Intestinos - 1 Flashcards

1
Q

O que é um pólipo?

A

Qualquer lesão que surja na superfície interna do TGI e se projeta para sua luz

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Classificação dos pólipos:

A
  • Neoplásicos: adenomas, adenocarcinomas

- Não neoplásicos: hiperplásico, inflamatório e hamartoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Composição do pólipo serrilhado:

A

Hiperplásico + adenomatoso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Pólipos adenomatosos:

A
  • São os pólipos mais frequentes do intestino grosso
  • Incidência aumenta com a idade
  • Apresentam epitélio displásico (precursor de câncer - mas nem sempre evolui para tal)
    • Displasia de baixo grau: não acomete a lâmina própria
    • Displasia de alto grau: acomete a lâmina própria
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Classificação histopatológica dos pólipos aenomatosos:

A
  • Tubular: mais comuns (85%); pequeno tamanho e pedunculados; melhor prognóstico
  • Viloso (5-10%): maiores e geralmente sésseis; pior prognóstico
  • Tubulovilosos (5-10%): características intermediárias
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Carcinoma invasivo:

A

Para o adenocarcinoma colorretal, o termo carcinoma invasivo indica invasão da submucosa (pois a mucosa colorretal não apresenta vasos sanguíneos ou linfáticos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Fatores de risco para malignização de um pólipo adenomatoso:

A
  • Tamanho (> 2 cm)
  • Tipo histológico (viloso é o de maior risco)
  • Grau de displasia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Clínica dos pólipos adenomatosos:

A

Na maioria das vezes são assintomáticos. Principal sintoma: hematoquezia
Obs.: adenomas vilosos grandes podem cursar com diarreia mucoide profusa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Exames para detecção de pólipos:

A

-Clister opaco
-Sigmoidoscopia flexível
-Colonoscopia
Obs.: como os adenomas podem ser sincrônicos ou coexistirem com câncer, a colonoscopia é obrigatória, mesmo que um pólipo seja diagnosticado por sigmoidoscopia flexível.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Pólipos hiperplásicos:

A

-Diminutos (portanto sésseis)
- 2º pólipos colorretais em frequência
-Quase que exclusivos do reto e sigmóide
-Hiperplasia das criptas colônicas, sem displasia
Obs.: encontro de pólipo hiperplásico por sigmoidoscopia flexível > não precisa fazer colono

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Pólipos hamartomatosos:

A

Juvenis: maiores (1-3 cm), pedunculados; predominam em crianças até 5 anos; podem complicar com sangramento, intussuscepção e prolapso pelo reto; crescimento celular focal excessivo, composto por células idênticas ao tecido sadio, porém que não conserva a arquitetura normal dos tecidos vizinhos
-De Peutz-jeghers: mesmas características macroscópicas dos juvenis; ilhas de células epiteliais colunares circundadas por músculo liso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Pólipos inflamatórios:

A

-Associados À doenças inflamatórias intestinais; resultam da regeneração/cicatrização dos processos inflamatórios. Se associam, indiretamente a um maior risco de câncer.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Abordagem de um paciente com pólipo colorretal:

A
  • Polipectomia para todos os pólipos colorretais, para estudo hitopatológico
  • Pólipos adenomatosos devem ser exaustivamente investigados para malignidade. Se tiver carcinoma invasivo > polipo maligno.
  • Colonoscopia de rastreio deve ser feita após 3 anos. Na ausência de recidivas > rastreamento a cada 5 anos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Critérios para polipectomia curativa de um pólipo maligno:

A
  • Ressecção de todo o pólipo
  • Margens livres
  • Histologia bem diferenciada
  • Ausência de invasão vascular ou linfática
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Rastreamento colonoscópico para parentes de 1º grau:

A
  • Adenoma do caso índice avançado e diagnosticado antes dos 60 anos
  • Irmãos, quando um dos pais teve câncer colorretal em qualquer idade
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Polipose adenomatosa familiar (PAF):

A
  • Autossômica dominante
  • Numerosos pólipos adenomatosos em todo cólon/reto (pode ter no estômago e duodeno também)
  • Começa na adolescência; pode causar diarreia e sangramento retal ou ser assintomática
  • 90% dos casos > mutação no gene APC
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Classificação da PAF:

A
  • Forma clássica: > 100 pólipos

- Forma atenuada: 10-100 pólipos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Achado clássico da PAF:

A

Hiperpigmentação retiniana hipertrófica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Importante causa de morbimortalidade em pacientes com PAF:

A

Tumores desmoides:massas tumorais fibrosas que podem aparecer espontâneamente ou após laparotomia. Crescem mais frequentemente no mesentério.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

TTO da PAF:

A

Tem que fazer colectomia profilática (pois a probabilidade de câncer por volta dos 40 anos é de quase 100%).
Técnica cirúrgica mais utilizada: colectomia total (protocolectomia) + anastomose ileoanal, com bolsa ileal.
Obs.: caso se opte por uma colectomia subtotal (com preservação de reto), deve-se fazer sigmoidoscopia a cada 3-6 meses para acompanhamento.
Obs.: tem que fazer EDA a cada 1-3 anos a partir de 25-30 anos, como screening de tumores gástricos/duodenais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quando fazer a cirurgia no paciente com PAF:

A

Antes dos 20 anos. Evitar fazer na infância

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Conduta nos familiares de pacientes com PAF:

