Liga de Neuro - João Flashcards

1
Q

Como se dá o processo de formação da linha primitiva?

A

Há o espessamento do epiblasto pelas células HNK1, formando a linha primitiva. Há uma proliferação celular caudo-cefálica. Na parte cefálica, há a formação do nó primitivo. Após esse primeiro momento, ocorre uma invaginação em toda a extensão da linha primitiva, formando o sulco primitivo. Na parte cefálica é formada a fosseta primitiva.

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2
Q

Como ocorre a conversão do disco embrionário de bilaminar para trilaminar?

A

As células da camada profunda do epiblasto migram para a parte central entre o epiblasto e o hipoblasto, formando o mesoderma. O epiblasto passa a se chamar ectoderma, o hipoblasto passa a se chamar endoderma.

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3
Q

Como é formado o processo notocordal? Qual a sua relação com a formação de neuroporos? E como a notocorda propriamente dita é formada?

A

O processo notocordal consiste na junção de parte das células mesenquimais com células do nó primitivo e da fosseta primária. Ela cresce em sentido caudo-cefálico, cessando seu crescimento na placa pré-cordal. A fosseta primária se projeta para o interior do processo notocordal, formando uma luz. Isso vai ser o canal notocordal. A camada do processo notocordal que está ligada ao endoderma vai se fundir e degenerar. A partir disso, há o aparecimento do neuroporo. A parte remanescente do processo notocordal invagina e forma a notocorda.

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4
Q

Qual o processo de formação dos discos intervertebrais a partir da notocorda?

A

A notocorda começa a desaparecer, mas a parte remanescente origina o núcleo pulposo do disco intervertebral.

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5
Q

Como é induzido o processo de neurulação e como ele ocorre?

A

A notocorda induz o espessamento do ectoderma, processo no qual as células se diferenciam em epiteliais espessas, compondo a placa neural. Essa placaneural vai crescer lateralmente, e com o desenvolver do processo cria-se uma invaginação. Essa invaginação gera duas cristas e formam um sulco neural. Paralelamente, nesse sulco neural, estão as pregas neurais que se aproximam cada vez mais, fechando e formando o tubo neural. Esse tubo neural se separa da superfície da ectoderme, assim como as cristas neurais que formarão posteriormente gânglios sensitivos, espinhais, do SNA e dos nervos cranianos V, VII, IX, X.

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6
Q

O que o tubo neural origina? O que cada terço de sua extensão forma?

A

O tubo neural formará o SISTEMA NERVOSO CENTRAL. Os dois primeiros terços do tubo formam o encéfalo, enquanto que o terço caudal forma a medula espinhal.

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7
Q

Como são formados os ventrículos e o canal central da medula? ÊNFASE em neuroporos. ÊNFASE no suprimento sanguíneo.

A

O canal neural que está diretamente em contato com a cavidade amniótica, por volta do 25º dia começa a fechar a partir do neuroporo rostral. Dois dias depois, o neuroporo caudal também é fechado, restando um espaço no interior desse tubo. Esse espaço nos dois primeiros terços do tubo - referentes à formação do encéfalo- origina os ventrículos. O espaço do terço caudal- referente à formação da medula espinhal- origina o canal central. Concomitantemente ao fechamento do canal neural é estabelecido o suprimento sanguíneo no tubo neural.

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8
Q

Como são formadas as zonas: ventricular, intermediária e marginal? ÊNFASE no que a zona ventricular origina // ZONA INTERMEDIÁRIA; ZONA MARGINAL. ÊNFASE na camada ependimária

A

Há o espessamento das células neuroepiteliais colunares pseudoestratificadas. Elas compõem a camada ependimária que reveste a luz do canal central da medula espinhal. Essa região é chamada de zona ventricular e nela será originada todos os neurônios e macróglias da medula. A zona intermediária será formada . A zona marginal é resultado das projeções axonais e futuramente será a substância branca da medula espinhal. A camada ependimária dará origem aos astroblastos que posteriormente formarão astrócitos. As microglias são provenientes do sangue.

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9
Q

Como se dá o processo de delimitação das regiões dorsal e ventral da medula espinhal?

A

O tubo neural é espessado pela proliferação das células neuroepiteliais. O crescimento lateral resulta em uma invaginação e na formação do sulco limitante. Esse sulco limitante separa a parte dorsal e ventral da medula espinhal através das placas alar e basal. A alar delimita a parte dorsal e a basal delimita a parte ventral. A placa basal forma o septo ???ventral??? e a fissura mediana ventral.

