Interpretação Textual Flashcards

1
Q

PARÁFRASE

A

Paráfrase é um tipo de texto elaborado com base em outro já existente e conhecido pelos leitores, mantendo a ideia do texto original. Isso quer dizer que paráfrase é um tipo de intertextualidade. Parafrasear significa “Interpretar um texto com palavras próprias, mantendo seu sentido original”

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2
Q

INTERTEXTUALIDADE

A

A intertextualidade se refere à presença de elementos formais ou semânticos de textos, já produzidos, em uma nova produção textual. Em outras palavras, refere-se aos textos que apresentam, integral ou parcialmente, partes semelhantes ou idênticas de outros textos produzidos anteriormente.

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3
Q

PARÁFRASE

A

PARÁFRASE - Reescritura de um texto. Divide-se em dois tipos: resumo e perífrase.
Resumo: Reduzir o tamanho de um texto.
Perífrase: Aumentar o tamanho de um texto.

A perífrase é uma figura de linguagem que está relacionada com as palavras. Por esse motivo, ela está na categoria de figuras de palavras.

Recurso estilístico que consiste em exprimir por muitas palavras aquilo que poderia ser dito em poucas palavras.

Também se chama paráfrase a uma tradução livre ou desenvolvida.

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4
Q

PARALINGUAGEM

A

A Paralinguagem é um conjunto de elementos não-verbais utilizado para modificar sentido e transmitir emoção durante uma comunicação, ela pode ser expressa consciente ou inconscientemente e engloba o tom de voz, volume, e em alguns casos, uma expressão facial. Seus signos vocais podem distribuir-se em dois grupos: 1) Qualidade vocal e 2) Postura vocal

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5
Q

ANTONOMÁSIA

A

Antonomásia é um tipo de metonímia em que há substituição do nome de um objeto, entidade, pessoa etc. por outro nome, que pode ser um nome comum (ou perífrase) um gentílico, um adjetivo etc., que seja alusivo a uma característica conhecida e capaz de identificar uma qualidade universal ou conhecida do objeto, entidade, pessoa ou vice-versa

Veja alguns exemplos de antonomásia muito comuns no cotidiano:

“O repórter de Canudos” – Euclides da Cunha.
“O engenheiro da palavra” – João Cabral de Melo Neto.
“O rei do cangaço” – Lampião.
“O rei do pop” – Michael Jackson.
“O rei do futebol” – Pelé.
“O Rei” – Roberto Carlos.
“um romeu” por “um homem apaixonado”

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6
Q

ANACOLUTO

A

O anacoluto é uma figura de linguagem cuja base é a interrupção da estrutura oracional, de modo que ocasiona o isolamento de determinadas palavras.

Por exemplo: Meu vizinho, soube que ele está no hospital.

“Eu, toda vez que chego, você me enche de beijos”.

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7
Q

MODALIZADORES TEXTUAIS

A

Os modalizadores indicam as intenções discursivas, são, portanto, os elementos que indicam os argumentos de quem produz o texto. Em outras palavras, se há argumento, há modalizador. Utilizar modalizadores nos textos argumentativos dá ênfase ao ponto de vista apresentado pelo produtor do texto.

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8
Q

PARONOMÁSIA

A

A paronomásia é uma figura de linguagem que está definida na categoria de figuras de som.

Isso porque ela está relacionada com a sonoridade das palavras. Dessa forma, ela utiliza os parônimos para enfatizar uma ideia e por isso recebe esse nome.

Exemplos de Frases com Paronomásia
Eu vou te delatar se você não dilatar a pupila.
Aprendeu nas aulas por meio da apreensão dos conhecimentos.
José é um cavaleiro da fazenda muito cavalheiro.
O docente aplicou a prova essa tarde para os discentes.
Durante seu descanso o peão jogava pião com seus colegas.

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9
Q

PARÔNIMO

A

As palavras parônimas se assemelham no som e escrita. Mas fique atento, pois um erro pode causar grande confusão. Veja abaixo algumas palavras parônimas:

Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Delatar (denunciar) e dilatar (alargar)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)

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10
Q

POLISSEMIA

A

Polissemia é um fato linguístico em que uma palavra que pode ter vários significados. Por exemplo, a palavra mangueira significa árvore da manga e tubo de borracha que usamos para jogar água.

