprios a partir dos produtos do intemperismo.

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6
Q

A variabilidade e diversidade dos solos se dá sob ação dos diferentes fatores de formação do solo. Quais são eles?

A

Solo = f(clima, organismos, material de origem, relevo, tempo)

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7
Q

Fatores de formação do solo:
Solo?

A

O solo é função da ação do clima e dos organismos sobre o material de origem em uma dada condição de relevo ao longo do tempo.

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8
Q

Fatores de formação do solo:
Clima e organimos?

A

Clima e organismos são fatores ativos e provocam variação ao longo de grandes extensões (solos tropicais x solos clima temperado).

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9
Q

Fatores de formação do solo:
material de origem?

A

O material de origem inclui os produtos da alteração de rochas, sedimentos ou mesmo outros solos.

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10
Q

Fatores de formação do solo:
Relevo e tempo?

A

Relevo e tempo agem conjuntamente: em relevos declivosos os solos são mais jovens (rejuvenescidos pela erosão), enquanto relevos planos favorecem o desenvolvimento do solo.

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11
Q

Processos de formação do solo
Quais os Processos básicos?

A

adição,
remoção,
transformação e
translocação.

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12
Q

Processos de formação do solo
O que é o processo de Adição?

A

Acréscimo de materiais ao solo.

Ex.: deposição de resíduos vegetais em superfície.

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13
Q

Processos de formação do solo
O que é o processo de remoção?

A

Saída/perda de materiais.

Ex.: erosão (remoção superficial de partículas - rejuvenescimento do solo) e lixiviação (remoção de íons e moléculas em solução - envelhecimento do solo).

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14
Q

Processos de formação do solo
O que é o processo de transformação?

A

Alteração de constituintes no solo.

Ex.: decomposição da matéria orgânica,
intemperismo de minerais primários, formação de minerais secundários.

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15
Q

Processos de formação do solo
O que é o processo de translocação?

A

Transporte de constituintes no perfil do solo, principalmente argila, óxidos de
Fe e Al, matéria orgânica.

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16
Q

O que é calcificação?

A

Formação de carbonatos no solo. Típico de climas frios/secos.

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17
Q

O que é Latolização/ferralitização?

A

Remoção de sílica e nutrientes, com acúmulo residual de óxidos e
hidróxidos de ferro e alumínio.

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18
Q

O que é Plintização e Laterização?

A

Mobilização e concentração do ferro em concreções, respectivamente:

plintita (concreções macias) e

petroplintita ou laterita (concreções endurecidas).

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19
Q

O que é Eluviação e Iluviação?

A

Processos de translocação, envolvendo saída de materiais (eluviação) e aporte de materiais em diferentes horizontes do perfil do solo.

Iluviação de argilominerais: argiluviação ou lessivagem (forma horizonte B textural)

Iluviação de matéria orgânica, ferro e alumínio: podzolização (forma horizonte B espódico)

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20
Q

O que é Gleização?

A

Desenvolvimento de coloração acinzentada sob ação do hidromorfismo (solos encharcados).

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21
Q

O que é Pedoturbação?

A

Mistura de materiais do solo. Bioturbação: mistura por ação de organismos (fauna).

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22
Q

O que é paludização?

A

Acúmulo de matéria orgânica, formando horizontes orgânicos.

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23
Q

O que é erosão?

A

Remoção de materiais da superfície do solo pela água das enxurradas.

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24
Q

O que é salinização, sodificação e solodização?

A

Acúmulo de sais no solo, acúmulo de sódio no solo e translocação do sódio, respectivamente.

