IVAI Flashcards
Tórax pediátrico - variantes da normalidade podem ser confundidas com doenças
- Timo normal
Comumente visto como um tecido de partes moles no madiastino anterior das crianças
De dimensões aumentadas por volta dos 5 anos de idade, regredindo até os 10 anos
Características associadas ao timo normal
Idade: pode ser bem grande até os 5 anos de idade
Gênero: 80% dos timos proeminentes são em meninos
Contorno:
Normal: convexo, ondulado
Anormal: lobulado, mal definido, irregular
Forma: variável
- pode cobrir a silhueta cardíaca e fazer o coração parecer proeminente
- pode ter extensão triangular proeminente para à esquerda ou direita, chamado “sinal de vela”
Consistência: homogêneo, sem calcificação
Características associadas ao timo anormal
Associação com derra e pleural ou derrame pericárdico
Associação com doença pulmonar
Compressão de estruturas adjacentes: vias aéreas e/ou veia cava superior
Forma espiculada, lobulada
Diagnósticos diferenciais: linfoma, teratoma, cisto tímico, histiocitose de células de langerhans
Na presença de timo proeminente de tamanho questionável para a idade no RX de tórax
Considerar repetir RX de tórax após 6 semanas
Considerar a possibilidade de TC de tórax com contraste
Considerar USG para avaliar arquitetura normal
Infecção de vias aéreas inferiores
- causa mais comum de doença em crianças
- a avaliação de potencial infecção das vias aéreas inferiores é uma das indicações mais comuns para exames de imagem em crianças
- 4m e 5: vírus
- 5 anos: vírus ainda os mais comuns - Mycoplasma pneumoniae, pneumococo começa a ser frequente a partir dos 8 anos
Bronquiolite
Infecção viral das vias aéreas inferiores
É uma pneumonia viral (7m - 2 anos)
Inflamação de pequenas vias aéreas - edema peribrônquico - edema e detritos necróticos + mucos - oclusão de pequenas vias aéreas - hiperinsuflação e atelectasias subsegmentares (não conseguem fazer a expiração)
Bronquiolite - considerações anatômicas tornam as crianças mais predispostas ao aprisionamento aéreo e colapso
Diâmetro do lúmen das pequenas vias aéreas
Circulação colateral e ventilação pouco desenvolvidas
Produção mais abundante de muco
Bronquiolite - sinais e sintomas
Mais comuns: tosse e chiado
Outros: sintomas do trato respiratório superior, pode ter febre, hipóxia/insuficiência respiratória em casos graves
Bronquiolite - achados de imagem
Melhor pista diagnótisca: hiperinsuflação e infiltrado peribrônquico (distância dos arcos costais aumentada)
Hiperinsuflação bilateral e simétrica
Diafragma retificado
Pulmão normal: hilo com vasos saindo, vasos são vistos mais comumente na base
Melhor pista diagnóstica para doença viral
Hiperinsuflação (hiperluscência - achatamento dos diafragmas, depressão do diafragma para mais de 10 costelas posteriores, aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax)
Infiltrado peribrônquico (marcações grosseiras irradiando do hilo para o pulmão, áreas centrais dos pulmões podem parecer “sujas”)
Ausência de consolidação
A hiperinsuflação pode gerar uma atelectasia pela obstrução dos bronquíolos que levará a um colabamento
Pneumonia redonda
Febre e taquidispneia
Infecção do parênquima
O RX não deve ser rotina
Até os 8 anos (circulação colateral não muito bem desenvolvida) - ausência de circulação colateral Predispõe a aparência “redonda” no RX
Após os 8 anos de idade, massa arredondada visualizada no RX de tórax é mais suspeita de outra patologia
Raramente há casos relatados em adultos
Principal agente etiologico: pneumococo
Sinais e sintomas - pneumonia redonda
Comuns: tosse e febre
Outros sinais: mal estar geral, dor abdominal, se os sintomas clássicos de pneumonia estiverem presentes, outras causas de massas torácicas não precisam ser excluídas
Achados de imagem - pneumonia redonda
Melhor pista diagnóstica: opacidade pulmonar arredondada com bordas bem definidas em uma criança com menos de 8 anos de idade
Localização mais comum: nos segmentos superiores dos lobos inferiores
O tamanho pode variar ao depender do tempo de evolução da doença, podendo se transformar em uma pneumonia lobar
Respeita a anatomia lobar, sem atravessar fissuras
Presença de broncogramas aéreos
Controle radiológico
RX’s de rotina para garantir a resolução de pneumonias não são indicados
Reservado para sintomas persistentes ou recorrentes
Diagnóstico diferencial na falha do tratamento: obstrução bronquial (corpo estranho), aspiração pós-quadro de refluxo, distúrbio sistêmico subjacente (imunodeficiência, anemia falciforme, fibrose cistica)
6 semanas*
Avaliação de complicações
Efusões pleurais parapneumônicas
Pneumatoceles
Derrame pleural e empiema
Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural secundário à uma infecção pulmonar
Exsudato fibrinopurulento - empiema (bactéria, pus) + realce da pleural
Transudato (fluido não exsudativo) - derrame pleural (anecoico)
Melhor ferramenta para o diagnóstico diferencial: USG
Sinal da parábola/menisco
Laurel*
Derrames muito volumosos - empiema
Derrame pleural e empiema - sinais e sintomas
Comuns: falta de ar
Outros: febre/sepse persistente apesar de antibioticoterapia para pneumonia
Pneumatocele
Cavidades que se comportam como uma complicação
Na maioria das vezes associada à infecção pelo Staphylococcus aureus
Também devido ao pouco desenvolvimento da circulação colateral