Quando falamos a palavra mangueira, sabemos qual o seu significado de acordo com o contexto em que ela está sendo usada.

A palavra polissemia é a junção do grego polis, que significa “muitos”, e de sema, de “significado”.

Exemplos de polissemia
A letra da música do Chico Buarque é incrível. (composição musical)
A letra daquele aluno é inteligível. (caligrafia)
Meu nome começa com a letra D. (caractere do alfabeto)
Isto é leve como uma pena. (revestimento das aves)
Tenho pena dos pobres. (dó)
Qual é a pena do reú? (punição)
Foi todo picado logo depois de pisar num formigueiro. (toca das formigas)
A praia parecia um formigueiro no sábado. (muitas pessoas, multidão)
O paciente queixou-se ao médico do formigueiro nas mãos. (coceira)
Machucou a boca no jogo. (parte do corpo)
A boca da garrafa está com ferrugem. (abertura)
Acenda a vela. (de cera)
O marinheiro reparou que a vela estava rasgada. (de barco)
Posso me sentar neste banco? (assento)

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11
Q

GÊNERO EPISTOLAR

A

O gênero epistolar é uma forma de comunicação escrita que se baseia na troca de correspondências entre duas ou mais pessoas. Essas correspondências podem ser cartas, bilhetes, e-mails ou qualquer outro meio de comunicação escrito. O termo “epistolar” vem do grego “epistolé”, que significa “carta”.

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12
Q

UFANISMO

A

Ufanismo é o orgulho exagerado que leva à exaltação apaixonada da pátria, que vai além do patriotismo e do nacionalismo.

3 sinônimos de ufanismo para 1 sentido da palavra ufanismo: Orgulho exagerado no seu país: 1 nacionalismo, otimismo nacionalista, patriotismo.

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13
Q

ATARAXIA

A

Ataraxia (em grego clássico: Ἀταραξία ataraxia) traduz-se por “ausência de inquietude/preocupação”, “tranquilidade de ânimo”.
Vídeos

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14
Q

METALINGUAGEM

A

A metalinguagem ocorre quando, no próprio discurso, faz-se referência à linguagem utilizada para transmitir uma ideia. Assim, o enunciado fala de si próprio, podendo apontar inclusive para suas próprias características. É canvapossível observar exemplos de metalinguagem na literatura, na publicidade, na música, na pintura e em diversos outros contextos que falem do ato de se comunicar.

Por exemplo, um romance que fala sobre literatura, um filme cuja temática é o cinema, um poema que fala de poesia etc.

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15
Q

REFERENCIAÇÃO

A

A referenciação é uma atividade discursiva que consiste na construção e reconstrução de objetos-de-discurso caracterizada pela retomada de elementos no texto. Este artigo analisa a referenciação realizada por meio de uso de expressões pronominais, adverbiais, sinônimos etc.

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16
Q

INTERDISCURSIVIDADE

A

O conceito de interdiscursividade alinha-se à concepção de que os discursos se relacionam a outros discursos. Um discurso traz, em sua constituição, outros discursos, é tecido por eles, seja pelos já ditos, em um dado lugar e momento histórico, seja por aqueles a serem ainda produzidos.

O diálogo entre os quadros entra em uma rede interdiscursiva, pautada pelo trabalho com o já dito, já representado. Como exemplo, pode-se citar a Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, obra que suscitou inúmeras reproduções, paráfrases, paródias, gerando uma multiplicidade de efeitos de sentido.

17
Q

HIPERONÍMIA x HIPONÍMIA

A

Hiperonímia
Como o próprio prefixo já nos indica, esta palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas.

Hiponímia
Demarcando o oposto do conceito da palavra anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, essas são palavras hipônimas.

18
Q

ANAFÓRICO x CATAFÓRICO x DÊITICO

A

A anáfora trabalha com a retomada de elementos apresentados anteriormente na frase ou no texto, a catáfora faz o processo de referenciar-se elementos que serão apresentados posteriormente.

Dêitico refere-se a um termo que não está presente no texto.