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25
O que é o perfil do solo?
A unidade básica para seu estudo, representando um corte vertical do solo desde a superfície até o material de origem (na prática, até 200 cm de profundidade).
26
O que é a mofologia do solo representa?
A morfologia do solo representa os registros deixados pelos processos de formação no perfil do solo. Os atributos morfológicos são percebidos pela observação e manipulação do solo no campo. Além destes,outros atributos são necessários para descrição e caracterização do solo, obtidos a partir de análises em laboratórios.
27
Horizontes: camadas mais ou menos paralelas à superfície formadas pela ação dos processos pedogenéticos. Horizontes principais: Quais são eles?
▪ A: horizonte mineral, influenciado pela matéria orgânica e atividade dos organismos do solo. ▪ B: representa a máxima expressão dos processos pedogenéticos. ▪ C: material pouco alterado, ainda guarda semelhança com o material de origem. ▪ O e H: horizontes orgânicos. ▪ R: rocha pouco alterada. ▪ E: horizonte de eluviação, com perda de argila, matéria orgânica, ferro e alumínio. ▪ F: horizonte com acúmulo de concreções de ferro cimentadas. **A espessura (profundidade) dos horizontes é um importante critério de classificação do solo.**
28
Horizonte A do solo?
Horizonte mineral, influenciado pela matéria orgânica e atividade dos organismos do solo.
29
Horizonte B do solo?
Representa a máxima expressão dos processos pedogenéticos.
30
Horizonte C do solo?
Material pouco alterado, ainda guarda semelhança com o material de origem.
31
Horizonte O e H do solo?
Horizontes orgânicos.
32
Horizonte R do solo?
Rocha pouco alterada.
33
Horizonte E do solo?
Horizonte de eluviação, com perda de argila, matéria orgânica, ferro e alumínio.
34
Horizonte F do solo?
Horizonte com acúmulo de concreções de ferro cimentadas.
35
A Cor do solo?
A cor é o atributo mais facilmente percebido e é importante critério de classificação do solo. A cor do solo se deve à presença de **agentes pigmentantes**
36
A cor do solo se deve à presença de agentes pigmentantes: Óxidos de ferro?
A **hematita confere cor vermelha** ao solo e indica condições de boa drenagem ou teores elevados de ferro. A **goethita confere cor amarela** ao solo e se forma em condições de pior drenagem, maior umidade, teores mais altos de matéria orgânica e teores mais baixos de ferro. **Coloração acinzentada** indica ausência de óxidos de ferro (hidromorfismo).
37
A cor do solo se deve à presença de agentes pigmentantes: Matéria orgânica?
confere cor escura ao solo (castanho, marrom, preto).
38
Na descrição do solo, a cor é indicada pelos componentes identificados por comparação com o catálogo de cores da Carta de Munsell. Quais são eles?
▪ **Matiz:** para solos, indica variação de vermelho a amarelo. ▪ **Valor:** tonalidade, como uma escala de cinza, indo do branco (maior reflexão da luz, maior valor) ao preto (menor reflexão, menor valor). ▪ **Croma:** proporção de matiz e cinza. ↑ croma ↑ proporção matiz - cores vivas. ↓ croma ↓ proporção matiz - cores esmaecidas
39
O que são os moqueados?
Os mosqueados são manchas de cores diferentes da cor predominante do solo.
40
Textura do solo?
Distribuição das partículas do solo por tamanho, indicando a proporção de argila, areia e silte. No campo, a classe textural é estimada pela sensação ao tato. Em laboratório, os teores de argila, silte e areia são determinados pela análise textural ou granulométrica.
41
Argila
Tamanho: < 0,002 mm Sensação tátil: Plasticidade e pegajosidade Características: Comportamento coloidal (retenção de nutrientes) Agregação Composição: Argilominerais (caulinita, esmectita, ilita, vermiculita) Óxidos e hidróxidos de Fe (hematita, goethita) e alumínio (gibbsita)
42
Silte
Tamanho: 0,002 a 0,05 mm Sensação tátil: Sedosidade Características: Indica grau de desenvolvimento solos jovens: ↑ silte Composição: Minerais primários (mica, feldspato) Minerais secundários
43
Areia
Tamanho: 0,05 a 2,0 mm Sensação tátil: Aspereza Características: Reflete o teor de quartzo no material de origem Composição: Quartzo e outros minerais resistentes ao intemperismo.
44
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo Classificação do solo:
Relação silte/argila; gradiente textural (argila horizonte B/argila horizonte A)