A

1) Fazer teste genético no caso índice
2) Se o teste for negativo > retossigmoidoscopia em todos os parentes em risco a partir de 10-12 anos
3) Se o teste for positivo > fazer teste em todos os parentes em risco
4) Teste negativo em um parente > nenhuma conduta adicional
5) Teste positivo no parente > retossigmoidoscopia a partir de 10-12 anos
6) Impossibilidade de realização de teste > retossigmoidoscopia a partir de 10-12 anos

Obs.: na forma atenuada, há predileção dos pólipos pelo cólon direito. O screenin começa por volta dos 25-30 anos e é feito com colono.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Variantes da PAF:

A
  • Síndrome de Gardner: polipose colorretal + osteomas (principalmente de mandíbula e cranianos). Pode estar associada a tumores de partes moles (lipoma, fibroma, tumores desmoides…) e dentes supranumerários
  • Síndrome de Turcot: polipose colorretal + tumores de SNC (principalmente meduloblastoma)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Polipose juvenil familiar:

A

-Autossômica dominante
-10 ou mais pólipos hamartomatosos juvenis colorretais
-Pólipos pedunculados, 1-3 cm, com alta propensão ao
sangramento
-Surgem entre 4-14 anos
-Hematoquezia, anemia ferropriva
Obs.: alguns pólipos podem adquirir focos adenomatosos. Risco de malignização em torno de 10%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Síndrome de Cowden:

A

Polipose juvenil familiar com polipos hamartomatosos em pele e mucosas e hiperceratose palmoplantar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Síndrome de Peutz-Jeghers:

A

Numerosos pólipos hamartomatosos em todo TGI + manchas melanóticas de pele e mucosas
O hamartoma possui tecido muscular liso envolvendo o tecido glandular
-Pólipos predominam no delgado. Podem causar episódios recorrentes de intussuscepção
-Predisposição à cânceres extra-intestinais (ovário, testículo, pâncreas e mama)
-Conduta: colono + transito de delgado + EDA a cada 2 anos + USG de pâncreas anual. Em mulheres também fazer USG pélvica anual + mamografia (25, 30 ,35, 38, 40, bianual)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Fatores de risco para CCR:

A
  • Síndromes de polipose familiar
  • Dieta rica em calorias, gordura animal, carboidratos refinados e carne vermelha
  • Obesidade, principalmente abdominal
  • Tabagismo
  • Etilismo
  • História pessoal de adenoma/adenocarcinoma esporádico
  • História de CCR esporádico em familiar de 1º grau
  • Pólipo adenomatoso > 1cm (principalmente se for viloso)
  • DII (a lesão precursora é uma displasia epitelial que surge na parede do cólon)
  • DM2
  • Acromegalia
  • Ureterossigmoidostomia (tto de CA de bexiga)
  • Endocardite infecciosa por S. bovis
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Qual a forma mais comum de CCR?

A

Adenocarcinoma que surge de maneira esporádica (se origina de um pólipo adenomatoso esporádico - sequência adenoma - adenocarcinoma)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Síndrome de Lynch (HNPCC):

A

-Síndrome de CCR hereditário mais comum (até 3 % de todos os casos de CCR).
-Mutação em genes que regulam o reparo do DNA > instabilidade de microssatélites
Diagnóstico pelos critérios de Amsterdam modificados:
-Presença de CA colônico ou outro relacionado à HNPCC em 3 ou mais parentes, sendo que um deles deve ser parente de 1º dos outros 2
-Pelo menos 1 caso de CCR antes dos 50 anos
-CCR envolvendo pelo menos 2 gerações
-Ausência de síndrome de polipose hereditária
-Desenvolvem CCR em idade precoce; principalmente em cólon direito e ceco
-O CCR não se desenvolve a partir de pólipos típicos

Obs.: nesses indivíduos, tem que fazer rastreio com colono a partir dos 21-25 anos; EDA a partir dos 30-35; e e exame pélvico, US transvaginal e biópsia endometrial a partir dos 25 anos em mulheres.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

2 subgrupos da S. Lynch:

A
  • S. Lynch tipo I: predisposição apenas para CCR
  • S. Lynch tipo II: predisposição para CCR e tumores ginecológicos (principalmente endométrio). Manchas café com leite na pele são comuns. Na variante Muit-Torre > cistos sebáceos ou tumores sebáceos malignos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Fatores protetores para o CCR:

A
  • Consumo de grandes quantidades de frutas/verduras > parece reduzir incidência de câncer distal
  • Consumo regular de peixes e ômega 3
  • Cálcio
  • Altas doses de piridoxina (vit B6)
  • Exercícios físicos e prevenção de obesidade
  • Aspirina e outros AINE
  • **TRH não deve ser recomendade exclusivamente para reduzir risco de CCR
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Como rastrear CCR em pacientes sem história familiar?

A

A partir dos 50 anos até 75 (no máximo 85 anos)
Melhores métodos:
-Colonoscopia (mais sensível) a cada 10 anos OU
-Colonoscopia virtual (TC helicoidal virtual) a cada 5 anos OU
-Retossigmoidoscopia (só vai até à flexura esplênica) a cada 5 anos
Obs.: um outro método de rastreio seria a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Se for positiva > colonoscopia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Como rastrear CCR em pacientes com história familiar?

