Instabilidade Hemodinâmica Flashcards

1
Q

O que é choque

A

não é hipotensão! é hipoperfusão tecidual generalizada

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2
Q

Como classificamos os tipos de choque?

A

HIPODINÂMICO: Hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo e misto.
HIPERDINÂMICO: distributivo (séptico), distributivo (especiais)

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3
Q

O que é o choque cardiogênico?

A

O choque causado por uma redução importante da função cardíaca devido à lesão miocárdica direta ou a uma anormalidade na mecânica do coração.

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4
Q

O que é o choque obstrutivo?

A

O choque obstrutivo extracardíaco resulta da obstrução ao fluxo no circuito cardiovascular, levando a um enchimento diastólico inadequado ou a uma redução da função sistólica pelo aumento da pós-carga.

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5
Q

O que é o choque distributivo?

A

O choque caracterizado pela vasodilatação periférica, resultante do efeito de mediadores na microvasculatura e nas células, causando hipotensão e
disfunção de múltiplos órgãos, sem diminuição do débito cardíaco, a princípio.

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6
Q

Quando ocorre hipotensão arterial durante

uma hemorragia?

A

Quando 1/3 do volume total de sangue circulante for perdido.

Por isso no início do quadro não inicia logo com diminuição do débito cardíaco.

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7
Q

Como estão os parâmetros hemodinâmicos no choque hipovolêmico - DC, RVP, PVC, PCAP (pressão capilar pulmonar)

A

DC - reduzido
RVP - elevada
PVC - reduzida
PCAP - reduzida

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8
Q

Como estão os parâmetros hemodinâmicos no choque cardiogênico - DC, RVP, PVC, PCAP (pressão capilar pulmonar)

A

DC - reduzido
RVP - elevada
PVC - elevada
PCAP - elevada

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9
Q

Choque cardiogênico - como estão a pressão de enchimento, débito cardíaco, volume sistólico

A

aumentada
diminuído
diminuído

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10
Q

O evento fisiopatológico comum a todos os tipos de choque é

A

perfusão tecidual inadequada

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11
Q

O tônus arteriolar depende de que?

A

Fatores extrínsecos e intrínsecos
Extrínseco: inervação simpática.
Intrínsecos:
1. Resposta da musculatura lisa ao fluxo sanguíneo local.
2. Liberação de vasodilatadores quando aumenta a atividade metabólica local (vasodilatadores incluem óxido nítrico, eicosanoides, cininas e ade nosina. As moléculas vasoconstritoras incluem a endotelina-1, renina, angiotensina II, tromboxano, vasopressina e radicais livres de oxigênio).
3. Vasodilatação durante hipoxemia regional.

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12
Q

O distúrbio primário mais importante considerado por alguns “como o motor do choque irreversível”, ocorre onde

A

Nos enterócitos.

Nas fases iniciais do choque, o processo isquêmico já é capaz de comprometer a região esplâncnica com hipóxia e lesões de reperfusão, fabricando radicais
livres de oxigênio como superóxido e peróxido de hidrogênio ajudam na ativação do sistema imunoinflamatório. No entanto, para agravar o processo ainda mais, a necrose dos enterócitos, associada a alterações na permeabilidade endotelial local, permite a translocação bacteriana e de seus subprodutos levando a quadros mais graves e por vezes irreversíveis.

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13
Q

Cite três exemplos de choque obstrutivo

A

Tamponamento cardíaco
Pneumotórax hipertensivo
Embolia pulmonar

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14
Q

Quais os principais parâmetros podem ser utilizados para estimar perfusão sistêmica no choque?

A

Débito urinário
Tempo de enchimento capilar
Saturação venosa central de O2

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15
Q

Grau da hemorragia - como é a classificação

A

Grau I Menor que 15% (até 750 ml); PAS normal; FC 60-100; FR 14-20; débito urinário >30ml/h.
Grau II 15 a 30% (750 a 1.500 ml)
Grau III 30 a 40% (1.500 a 2.000 ml)
Grau IV > 40% (> 2.000 ml)

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16
Q

A ressuscitação volêmica provoca lesões orgânicas graves por que?

A

pois, neste momento, os neutrófilos tornam-se mais agressivos, ligam-se ao endotélio e aumentam a permeabilidade capilar. Esta última, por sua vez, pode desencadear a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Citocinas inflamatórias são liberadas nesta fase e causam injúria celular em diversos tecidos. No fígado, por exemplo, o dano proveniente da inflamação e das espécies reativas de oxigênio pode levar à elevação imediata das enzimas hepáticas.