45
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. agregação e estrutura do solo:
↑ argila ↑ agregação
46
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Porosidade e distribuição de poros por tamanho:
↑ argila ↑ porosidade total e ↑ microporosidade;
47
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Consistência e resistência mecânica do solo:
↑ argila ↑ coesão
48
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Resistência do solo à erosão:
↑ argila ↑ resistência à erosão;
49
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Capacidade de troca catiônica (CTC):
↑ argila ↑ CTC;
50
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. fixação de fósforo:
↑ argila ↑ fixação de fósforo ↑ doses de fertilizante
51
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Preparo do solo:
↑ areia ↓ energia para o preparo do solo
52
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Aplicação de pesticidas:
↑ argila ↑ dose herbicidas pré-emergência
53
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Retenção de poluentes:
↑ argila ↑ retenção de poluentes
54
A textura afeta diversas propriedades e práticas de manejo do solo. Zoneamento agrícola:
↑ argila ↑ água disponível ↓ risco climático
55
O que é Atividade da fração argila?
Expressa a capacidade de troca catiônica por kg de argila.
56
O que é Fertilidade?
Caracterizada pela saturação de bases do solo.
57
O que é a Estrutura do solo?
Organização das partículas de solo e do espaço poroso entre elas.
58
Estrutura do solo Porosidade:
Espaços vazios do solo onde ocorrem infiltração e redistribuição de água, trocas gasosas (aeração) e crescimento de raízes. **Poros maiores (macroporos): aeração e drenagem** **Poros menores (microporos): retenção e disponibilidade de água.**
59
Estrutura do solo Relações massa/volume:
Atributos quantitativos, como densidade do solo (massa de sólidos/volume total) e porosidade total (volume de poros/volume total).
60
Estrutura do solo Estabilidade de agregados:
Os agregados se formam pela floculação da argila e cimentação por substâncias orgânicas e compostos de ferro. São destruídos pelo revolvimento excessivo do solo. A estabilidade dos agregados em água reflete a resistência do solo à erosão.
61
Estrutura do solo Forma, tamanho e grau da estrutura:
Descrição de como as partículas de solo estão reunidas em unidades estruturais (agregados).
62
O que é Cerosidade do solo?
Filmes de argila revestindo agregados e preenchendo poros, percebida como superfícies de brilho graxo (embaçado, de aspecto gorduroso).
63
O que é Consistência do solo?
**Consistência seca** indica o grau de coesão/dureza. A **consistência úmida** (friabilidade) indica o momento ideal de preparo do solo. A plasticidade e pegajosidade refletem o teor e o tipo de argila.
64
O que é as Concreções do solo?
Corpos cimentados que se destacam do perfil do solo. **Concreções de ferro** são as mais comuns, formadas a partir da mobilização e concentração do ferro. A **plintita** é uma concreção de ferro macia, enquanto a petroplintita (canga, laterita) é um concreção endurecida.
65
CLASSIFICAÇÃO DO SOLO Sistemas de classificação reúnem solos?
Reúnem solos semelhantes a partir dos mesmos processos de formação.
66
CLASSIFICAÇÃO DO SOLO Sistemas morfogenéticos:
descrever a morfologia → interpretar a gênese → classificar o solo.
67
Sistema brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Quantos niveís ele possui?
SiBCS possui seis níveis taxonômicos, sendo quatro deles estruturados atualmente ordem, subordem, grande grupo, subgrupo).
68
Sistema brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Ordem:
Definidas pelo predomínio dos processos de formação. São 13 no SiBCS.
69
Sistema brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Subordem:
Também reflete ação dos processos de formação, com características diferenciais que: tenham muitas propriedades covariantes (cor do solo); reflitam a ação de outros processos de formação; variações importantes dentro de cada ordem.
70
Sistema brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Grande grupo:
Complexo sortivo do solo (atividade de argila, fertilidade), caracteres especiais, restrições ao desenvolvimento radicular.
71
Sistema brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Subgrupo:
Variação em relação ao típico (presença de caracteres especiais, características extraordinárias ou características intermediárias para outros solos).
72
Quais os dois Horizontes diagnósticos?
● Horizontes diagnósticos de superfície ● Horizontes diagnósticos de subsuperfície
73
Quais os Horizontes diagnósticos de superfície?
▪ Horizonte hístico ▪ Horizonte A chernozêmico
74
Horizontes diagnósticos de superfície Horizonte hístico?
Material orgânico (acima de 8% de carbono orgânico). Ocorre em **Organossolos.**
75
Horizontes diagnósticos de superfície Horizonte A chernozêmico?
Alta fertilidade, com V ≥ 65%. Ocorre em **Chernossolos.**
76
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B textural:
Gradiente textural - teor argila horizonte B > teor argila horizonte A. Ocorre em **Argissolos e Luvissolos.**
77
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B nítico:
Cerosidade marcante. Ocorre em **Nitossolos.**
78
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B plânico:
Gradiente textural muito forte, transição abrupta do A para o B. Ocorre em **Planossolos.**
79
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B latossólico:
Argila de baixa atividade, profundo (espessura > 50 cm). Ocorre nos **Latossolos.**
80
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B espódico:
Acúmulo de matéria orgânica e compostos de ferro e alumínio, formado por podzolização. Ocorre nos **Espodossolos.**
81
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte plíntico e litoplíntico:
Concreções de ferro macias (plintita) ou endurecidas (petroplintita). Ocorre em **Plintossolos.**
82
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte glei:
Cores acinzentadas, decorrentes do hidromorfimso. Ocorre em **Gleissolos.**
83
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte vértico:
Argila de alta atividade, fendilhamento quando seco. Ocorre em **Vertissolos.**
84
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Horizonte B incipiente:
Pequeno grau de desenvolvimento. Ocorre em **Cambissolos.**
85
Horizontes diagnósticos de subsuperfície Ausência de horizonte diagnóstico:
Define os **Neossolos.**
86
Quais as principais características dos Argissolos?
Presença de gradiente textural, argila de baixa atividade, baixa fertilidade natural. Comum em relevos ondulados, sendo muito adequado a lavouras perenes.
87
Quais as principais características dos Nitossolos?
Apresenta cerosidade marcante, argila de baixa atividade. Geralmente associado a rochas máficas (basalto), por isso ricos em ferro e de coloração vermelho intenso.
88
Quais as principais características dos Luvissolos?
Presença de gradiente textural, mas com argila de alta atividade e elevada fertilidade natural. Comum em climas mais secos (menor lixiviação), frequentemente pedregosos.
89
Quais as principais características dos **P**lanossolos?
Intensa remoção de argila do horizonte A para o B, que apresenta, por isso, **baixa permeabilidade. Ideal para cultivo de arroz inundado.**
90
Quais as principais características dos Latossolos?
Marcados pela remoção intensa de sílica e nutrientes, com acúmulo residual de ferro e alumínio. O perfil é homogêneo, geralmente profundo. Solos quimicamente pobres, mas plenamente mecanizáveis, por ocorrerem em relevo suave.
91
Quais as principais características dos Plintossolos?
Indicam condições de excesso de água sazonal, com ciclos de mobilização e concentração do ferro na forma de concreções. Argila de baixa atividade e fertilidade muito baixa.
92
Quais as principais características dos Es**pod**ossolos?
Formados por podzolização, com horizonte subsuperficial marcado pelo acúmulo iluvial de matéria orgânica e complexos de ferro e alumínio. Associado a sedimentos arenosos.
93
Quais as principais características dos Gleissolos?
Formados sob influência do hidromorfismo, ou seja, condições redutores decorrentes da baixa oxigenação pelo excesso de água no perfil. Ocorrem em várzeas e planícies de inundação de rios.
94
Quais as principais características dos Organossolos?
Predomínio de material orgânico, que se acumula em condições de decomposição restrita (baixa oxigenação pelo excesso de água ou temperaturas baixas em maiores altitudes).
95
Quais as principais características dos Chernossolos?
Elevada fertilidade natural por ocorrerem em locais de baixa lixiviação (climas frios/secos) e comumente associados a rochas ricas, como calcários.