A

Se o parente tiver sido diagnosticado antes de 60 anos ou 2 parentes de 1º:
-A partir dos 40 anos (ou 10 anos antes do parente com diagnóstico mais precoce). Colono a cada 5 anos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Tipos de CCR:

A
  • Lesões polipoides: predominam no lado direito (ceco e cólon ascendente)
  • Lesões anulares constrictivas: predominam no lado esquerdo (cólon descendente, sigmoide e reto)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Disseminação do CCR:

A
  • Através da parede do intestino, invadindo órgãos adjacentes
  • Através dos linfáticos para linfonodos regionais
  • Através da veia orta para o fígado
  • Por toda a cavidade peritoneal, para pulmões e ossos
  • CA retal pode invadir vagina, próstata, bexiga, ureteres e ossos da pelve
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Mutações que podem estar relacionadas ao CCR:

A
  • APC seguida de K-ras e p53

- Mutação em genes de reparo do DNA (S. de Lynch)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Clínica do CCR:

A
  • Cólon esquerdo: alteração do hábito intestinal (constipação progressiva ou constipação alternada com diarreia). Ocorre pois o cólon esquerdo tem menor calibre e presença de fezes semissólidas
  • Cólon direito: perda ponderal, sangue oculto e anemia ferropriva. Raramente causam obstrução (maior calibre e presença de fezes líquidas). Geralmente diagnosticados em estágios mais avançados.
  • CA retal: hematoquezia, constipação, tenesmo e eliminação de muco. Invasão de órgão adjacentes
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Diagnóstico do CCR:

A

Suspeitar principalmente em idosos, com sangramento retal, alteração do hábito intestinal, dor abdominal, perda ponderal e anemia ferropriva.
Exames confirmatórios:
-Retossigmoidoscopia flexível
-Clister opaco (revela apenas tumores mais avançados - sinal da maçã mordida)
-Colonoscopia (padrão-ouro)
Obs.: colono virtual (TC helicoidal com reconstrução de imagens) > quando a lesão for estenosante e impedir a passagem do aparelho.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Estadiamento do CCR:

A
  • Tumor de cólon: o T e o N só podem ser determinados com precisão após a cirurgia; TC para detectar metástases à distância
  • Tumor de reto: toque retal + USG endoscópica transretal ou RNM para avaliar profundidade de invasão e envolvimento de linfonodos do mesorreto; TC abdominal para excluir metástases hepáticas e RX de tórax ou TC de tórax para excluir metástases pulmonares.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Papel do CEA no CCR:

A

Não tem valor diagnóstico (baixa sensibilidade e especificidade)
A quantificação pré-operatória tem valor prognóstico (valores > 10 ng/mL indicam doença avançada)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

TTO do CCR:

A

Na maioria das vezes é possível realizar cirurgia curativa.
-Ressecção com amplas margens de segurança (5 cm para tumor de cólon e 2 cm para o CA de reto) + ressecção de linfonodos regionais (pelo menos 12) + ressecção de meso e suprimento vascular.

Obs.: durante a indução anestésica > primeira dose de ATB profiláticos (devem cobrir gram negativos e anaeróbios).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Qual a cirurgia para tumores de ceco e cólon ascendente?

A

Hemicolectomia direita (proção distal do íleo + todo ceco e cólon ascendente + metade do transverso)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Qual a cirurgia para tumores em flexura hepática e metade direita do transverso?

A

Hemicolectomia direita ampliada. Anastomose entre o íleo e o restante do transverso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Qual a cirurgia para tumores de porção média de cólon transverso?

A

Transversectomia. Pode haver infiltração de estômago > ressecção parcial do órgão.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Qual a cirurgia para tumores de metade esquerda do transverso e flexura esplênica?

A

Retira metade esquerda do transverso e cólon descendente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Qual a cirurgia para tumores de cólon descendente?

A

Retira metade esquerda do transverso, cólon descendente e sigmoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Qual a cirurgia para tumores de sigmoide?

A

Sigmoidectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Limites do reto:

A

Vai da junção retossigmoide (ao nível da 3ª vértebra sacral) até a linha pectínea (transição do reto com o canal anal) a cerca de 3 cm da margem anal

Obs.: o esfíncter anal superior localiza-se a 3 cm da margem anal, coincidindo com a linha pectínea

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Terapia neoadjuvante no adenocarcinoma de reto:

A

RT e QT pré-operatória > reduz o tamanho do tumor > maior probabilidade de preservar o esfíncter anal
Altas doses de RT podem ser empregadas sem comprometer o intestino delgado (nos demais segmentos do cólon, a RT pode causar enterite actínica)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Excisão local transanal:

A
  • Menos de 5% dos pacientes
  • Tumor móvel; < 4 cm de diâmetros; ocupar <40% da circunferência da parede; T1; dentro de 6 cm da margem anal
  • Afastar acometimento linfonodal com US transanal e RM
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Ressecção anterior baixa (RAB):

A

-Ressecção de reto e sigmoide em bloco
-Maioria dos tumores a mais de 5-6 cm da margem anal (ou menos desde que seja feita terapia neoadjuvante)
-Preservação esfíncteriana
-Anastomose colorretal ou coloanal com confecção de bolsa colônica
-Tem que fazer uma derivação intestinal temporária para evitar a passagem de fezes pela anastomose
-

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Ressecção abdominoperineal + colostomia definitiva (RAP - cirurgia de Miles)

