Leucemias - Parte II Flashcards

1
Q

Defina o conceito apresentado abaixo:
Presença de uma população clonal de células sanguíneas + mutação driver reconhecida de neoplasia hematológica + frequência alélica > 2% + ausência de citopenias.

A

Hematopoiese clonal.

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2
Q

A hematopoiese clonal é um estado biológico presente em 20%-30% das pessoas com idade > 60 anos e que predispõe os indivíduos ao desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares e neoplasias hematológicas, como SMD/AML. Neste ínterim, cite as 3 principais mutações relacionadas a este quadro.

A

DNMT3A, TET2 e ASXL1.

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3
Q

V ou F: a hematopoiese clonal que ocorre após quimioterapia ou radioterapia para uma neoplasia não mieloide está mais frequentemente associada à expansão de mutações em genes de resposta ao dano no DNA (TP53, PPM1D e CHEK2).

A

Verdadeiro.

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4
Q

Embora pareça contribuir com o surgimento ou agravamento de uma série de doenças, em alguns cenários, a presença da hematopoiese clonal pode ser benéfica. Cite 3 cenários em que esta associação é documentada.

A
  1. Menor risco de recaída após HCT alogênico, caso presente nas células do doador;
  2. Menor risco de Alzheimer;
  3. Menor mortalidade em câncer de cólon metastático.
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5
Q

A citopenia está presente tanto na citopenia clonal de significado indeterminado quanto na citopenia idiopática de significado indeterminado. Qual a principal diferença entre estas entidades?

A

Apenas a citopenia clonal de significado indeterminado está associada a uma mutação clonal.

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6
Q

V ou F: o risco de progressão para uma neoplasia mieloide (SMD ou AML) é comparativamente menor para aqueles com hematopoiese clonal (0,5%-1% ao ano) ou citopenia idiopática de significado indeterminado (1% ao ano) e maior para aqueles com citopenia clonal de significado indeterminado (10%-20% por ano).

A

Verdadeiro.

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7
Q

Quais os 2 critérios de alto risco para progressão de uma hematopoiese clonal para uma malignidade mieloide?

A

Uma das abaixo:
1. Mutação DTA (DNMT3A, TET2, ASXL-1) + 1 outra mutação mieloide;
2. Mutação de spliceossomo (SF3B1, SRSF2, U2AF1, ZRSR2).

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8
Q

Qual o fenótipo de SMD que caracteriza-se por anemia macrocítica grave + contagem plaquetária normal ou elevada + taxa relativamente baixa de progressão para AML e está associada aos genes RPS14 e caseína quinase 1A, usualmente com boa resposta ao uso de lenalidomida?

A

Síndrome 5q minus - del(5q33).

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9
Q

A SMD com sideroblastos em anel é uma entidade que costuma se manifestar em estágios mais precoces e apresenta bom prognóstico. Qual o gene associado a esta entidade?

A

SF3B1.

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10
Q

Anormalidades em quais cromossomos estão associadas aos piores desfechos em SMD?

A

Cromossomos 5 e 7.

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11
Q

V ou F: cariótipo normal ou -Y, del(11q), del(5q) ou del(20q) estão associados a melhor prognóstico em SMD.

A

Verdadeiro.

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12
Q

Os critérios de IPSS revisados são um dos mais utilizados para estratificar o risco da SMD. Quais os 6 elementos que compõem este escore?

A

Hemoglobina, contagem de neutrófilos, plaquetas, % de blastos na medula óssea, categoria citogenética (muito boa, boa, intermediário, ruim ou muito ruim) e a idade.

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13
Q

Quais as 2 situações que qualificam as mutações em TP53 como “multihit” e conferem o pior prognóstico em SMD?

A

Duas mutações separadas em TP53 ou perda do alelo selvagem restante por deleção cromossômica ou por perda de heterozigose neutra em cópia.

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14
Q

Cite 2 critérios que podem predizer maiores chances de resposta ao uso de agentes estimulantes de eritropoiese (eritropoetina, por exemplo)?

A

Baixos níveis de eritropoetina endógena (< 500UI/L ou idealmente < 200UI/L) e baixa demanda transfusional (< 2 bolsas no último mês).

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15
Q

Qual a % de casos de SMD que se apresenta como a síndrome do 5q minus? O que os estudos MDS-003, de fase II, e MDS-004, de fase III, demonstraram com o uso de lenalidomida neste contexto?

A

10 a 20% dos casos. Demonstrou, principalmente, redução da demanda transfusional. Aparentemente, também foi capaz de exercer efeito modificador de doença, com resposta citogenética alcançada em 50% a 73% dos pacientes.