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10
Q

Entre a pia-máter e a aracnóide máter existe um espaço subaracnoideo preenchido pelo líquido cefalorraquidiano. Essas são duas das três camadas meníngeas. Como se dá a formação das camadas meníngeas e o líquido cefalorraquidiano? Onde essas meninges param de crescer? ÊNFASE em filum terminale. ÊNFASE em cauda equina.

A

A condensação do mesênquima origina a camada mais externa: a dura-máter. A camada mais interna gera a pia-aracnóide, juntamente com a participação da crista neural. O fluido acumulado entre a pia-aracnóide a divide em pia-máter e aracnoide-mater, criando o espaço subaracnoideo. A partir do surgimento dos plexos coroideos, haverá a secreção do líquido cefalorraquidiano que preencherá o espaço subaracnóideo. A medula espinhal finda nas vértebras L1 e L2. A dura-máter e a aracnóide-máter findam na vértebra S2. A pia-máter termina no ligamento filum terminale conectado a primeira vértebra coccígea. As raízes dos nervos inferiores à extremidade da medula ( cone medular) formam a cauda equina.

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11
Q

Atualmente a hipótese mais aceita diz que há vários locais de fechamento do tubo neural, provavelmente cinco. Um defeito no fechamento de um desses locais pode determinar o curso de algumas patologias. Cite as patologias associadas a deficiência no fechamento dos seguintes locais:

  • LOCAL 1
  • LOCAL 2
  • LOCAL 1, 2 E 4, associados.
A

LOCAL 1: espinha bífida cística

LOCAL 2: anencefalia

LOCAL 1, 2 E 4, associados: craniorraquisquise

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12
Q

O que são os cornos ventrais e dorsais? Como é formado a fissura mediana ventral e o septo dorsal? Como são formadas as raízes dorsais da medula espinhal

A

Cornos dorsais e ventrais são corpos celulares das placas alares e basais, originados das colunas cinzentas dorsais e ventrais, respectivamente. No caso dos cornos dorsais, sua função está ligada à núcleos aferentes, enquanto que nos cornos ventrais, sua função está ligada a núcleos eferentes. Devido ao crescimento do axônio dos cornos ventrais das placas basais, essas projeções axonais vão para fora da medula espinhal e formam as raízes dorsais dos nervos cranianos. As placas alares, em seu processo de crescimento, formam um septo dorsal. Já as placas basais, formam a fissura mediana ventral.

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13
Q

Como ocorre o desenvolvimento dos gânglios espinhais?

A

Gânglios espinhais são provenientes de células da crista neural que formam inicialmente neurônios bipolares, que juntam suas projeções e formam uma espécie de T, criando assim o neurônio unipolar aferente do gânglio espinhal. A projeção periférica desse gânglio espinhal vai através de nervos espinhais até terminações sensoriais. Já a projeção central desse neurônio unipolar penetram a medula espinhal e formam as raízes dorsais dos nervos espinhais.

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14
Q

O que é o processo de mielinização? ÊNFASE: oligodendrócitos ÊNFASE: células de Schwann

A

O processo de mielinização consiste no envolvimento dos axônios do neurônio por bainha de mielina. Essa mielinização começa no período fetal e se estende até o primeiro ano pós-natal. A mielinização ocorre primeiro nas raízes motoras para que depois seja realizada nas raízes sensitivas. Oligodendrócitos formam a bainha de mielina que vai envolver feixes dos nervos do SNC, enquanto que Células de Schwann- proveniente de células da crista neural- formam a bainha de mielina para envolver axônios dos nervos dos SNP.

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15
Q

Qual a definição para seio dérmico espinhal?

A

Seio dérmico espinhal é uma depressão da pele no plano mediano das costas na região lombossacral. O local dessa depressão é onde há o fechamento do neuroporo rostral do tubo neural, sendo ele o último lugar de contato do tubo neural com o ectoderma da superfície. Pode ocorrer, em alguns casos a ligação da dura-máter com o seio dérmico espinhal por um cordão fibroso.

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16
Q

ESPINHA BÍFIDA OCULTA. Discorra sobre isso.