19
Q

EPÍLOGO

A

O epílogo é o oposto do prólogo. É a última parte do texto, adicionada ao final da obra para encerrar a narrativa. Trata-se de um recurso utilizado para desfecho, sendo bastante útil quando não é possível deixar todas as pontas amarradinhas no último parágrafo, por exemplo. Também é usado para projetar o futuro dos personagens ou dar voz a um deles, revelando seus sentimentos a partir dos acontecimentos narrados.

Prólogo é o mesmo que introdução, prefácio, prefação, preâmbulo. É a introdução de um trabalho, onde o autor desenvolve as ideias preliminares sobre o assunto.

20
Q

HOMÔNIMO x PARÔNIMO

A

Homônimos
As palavras homônima têm a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e significados distintos. Elas são classificadas em: homógrafas, homófonas, perfeitas.

Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia, por exemplo: colher (verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).
Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia, por exemplo: concertar (harmonizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e ascender (subir).
Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por exemplo: caminho (substantivo) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre (verbo).

Parônimos
As palavras parônimas são parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto, possuem significados diferentes.

Exemplos de palavras parônimas:

Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
Coro (música) e couro (pele animal)
Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)
Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)
Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)
Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)
Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
Soar (produzir som) e suar (transpirar)

21
Q

TIPOLOGIA TEXTUAL

A

1) Narrativo
2) Descritivo
3) Dissertativo
4) Injuntivo

22
Q

CARACTERÍSTICAS - NARRATIVO

A

Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.

Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.

Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

Estrutura da narrativa
Apresentação - também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.

Desenvolvimento - aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos personagens.

Clímax - parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante da narrativa.

Desfecho - também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.

Elementos da narrativa
Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador onisciente.

Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.

Personagens - são aqueles que compõem a narrativa, sendo classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).

Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

Tipos de narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a “voz textual” da narração, sendo classificados em:

Narrador personagem (1ª pessoa) - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um personagem e participa das ações.

Narrador observador (3ª pessoa) - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos, porém, não participa da ação.

Narrador onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa) - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.

Tipos de discurso narrativo
Discurso direto - no discurso direto, a própria personagem fala.

Discurso indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa, uma vez que não aparece a fala da personagem.

Discurso indireto livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto.

Exemplos de texto narrativo
Exemplo 1: O cavalo e o burro, fábula de Monteiro Lobato, no discurso direto

“O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:

— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.

— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

— Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.

— Bem feito! Exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…”

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Exemplo 2: Trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, no discurso indireto

“Julgou-a estúpida e egoísta, deixou-a, indignada, foi puxar a manga do vestido da mãe, desejando comunicar-se com ela. Sinha Vitória soltou uma exclamação de aborrecimentos, e, como o pirralho insistisse, deu-lhe um cascudo.”

(Trecho de Vi, de de Vidas Secas, de Graciliano Ramos)

Exemplo 3: Trecho de As Mãos de Meu Filho, de Érico Veríssimo, no discurso indireto livre

“D. Margarida tira os sapatos que lhe apertam os pés, machucando os calos.

Não faz mal. Estou no camarote. Ninguém vê.

Mexe os dedos do pé com delícia. Agora sim, pode ouvir melhor o que ele está tocando, ele, o seu Gilberto. Parece um sonho… Um teatro deste tamanho. Centenas de pessoas finas, bem vestidas, perfumadas, os homens de preto, as mulheres com vestidos decotados — todos parados, mal respirando, dominados pelo seu filho, pelo Betinho!

D. Margarida olha com o rabo dos olhos para o marido. Ali está ele a seu lado, pequeno, encurvado, a calva a reluzir foscamente na sombra, a boca entreaberta, o ar pateta. Como fica ridículo nesse smoking! O pescoço descarnado, dançando dentro do colarinho alto e duro, lembra um palhaço de circo.”

(Trecho de As mãos de meu filho, de Érico Veríssimo)

23
Q

CARACTERÍSTICAS - DESCRITIVO

A

O texto descritivo tem como objetivo descrever algo, como um objeto, pessoa, animal, lugar ou acontecimento. Sua principal intenção é transmitir para o leitor as impressões e as qualidades do que está sendo descrito.

Características do texto descritivo
- Retrato verbal
- Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
- Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
- Utilização da enumeração e comparação
- Presença de verbos de ligação
- Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)
- Emprego de orações coordenadas justapostas.

Tipos de descrição
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:

Descrição subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos de descrição objetiva são textos literários, repletos de impressões dos autores.