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16
Q

Para pacientes com SMD de risco baixo a intermediário, SMD com mutação em SF3B1, SMD com sideroblastos em anel e trombocitose que não responderam às ESAs e são dependentes de transfusão de glóbulos vermelhos, qual tratamento pode ser ofertado?

A

Luspatercept.

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17
Q

A SMD positiva para HLA-DR15, usualmente caracterizada por medula óssea hipoplásica, com citogenética normal, baixo risco e um clone de hemoglobinúria paroxística noturna, pode responder a qual estratégia de tratamento?

A

Globulina antitimócito (ATG), ciclosporina ou ambos em combinação.

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18
Q

Qual o ponte de corte de IPSS-R e IPSS-M que qualifica a SMD como de baixo risco?

A

IPSS-R ≤ 3.5 e IPSS-M ≤ 0.

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19
Q

Para pacientes que falharam ao tratamento com os agentes de primeira linha para SMD, qual estratégia de tratamento costuma ser ofertada no cenário de baixo risco?

A

Agentes hipometilantes (azacitidina ou decitabina).

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20
Q

Quais as 2 opções de tratamento convencionais para a SMD de alto risco?

A

TCTH alogênico ou agentes hipometilantes.

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21
Q

Existem 3 grandes mutações somáticas relacionadas as neoplasias mieloproliferativas crônicas (NMPC) e que são mutuamente excludentes. Quais são elas?

A
  1. JAK2 (principalmente no éxon 14 [ou seja, V617F] e raramente no éxon 12);
  2. Calreticulina (CALR; principalmente deleções e inserções no éxon 9);
  3. Oncogene do vírus da leucemia mieloproliferativa (MPL; principalmente mutações no éxon 10).
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22
Q

Qual a % de pacientes portadores de trombocitemia essencial (TE) ou mielofibrose primária (MP) que erão negativos para JAK2, CALR e MPL, configurando um “triplo negativo”?

A

10% a 15%.

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23
Q

Qual a alteração esperada em esfregaço de sangue periférico para pacientes portadores de mielofibrose?

A

Leucoeritroblastose.

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24
Q

V ou F: o risco de transformação leucêmica é substancialmente menor para PV e TE (em 20 anos, < 10% para PV e < 5% para TE) do que para mielofibrose primária.

A

Verdadeiro.

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25
Q

Qual a principal causa de morbimortalidade em PV?

A

Eventos tromboembólicos.

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26
Q

Com base no estudo ECLAP, quais são as 2 variáveis melhores preditoras de trombose recorrente em PV?

A

Idade ≥ 65 anos e trombose prévia.

Extra:
- Nenhum fator: 2,5%;
- 1 fator: 5%;
- 2 fatores: 11%.

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27
Q

O International Prognostic Score of Thrombosis (IPST)A estratifica a TE em 3 grupos de risco para trombose, a saber: baixo risco (0 ou 1 ponto - 1% ao ano); risco intermediário (2 pontos - 2,4% ao ano); e alto risco (> 2 pontos - 3,6% ao ano). Quais as 4 variáveis deste score?

A
  1. Idade > 60 anos (1 ponto);
  2. Trombose prévia (2 pontos);
  3. Presença de fatores de risco cardiovascular (HAS, DM ou tabagismo - 1 ponto);
  4. Presença da mutação JAK2 V617F (2 pontos).
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28
Q

Para pacientes portadores de PV com baixo risco para trombose, qual o tratamento padrão?

A

AAS + flebotomias.

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29
Q

O estudo Cyto-PV incluiu 365 pacientes portadores de PV e os randomizou para 2 alvos de tratamento: Ht < 45% (regime mais intensivo) ou Ht entre 45 e 50% (menos intensivo). Após um acompanhamento mediano de 31 meses, qual alvo obteve melhores desfechos e tornou-se a recomendação padrão?

A

Ht < 45%, pois relacionou-se a menores taxas de eventos trombóticos maiores (3 x 10%) e menor mortalidade cardiovascular.

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30
Q

Pacientes com PV de risco intermediário ou alto para tromboses ou sintomáticos ou intolerantes a flebotomia são elegíveis para terapia de citorredução. Qual a droga de escolha?

A

Hidroxiureia.

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31
Q

Cite 2 opções de tratamento para os portadores de PV de risco intermediário ou alto intolerantes ou resistentes ao uso de hidroxiureia.

A

Ruxolitinibe (inibidor de JAK) e interferon.