96
Quais as principais características dos Vertissolos?
Argila de alta atividade, com comportamento expansivo (expande quando úmida e contrai quando seca), exibindo intenso fendilhamento quando seco.
97
Quais principais solos da região Sul?
▪ Clima mais frio: intemperismo menos intenso (solos de elevada fertilidade, como Chernossolos nos Pampas), acúmulo de matéria orgânica (horizonte A húmico). ▪ Derrame basáltico: Nitossolos Vermelhos (relevo ondulado) e Latossolos Vermelho e Bruno (relevo mais suavizadoa), sob intenso uso agrícola. ▪ Depressão Central do RS: Planossolos
98
Quais principais solos da região Sudeste?
▪ Diversas serras e planaltos declivosos: Neossolos e Cambissolos. ▪ Predominam Latossolos em relevo suavizado e Argissolos em relevo ondulado. ▪ Região costeira: Espodossolos (SP), Organossolos (RJ), Argissolos e Latossolos Amarelos dos Tabuleiros Costeiros (norte RJ, ES).
99
Quais principais solos da região Centro-Oeste?
▪ Amplo predomínio de Latossolos (chapadas). ▪ Neossolos Quartzarênicos associados a sedimentos arenosos. ▪ Complexo de solos do Pantanal: Planossolos, Espodossolos, Vertissolos, Gleissolos, Plintossolos.
100
Quais principais solos da região Nordeste?
▪ Zona da Mata: complexo de solos dos Tabuleiros Costeiros - Argissolos e Latossolos Amarelos. ▪ Clima mais seco: planaltos com Luvissolos (rochas máficas) e Neossolos. Planossolos na Depressão Sertaneja. ▪ Chapadas da porção oeste (MATOPIBA): Latossolos, Neossolos Quartzarênicos. ▪ Plintossolos na Bacia do Parnaíba e no norte do MA.
101
Quais principais solos da região Norte?
▪ Gleissolos nas várzeas, igarapés e extensas planícies de inundação. ▪ Plintossolos na bacia do Solimões e do Tocantins-Araguaia (inundação sazonal). ▪ Latossolos Amarelos na "terra firme" da bacia sedimentar amazônica no leste do AM e no PA. ▪ Argissolos e Latossolos Vermelho-Amarelos nas áreas de rochas graníticas dos planaltos. ▪ Luvissolos no AC associados a sedimentos recentes vindos dos Andes.
102
A textura do solo diz respeito à distribuição das partículas menores que 2,0 mm nas frações areia, silte e argila, então a análise textural é feita empregando-se terra fina seca ao ar (solo seco e peneirado em peneira com malha de 2,0 mm de abertura). A análise textural envolve as seguintes etapas:
**Pré-tratamento:** consiste na eliminação de agentes cimentantes, íons floculantes e sais que podem comprometer a dispersão. **Dispersão:** tem por finalidade a destruição dos agregados do solo, individualizando as partículas de areia, silte e argila. **Separação e quantificação das frações:** a separação das frações granulométricas baseia-se em peneiramento e sedimentação.
103
Pré-tratamento: consiste na eliminação de agentes cimentantes, íons floculantes e sais que podem comprometer a dispersão.
Os métodos mais comumente empregados incluem a eliminação de matéria orgânica com peróxido de hidrogênio (H2O2), eliminação de carbonatos com ácidos diluídos e eliminação de sais por diálise. Como a maioria dos nossos solos são ácidos, distróficos e com teores em geral baixos de matéria orgânica, o pré-tratamento não é feito rotineiramente.
104
* Dispersão: tem por finalidade a destruição dos agregados do solo, individualizando as partículas de areia, silte e argila.
Comumente emprega-se a dispersão mecânica, por agitação lenta e demorada ou violenta e rápida; juntamente com a dispersão química. A dispersão química consiste no emprego de agentes dispersantes (NaOH) que promovem a hidratação das argilas com um cátion monovalente, geralmente Na+.
105
* Separação e quantificação das frações: a separação das frações granulométricas baseia-se em peneiramento e sedimentação.
A suspensão obtida na fase de dispersão é passada por uma peneira com malha de 0,05 mm, na qual fica retira a fração areia, que é posteriormente seca e pesada. As frações silte e argila passam pela peneira e são coletadas em uma proveta. A fração silte é separada por sedimentação, empregando-se a equação de Stokes para determinação do tempo de sedimentação necessário para que todas as partículas de silte sedimentem na camada superficial da coluna de sedimentação. A equação de Stokes se baseia na densidade das partículas, na densidade do líquido, no raio das partículas, na viscosidade do líquido e na espessura da camada que será coletada. Passado o tempo de sedimentação, a camada superficial (que se encontra sem silte) é coletada para quantificação da fração argila. A fração silte é quantificada por diferença entre o teor de areia e o teor de argila.