A

Anomalias que envolvem algum defeito relacionado aos arcos vertebrais pode ser considerado como uma espinha bífida. A espinha bífida oculta é um dos tipos da patologia. Ela ocorre devido ao não-fechamento dos arcos vertebrais no plano mediano, devido a falta de crescimento das metades embrionárias dos arcos. Um sinal clínico característicos nesses casos é o aparecimento de um tufo de pêlos na região lombossacral do indivíduo. Geralmente não apresenta sintomas clínicos significativos, porém o paciente pode desenvolver algum tipo de dano às raízes dorsais e da medula espinhal subjacente.

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17
Q

ESPINHA BÍFIDA CÍSTICA. Discorra sobre isso. ÊNFASE: meningocele ÊNFASE: meningomielocele ÊNFASE: mielosquise

A

A espinha bífida cística, ao contrário da oculta, consiste numa protusão da medula espinhal devido a um defeito no arco vertebral. Quando o saco apresenta meninges e líquido cefalorraquidiano (LCR), mas a posição da medula espinhal e suas respectivas raízes e gânglios estão em posição normal, popdemos caracterizar o caso clínico como uma espinha bífida cística com meningocele. Se houver no saco, além da presença de meninges e LCR, o deslocamento da medula espinhal e suas raízes e gânglios da posição de normalidade, podemos defini-la como uma espinha bífida cístico com meningomielocele. O sintomas clínicos associados à espinha bífida cística é a perda da sensibilidade da pele ( anestesia), e paralisia de movimentos musculares. Pode haver até a paralisia dos esfíncteres em casos de meningomielocele. Caso haja um histórico familiar de pessoas que apresentaram espinha bífida cística, deve ser realizado uma amniocentese transabdominal, que consiste na retirada de parte do líquido amniótico para análise laboratorial. Caso esse líquido apresente uma alta taxa de alfa-fetoproteínas (AFP), uma ultrassom do feto pode confirmar um diagnóstico de espinha bífida cística. A meningomeilocele é mais perigosa e mais comum que meningocele. Por último, a mais grave das condições clínicas de espinha bífida cística é a mielosquise. Ela consiste num crescimento excessivo da placa neural e a não concretização do fechamento das pregas neurais e do neuroporo caudal, deixando a medula espinhal do feto aberta e exposta.

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18
Q

Qual a etiologia dos defeitos no tubo neural (fatores ambientais)?

A

Além dos fatores genéticos, fatores ambientais influenciam na incidência de espinhas bífidas. A ingestão de ácido valpróico- alticonvulsionante e antiepiléptico- pode aumentar as chances de ocorrência dessa patologia. Além disso, hipotermia e hipervitaminose de vitamina A, pode influenciar negativamente no aparecimento da anomalia congênita. Em contrapartida, a ingestão de ácido fólico antes da gravidez e até 3 meses a partir do seu início, reduz consideralvelmente os riscos de desenvolvimento de uma espinha bífida.

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19
Q

Quais as três vesículas encefálicas formadas a partir do fechamento do neuroporo rostral?Algumas dessas vesículas ainda se dividem. Cite as vesículas formadas a partir dessa divisão.

A

As três vesículas inicialmente formadas a partir do fechamento do neuroporo rostral são: o prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo. O prosencéfalo se dividirá em diencéfalo e telencéfalo; o mesencéfalo permanecerá como está; o rombencéfalo se dividirá em metencéfalo e mielencéfalo.

20
Q

Quais são as flexuras cefálicas? O que cada uma divide? L: sulco limitante.

A

A primeira das três flexuras cefálicas é a flexura mesencefálica. Ela divide o encéfalo anterior do encéfalo médio. A segunda flexura a ser formada é a flexura cervical. Ela ´se localiza ao nível da radícula superior do primeiro nervo cervical, na altura do forame magno. Divide a medula espinhal do encéfalo posterior. O crescimento desigual do encéfalo entre essas duas flexuras provoca o aparecimento de uma terceira: a flexura pontina. O surgimento dessa flexura faz com que haja uma adelgaçamento do teto do encéfalo posterior. A flexura pontina divide o metencéfalo do mielencéfalo. O sulco limitante avança até a junção entre o encéfalo anterior e o encéfalo médio. Por esse motivo, as placas alares e dorsais só são nitidamente identificáveis nos encéfalos posterior e médio.

21
Q

Qual vesícula secundária origina o bulbo? Como se dá o seu desenvolvimento? ÊNFASE: núcleos gráceis e cuneiformes. ÊNFASE: núcleos olivares ÊNFASE: pirâmides ÊNFASE: colunas dos neuroblastos das placas alares e basais.