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17
Q

Conceito de choque obstrutivo

A

extracardíaco resulta da obstrução ao fluxo no circuito cardiovascular, levando a um enchimento diastólico inadequado ou a uma redução da função sistólica pelo aumento da pós-carga. O resultado é um baixo DC e o choque

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18
Q

Quais os principais exemplos de choque distributivo?

A

a) Choque séptico;
b) Síndrome da resposta inflamatória sistêmica;
c) Choque anafilático e reações anafilactoides;
d) Choque neurogênico;
e) Reações a drogas e toxinas (picadas de insetos, reações transfusionais);
f) Insuficiência suprarrenal aguda;
g) Coma mixedematoso.

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19
Q

O que é o choque neurogênico?

A

caracterizado pela interrupção dos estímulos vasomotores simpáticos após traumatismo raquimedular cervical alto, migração cefálica inadvertida de raquianestesia ou grave traumatismo craniano.
Ocorre vasodilatação arteriolar e veno-dilatação, com acúmulo de sangue no sistema venoso, redução da pré-carga e do débito cardíaco.

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20
Q

No tratamento do choque Hemorrágico, o melhor

parâmetro clínico para reposição volêmica é:

A

Aumento do débito urinário.

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21
Q

Choque neurogênico - como está a pressão, FC, pulsos (cheio, fino), extremidades, pressão venosa central

A
hipotensão
FC normal
pulso cheio
extremidades quentes
PVC diminuída
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22
Q

Um pneumotórax hipertensivo causa que tipo de choque?

A

obstrutivo (cardíaco compressivo)

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23
Q

O Staphylococcus aureus pode produzir patologias através de uma toxina ou pela invasão tecidual direita. Uma doença desencadeada por uma toxina estafilocócica é a:

A

Síndrome do choque tóxico.
A síndrome do choque tóxico estafilocócico é causada por uma enterotoxina estafilocócica, associada ao uso de tampões vaginais pelas mulheres.

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24
Q

A sepse causa um choque do tipo:

A

Misto: hipovolêmico + cardiogênico + distributivo.
Hipovolêmico (a pré-carga ventricular está reduzida por perda de líquido intravascular), o choque cardiogênico (por ação de citocinas o miocárdio pode ficar disfuncionante, com uma contração ineficaz) e o choque distributivo (a vasodilatação provoca queda na resistência vascular sistêmica piorando a perda de líquido para o espaço intersticial).

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25
Q

Achados cardinais de choque

A

hipotensão, oligúria, pele fria e pegajosa, alteração do estado mental e acidose metabólica.
_________________________________________

O débito urinário continua sendo um excelente meio de avaliar a perfusão orgânica e pode ser facilmente analisado através da passagem de um cateter de Foley ( urina deve ser quantificada durante pelo menos 30 minutos)

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26
Q

Valor normal do débito urinário

A

acima de 1 ml/kg/h e o mínimo aceitável é 0,5 ml/kg/h.

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27
Q

Exame complementares para o choque:

A

laboratoriais, radiográficos e outros específicos devem ser solicitados para avaliação da perfusão tecidual e orgânica, diagnóstico de lesões por trauma, busca por foco infeccioso na sepse e identificação da causa da falência cardíaca

  • radiografia
  • ECG: iam, arritmias
  • glicemia capilar
  • Hb < 8
  • eletrólitos
  • gasometria arterial: acido metabolica origem latica?
  • relação ureia/creatinina: aumentado indica desidratação, sangramento
  • leucograma: anemia, neutropenia
  • LACTATO o mais rápido possível
  • exame de urina
  • usg
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28
Q

Choque com hiponatremia com hipercalemia sugere

A

insuficiencia suprarrenal

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29
Q

O que é o choque compensado ou oculto

A

quando o paciente tem sepse mas permanece com pressão devido mecanismo compensatório.
Mas mesmo assim em algum momento essa pessoa piora com a evolução da doença.

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30
Q

Quais as causas de choque hipovolêmico

A

a) Hemorragias: digestivas altas e baixas, ruptura de aorta, pancreatite hemorrágica, fraturas, traumas abertos;
b) Perda de líquidos: diarreia, vômitos, poliúria;
c) Sequestro de líquidos: queimaduras, peritonites, colites, sepse?;
d) Drenagem de transudatos, ascite, hidrotórax.