A
  • Ressecção de reto, mesorreto, sigmóide + colostomia definitiva + ressecção e fechamento anal
  • Tumores que invadem o complexo esfincteriano ou em casos de disfunção esfincteriana pré-operatória
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

Divertículos vs psudodivertículos:

A
  • Divertículos: herniação de toda a espessura da parede intestinal
  • Pseudodivertículos: herniação da mucosa e submucosa através da camada muscular nos pontos de menor resistência (entrada das artérias retas colônicas)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Local do cólon onde predommina a ocorrência de divertículos:

A

Sigmoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
55
Q

Principal fator de risco para formação de divertículos

A

Dieta pobre em fibras vegetais > diminui o volume do bolo fecal > aumenta a pressão intracolônica durante os movimentos de peristalse > favorece a hernação da mucosa/submucosa

56
Q

Duas principais complicações da doença diverticular:

A
  • Diverticulite

- HDB

57
Q

Manifestações clínicas da doença diverticular:

A
  • Maioria assintomática
  • Pode ocorrer dor/desconforto em baixo ventre
  • Alterações do hábito intestinal (suspeitar de síndrome do intestino irritável)
58
Q

TTO da doença diverticular:

A
  • Aumentar a ingesta de alimentos ricos em fibras
  • Aumentar a ingesta hídrica
  • Antiespasmódicos/analgésicos para a sd. do intestino irritável.
59
Q

HDB:

A
  • A fonte sangrante está abaixo do Ângulo de Treitz (junção duodenojejunal)
  • 10-15% das hemorragias digestivas agudas
  • Clínica: hematoquezia (sangue vivo puro ou misturado nas fezes)
  • 50% dos pacientes cursam com anemia e instabilidade hemodinâmica
60
Q

Principal causa de HDB em paciente > 50 anos:

A

Sangramento a partir de um divertículo

61
Q

Patogênese do sangramento diverticular:

A

Quando o divertículo se forma, ele carrega uma das artérias penetrantes, que pode ficar aprisionada e mais propensa ao rompimento

*Divertículos de cólon direito: base mais alargada > maior chance de sangrar

62
Q

Angiodisplasia intestinal:

A
  • Causa de HDB
  • É uma mal-formação vascular caracterizada pela ectasia de pequenos vasos sanguíneos (revestidos por endotélio e pequena quantidade de m. liso
  • Encontradas principalmente em ceco
63
Q

Fatores de risco para angiodisplasia intestinal:

A
  • Estenose aórtica
  • Doença de Von Willebrand
  • Síndrome urêmica crônica
64
Q

Principais causas de HDB em jovens:

A
  • Divertículo de Meckel

- Pólipos juvenis

65
Q

Abordagem do paciente com HDB:

A

-Se for maciça: estabilização hemodinâmica
Obs.: pacientes instáveis com sangramento continuado a despeito das medidas de reposição volêmica, são candidatos à intervenção cirúrgica
-O objetivo primário é descobrir onde está o foco sangrante
-Afastar HDA (através da passagem de cateter nasogástrico/EDA) e sangramento anorretal (pelo exame proctológico > afastar sangramento hemorroidário)
-Após estabilização do quadro, fazer colonoscopia em 4-12horas para que eja possível detectar o ponto sangrante

66
Q

Angiografia mesentérica e cintilografia na investigação de HDB:

A
  • Angiografia: detecta sangramentos > 0,5-1mL e determina com exatidão o local do sangramento e permite controlá-lo pela infusão intra-arterial de vasopressina. A maioria dos sangramentos encontra-se no território da a.mesentérica superior (irriga até metade do cólon transverso).
  • Cintilografia: pode ser indicada antes da angiografia; detecta sangramentos > 0,1 mL. Se for negativa, não precisa fazer a angiografia (pois também será negativa).
67
Q

TTO da HDB:

A
  • Estabilização inicial
    obs. : perda superior a 1500 mL exige utilização de concentrado de hemácias
  • Terapia colonoscópica: aplicações de adrenalina ou eletrocoagulação
  • Terapia angiográfica: infusão intra-arterial de vasopressina (efeitos colaterais da vasopressina: isquemia cerebral, coronariana e mesentérica, hiponatremia e sobrecarga hídrica); embolização do sítio sangrante
68
Q

Cirurgia para HDB:

A
  • Cirurgia de emergência para pacientes com instabilidade persistente
  • Direcionada: colectomia segmentar com anastomose primária
  • Não direcionada: colectomia subtotal com anastomose ileorretal
69
Q

Causa mais comum de hemorragia do delgado:

A

Angiodisplasia

Em pacientes < 30 anos > divertículo de Meckel

70
Q

Divertículo de Meckel:

A
  • Anomalia congênita mais comum do TDI
  • Fechamento incompleto do saco vitelino ou onfalomesentérico
  • Quase sempre até os 10-30 anos
  • Boca larga, comprimento de 5 cm, se origina na borda antimesentérica do íleo a aproximadamente 45-60 cm da valva ileocecal.
  • Pode ser recoberto por mucosa gástrica em 50% dos casos: secreção de HCL pela mucosa gástrica ectópica > ulcera péptica no íleo > sangramento
  • Outras complicações: diverticulite (quadro semelhante à apendicite aguda), obstrução intestinal por intussuscepção ou volvo ileal.
  • Diagnóstico: cintilografia
  • TTO nos casos sintomáticos/achados de cirurgia. Ressecção do divertículo + segmento do íleo adjacente.
71
Q

Epidemiologia da apendicite aguda:

A
  • Causa mais comum de abdome agudo não traumatico
  • Geralmente dos 10-30 anos
  • Discreto predomínio em homens
72
Q

Anatomia do apêndice vermiforme:

A

Estrutura tubular alongada, que tem origem na parede postero-medial do ceco, onde ocorre a confluência das tênias cólicas. Possui um mesoapêndice, que lhe confere mobilidade, no qual encontramos a. e v. apendiculares (ramos dos vasos ileocólicos).
Obs.: a ponta do apêndice pode ser identificada em diversos locais > justifica clínicas distintas em alguns casos.