A

A vesícula que originará o bulbo é o mielencéfalo. De forma semelhante ao que ocorre com a medula espinhal, haverá o espessamento do canal neural que formará um pequeno canal denominado como canal central do bulbo. Porém, diferente do que ocorre com a medula, neuroblastos da parte caudal do bulbo migram para a zona marginal e formam medialmente os núcleos gráceis e lateralmente os núcleos cuneiformes. Por esses núcleos passam os tratos que recebem os mesmos nomes, vindos da medula espinhal. A formação da flexura pontina faz com que o teto do encéfalo posterior fique mais delgado. A cavidade se transformará no quarto ventrículo e na parte rostral do mielencéfalo- bastante achatada- aparecerá em forma de diamante. As paredes do bulbo crescerão de forma lateral, e consequentemente as placas alares e basais estarão também lateralizadas, de forma que as raízes motoras e sensitivas se desenvolvem lado a lado. Neuroblastos das placas basais migram e formam os núcleos olivares. Na placa basal, há um par de feixes fibrosos corticoespinhais na zona marginal, que descem do córtex cerebral. São as pirâmides. Neuroblastos das placas basais originam os neurônios motores e dividem-se em três colunas: eferentes somáticos gerais- representado por neurônios do nervo hipoglosso; eferentes viscerais especiais- representado por neurônios que inervam os músculos dos arcos faríngeos; eferentes viscerais gerais- representado por neurônios que inervam os nervos glossofaríngeo e vago. Já os neuroblastos das placas alares originam os neurônios sensitivos e dividem-se em quatro colunas: aferentes somáticos gerais- recebem estímulos da superfície da pele; aferentes somáticos especiais- recebem recebem estímulos da orelha; aferentes viscerais gerais- recebem impulsos das vísceras; aferentes viscerais especiais- recebem impulsos das fibras gustatórias.

22
Q

Qual vesícula secundária forma a ponte e o cerebelo? Como ocorre a formação do cerebelo? Como é formado o córtex cerebelar e quais núcleos são formados a partir dos neuroblastos das placas alares? Qual o constitutivo da ponte?

A

A vesícula secundária que forma a ponte e o cerebelo é o metencéfalo. O cerebelo se forma a partir do espessamento das placas alares do metencéfalo- as paredes do metencéfalo crescem de forma lateral devido a formação da flexura pontina que provoca um adelgaçamento do teto e achatamento da vesícula. Esse espessamento da placa alar forma as intumescências cerebelares, que se projetam para o interior do quarto ventrículo e avançam para a parte rostral do mielencéfalo, se sobrepondo a ponte e ao bulbo e formando o cerebelo. O córtex cerbelar é formado a partir da migração de neuroblastos da zona intermediária das placas alares para a zona marginal. Outros neuroblastos formarão os núcleos centrais, dentre eles o núcleo denteado. E ainda outros neuroblastos dessa mesma placa formarão núcleos pontinos, núcleos vestibulares e núcleos de neurônios sensitivos do nervo trigêmio. A ponte é constituida de feixes de fibras nervosas que ligam os córtices cerebral e cerebelar à medula espinhal, na zona marginal da parte ventral do metencéfalo.

23
Q

Como é formado os plexos coroides e o líquido cefalorraquidiano?

A

O teto ependimário, adelgaçado pelo crescimento da flexura pontina, juntamente com a pia máter sobrejacente, formam uma tela coróide no metencéfalo. Essa tela coróide faz invaginações para o interior do quarto ventrículo que formam os plexos coróides. Esses plexos coróides secretam um líquido ventricular, que juntamente com acréscimos da superfície do encéfalo, da medula espinhal e da camada pia-aracnóide forma o liquido cefalorraquidiano (LCR). Esses plexos coroides também serão formados no terceiro ventrículo e nos ventrículos laterais. Evaginações do teto ependimário do quarto ventrículo faz evaginações em três locais que culminam com a sua abertura, e originam os forames de Magendie e de Luschka. Por esses forames, o líquido cefalorraquidiano passa dos ventrículos para os espaços subaracnoideos. A absorção do LCR ocorre nas vilosidades aracnoideas, que são formadas pela associação do epitélio da camada aracnóidea com o endotélio do seio venoso da dura-máter.