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32
Q

Sabe-se que a hidroxiureia é potencialmente teratogênica. Para mulheres em idade fértil e que desejam gestar, qual a melhor opção de tratamento de citorredução para PV?

A

Interferon-α-2a peguilado (preferencialmente).

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33
Q

V ou F: pacientes com TE e trombocitose extrema (plaquetas > 1.000.000/mL) estão sob maior risco para tromboses.

A

Falso. Estão sob maior risco para sangramentos.

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34
Q

Paciente com TE e trombocitose extrema devem receber investigação para qual outra síndrome? Há alguma mudança na conduta? Qual o alvo de tratamento?

A

Síndrome de von Willebrand. Sim, pois deve-se evitar aspirina e administrar terapia citorredutora, com alvo de plaquetas < 400.000/ml.

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35
Q

Explique, de forma objetiva, o porquê de pacientes com TE e trombocitose extrema estarem sob maior risco para sangramentos.

A

Potencial desenvolvimento da síndrome de von Willebrand como resultado da adsorção (captura) excessiva de multímeros grandes de von Willebrand pelas plaquetas.

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36
Q

Qual exame pode ser solicitado para investigar suspeita de von Willebrand em TE?

A

Atividade do cofator do ristocetina. Caso < 30%, é sugestivo.

37
Q

Considere um paciente portador de mielofibrose em tratamento regular com a droga “X”. Ao interrompê-la abruptamente, intercorreu com dificuldade respiratória, síndrome de lise tumoral, infarto esplênico e evoluiu com choque e CIVD. Qual a droga “X”?

A

Ruxolitinibe - “síndrome de descontinuação de ruxolitinibe”. O desmame não pode ser abrupto.

38
Q

Qual a droga inibidora de JAK-2, validada pelos estudos JAKARTA-1 e JAKARTA-2, que pode ser ofertada para a primeira ou segunda linha de tratamento de mielofibrose de risco intermediário ou alto ou mielofibrose secundária? Qual o efeito colateral potencialmente fatal desta droga?

A

Fedratinibe. Síndrome de Wernicke (caso suspeita, suspender tratamento e repor tiamina IV).

39
Q

A tríade de mutações em TET2, ASXL1 e
SRSF2 são altamente específicas para qual condição hematológica?

A

Leucemia mielomonocítica crônica.

40
Q

Qual o ponto de corte de monócitos para considerar o diagnóstico de leucemia mielomonocítica crônica, segundo a WHO de 2022?

A

≥ 500/µL monócitos.

41
Q

A superexpressão da subunidade α do receptor de interleucina-3 (IL3RA ou CD123) e TCF4 ocorre em praticamente todos os casos de uma certa condição hematológica. Qual é esta condição?

A

Neoplasia de células dendríticas plasmocitoides blásticas (NCDPB).

42
Q

V ou F: o tratamento padrão para a neoplasia de células dendríticas plasmocitoides blásticas é a terapia anti-CD123 com tagraxofusp-erzs.

A

Verdadeiro.

43
Q

Considerando que o tempo para resposta com tagraxofusp-erzs é de 43 dias, qual terapia é ofertada como ponte para os portadores de neoplasia de células dendríticas plasmocitoides blásticas?

A

TCTH alogênico.

44
Q

V ou F: efeitos colaterais esperados com tagraxofusp-erzs incluem hipoalbuminemia, transaminite, trombocitopenia e síndrome de extravasamento capilar, com a maioria dos casos ocorrendo no primeiro ciclo de tratamento.

A

Verdadeiro.

45
Q

O linfoma linfoblástico é biologicamente similar à LLA. Qual a principal diferença entre estas 2 entidades?

A

O linfoma linfoblástico não apresenta envolvimento sanguíneo ou medular.

46
Q

Do ponto de vista morfológico e citoquímico, diferencie os tipos celulares abaixo (LLA x LMA):

  1. Blastos grandes + grande quantidade de grânulos + bastonetes de Auer + citoquímica positiva para MPO, esterase inespecífica e sudan black B;
  2. Blastos menores + sem grânulos + sem bastonetes de Auer + citoquímica negativa para os 3 corantes.
A
  1. LMA;
  2. LLA.
47
Q

Leucemia aguda com imunofenotipagem positiva para CD10, CD19, CD22, HLA-DR e TDT?

A

LLA.

48
Q

Qual a % de pacientes com LLA que apresentara um fenótipo de células T?

A

25%.

49
Q

Do ponto de vista citogenético e molecular, qual a alteração mais frequente em LLA?