73
Q

Patogênese da apendicite aguda:

A

Obstrução do lúmen apendicular (principalmente por fecalitos) > evolui para obstrução em alça fechada > acúmulo de secreção luminal > supercrescimento bacteriano (principalmente E.coli e B. fragilis) > aumento de pressão intraluminal > distensão do órgão > comprometimento do retorno venoso e suprimento arterial > isquemia > pode evoluir para necrose e perfuração.
Obs.: na ausência de intervenção, a perfuração do apêndice gangrenado ocorre por volta de 12h após o início dos sintomas.

74
Q

Clínica da apendicite aguda:

A
  • Inicia-se com dor abdominal inespecífica em epi/mesogástrio de moderada intensidade
  • 12 horas após: dor intensa localizada em FID, no ponto de McBurney
  • Outros sintomas: vômitos, alteração de hábito intestinal, febre (em torno de 38º se não houver complicações)
75
Q

Padrões de perfuração do apêndice:

A
  • Perfuração bloqueada: forma abscesso periapendicular (oligossintomático, desconforto em FID e massa palpável)
  • Perfuração para peritônio livre: dor intensa e difusa; abdome em tábua; febre elevada; pode evoluir para sepse
76
Q

Sinal de blumberg:

A

Descompressão brusca dolorosa no ponto de McBurney; indica irritação peritoneal

77
Q

Sinal de Rovsing:

A

Dor na FID com a compressão da FIE

78
Q

Sinal de Lapinsk:

A

Dor na compressão da FID com a elevação do membro inferior esticado

79
Q

Sinal de Lenander:

A

Temperatura retal mais de 1º acima da temperatura axilar

80
Q

Sinal do psoas:

A

Dor na extensão + abdução de coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo

Obs.: é o mais específico para o diagnóstico de apendicite retrocecal

81
Q

Sinal do obturador:

A

Dor no hipogástrio com a rotação interna da coxa direita flexionada (paciente em decúbito dorsal)

82
Q

Sinal de Dunphy:

A

Dor na FID que piora com a tosse

83
Q

Manifestações clínicas atípicas na apendicite aguda:

A
  • Crianças: febre alta, episódios diarreicos mais comuns; progressão do processo inflamatório mais rápida e taxa de perfuração maior
  • Idoso: temperatura menos elevada, dor abdominal mais insidiosa > diagnóstico tardio (maior incidência de perfuração)
  • Gestante: ocorre com maior frequencia dos 2 primeiros trimestres; clínica atípica e alterações laboratoriais que podem ser confundidas com modificações da gravidez > diagnóstico tardio > maior risco de complicações
  • Aids: fecalito e hiperplasia linfoide são as principais causas; linfoma não Hodgkin, Kaposi, Cryptosporidium e CMV também podem causar
84
Q

Diagnóstico da apendicite aguda:

A

-Clínica típica
-Leucocitose moderada (10000-15000) com neutrofilia e desvio à esquerda
-US: tem limitações caso distensão abdominal ou obesos. Achados: apêndice não compressível; diâmetro AP > 7mm; apendicolito; interrupção da ecogenicidade da submucosa e massa/líquido periapendicular; imagem em alvo
-TC: método de maior acurácia diagnóstica. Achados: inflamação periapendicular (borramento da gordura mesentérica); diâmetro AP > 7mm; espessamento e distensão do órgão. Sensibilidade de 90%.
Obs.: os exames de imagens só devem ser solicitados em quadros clínicos duvidosos ou com outros diagnósticos possíveis.
Obs.: caso o diagnóstico permaneça duvidoso mesmo após os exames de imagem > videolaparoscopia diagnóstica.

85
Q

Diagnósticos diferenciais de apendicite aguda:

A
  • Linfadenite mesentéria (condição mais comumente confundida com apendicete em crianças em idade escolar)
  • Pré-escolares: intussuscepção intestinal, divertículo de Meckel, gastroenterites)
  • DIP (dor bilateral que já se inicia difusamente em abdome inferior - sem caráter migratório)
  • Rotira de folículo ovariano
  • Torção de cisto ovariano
  • prenhez tubária rota
  • Diverticulite aguda à direita
  • Ulcera péptica perfurada
  • Pielonefrite aguda e litíase urinária
86
Q

TTO da apendicite aguda:

A
  • Apendicite simples (<48H e sem complicações): ATB com cobertura pra gram - e anaeróbios (uma dose) +apendicectomia (aberta ou vídeo)
  • Perfuração não bloqueada com peritonite difusa: ressuscitação volêmica + laparotomia com lavagem exaustiva da cavidade + ATBterapia sistêmica
  • Suspeita de complicação (>48h ou massa): imagem
    • Imagem sem massa > apendicite simples
    • Abscesso (>4cm) > ATBterapia + drenagem percutânea + cirurgia em 6-8 sem
    • Fleimão (<4cm): ATBterapia + cirurgia em 6-8 sem
87
Q