24
Q

Como é formado os colículos superiores e inferiores do mesencéfalo? O que é o aqueduto cerebral? O que os neuroblastos das placas basais do mesencéfalo originam? Como é formada a substância negra? E o pedúnculo encefálico?

A

Os colículos superiores e inferiores são formados a partir da migração dos neuroblastos das placas alares do mesencéfalo. Os colículos superiores estão relacionados aos reflexos visuais e os colículos inferiores estão relacionados aos reflexos auditivos. O aqueduto cerebral é o canal que liga o terceiro ao quarto ventrículo e é formado a partir do espessamento do canal neural do mesencéfalo. Os neuroblastos da placa basal do mesencéfalo formam os núcleos dos nervos cranianos III e IV, óculo-motor e troclear respectivamente, além dos núcleos reticulares e núcleos vermelhos. A substância negra deriva de uma diferenciação da placa basal e o pedúnculo encefálico é resultado de um conjunto de fibras que saem do encéfalo.

25
Q

Quais vesículas secundárias originam os hemisférios cerebrais e os tálamos, respectivamente? Como são formados as vesículas ópticas e telencefálicas. Como são formados o epitálamo, o tálamo e o hipotálamo?

A

As vesículas secundárias que originam os hemisférios cerebrais e os tálamos são o telencéfalo e o diencéfalo, respectivamente. Elas se originam de uma divisão da vesícula primária- o prosencéfalo. As vesículas ópticas são originadas de uma evaginação projetada lateralmente. Essa vesícula óptica vai ser o primórdio para a formação da retina e dos nervos ópticos. Um outro par de divertículos serão formados- as vesículas telencefálicas. Elas são os primórdios de desenvovlimento dos hemisférios cerebrais. A cavidade relacionada às vesículas telencefálicas formaraão os ventrículos laterais. No diencéfalo, três intrumescências irão surgir, da parte mais ventral para a mais dorsal, respectivamente: hipotálamo, tálamo e epitálamo. O epitálamo será formado a partir do teto e para a parte mais rostral da parede do metencéfalo. O hipotálamo será formado a partir da proliferação dos neuroblastos da zona intermediária, e futuramente serão desenvovlidos núcleos relacionados a funções endócrinas e homeostáticas. O tálamo formara uma saliência no 3° ventrículo, sendo que ele ira crescer lateralmente, e em 70% dos encéfalos, ocorrerá uma união de um tálamo ao outro, formado a adesão intertalâmica.

26
Q

Como se dá a formação da glândula pineal, da adenoipófise e da neuroipófise?

A

A glândula pineal é formada como um divertículo que se projeta para o interior do terceiro ventrículo, a partir do teto caudal do diencéfalo. Há uma proliferação celular dessa região, e a glândula pineal adquire uma forma de bastonetes. A adenoipófise é originada de uma evaginação do teto ectodérmico do estomodeu ( ectoderma oral), sendo que isso se inicia na terceira semana de desenvolvimento embrionário. A projeção desse divertículo hipofisário entra em contato com o infundíbulo, por volta da 5ª semana. Por volta da 8ª semana, a ligação entre o divertículo hipofisário e o ectoderma oral degenera-se e desaparece. A adenoipófise é formada pelas partes: distal- há uma proliferação da parte anterior do divertículo; tuberal - há a proliferção e crescimento em torno da haste infundibular; intermediária- não há um crescimento considerável, sendo reduzida a uma fina e delgada camada. A luz do divertículo hipofisário se reduz com o crescimento e proliferação celular das partes que o compõem. A neuroipófise é formada a partir de uma invaginação do neuroectoderma da parede do diencéfalo. Haverá a formação do infundíbulo que comporá três partes formadoras do divertículo neuroipofisário: parte nervosa- formação maciça resultante de uma proliferação de células neuroepiteliais, que serão diferenciadas pituícitos. Fibras nervosas provenientes da área hipotalâmica [ligada a haste infundibular], penetram a parte nervosa; haste infundibular; eminência média.

27
Q

O que é a hipófise faríngea?

A

A hipófise faríngea consiste num resquício da haste do divertículo hipofisário que se localiza no teto da orofaringe- ectoderma oral.

28
Q

Sobre o craniofaringioma: o que é? qual a sua provável etiologia? quais as suas manifestações clínicas?