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31
Q

Quais as causas de choque cardiogênico

A
  • Lesão cardíaca direta: infarto agudo do miocárdio, contusão miocárdica no trauma, miocardite, cardiomiopatia, miocárdio abalado pós-isquemia, toxicidade por drogas (antraciclinas, bloqueadores de canais de cálcio), sepse?.
  • Mecânica: anormalidade valvar importante, cardiomiopatia hipertrófica, comunicação interventricular.
  • Arritmias: bradi e taquiarritmias
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32
Q

Monitorização hemodinâmica - oq é avaliado

A

PAM (cateterização arterial), FC, FR, diurese, temperatura, eletro contínuo, oximetria

33
Q

O que é o cateter de Swan-Ganz?

A

é o Cateter de Artéria Pulmonar

34
Q

Técnica usada para o cateter de swan-ganz

A

deve ser introduzido preferencialmente através da veia
jugular interna direita, pois esta é a mais calibrosa e a mais retificada. O material é composto por um cateter longo, que possui um balonete na extremidade, um lúmen distal para medir a pressão da artéria pulmonar, um lúmen proximal para a medida da pressão atrial direita (= PVC) e um termômetro na extremidade distal para o cálculo do débito cardíaco pelo método da termodiluição.
O objetivo final do procedimento é posicionar este balonete num ramo distal da artéria pulmonar do paciente e avaliar as pressões.

35
Q

Quais as variáveis que o cateter de swan-ganz oferece?

A
  • Pressão de Artéria Pulmonar (PAP) e Pressão Capilar Pulmonar (ou Pressão de Oclusão de Artéria Pulmonar
  • PVC
  • débito cardíaco e índice cardíaco
  • RVS
  • Consumo de O2 (VO2), Oferta de O2 (DO2) e Taxa de Extração (TEO2)
  • Saturação venosa mista (SVO2)
36
Q

Hoje o que se costuma usar no lugar do cateter de swan-ganz?

A

ECO a beira do leito

No dia a dia, é mais usual mesmo o acesso venoso central para obtenção da PVC e SVO2.

37
Q

O que é a hemodinâmica funcional?

A

Compreende métodos que buscam predizer a resposta do sistema cardiovascular a determinadas intervenções, como a reposição volêmica.
Seu grande valor se dá para aqueles pacientes que mostram sinais de baixa perfusão, mas que apresentam, por outro lado, risco de congestão pulmonar ou sistêmica e que não devem ser submetidos a sobrecarga de volume.

Com isso pode-se calcular a variação da pressão de pulso e da variação do volume sistólico para concluir se o pct responde a volume. Se responder vale a pena fazer o volume.

38
Q

V ou F - A alteração da resistência vascular pulmonar nos quadros de sepse leva à redução dos valores de PVC

A

falso
a PVC na sepse é baixa por conta do estado de hipovolemia que acontece por alterações da microcirculação (capilares), onde há o extravasamento de fluidos para o interstício

39
Q

A perfusão tissular no paciente chocado é melhor avaliada através do seguinte parâmetro:

A

Diurese horária.

40
Q

Qual o choque em que há hipotensão sem taquicardia reflexa

A

Choque neurogênico

41
Q

Tratamento do choque - medidas gerais

A

Reposição volêmica

Drogas inotrópicas e vasopressoras (nora, dopamina, dobuta)

42
Q

Na tentativa de ressuscitação do paciente em choque circulatório quais os objetivos no momento

A
  • Hemodinâmicos: PAM > 65 mmHg; POAP 15-18 mmHg; índice cardíaco > 2,2 L/min/m2.
  • Oferta de oxigênio: hemoglobina > 7 g/dl; SaO2 > 90-92%.
  • Perfusão tecidual: lactato em queda (< 2 mm ou queda > 10% dentro das duas primeiras horas), redução do Excesso de Base (BE); diurese > 0,5 ml/kg/h.
43
Q

Mecanismo de ação de cada droga inotrópica e vasopressoras?