Situações em que é melhor indicar videolaparoscopia ao invés de laparotomia para TTO de apendicite aguda:

A
  • Mulheres jovens em idade fértil
  • Obesos
  • Dúvida diagnóstica
88
Q

Apendicectomia incidental:

A

Ressecção de um apêndice de aspecto saudável durante uma laparotomia ou videolaparoscopia. Indicações:

  • Mulher com dor pélvica crônica
  • Intussuscepção intestinal
  • Doença de Crohn
89
Q

Complicações pós-operatórias na apendicite aguda:

A
  • Infecção de sítio cirúrgico (a mais comum - forma um abscesso de parede)
  • Abscesso intracavitário: febre + ferida operatória de aspecto normal
  • Deiscência de planos de parede abdominal
  • Hérnias incisionais
  • Fístulas
90
Q

Patogênese da diverticulite aguda:

A

Obstrução da luz do divertículo por uma partícula fecal ou não > comprometimento do fluxo sanguíneo e drenagem de secreções do divertículo > hiperproliferação bacteriana e erosão da mucosa > microperfuração

91
Q

Possíveis complicações da diverticulite aguda:

A
  • Abscessos mesentéricos e pericólicos (complicações mais comuns)
  • Adesão a órgão adjacentes > fístulas
  • Macro-perfuração livre para a cavidade peritoneal > peritonite difusa
  • Obstrução intestinal
92
Q

Clínica da diverticulite aguda:

A

-Dor em QIE que piora com a defecação
-Febre, leucocitose
-Sinais de irritação peritoneal e alteração do transito intestinal
Obs1.:Dor em cólica + distensão abdominal > obstrução
Obs2.: dor associada à micção + pneumatúria > fístula colovesical

93
Q

Fístula mais comumente encontrada na diverticulite aguda:

A

Fístula colovesical

94
Q

Diagnóstico da diverticulite aguda:

A

Clínica + TC de abdome e pelve com contraste (que demonstra o sigmoide com paredes espessadas - >4 mm - presença de abscessos peridiverticulares…)

Obs.: o clister opaco e a colono devem ser evitados na suspeita de diverticulite aguda, pois podem causar macroperfuração livre de um divertículo. Deverão, no entando, ser realizados 4-6 semanas após resolução do processo inflamatório, para descartar CCR e DII

95
Q

Conduta na diverticulite não complicada:

A
  • Processo inflamatório mínimo: tto em casa, com dieta líquida sem resíduos e ATB oral com espectro para bastonetes gram - e anaeróbios (clavulin; cipro + metronidazol)
  • Sinais de inflamação exuberante: internação, dieta zero, hidratação venosa, ATB parenteral; analgesia com meperidina (relaxa a musculatura lisa do cólon (morfina é contraindicada, pois aumenta a pressão intracolônica). Após 4-6 semanas do término do tto > colono (excluir CCR)
96
Q

Classificação de Hinchey:

A

Estratifica os estágios evoluitivos (e a gravidade) das diverticulites complicadas:

  • Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico
  • Estágio II: abscesso à diatância (pelve ou retroperitôneo)
  • Estágio III: peritonite purulenta generalizada
  • Estágio IV: peritonite fecal generalizada
97
Q

Conduta na diverticulite não complicada:

A
  • Processo inflamatório mínimo: tto em casa, com dieta líquida sem resíduos e ATB oral com espectro para bastonetes gram - e anaeróbios (clavulin; cipro + metronidazol)
  • Sinais de inflamação exuberante: internação, dieta zero, hidratação venosa, ATB parenteral; analgesia com meperidina (relaxa a musculatura lisa do cólon (morfina é contraindicada, pois aumenta a pressão intracolônica). Após 4-6 semanas do término do tto > colono (excluir CCR)
98
Q

Classificação de Hinchey:

A

Estratifica os estágios evoluitivos (e a gravidade) das diverticulites complicadas:

  • Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico
  • Estágio II: abscesso à distância (pelve ou retroperitôneo)
  • Estágio III: peritonite purulenta generalizada
  • Estágio IV: peritonite fecal generalizada
99
Q

Indicações de cirurgia de urgência na diverticulite aguda:

A
  • Peritonite generalizada (no estágio III pode-se tentar lavagem laparoscópica antes)
  • Obstrução intestinal total refratária
100
Q

Conduta na diverticulite com formação de abscessos:

A

-Abscessos pequenos (< 2-3 cm): ATB isolado
-Abscessos grandes: ATB + drenagem percutânea guiada por TC
Obs.: Após 6 semanas do tto, é feito um procedimento cirúrgico definitivo em ambos os casos

101
Q

Conduta na diverticulite que complica com peritonite (purulenta ou fecal):

A

Ressuscitação volêmica + ATB + cirurgia de urgência

102
Q

Cirurgias empregadas no tto das diverticulites:

A
  • Intervenção eletiva: ressecção do sigmoide com anastomose primária terminoterminal
  • Situações emergenciais: cirurgia de Hartman (sigmoidectomia + colostomia terminal + fechamento do coto retal)
103
Q

Diferença entre obstrução simples e estrangulada:

A

-Simples: sem comprometimento do suprimento sanguíneo arterial
-Estrangulada: comprometimento da vasculatura esplâncnica > isquemia e necrose
Obs.: obstrução em alça fechada: o seguimento intestinal encontra-se obstruído nas suas duas extremidades > progressão mais rápida para o estrangulamento

104
Q

Íleo biliar:

A

Condição rara que pode causar obstrução intestinal.
Fístula colecistoentérica > cálculo ganha o tubo digestivo > migra distalmente e impacta em regiões de menor diâmetro (ângulo de Treitz e válvula íleocecal)
Tríade de Rigler: cálculo ectópico + pneumobilia (ar na via biliar) + distensão do delgado

105
Q

Intussuscepção:

A

Invaginação de um segmento intestinal proximal para o interior de uma alça localizada imediatamente distal. Em adultos costuma haver lesão anatômica associada (divertículo de Meckel, pólipos, divertículos); em crianças não.

106
Q

Síndrome da artéria mesentérica superior:

A

Causa rara de obstrução intestinal em jovens longilíneos, bariátrica, rápido emagrecimento…
Pinçamento da terceira porção do duodeno entre a aorta e a mesentérica superior em pacientes que têm pouca gordura nessa região.
Clínica: dor abdominal, náuseas e vômitos sempre pós-prandiais (“medo de se alimentar”)

107
Q

Vólvulo intestinal:

A

O intestino gira sobre si mesmo provocando angulação e obstrução em alça fechada (estrangulamento ocorre de maneira precoce). No cólon, o mais comum é o de sigmoide, seguido pelo ceco (tende a surgir em pacientes mais jovens)

108
Q

Síndrome da artéria mesentérica superior:

A

Causa rara de obstrução intestinal em jovens longilíneos, bariátrica, rápido emagrecimento…
Pinçamento da terceira porção do duodeno entre a aorta e a mesentérica superior em pacientes que têm pouca gordura nessa região

109
Q

Principais causas de obstrução intestinal em lactentes e crianças:

A
  • Intussuscepção
  • Hérnias externas
  • Bolo de áscaris
110
Q

Efeitos da obstrução mecânica simples do intestino delgado:

A
  • Acúmulo de secreções e gás proximal ao sítio de oclusão
  • Peristalse de luta das alças; 10-12 horas após > atonia e distensão abdominal
  • Supercrescimento bacteriano no intestino delgado > hipersecreção de líquidos pela parede intestinal; a ação das bactérias torna o conteúdo luminal com aspecto fecaloide
  • Aumento da pressão intraluminal > compressão de veias da parede > dificuldade de retorno venoso > edema de alça (visto na radiografia)
  • Pode ocorrer translocação bacteriana e levar a manifestações sépticas
  • O conteúdo luminal excessivo + vômitos reflexos por distensão intestinal > desidratação e perda volêmica
111
Q

Principais causas de obstrução de intestino grosso em adultos:

A
  • Neoplasia
  • Vólvulos
  • Estenose diverticular
112
Q

Efeitos da obstrução mecânica simples do intestino delgado:

A

-Acúmulo de secreções e gás proximal ao sítio de oclusão
-Peristalse de luta das alças; 10-12 horas após > atonia e distensão abdominal
-Supercrescimento bacteriano no intestino delgado > hipersecreção de líquidos pela parede intestinal; a ação das bactérias torna o conteúdo luminal com aspecto fecaloide
-Aumento da pressão intraluminal > compressão de veias da parede > dificuldade de retorno venoso > edema de alça (visto na radiografia)
Pode ocorrer translocação bacteriana e levar a manifestações sépticas

113
Q

Clínica da obstrução de intestino delgado:

A

-Dor em cólica na região média do abdome
-Borborigmo audível
-Vômitos (tanto mais precoces quanto mais alta for a obstrução)
Obstrução completa: constipação e parada de eliminação de gases
Obstrução parcial: pode haver diarreia paradoxal (pela hiperproliferação bacteriana que ocorre quando há estase do bolo alimentar)

114
Q

Local mais propenso à ruptura na obstrução de cólon:

A

Ceco (principalmente quando seu diâmetro é maior que 13 cm)

115
Q

Clínica da obstrução de intestino delgado:

A

-Dor em cólica na região média do abdome
-Borborigmo audível
-Vômitos (tanto mais precoces quanto mais alta for a obstrução)
Obstrução completa: constipação e parada de eliminação de gases
Obstrução parcial: pode haver diarreia paradoxal (pela hiperproliferação bacteriana que ocorre quando há estase do bolo alimentar)

116
Q

Sinais clínicos que levam à suspeita de estrangulamento:

A
  • Taquicardia e taquipneia
  • Alterações do nível de consciência
  • Oligúria
  • Febre
  • Leucocitose
117
Q

Clínica da obstrução de intestino grosso:

A
  • Dor e distensão abdominal
  • Vômitos mais tardios ou não ocorrem
  • Constipação de carater progressivo
  • Carcinoma é a causa mais comum > sinais/sintomas da neoplasia
  • Vôlvulo de sigmoide: se apresenta de forma aguda (dor, distensão e constipação)
118
Q

Clínica da obstrução de intestino grosso:

A
  • Dor e distensão abdominal
  • Vômitos mais tardios ou não ocorrem
  • Constipação de carater progressivo
  • Carcinoma é a causa mais comum > sinais/sintomas da neoplasia
  • Vôlvulo de sigmoide: se apresenta de forma aguda (dor, distensão e constipação)
119
Q