A

É a translocação Ph, observada em 20% a 30% das LLA’s em adultos.

  • Translocação Ph: t(9;22)(q34.1;q11.2).
50
Q

V ou F: a hiperdiploidia (51-65 cromossomos), especialmente com triploidia dos cromossomos 4, 10 ou 17, é um fator de risco favorável e muito mais comum em crianças do que em adultos.

A

Verdadeiro.

51
Q

V ou F: a hipodiploidia (< 44 cromossomos) e a quase triploidia (56-78 cromossomos) possuem prognóstico desfavorável e estão altamente associadas a mutações no gene TP53.

A

Verdadeiro.

52
Q

O estudo de fase III ECOG1910 randomizou 286 pacientes adultos com LLA de células B Ph-negativa, em primeira remissão completa com MRD, para receberem um regime de quimioterapia padrão ou o anticorpo biespecífico para células T CD19-CD3. Qual foi este anticorpo? Quais os ganhos?

A

Blinatumomabe. Neste estudo, houveram ganhos em OS e SLR, tornando esta terapia pós-remissão como novo padrão.

53
Q

V ou F: a terapia de indução para LLA em adultos geralmente deve incluir vincristina, prednisona e uma antraciclina, com ou sem L-asparaginase ou ciclofosfamida.

A

Verdadeiro.

54
Q

Qual o ponto de corte de idade que podemos considerar para indicação dos regimes intensivos pediátricos em pacientes adultos com LLA?

A

Pacientes ≤ 40 anos, mas podem ser incluídos pacientes selecionados com ≤ 55 anos.

55
Q

Qual tratamento adicional pode ser ofertado na fase de indução e consolidação dos pacientes com LLA de células B CD20 positiva?

A

Rituximabe.

56
Q

Qual os 2 tratamentos de escolha para LLA Ph-positiva?

A

TKI direcionado ao BCR-ABL1 + quimioterapia ou blinatumomabe isolado.

57
Q

V ou F: opções de tratamento de resgate para pacientes com LLA de células B recaída ou refratária incluem blinatumomabe, inotuzumabe ozogamicina, tisagenlecleucel e brexucabtagene autoleucel.

A

Verdadeiro.

58
Q

Um dos motivos que explicam a maior incidência de infecções em LLC é a incapacidade de opsonizar bactérias de forma efetiva nos portadores desta condições. Quais os 3 germes que se aproveitam disso?

A

Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae.

59
Q

Qual a % de casos de anemia hemolítica em LLC? O tratamento com qual droga pode predispor a este quadro?

A

10-15%. Fludarabina.

60
Q

Qual a % de casos de trombocitopenia imune em LLC?

A

2-15%.

61
Q

Normalmente, eventos autoimunes em LLC responder a prednisona 1mg/kg. Qual medida cirúrgica pode ser recomendada em casos refratários?

A

Esplenectomia.

62
Q

Paciente com LLC desenvolve anemia normocítica e normocrômica com < 10.000 reticulócitos e ausência de eritroblastos em M.O. Diagnóstico?

A

Aplasia pura de células vermelhas (< 1% dos casos).

63
Q

Paciente com LLC passa a cursar com rápido crescimento de linfonodos, fígado, baço, perda de peso, anemia, trombocitopenia e aumento de LDH. Qual o diagnóstico? Com que frequência isso ocorre?

A

Transformação de Richter. Ocorre em 0,5% dos pacientes por ano.

64
Q

V ou F: mutações em TP53, CDKN2A NOTCH1 ou MYC são encontradas em aproximadamente 90% dos casos de síndrome de Richter.

A

Verdadeiro.

65
Q

Quais as 2 principais variantes da síndrome de Richter?

A

Linfoma difuso de grandes células B e linfoma de Hodgkin.

66
Q

O diagnóstico de LLC requer um aumento sustentado de linfócitos B maduros no sangue periférico. Qual o ponto de corte?

A

≥ 5.000 linfócitos.

67
Q

Quais os 4 marcadores que caracterizam o imunofenótipo da LLC?

A

CD19, CD20, CD23 e CD5.

68
Q

Diferenciar LLC do linfoma de células do manto é essencial, pois ambos expressam CD5. Quais outros 2 marcadores podem ajudar?

A

CD23 e ausência de expressão da ciclina D1 indicam LLC. O contrário, células do manto.

69
Q

Qual a principal anormalidade molecular/citogenética identificada em LLC?

A

del(13q).

