Limitações constitucionais ao Poder de Tributar Flashcards

1
Q

As limitações constitucionais ao poder de tributar
são cláusulas pétreas.

A

C

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2
Q

A atualização monetária da base de cálculo e a modificação desta não estão sujeitas ao P. da Legalidade.

A

E

Art. 97
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II dêste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

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3
Q

A antecipação da data do recolhimento não se sujeita ao P. da Legalidade.

A

C

Súmula Vinculante n. 50: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade [e a nenhum outro]”.

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4
Q

A lei pode delegar aos conselhos de fiscalização de profissões, a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas.

A

E
STF: é inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que…

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5
Q

É possível ao Munícipio atualizar monetariamente o IPTU, mediante decreto, inclusive em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

A

E

Súmula 160, STJ: “É DEFESO [proibido], ao Munícipio, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”

Atualização monetária da base de cálculo não obedece ao P. da legalidade, mas deve obedecer aos índices de correção

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6
Q

Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal.

A

C
STF 2016

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7
Q

A aplicação do princípio da isonomia material deve assumir como parâmetro a capacidade contributiva, jamais por razões extrafiscais.

A

E

possibilidade de aplicação do princípio da isonomia material por razões extrafiscais (e não somente em razão da capacidade contributiva)

Ex.: é possível concessão de benefício à empresa que fique numa região menos desenvolvida. Isso assegura a isonomia. É o que ocorre com a proteção da zona franca de Manaus. Interesse em desenvolver essa região. É um objetivo inclusive constitucional.

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8
Q

É constitucional a lei que estabelece a possibilidade de o Fisco requisitar, diretamente para o banco, informações sobre patrimônio, rendimento e atividades econômicas do contribuinte, tendo como fundamento assegurar a eficiência da arrecadação.

A

E
Objetiva assegurar a capacidade contributiva - e não para assegurar a eficiência da arrecadação.

O STF entendeu pela constitucionalidade, pois isso não configura quebra de sigilo, trata-se apenas de transferência de dados sigilosos de um ente para outro, o qual também precisará manter o sigilo.

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9
Q

De acordo com STF, todos os impostos podem se sujeitar à progressividade, em observância ao princípio da capacidade contributiva.

A

C
(…) independentemente da classificação em reais ou pessoais. Ex.: o IPTU poderá ser progressivo

=> Progressividade é subprincípio da capacidade contributiva.

=> IR é o único c/ progressividade obrigatória

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10
Q

A possibilidade de a Receita Federal valer-se da representação fiscal para fins penais, a fim de encaminhar, de ofício, os dados coletados no âmbito do procedimento administrativo fiscal, quando identificada a existência de indícios da prática de crime, ao Ministério Público, para fins de persecução criminal, não autoriza o órgão da acusação a requisitar diretamente esses mesmos dados sem autorização judicial.

A

C
STJ 2022

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11
Q

Quando se tratar de fatos jurídicos continuados, como o IR, em que o fato gerador só se materializa no dia 31 de dezembro de cada ano, a lei tributária aplicável deve ser aquela vigente desde o início do ano-base do imposto, de forma a preservar o princípio da anterioridade e da irretroatividade.

A

C

Obs. (2020): o fato gerador do IR ocorre dia 31/12. No entanto, para satisfazer o princípio, é necessário que a lei de regência do IR seja a vigente em 31 de dezembro do ano anterior ao ano-base, pois teriam os contribuintes a prévia informação do quadro legal que regularia as suas atividades tributárias. É como se o fato gerador iniciasse em 1º de janeiro e terminasse em 31/12. Súmula 584, STF – cancelada

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12
Q

MP que implique instituição ou majoração de impostos, terá como marco para observância das anterioridades a conversão em lei, o que não se exige para os demais tributos.

A

C

Demais tributos: conta-se da publicação da MP.

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13
Q

A extinção ou redução de isenções também precisa respeitar as anterioridades.

A

C
Pois configura aumento indireto de tributo.

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14
Q

De acordo com o STF, em atenção ao princípio do não confisco, a multa punitiva não pode superar o valor do tributo devido e a multa moratória não pode exceder 20%.

A

C

Princípio do não confisco

Obs.: STF aplicável às multas (pela CF só seria para tributos)

Multa punitiva: fiz algo ilícito.
Multa moratória: atrasei o pagamento do tributo.

