Intoxicação Carbamato Flashcards
Inibição reversível da acetilcolinesterase, levando à acumulação de acetilcolina e estimulação colinérgica excessiva.
Inibição reversível da acetilcolinesterase, levando à acumulação de acetilcolina e estimulação colinérgica excessiva.
Quais são os sinais muscarínicos da intoxicação por carbamatos?
Sialorreia
Lacrimejamento
Bradicardia
Broncorreia e broncoespasmo
Diarreia e vômitos
Miose
Quais são os sinais nicotínicos da intoxicação por carbamatos?
Fasciculações musculares
Fraqueza muscular
Paralisia respiratória (em casos graves)
Quais são os sinais neurológicos na intoxicação por carbamatos?
Cefaleia
Agitação
Convulsões
Coma
Diagnóstico
Clínico: baseado em história de exposição e sinais colinérgicos (muscarínicos, nicotínicos e neurológicos).
Confirmatório: níveis reduzidos de colinesterase no sangue. (medida da atividade eritrocitária de acetilcolinesterase é proporcional ao grau de toxicidade mas pouco disponível)
Se dúvida: Prova terapêutica com Atropina 1 mg IV -> ausência de efeitos anticolinérgicos como taquicardia, midriase, pele seca reforça o diagnóstico
Quais condições podem mimetizar a intoxicação por carbamatos?
Intoxicação por organofosforados (diferença: inibição irreversível da colinesterase).
Síndrome colinérgica por outras causas (por exemplo, overdose de pilocarpina).
Doenças neurológicas (como miastenia gravis).
Quais perguntas devem ser feitas na anamnese para intoxicação por carbamatos?
Exposição: tipo de carbamato, forma de contato (ingestão, inalação, contato dérmico).
Tempo de exposição: há quanto tempo os sintomas começaram.
Histórico ocupacional: trabalha com pesticidas ou químicos similares?
Histórico médico: condições que podem agravar os sintomas (asma, epilepsia).
Quais são os achados esperados no exame físico de um paciente com intoxicação por carbamatos?
Muscarínicos: salivação excessiva, lacrimejamento, broncorreia, miose.
Nicotínicos: fasciculações, fraqueza muscular.
Neurológicos: alterações no nível de consciência, convulsões.
Respiratórios: Broncoespasmo e Insuficiência respiratória devido à paralisia muscular
Quais são as prioridades no manejo inicial de intoxicação por carbamatos?
Remoção da roupa contaminada.
Irrigação da pele e mucosas com água abundante (em caso de contato dérmico).
Suporte respiratório: oxigênio e ventilação assistida, se necessário.
Manejo
- MOVE
- ABCD
- Suporte O2 , IOT precoce se RNC ou Insuficiência respiratória
- Se bradicardia e hipotensão - ressucitação volêmica
- Descontaminação: Carvão ativado se < 1 h e capacidade de proteção da VA
- Irrigação da pele e dos olhos + retirada de roupas
- Atropina (Antidoto para toxicidades colinérgicas)
Atropina: ma, dose
antagonista muscarínico para controlar os sintomas colinérgicos.
Dose inicial: 2- 5 mg IV bolus seguido de BIC
Dobrar a dose a cada 3-5 minutos até melhora sintomática (Broncorreia e broncoespasmo**)
Quais são os sinais de atropinização bem-sucedida no tratamento?
Redução da broncorreia ( Ressecamento da secreção)
Melhora da frequência cardíaca. ( aumento FC)
Diminuição do desconforto respiratório
V OU F: Taquicardia e midriase não são contraindicações a novas doses e nem marcadores de melhora
V
O uso de oximas, como a pralidoxima, é indicado na intoxicação por carbamatos?
Geralmente, não é necessário, pois a ligação dos carbamatos à acetilcolinesterase é reversível.
Entretanto, pode ser considerada em intoxicações graves ou se houver dúvida entre carbamatos e organofosforados.
Pralidoxima: indicação e dose
Indicação: intocicações graves ou dúvida entre carbamato e organofosforado
dose: bolus 30 mg/ kg IV 30 min, seguido de BIC 8 mg/kg/h nos casos mais graves