70
Q

V ou F: translocações envolvendo BCL-2 [t(14;18)(q32;q21)] e BCL-3 [t(14;19)(q32;q13.1)] ocorrem em 5% a 10% dos casos. Por outro lado, a superexpressão do gene BCL-2, em mais de 70%.

A

Verdadeiro.

71
Q

Paciente com IGHV não mutado, expressão de ZAP-70 e CD38 e del(17p) e del (11q). Espera-se prognóstico bom ou ruim para este quadro de LLC?

A

Ruim.

72
Q

Defina a classificação de RAI com os critérios abaixo:

  1. Linfocitose isolada;
  2. Linfocitose + plaquetas < 100.000;
  3. Linfocitose + linfadenopatia;
  4. Linfocitose + Hb < 11;
  5. Linfocitose + hepatoesplenomegalia.
A
  1. 0;
  2. IV;
  3. I;
  4. III;
  5. II.
73
Q

Defina o estágio de Binet com os critérios abaixo:

  1. Ø anemia + Ø trombocitopenia + < 3 áreas linfóides aumentadas;
  2. Hb < 10 e/ou plaquetas < 100.000;
  3. Ø anemia + Ø trobocitopenia + ≥ 3 áreas linfóides aumentadas.
A
  1. A;
  2. C;
  3. B.
74
Q

Para pacientes mais jovens, “fit”, IGHV mutado e sem deleção (17p)/mutação TP53, qual o tratamento clássico?

A

FCR (fludarabina + ciclofosfamida + rituximabe).

75
Q

Quais as 2 opções preferenciais de tratamento para pacientes IGHV não mutados e com deleção (17p)/mutação de TP53?

A

iBTK (ibrutinibe, geralmente) ou venetoclax + obinituzumabe.

76
Q

Cite 3 eventos adversos importantes esperados com iBTK.

A

Sangramento, infecções atípicas (P. jirovecii, aspergilose e LEMP) e FA.

77
Q

O estudo MURANO foi um fase III que incluiu 389 pacientes com LLC recaída/refratária e os randomizou para venetoclax por 2 anos + RTX por 6 meses ou bendamustina + RTX por 6 meses. Qual braço alcançou melhor PFS?

A

Venetoclax + RTX.

78
Q

Qual o agente aprovado para a 3ª linha de tratamento em LLC?

A

Duvelisibe.

79
Q

Quais as 2 principais opções de tratamento disponíveis para a 2ª linha de LLC?

A

Ibrutinibe, acalabrutinibe, zanubrutinibe ou idelalisibe ± rituximabe;
Venetoclax ± anticorpo monoclonal anti-CD20.

80
Q

Os estudos de fase III E1912, Alliance, ILLUMINATE, ELEVATE-TN e SEQUOIA, qual a melhor opção para LLC virgem de tratamento: iBTK ou quimioimunoterapia? Qual o desfecho beneficiado?

A

iBTK. PFS.

81
Q

Imunofenotipagem com expressão de marcadores B, como CD19, CD20, CD123 e CD200, e de monócitos, como CD11c e CD25, e VE1 (uma coloração BRAF V600E). Qual a diagnóstico?

A

Leucemia de células pilosas.

82
Q

Qual o marcador imunofenotípico mais característico de leucemia de células pilosas?

A

CD103.

83
Q

V ou F: mutações em BRAF, mais especificamente BRAFV600E, são encontradas em 5% dos pacientes com leucemia de células pilosas.

A

Falso. Virtualmente, todos os pacientes apresentam essa mutação.

84
Q

Qual o tratamento padrão para a primeira linha de leucemia de células pilosas?

A

Cladribina ou pentostatina ± rituximabe.

85
Q

Cerca de 30-40% dos pacientes com leucemia de células pilosas apresentarão recaída. Cite 1 opção de tratamento para recidiva tardia (> 2 anos) e 1 para a precoce.

A

Tardia: re-exposição a cladribina ou pentostatina ± rituximabe.
Precoce: vemurafenibe ± rituximabe.

86
Q

Cite 2 opções clássicas de tratamento após a 2ª recaída em leucemia de células pilosas.

A

Ibrutinibe e moxetumomabe-pasudotox (imunotoxina anti-CD22).

87
Q

Qual vírus está intimamente relacionado a leucemia/linfoma de células T do adulto?

A

HTLV-1.

88
Q

Com relação ao tratamento da leucemia/linfoma de células T do adulto, qual agente pode ser adicionado ao esquema padrão de poliquimioterapia, com ganhos em ORR e PFS?

A

Anticorpo anti-CC4 (mogamulizumabe).