Descrição objetiva: o texto descreve, de forma exata e realista, as características de algo, sem deixar as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos de descrições objetivas são retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias.

Exemplos de textos descritivos
Descrições subjetivas

Exemplo 1: “Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)

Descrição objetiva

Exemplo 1: A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos. Tinha nariz fino e rosto ligeiramente alongado.

Estrutura do texto descritivo
A descrição apresenta três passos para a construção:

Introdução: apresentação do que se pretende descrever.
Desenvolvimento: caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.
Conclusão: finalização da apresentação e caracterização de algo.

24
Q

CARACTERÍSTICAS - DISSERTATIVO

A

O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa.

Estrutura do Texto Dissertativo
A estrutura de um texto dissertativo está baseada em três momentos:

Introdução: Também chamada de “Tese”, nesse momento, o mais importante é expor a ideia central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a introdução é a parte mais importante do texto e, por isso, deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
Desenvolvimento: Também chamada de “Anti-Tese” ou “Antítese”, nessa parte do texto é que se desenvolve a argumentação por meio de opiniões, dados, levantamentos, estatísticas, fatos e exemplos sobre o tema, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com propriedade.
Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras palavras, não deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de “Nova Tese” por ser um momento de fechamento das ideias, e principalmente da inserção de uma nova ideia, ou seja, uma “nova tese”.

Tipos de Dissertação
Existem dois tipos de dissertação: a Dissertação Argumentativa e a Dissertação Expositiva.

  1. Texto Dissertativo-Argumentativo
    Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de coerente argumentação, exemplos, fatos.
  2. Texto Dissertativo Expositivo
    É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor.

Exemplos de Texto Dissertativo
Segue abaixo exemplos de trechos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou seja, argumentativo e expositivo:

Texto Dissertativo Argumentativo
Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importância de preservação do meio ambiente, bem como atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa.

Já ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas grandes cidades, foram gerados pela ação humana.

De tal modo, podemos pensar nas grandes construções, alicerçadas na urbanização desenfreada, ou no simples ato de jogar lixo nas ruas.

A poluição gerada e impregnada nas grandes cidades foi, em grande parte, fruto da urbanização desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, deveres não cumpridos pelos homens também proporcionaram toda essa “sujidade”. Nesse sentido, vale lembrar que pequenos atos podem produzir grandes mudanças se realizados por todos os cidadãos.

Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um papelzinho de bala, ou uma anotação de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e atire somente quando encontrar uma lixeira. Seja um cidadão consciente! Não Jogue lixo nas ruas!

Texto Dissertativo Expositivo
Os Relatórios das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão e desenvolvimento dos recursos hídricos alertam para a preservação e proteção dos recursos naturais do planeta, sobretudo da água.

Sendo assim, as estatísticas apontam para uma enorme crise mundial da falta de água a partir de 2025, de forma que atingirá cerca de 3 bilhões de pessoas, e que pode provocar diversos problemas sociais e de saúde pública.

Um dos maiores problemas apresentados pela ONU é a “escassez de água” que já atinge cerca de 20 países no mundo, ou seja, 40% da população do planeta.

Os estudos completam que a água doce do planeta está em risco visto as mudanças climáticas registradas nas últimas décadas.

25
Q

CARACTERÍSTICAS - INJUNTIVO

A

O texto injuntivo ou instrucional é o tipo de texto que contém instruções ou explica como fazer alguma coisa. São exemplos de texto injuntivo as receitas de bolo, bulas de remédio, manuais de instruções, editais e propagandas.

A função do texto injuntivo é explicar algo ao leitor, em vez de apenas fornecer informações. Esse tipo de texto transmite conhecimento de forma objetiva e, assim, incentiva o leitor a agir conforme a instrução fornecida no texto, mas sem o objetivo de o convencer por meio de argumentos.

Características do texto injuntivo
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos recorrentes nesse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, que indicam uma “ordem”, por exemplo:

  • na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;
  • na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;
  • no manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;
  • nas propagandas: “encontre cartões premiados nas embalagens”.

Texto Injuntivo e Prescritivo
Há linguistas que defendem que os textos injuntivo e prescritivos são textos sinônimos e pertencem à mesma categoria, compartilhando funções e finalidades.

