LITÍASE BILIAR Flashcards
O que é colelitíase e qual sua prevalência?
A colelitíase é a presença de cálculos na vesícula biliar, geralmente assintomáticos.
Quais fatores estão associados ao desenvolvimento de cálculos biliares?
Idade, sexo, multiparidade, nível socioeconômico, obesidade, diabetes, cirrose, uso de anticoncepcionais, e cirurgias ou patologias no íleo terminal são fatores de risco associados.
Como a cólica biliar se manifesta?
A cólica biliar geralmente causa dor intensa no epigástrio ou no hipocôndrio direito, que pode durar entre 15 e 60 minutos e ser acompanhada de náuseas e/ou vômitos, especialmente após refeições. A dor pode ser intermitente.
Qual exame de imagem é o mais indicado para o diagnóstico de colelitíase?
O ultrassom abdominal é a técnica de escolha, com alta sensibilidade (95 a 98%) para detecção de cálculos biliares.
Quais são as possíveis complicações da colelitíase?
Complicações incluem colecistite aguda, coledocolitíase (cálculo nos ductos biliares), empiema, perfuração da vesícula, íleo biliar e, raramente, carcinoma da vesícula.
Qual é o tratamento definitivo para colelitíase sintomática?
A colecistectomia, principalmente a laparoscópica, é o tratamento de escolha.
Quando considerar o tratamento clínico da colelitíase?
O tratamento clínico pode incluir ácidos biliares (como o ursodesoxicólico) em pacientes com cálculos menores que 20 mm e alto risco cirúrgico. A litotripsia extracorpórea também pode ser considerada, mas sua indicação é controversa.
O que é colecistite aguda e qual sua principal causa?
Colecistite aguda é uma inflamação da vesícula biliar, geralmente devido à obstrução por cálculos (95% dos casos). Outras causas incluem torção do ducto cístico, obstrução por parasitas, ou infecções sistêmicas em casos de colecistite alitiásica (sem cálculos).
Como é realizado o diagnóstico laboratorial da colecistite aguda?
O diagnóstico inclui leucocitose com desvio à esquerda e elevação discreta de bilirrubina, fosfatase alcalina, TGO e TGP. Amilase elevada pode indicar pancreatite associada.
Qual a principal causa de icterícia obstrutiva extra-hepática?
A coledocolitíase é a principal causa de icterícia obstrutiva, seguida pelo câncer de cabeça do pâncreas.
Como diagnosticar e tratar a coledocolitíase?
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o padrão-ouro, permitindo diagnóstico e tratamento (papilotomia endoscópica) em 95% dos casos. A ultrassonografia e a tomografia abdominal são exames iniciais úteis.
Quais exames são fundamentais no caso de suspeita de colangite e qual é o critério de gravidade?
Os exames incluem ultrassonografia e testes laboratoriais (hemograma, bilirrubina, enzimas canaliculares e hepáticas). A gravidade pode ser classificada como leve (sem sinais de alarme), moderada (idade >65 anos, leucocitose >12.000, bilirrubina >5, febre >39 °C) ou grave (disfunção orgânica, como hipotensão ou insuficiência renal).
Qual a conduta inicial para casos graves de colangite?
Manter o paciente em jejum, administrar antibióticos (ceftriaxone e metronidazol para casos graves) e realizar CPRE se houver confirmação de cálculos biliares, especialmente em casos graves.
O que fazer em caso de evolução para pancreatite?
Manter o paciente em jejum, garantir hidratação e analgesia adequadas e monitorar cálcio e AST para avaliar a gravidade da pancreatite (critério de Hanson). Antibioterapia só é indicada em casos de necrose pancreática infectada.
Quando realizar cirurgia em pacientes com colangite grave ou pancreatite?
A colecistectomia deve ser realizada após um mês em casos graves. Em casos leves, pode ser feita na mesma internação.