A

- Noradrenalina: droga estimuladora de receptores adrenérgicos com potente efeito constritor venoso e arterial (alfadependente) e modesto efeito inotrópico positivo (beta1 dependente). A PA aumenta devido
à elevação da resistência periférica.
- Dobutamina: droga de efeito beta predominante, levando à ação inotrópica positiva e vasodilatadora periférica (discreta). Como resultado teremos aumento do débito cardíaco e diminuição da resistência
vascular periférica.
- Dopamina: precursora da noradrenalina na via biossintética das catecolaminas, capaz de estimular diretamente receptores alfa e beta-adrenérgicos. A atuação predominante dependerá da dose.

44
Q

Em que situação a dobutamina não deve ser usada isoladamente e por que?

A

PA sistólica < 90 mmHg.

Pois ela diminui a resistência vascular periférica

45
Q

Doses de dopamina para que tenha efeito semelhante a noradrenalina e dobutamina respectivamente?

A

Doses > 10 µg/kg/min têm efeito alfa (semelhante à noradrenalina).
Doses intermediárias (3 a 10 µg/kg/min) têm efeito beta principalmente, isto é, inotrópico positivo (semelhante à dobutamina)

46
Q

Tratamento do choque anafilático?

A

adrenalina, inicialmente por via IM!!!

• Anti-histamínicos (difenidramina, prometazi-
na, cetirizina): quadros de urticária.
• Broncodilatadores (albuterol): em caso de
broncoespasmo.
• Glicocorticoides (metilprednisolona): indicação se dá para os sintomas tardios que podem ocorrer no curso bifásico da anafilaxia (recorrência nas próximas horas).

47
Q

Tratamento do choque cardiogênico refratário

A

Balão Intra-aórtico

48
Q

O que fazer nos pacientes que fazem uso de betabloqueadores e tem uma anafilaxia?

A

glucagon

Obs: O glucagon na dose de 1-5 mg IV por cinco minutos, tem efeitos inotrópicos e cronotrópicos (aumentam força contrátil e frequência) que não são mediados pelos receptores beta. Cabe apenas lembrar que, pelo risco da indução de vômitos com a sua administração, deve-se atentar para a proteção de vias aéreas em pacientes com rebaixamento do nível de consciência.

49
Q

Nova definição de sepse?

A

Disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção.
A disfunção orgânica passou a ser representada por pontuação ≥ 2 no escore SOFA.

50
Q

Quais são as principais citocinas envolvidas na sepse?

A

TNF-alfa (fator necrose tumoral) e IL-1

São citocinas pró-inflamatórias

51
Q

Quais os parâmetros do SOFA? E do q-SOFA?

A
  • respiração: razão Pao2/FIO2, mmHg (kPa)
  • coagulação: Plaquetas, x103/μL
  • fígado: Bilirrubina
  • cardiovascular
  • SNC: glasgow
  • rins: creatinina, débito urinário

maior ou igual 2 = sepse!

FR>22, PA<100, alteração do nível de consciência

52
Q

O que é a coloração de gram?

A

Observação ao microscópio óptico para diferenciar micro-organismos com base na composição química da parede celular.
Gram-positivos (roxo) ou Gram-negativos (vermelho).
Gram-positivas - expoem peptideoglicano
Gram-negativas - parede dupla com a exterior sendo de lipídios, carboidratos e proteínas.

53
Q

Quais os componentes bacterianos envolvidos na patogênese da sepse grave?

A
  • Constituintes estruturais da parede celular (endotoxinas)
  • Exotoxinas
  • Superantígenos: s. aureus - enterotoxinas A-F e 1 da sínd do choque tóxico
  • Enzimas
54
Q

Como o ácido aracdônico se relaciona com a sepse?

A

Diferentes metabólitos do ácido aracdônico são conhecidos como causadores de vasodilatação (prostaciclinas), vasoconstricção (tromboxanos), agregação plaquetária ou ativação de neutrófilos.

Prostaglandinas, principalmente PGE1 e PGI2, possuem efeitos benéficos na sepse ao reduzir os efeitos pró-coagulantes e melhorar a perfusão tecidual.
Tromboxano e leucotrienos, porém, são extremamente deletérios, causando efeitos contrários.

55
Q

Como ocorre a coagulopatia na sepse?

A

As endotoxinas ativam os componentes da coagulação direta e indiretamente, através do estímulo do fator tecidual das superfícies endoteliais e da liberação de cininas e citocinas pró-inflamatórias.

56
Q

Por que ocorre alteração na perfusão sanguínea?

A

Pela vasodilatação, pela agregação plaquetária e ativação das vias de coagulação na microvasculatura.