Os linguistas que preferem dividi-los em dois tipos de textos dizem que o texto injuntivo instrui sem uma atitude coercitiva, ou seja, repressiva, por exemplo, manuais de instruções e receitas. O texto prescritivo, por sua vez, instrui com essa atitude coercitiva, por exemplo, editais dos concursos, contratos e leis.

26
Q

SENTIDO TEXTUAL (Denotativo x Conotativo)

A

Denotação - emprego do sentido real, literal das palavras e expressões, por exemplo: Depois de jogar bola, nós comemos um churrasco.

Conotação - emprego do sentido subjetivo, figurado das palavras e expressões, por exemplo: Ele comeu bola na prova de matemática.

Exemplos de denotação
- O homem foi picado por uma cobra.
- Piolin foi um palhaço muito famoso.
- Alguém atirou uma pedra na janela.
- O meu animal preferido é o gato.
- Acende o fogo!

Exemplos de conotação
- Dizem que aquela mulher é uma cobra.
- Ele não deixa ninguém ficar triste. É um - verdadeiro palhaço.
- Você tem um coração de pedra!
- Aquele ator é um gato.
- Essa matéria é fogo.

27
Q

TIPOS DE DISCURSO

A

1) Direto
2) Indireto
3) Indireto-livre

Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de discursos utilizados no gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo com a intenção do narrador.

Discurso Direto

No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do personagem.

O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.

Discurso Indireto

No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

Características do Discurso Indireto

O discurso é narrado em terceira pessoa.
Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo, não há utilização do travessão, pois geralmente as orações são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que).

Exemplos de Discurso Indireto

  • Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e honestidade.
  • O réu afirmou que era inocente.
  • Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
28
Q

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

A

As variações linguísticas são as diferenças que uma língua apresenta mediante fatores como a região e as condições culturais ou sociais onde ela é usada. Por exemplo, existem variações na língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal.

Os tipos de variações linguísticas são:

1) geográficas, como os regionalismos
2) históricas, como o português medieval e o atual
3) sociais, como os termos técnicos usados por profissionais
4) situacionais, como as gírias.

  1. Variação geográfica ou diatópica
    A variação geográfica ou diatópica está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações entre o português do Brasil e de Portugal, chamadas de regionalismo.

Exemplos de regionalismos:

Português do Brasil: Celular
Português de Portugal: Telemóvel

  1. Variação histórica ou diacrônica
    A variação histórica ou diacrônica ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual.

Exemplo de português arcaico:
“ Veja que belos movimentos elípticos fazem essas ondas, meu caro amigo! Pega-las-emos nesse instante ou mais tardiamente?”
Pega-las-emos - não se usa mais.

  1. Variação social ou diastrática
    A variação social ou diastrática é percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Um exemplo desse tipo de variação são os socioletos.
    Ex.: A linguagem técnica utilizada pelos médicos nem sempre é entendida pelos seus pacientes.
  2. Variação situacional ou diafásica
    A variação situacional ou diafásica ocorre segundo o contexto, por exemplo, situações formais e informais. As gírias são expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

Exemplos de gíria:

Que mico! (Que vergonha!)
Fui trollado. (Fui enganado)
Minha apresentação flopou. (Minha apresentação foi um fracasso.)

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Q

VÍCIOS DE LINGUAGEM

A

Vícios de linguagem são desvios gramaticais que ocorrem por descuido ou desconhecimento das normas nos diferentes níveis linguísticos: fonético, semântico, sintático ou morfológico.

Os vícios de linguagem são:

1) pleonasmo vicioso 2) solecismo 3) barbarismo
4) ambiguidade 5) eco 6) cacófato 7) hiato 8) colisão 9) plebeísmo 10) gerundismo.

PLEONASMO VICIOSO
Pleonasmo vicioso, também chamado de redundância, é a repetição de uma informação desnecessária na frase.
EXEMPLO: Vamos entrar para dentro de casa. (entrar já supõe que seja para dentro)

SOLECISMO
Solecismo é o erro de sintaxe, muito comum nas linguagens orais.
Reúne os erros de concordância (singular e plural), regência verbal ou nominal e a utilização de termos no lugar de outros corretos gramaticalmente.
EXEMPLO: Vamos no Cinema. (Vamos ao cinema.)