STF - a multa punitiva não pode superar o valor devido a título de tributo, caso contrário, ela será confiscatória. Não pode ser superior a 100% do valor do tributo.

STF - a multa moratória não pode exceder 20%; caso contrário, ela será confiscatória.

✓Aplica-se 20% também no caso de atraso na obrigação acessória. Ex.: multa por atraso na entrega da declaração.

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15
Q

A concessão de benefícios tributários só poderá ocorrer mediante lei específica que regule exclusivamente a matéria ou o correspondente tributo.

A

C

Art. 150, §6, CF

Princípio da reserva legal específica para concessão de benefícios tributários

STF – traz uma flexibilização: não é necessário falar exclusivamente da matéria ou do tributo, basta que o benefício fiscal tenha pertinência temática com aquilo que está disposto na lei. ADI 1379 e 4033

STF - não se aplica esse princípio à extinção de tributos, apenas para a concessão de benefícios fiscais. ADI 5794.

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16
Q

A concessão de isenção tributária configura ato discricionário do ente federativo competente para a instituição do tributo.

A

C

17
Q

Vedação às isenções heterônomas?

A

A União não pode conceder isenção de tributos estadual ou municipal. Por simetria, Estados não podem conceder isenção de imposto municipal.

18
Q

Pelo princípio da uniformidade geográfica da tributação, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

A

C

19
Q

A União, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou econômico nacional, poderá conceder isenções de impostos estaduais e municipais.

A

E

**Vedação às isenções heterônomas/heterotópica ** Art. 151, III

União não pode conceder isenção de tributos estadual ou municipal. Por simetria, Estados não podem conceder isenção de imposto municipal.

Exceções:
✓Isenção do ICMS e ISS pela União nas exportações (base constitucional)

20
Q

Tratado internacional não pode determinar a concessão de isenções de tributos estaduais e municipais, em razão da vedação às isenções heterônomas.

A

E

Possibilidade de o tratado internacional conceder isenções de tributos estaduais e municipais, não sendo consideradas isenções heterônomas, pois não é a União que firma o tratado, é a República Federativa do Brasil, apenas representada pelo PR. Se é a República Federativa, os estados também estão inclusos na pactuação do tratado. Assim, não é uma exceção ao princípio da vedação.

21
Q

É vedado à União, aos Estados e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

A

E

Vedado apenas aos Estados e aos Municípios
Art. 152, CF

Princípio da não discriminação baseada em procedência ou destinação

A União pode! Ex.: maior tributação de bens importados.

22
Q

Estados e Municípios podem instituir política tributária diversa para bens produzidos ou destinados a outros estados da federação, desde que sob o fundamento da promoção do desenvolvimento econômico dessas regiões.

A

E
Apenas União pode fazer isso.

Art. 152. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

23
Q

A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato.

A

C
Para incidência da imunidade, os requisitos devem ser cumpridos pelo contribuinte de direito.

24
Q

A imunidade tributária recíproca engloba as obrigações acessórias.

A

E

A imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição) impede que os entes públicos criem uns para os outros obrigações relacionadas à cobrança de impostos, mas não veda a imposição de obrigações acessórias

25
Q

Incide a imunidade tributária recíproca em se tratando de contrato de alienação fiduciária em que pessoa jurídica de direito público surge como devedora.

A

C
STF: Ou seja, não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido, mediante alienação fiduciária, por pessoa jurídica de direito público. O fato gerador do IPVA é a propriedade. Se considerarmos que a propriedade do veículo é do banco, teria que incidir o IPVA. Por outro lado, se entendermos que a propriedade é do Município (mesmo antes do pagamento integral), haveria imunidade tributária recíproca. A “propriedade” mencionada pela Constituição Federal deve ser interpretada em sentido amplo, de maneira a alcançar a posse a qualquer título. Como na alienação fiduciária há o desdobramento das faculdades da propriedade, ou seja, como a posse é separada dos demais poderes inerentes à propriedade, o critério para se aplicar a regra da imunidade deve ser a titularidade da posse direta. RE 727.851, 2020, Tema 985.

26
Q

As rendas decorrentes da aplicação de recursos dos Municípios são imunes ao IOF.

A

C
Imunidade recíproca em relação a impostos.

27
Q

A imunidade tributária recíproca engloba as empresas públicas e sociedades de economia mista executoras de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

A

C
STF

28
Q

A imunidade tributária sobre o livro aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico e dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.

A

C
SV 57, 2020