57
Q

Como ocorre o dano pulmonar?

A

Dano ao endotélio e acúmulo de líquido e células inflamatórias nos espaços alveolares.

_________________________________________
O pulmão é um dos órgãos mais vulneráveis na sepse. TNF-alfa, PAF, C5a, IL-8 e tromboxano são os mediadores mais envolvidos no quadro de SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo). Ocorre prejuízo nas trocas gasosas, hipertensão pulmonar e edema intersticial.

A passagem de neutrófilos pelo endotélio e a consequente degranulação destes no interstício pulmonar leva a danos na integridade do próprio endotélio e acúmulo de líquido e células inflamatórias nos espaços alveolares

58
Q

Com relação a evolução da sepse, quais são as etapas no desenvolvimento da sepse?

A

Fase quente: é aquela em que o paciente ainda consegue manter o débito cardíaco normal ou mesmo aumentado, resistência vascular está diminuída e o débito cardíaco aumentado, extremidades quentes, taquicárdico, consciente.
Fase fria: queda do débito cardíaco, resistencia vascular aumenta, extremidades começam a ficar frias, pode ainda estar taquicardico, sonolento, sudorese fria, queda do débito urinário

59
Q

Qual é o marcador mais específico para diferenciar sepse grave e choque séptico da síndrome da resposta inflamatória sistêmica

A

procalcitonina

é um pró-hormônio que, em condições habituais, permanece apenas no interior das células C da tireoide, sendo o precursor da calcitonina. Pode
ter significativa produção extratireoideana especialmente em macrófagos no estresse orgânico.

60
Q

Em que pensar de laboratório para o paciente com sepse?

A
  • hemograma
  • coagulograma: TAP ou PTT alargado
  • eletrólitos
  • função renal
  • função hepática: aumento de bilirrubinas, fosfatase alcalina ou transaminases até três vezes os valores normais não indicam etiologia hepática ou biliar
  • albumina sérica
  • proteína c reativa: se eleva em horas durante uma infecção bacteriana
  • glicemia: hiperglicemia acima de 140 na ausência de diabetes faz parte da sepse (mas tbm pode ter hipoglicemia)
  • lactato: fazer dosagem seriada
  • gasometria arterial
  • hemocultura
  • radiografia de tórax é essencial em todos os casos
61
Q

Quais os pontos que fazem parte do tratamento da sepse?

A

Monitorizar, acesso venoso e oxigênio, se necessário.
PACOTE DE 1ª HORA DA SEPSE:
- Expansão volêmica com cristaloides, 30mL/kg em 3h. - Coleta de hemoculturas
- Antibioticoterapia de amplo especto após cultura. - Drogas vasoativas precocemente se expansão volêmica inicial infrutífera.

62
Q

O que significa saturação venosa mista SvO2?

A

A saturação venosa mista é a medida da saturação de oxigênio do sangue venoso obtido nos ramos capilares pulmonares mais distais, logo antes da troca gasosa.

63
Q

O que podemos fazer quando a svO2 não atinge seu valor ideal mesmo após a ressuscitação inicial com volume?

A
  • Transfundir concentrados de hemácias quando Hb <7 g/dl.

- Iniciar infusão de dobutamina (máximo de 20 µg/kg/min).

64
Q

Quando usar corticosteroides na sepse? Qual corticosteroide?

A

adultos com choque séptico cuja pressão arterial não responda de modo adequado até aos vasopressores.
hidrocortisona.

Não há indicação de utilizar rotineiramente corticosteroides na sepse sem choque!!!

65
Q

O que é choque séptico?

A

sepse com hipotensão não responsiva a volume

ou seja, ele precisa de aminas vasoativas

66
Q

V ou F - deve-se primeiro estabilizar o paciente na sepse antes de iniciar antibiótico?

A

falso.

antibiótico de amplo espectro tem que ser feito na primeira hora!

67
Q

Menino de 5 anos de idade chega a pronto-socorro com quadro de placas urticariformes difusas, tosse, edema labial e periorbitário bilateral, após ingestão de kiwi. Ausculta pulmonar sem alterações. Qual é a melhor conduta inicial para este caso?

A

Adrenalina IM com reavaliação em 15 minutos. 0,01 mg/kg até o máximo de 0,3 mg.
____________________________________

aparentemente é uma anafilaxia leve mas como anafilaxias podem progredir para grave rapidamente é preciso tratar logo como choque anafilático antes que dÊ merda.