BARBARISMO
Barbarismo é o uso incorreto da palavra ou do enunciado. Ele ocorre nos níveis fonéticos (erros de pronúncia), morfológicos (irregularidade na palavra) e semânticos (significados) da língua. São classificados em:
- Silabada: mudança do acento tônico de alguma sílaba da palavra, por exemplo: gratuíto em vez de gratuito.
- Cacoépia: pronúncia incorreta de uma palavra, por exemplo: pobrema em vez de problema.
- Cacografia: erros de ortografia, por exemplo: geito em vez de jeito.

AMBIGUIDADE
Ambiguidade, também chamado de anfibologia, ocorre quando, num determinado enunciado, há duplicidade de sentidos, o que dificulta o entendimento do texto pelo ouvinte.
EXEMPLO: Roberto estava com Maria falando de sua mãe. (a mãe de quem?)

ECO
No eco, ocorrem rimas nos textos em prosa, porque há palavras com a mesma terminação. Os textos em prosa são os que não se estruturam como os poemas.
EXEMPLO: Certamente, realizamos o trabalho calmamente e alegremente.

CACÓFATO
O cacófato ou cacofonia ocorre a nível fonético da língua. Ele apresenta uma construção sintática onde surgem sons engraçados, desagradáveis ou mesmo que confundem o ouvinte.
EXEMPLO: Vi ela ontem pela manhã (viela); Eu amo ela (moela).

HIATO
O hiato é uma sequência de vogais sonoramente desagradável.
EXEMPLO: Pode escolher: ou eu ou ela!

COLISÃO
A colisão é uma sequência de consoantes sonoramente desagradável.
EXEMPLO: O cultivo coletivo das comunidades camponesas.

PLEBEÍSMO
O plebeísmo é um vício de linguagem que consiste na utilização de termos coloquiais (gírias e palavras de baixo calão) ou de expressões informais.
EXEMPLO: Conseguiu falar com o cara? (indivíduo)

GERUNDISMO
O gerundismo é o uso exagerado do gerúndio. Isso acontece quando essa forma nominal é utilizada no lugar de uma conjugação mais adequada em termos gramaticais.
EXEMPLO: Vou estar te telefonando logo no início das promoções. (Telefonarei logo no início das promoções.)

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Q

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

A

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.

Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística.

Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.

Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo texto.

  1. Função referencial ou denotativa (informar)
    Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo.

Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.

Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de função referencial
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.

  1. Função emotiva ou expressiva (transmitir emoções)
    Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal.

Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Exemplo de função emotiva
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã…. Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

  1. Função poética (forma de transmitir a mensagem)
    A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.

Nessa função, o emissor preocupa-se na maneira como a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.

Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de função poética
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

  1. Função fática (estabelecer comunicação)
    A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação.

Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.

Exemplo de função fática
— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.

  1. Função conativa ou apelativa (convencer)
    Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor ou o ouvinte. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.
    Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.

Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos de função conativa
Vote em mim!
Entre. Não vai se arrepender!
É só até amanhã. Não perca!

  1. Função metalinguística (descrever ou explicar a própria linguagem)
    A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.

Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.

Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os dicionários.

Exemplo de função metalinguística
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.

31
Q

COESÃO & COERÊNCIA

A

Coesão: Campo da estrutura textual.
Coerência: Campo das ideias e lógica do texto.

A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.

Para um texto ser eficaz na transmissão da sua mensagem, é essencial fazer sentido para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso, para a mensagem fluir de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.

Coesão textual

A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e pode ocorrer por meio de palavras chamadas de conectivos.

Mecanismos de coesão
Os mecanismos de coesão são:

1) referência
2) substituição
3) elipse
4) conjunção
5) coesão lexical

Referência
Utilizar outros elementos (pronomes pessoais, pronomes demonstrativos e comparações) para evitar repetições.

Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições.
EXEMPLO: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.

Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da elipse.
EXEMPLO: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?

Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
EXEMPLO: Nós não sabemos quem é o culpado, MAS ele sabe. (adversativa)

Coesão lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros.
EXEMPLO: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A INSTITUIÇÃO está literalmente caindo aos pedaços.

Coerência textual
A coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante, ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura.

Fatores de coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua abrangência, tais como:

1) conhecimento de mundo
2) inferências
3) fatores de contextualização
4) informatividade