A

O craniofaringioma consiste em uma neoplasia de natureza benigna, caracterizando como um tumor primário que geralmente acomete a região da sela turca e do terceiro ventrículo. A sua provável etiologia vem da formação de um resquício da haste do divertículo hipofisário (Bolsa de Rathke). Suas manifestações clínicas mais recorrentes é a de hipertensão craniana, devido a obstrução ao fluxo liquórico, ocasionando uma hidrocefalia - sintomas de dores de cabeça; atrofia visual, devido a má vascularização dos nervos ópticos e a deficiência na produção de GH e de outros componentes endócrinos.

29
Q

Explique sobre a filogenia do desenvolvimento cerebelar. ÊNFASE: arquicerebelo ÊNFASE: paleocerebelo ÊNFASE: neocerebelo.

A

O arquicerebelo forma o lobo floculonodular e tem ligação com a conexão auditiva.

O paleocerebelo forma o vermis e o lobo anteror e é associado a informações sensitivas provenientes dos membros

O neocerebelo é formado pelo lobo posterior e é associado ao controle dos movimentos dos membros.

30
Q

Como se dá a formação dos hemisférios cerebrais pelo telencéfalo? O que é o corpo estriado? ÊNFASE: forame interventricular. ÊNFASE: plexos coroides ÊNFASE: foice cerebral

A

A partir do telencéfalo, há a formação de um par de divertículos laterais a parte mediana, que são as vesículas cerebrais. A partir dessas vesículas cerebrais serão formados os hemisférios cerebrais que contam com uma cavidade que serão os ventrículos laterais. Inicialmente, esses hemisférios estarão em contato com o terceiro ventrículo através dos forames interventriculares. O plexo coróide do ventrículo lateral vai ser formado a partir do teto ependimário do terceiro ventrículo. A foice cerebral será formada a partir de uma fissura longitudinal do mesênquima, e formará a prega mediana da dura máter. O corpo estriado será formado a partir de uma saliência do assoalho dos hemisférios cerebrais, e é composto pelo núcleo caudado, dorsal, e núcleo lentiforme (putâmen e globo pálido), ventral. A extremidade caudal de cada hemisfério cerebral formará os lobos temporais direito e esquerdo.

31
Q

O que são as comissuras cerebrais? Quais são?

A

As comissuras cerebrais são feixes de fibras nervosas que conectam áreas correspondentes aos hemisférios cerebrais. A mais importante delas é a da lâmina terminal, que se estende do teto diencefálico até o quiasma óptico, sendo a via natural de conexão de um hemisfério ao outro. A comissura anterior vai interligar um lobo temporal ao outro e a comissura do hipocampo vai conectar o pilar direito do hipocampo ao esquerdo. O corpo caloso que ligam as áreas neocorticais.

32
Q

Como ocorre a formação da ínsula?

A

Como os pólos não crescem de forma igual, a não-uniformidade de crescimento dos pólos frontal e temporal faz com que a região interpolar fique deprimida. Essa região corresponde à insula.

33
Q

Quais são as camadas da parede dos hemisférios cerebrais?

A

As camadas que compõem os hemisférios cerebrais são as seguintes: ventricular; subventricular; intermédiária; marginal. A camada intermediária é formada a partir de uma migração de células da camada ventricular e dá origem as camadas corticais; a zona marginal é formada a partir da migração de células das camadas intermediárias. Por causa do direcionamento das células da glia radial, o eixo condutor se projeta em direção distal, de maneira que a substância cinzenta se estabeleça na região periférica, enquanto que um grande volume de substância branca se estabeleça na região mais central, formando o centro medular.

34
Q

Quais fatores pré-natais e pós-natais podem estar associados à ocorrência de paralisia cerebral?

A

PRÉ-NATAL: infecção materna ou distúrbios na tireóide; incompatibilidade do fator rH.

PÓS-NATAL: icterícia neonatal grave.

35
Q

Como pode ser definida a meningoencefalocele?

A

A meningoencefalocele é uma protusão em que o saco é composto de meninges, líquido cefalorraquidiano e parte do cerebelo.

36
Q

O que é meningoidroencefalocele?

A

É uma condição patológica determinada por uma protusão que apresenta os mesmos elementos que uma meningoencefalocele, acrescida pelo fato de apresentar uma parte do corno posterior de um ventrículo lateral.

37
Q

CÓRTEX HETEROTRÓPICO

A

Patologia em que há a interrupção da migração dos neuroblastos pelas células radiais da glia. Com isso, não há a formação do centro medular.