68
Q

Perdas maciças de sangue são acompanhadas de quedas proporcionais do hematócrito?

A

não

69
Q

Um jovem de 20 anos é trazido pelo SAMU após reação alérgica a uma picada de abelha. Apresentou estridor inspiratório no local de atendimento, onde recebeu adrenalina intramuscular e foi intubado. Ao exame físico, apresenta agitação. Pressão arterial de 76/48 mmHg, pulso de 130 bpm e sibilos expiratórios na ausculta pulmonar. Após ressuscitação volêmica vigorosa, não apresenta melhora hemodinâmica. Qual é a próxima conduta?

A

adrenalina INTRAVENOSA

70
Q

Um paciente, vítima de ferimento penetrante do tórax por arma de fogo, é admitido no setor de emergência apresentando-se desorientado, com frequência respiratória (FR) de 35 incursões/min, frequência cardíaca (FC) de 130 bpm e pressão arterial de 80 x 35 mmHg. De acordo com o ATLS, tal paciente encontra-se em choque hemorrágico classe:

A

III

71
Q

Homem de 54 anos dá entrada no pronto-socorro com quadro de precordialgia opressiva, irradiada para a mandíbula, de forte intensidade, associada a náuseas e sudorese, iniciado uma hora antes. Tem história de hipertensão arterial e dislipidemia. Faz uso de enalapril e atorvastatina e é tabagista de 22 maços/ano. Ao exame físico, encontra-se normotenso, ansioso, com FC = 60 bpm e B4, mas sem congestão pulmonar. ECG de 12 derivações mostrou supradesnivelamento de 4 mm do segmento ST em D2, D3 e aVF. Trinta minutos após, enquanto se aguardava a chegada da equipe de hemodinâmica, o paciente desenvolveu hipotensão arterial (PA = 60x40 mmHg), sinal de Kussmaul, sem congestão pulmonar. A medida terapêutica de emergência que deve ser tomada é:

A

reposição volêmica

CCQ: paciente com infarto de VD que evolui com choque cardiogênico deve ser tratado com volume (não faz inotrópico etc)
Isso deve ser devido ao VD ser dependente de volume?

72
Q

Paciente sob anestesia para tratamento de abdome agudo vascular, apresenta elevação da variação da pressão de pulso (delta PP). Isso indica?

A

boa reposta à reposição volêmica

73
Q

A conduta que melhora a sobrevivência da criança no tratamento imediato do choque séptico é?

A

fluidoterapia agressiva

74
Q

Um homem de 57 anos é levado ao pronto-socorro por uma unidade de resgate, com queixa de dor abdominal difusa há 8 horas. Está em regular estado geral, tem FC = 120bpm, PA = 90x50mmHg, FR = 24irpm e saturação de oxigênio de 92% com cateter de O₂ com 2L/min. O abdome está tenso e com rigidez involuntária, e a radiografia simples de abdome revela presença de gás extraluminal. Antes que esse paciente seja encaminhado à sala de operação, é fundamental fazer?

A

acesso venoso com administração de 2-3 L de cristaloide e antibióticos!
sem monitorização hemodinâmica (cateter swan-ganz), sem intubar, sem droga vasoativa.

75
Q

Como está o DC, PVC e RV sistêmica na fase inicial do choque séptico?

A

DC: aumentado (se boa reserva funcional)
PVC: diminuída devidod aumento do DC
RV sistêmica: diminuída (ocorre mt nos choques distributivos)

76
Q

O que acontece com a RVP nos estágios finais do que choque?

A

vasodilatação generalizada

77
Q

Tratamento do choque séptico na criança?

A

É preciso classificar entre choque frio x quente.
No quente: noradrenalina
No frio: dopamina ou adrenalina
Obs: primeiro são feitas as medidas iniciais pra sepse,(cristaloide 20ml/lg) se não funcionar (choque séptico) classificar qual o choque e fazer a amino vasoativa adequeada.

78
Q

o que é o eixo flebostático

A

cruzamento do quarto espaço intercostal com a linha axilar média. Esse ponto de intersecção corresponde com a localização do átrio direito, onde encontra-se a ponta do cateter, para se verificar a PVC, por exemplo.

79
Q

quais os 7 sistemas do organismo

A
hemodinamico
respiratorio
neurológico
infeccioso
renal
gastrointestinal
hematológico