Clínica da obstrução de intestino grosso:

A
  • Dor e distensão abdominal
  • Vômitos mais tardios ou não ocorrem
  • Constipação de carater progressivo
  • Carcinoma é a causa mais comum > sinais/sintomas da neoplasia
  • Vôlvulo de sigmoide: se apresenta de forma aguda (dor, distensão e constipação)
120
Q

Exame físico do paciente com obstrução intestinal:

A
  • Procurar cicatrizes
  • Ausculta com períodos de peristalse exacerbada intercalados com silêncio abdominal
  • Distensão abdominal (tanto maior quanto mais alta for a obstrução)
  • Toque retal deve ser realizado obrigatoriamente
121
Q

Sinal de Hochemberg:

A

Ampola retal totalmente livre de fezes > aumenta suspeita de obstrução

122
Q

Exame físico do paciente com obstrução intestinal:

A
  • Procurar cicatrizes
  • Ausculta com períodos de peristalse exacerbada intercalados com silêncio abdominal
  • Distensão abdominal (tanto maior quanto mais alta for a obstrução)
  • Toque retal deve ser realizado obrigatoriamente
123
Q

Sinal de Hochemberg:

A

Ampola retal totalmente livre de fezes > aumenta suspeita de obstrução

124
Q

Aspectos radiográficos na obstrução de delgado:

A
  • Alças distendidas ocupando posição mais central; válvulas coniventes ocupando quase toda a espessura das alças.
  • Níveis hidroaéreos multiplos (comuns em decúbito lateral e posição ortostática)
  • Ausência de ar no cólon > obstrução completa do delgado
125
Q

Aspectos radiográficos na obstrução de cólon:

A

-Dilatação deste segmento (ocupa a periferia das radiografias de abdome)
-Haustrações colônicas (ocupam apenas parte do diâmetro transverso da parede)
Obs.: em casos em que a localização do processo obstrutivo permanece duvidosa, deve-se fazer exames contrastados ou TC

126
Q

Principais indicações para TC na suspeita de obstrução intestinal:

A

-Neoplasia prévia
-Obstruções pós-operatórias
-Pacientes obstruídos sem passado de cirurgias
Obs.: a TC diagnostica com precisão casos de estrangulamento porém em estágios mais avançados

127
Q

Há indicação para colono na suspeita de obstrução de cólon?

A

Não. Deve-se fazer uma proctossigmoidoscopia, pois a colono precisa de insuflação de ar e pode levar à perfuração intestinal

128
Q

O que deve ser determinado antes do tto dda obstrução intestinal?

A
  • Se a obstrução está no delgado ou no cólon (avaliar presença de vômitos, achados radiograficos…)
  • A obstrução é parcial ou total? (avaliar eliminação de gases e fezes…)
  • A obstrução é simples ou com estrangulamento? (avaliar sinais de estrangulamento…)
129
Q

Suporte clínico para o paciente com obstrução intestinal:

A

Deve ser feito para todos os pacientes.
-Sucção nasogástrica, hidratação venosa, ATB para gram - e anaeróbios, reposição de cloreto de potássio (caso haja débito urinário)

130
Q

TTO da obstrução por bridas:

A
  • Sucção nasogástrica, dieta zero, hidratação endovenosa

- Abordagem cirúrgica em segundo momento

131
Q

TTO do volvo de sigmoide:

A
  • Não complicado: descompressão endoscópica; depois tem que fazer sigmoidectomia para evitar recidiva
  • Complicado: cirurgia imediata (cirurgia de Hartman)
132
Q

Clínica do íleo paralítico:

A

Parada de eliminação de gases e fezes na ausência de obstrução intestinal mecânica.
Náuseas, vômitos e distensão abdominal
Ruídos hidroaéreos diminuídos desde o início do quadro.

133
Q

Causas de íleo paralítico

A
  • Pós-laparotomia (principal causa; dura cerca de 3-5 dias)
  • Distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalemia, hiponatremia, hipomagnesemia, hipermagnesemia)
  • Fármacos (opiáceos, diltiazem, verapamil, anticolinérgicos)
  • Processos inflamatórios (apendicite, diverticulite)
  • Sepse
134
Q

TTO do íleo paralítico:

A
  • Excluir causa mecânica
  • Dieta zero
  • SNG
  • hidratação venosa
  • Correção de DHE
  • Suspender medicamentos predisponentes
135
Q

Pseudo-obstrução intestinal:

A

Severa dismotilidade do TGI causada por uma hiperatividade simpática. Pode ser primária (distúrbio neuromuscular) ou secundária à uma doença sistêmica (esclerodermia, DM, mixedema, doença de Parkinson, AVE)

136
Q

Síndrome de Ogilvie:

A

Pseudo-obstrução colônica aguda.

  • Cursa com dilatação marcante do cólon
  • Causas associadas: ventilação mecânica, IAM, sepse
  • Medidas de suporte
  • Se não resolver: colono descompressiva (risco de perfuração do cólon; neostigmina (preferível)
137
Q

Risco relacionado ao uso da neostigmina:

A

É um parassimpatomimético

  • Geralmente administrada na dose única de 2,5 mg;
  • Causa bradicardia, devendo ser evitada em pacientes com bradiarritmias prévias
  • Antídoto: atropina