38
Q

MENINGOCELE CRANIANA

A

Quando há uma protusão, em que as meninges herniam, sendo um defeito da parte escamosa do osso occipital, podendo incluir o forame magno.

39
Q

MEROANENCEFALIA. EXENCEFALIA

A

Falha no fechamento do neuroporo rostral que provoca o defeito na formação da calvária e do primórdio do encéfalo anterior. Na exencefalia, a maior parte do encéfalo do embrião fica exposto ou faz extrusão através do crânio. Pela falta de suprimento vascular adequado decorrente da má-formação, o tecido nervoso sofre degeneração. Ocorre em um a cada mil nascimentos, e é de duas a quatro vezes mais frequentes em mulheres que em homens. Quando o defeito de fechamento do tubo neural é extenso, pode tratar-se de uma raquisquise. Está sempre associado à acrania( ausência de calvário). Altos níveis de AFP podem indicar anencefalia, pelo excesso de líquido amniótico.

40
Q

MICROCEFALIA

A

Condição patológica em que o indivíduo nasce com calvária e encéfalo subdesenvolvidos, apesar de apresentar face normal. Associado a um retardo mental grave, devido ao mau desenvolvimento do encéfalo. Agentes etiológicos incluem radiação, infecções e algumas drogas ( alcoolismo materno). Isso ocorre por um resultado de sinostose (união óssea) prematura de todas as suturas cranianas.

41
Q

AGENESIA DO CORPO CALOSO

A

Ausência do corpo caloso. Como se trata de uma comissura cerebral importante, a sua falta pode povocar convulsões e deficiência mental, em alguns casos.

42
Q

HIDROCEFALIA

A

Acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR), devido a um desequilíbrio de produção e/ou absorção de LCR no sistema ventricular do encéfalo. Pode ser apresentada em alguns casos por causa de um adenoma no plexo coroide, estenose do aqueduto cerebral, podendo resultar de uma infecção fetal ou associado a um parto prematuro causando uma hemorragia ventricular. A hidrocefalia pode ser subcategorizada em obstrutiva ou não-comunicante e não obstrutiva e comunicante. A obstrutiva ocorre quando o sistema ventricular aumenta parcial ou totalmente. Quando há uma obstrução no espaço subaracnoideo ou no quarto ventrículo, há o acometimento de todos os ventrículos. Caso ocorra uma obstrução no aqueduto cerebral, haverá o comprometimento dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo. Quando a obstrução ocorre no forame interventricular, apenas um dos ventrículos laterais são acometidos. A hidrocefalia não-obstrutiva ou comunicante ocorre quando há uma obliteração das cisternas aracnóideas ou devido a um mau funcionamento das vesículas arcnoideas.

43
Q

HIDROANENCEFALIA

A

Patologia em que há uma associação da ausência de hemisférios cerebrais com o acúmulo de líquido cefalorraquidiano. O tronco encefálico permanece estável e intacto.

44
Q

HOLOPROSENCEFALIA

A

Tem como fatores ambientais e genéticos prepoderantes: diabetes gestacional, teratógenos, uso abusivo de álcool, podendo destruir células do plano mediano do disco embrionário, acarretando falhas desde a terceira semana. Com isso, há um defeito no desenvolvimento do encéfalo anterior. Há um subdesenvolvimento do encéfalo anterior e os ventrículos laterais, frquentemente, estão fundidos. Causa anomalias na face, de forma que os olhos acabam por ficar juntos demais, sinal de sugestão da patologia. É resultante da clivagem incompleta do prosencéfalo.

45
Q

MÁ FORMAÇÃO DE ARNOLD CHIARI

A

Ocorre devido a uma hérnia através do forame magno para o canal vertebral, a partir de uma projeção do bulbo e do verme do cerebelo. Resulta num tipo d ehidrocefalia comunicante, em que há interferência na absorção do líquido cefalorraquidiano. Geralmente associada à espinha bífida com meningocele, espinha bífida com mielosquise e hidrocefalia.

46
Q

Quais os fatores etiológicos ambientais que propiciam a ocorrência de retardo mental?

A
  • Abuso de álcool
  • distúrbios de proteínas, lipidios
  • infecção materna e fetal (sífilis, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus
  • PÓS NATAL: toxinas, infecções cerebrais, traumas e envenenamento
47
Q
A