106
As combinações de teores de argila, silte e areia são agrupados em classes de textura de acordo com o?
O triângulo textural. Triângulo textural e classes texturais adotados no Brasil.
107
O solo é um sistema trifásico?
Composto por uma fase sólida (formada por constituintes minerais e orgânicos), uma fase líquida (solução do solo), uma fase gasosa (ar do solo) e uma fase viva (organismos do solo).
108
Os constituintes sólidos do solo encontram-se organizados em unidades estruturais, os agregados, constituindo um sistema tridimensional com espaços vazios entre as partículas sólidas e os agregados. Esse arranjo dos constituintes sólidos do solo e dos espaços vazios entre eles representa a?
Estrutura do solo.
109
Enquanto para a Pedologia a estrutura do solo é definida a partir do seu tamanho, forma e grau, a Física do Solo tenta quantificar a estrutura do solo a partir de?
De uma série de atributos físicos, sendo as relações entre massas e volumes os mais simples deles.
110
● Densidade de partículas (Dp): representa a massa específica dos sólidos que constituem o solo, sendo uma das características mais estáveis do solo, assim como a textura, não sendo afetada pelo manejo.
A Dp da maioria dos solos varia de 2,6 a 2,7 g cm-3, considerando-se o valor de 2,65 g cm-3 (massa específica do quartzo) como médio para a maioria dos solos minerais. Solos orgânicos têm menor Dp, enquanto solos ricos em Fe têm maior Dp. É calculada por: Dp (g/cm3) = Msólidos/Vsólidos
111
Densidade do solo (Ds): representa a relação entre a massa de solo seco e o seu respectivo volume total. A Ds reflete o arranjo das partículas do solo e dos espaços vazios entre elas, sendo um indicador de qualidade física do solo.
A Ds do solo é afetada pela estrutura do solo (Ds blocos > Ds grânulos), compactação (↑ compactação ↑ Ds), teor de matéria orgânica (↑ matéria orgânica ↓ Ds) e textura do solo (↑ teor de areia ↑ Ds). É calculada por: Ds (g/cm3) = Msólidos/ Vtotal
112
● Porosidade total (Pt):
indica a proporção do volume total do solo não ocupada por sólidos. Tem as mesmas implicações que a Ds, mas com comportamento inverso (↑ Ds ↓ Pt). É calculada por: Pt (cm3/cm3) = Mporos/Vtotal = 1 − Ds/Dp
113
● Umidade gravimétrica (U):
quantidade de água retida no solo em dado momento, expressa com base gravimétrica (massa de água por massa de solo seco). U (g/g) = Mágua/ Msólidos A relação abaixo, que expressa a massa de solo úmido (Mu) em função da massa de solo seco (Ms) e da umidade é bastante útil para uma série de cálculos: Mu = Ms. (1 + U)
114
● Umidade volumétrica (θ):
quantidade de água retida no solo em dado momento, expressa com base volumétrica (volume de água por volume total de solo). θ (cm3/cm3) = Vágua/Vtotal A relação abaixo, que expressa θ em função de U e Ds é bastante útil para uma série de cálculos: θ = U. Ds
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Distribuição de poros por tamanho no solo:
A porosidade do solo indica apenas a proporção do volume total do solo que não se encontra ocupada por sólidos, sendo pouco informativa a respeito da funcionalidade do sistema poroso do solo. Nesse sentido, é mais importante conhecer a distribuição dos poros do solo de acordo com o seu tamanho, pois as funções exercidas pelos poros do solo variam em função do seu diâmetro.
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Os poros maiores, denominados macroporos, são mais importantes para?
A aeração do solo e para a infiltração do excesso de água.
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os poros menores, os microporos, devido à capilaridade, são especialmente importantes para a?
São especialmente importantes para a retenção de água para as plantas e demais organismos do solo.
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A distribuição entre macro e microporos é afetada pela?
Pela textura e (arenoso predomínio de macroporos) e pela estrutura do solo (macroporosidade grânulos > blocos), conforme na figura a seguir.
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