Instabilidade Hemodinâmica Flashcards
O que é choque
não é hipotensão! é hipoperfusão tecidual generalizada
Como classificamos os tipos de choque?
HIPODINÂMICO: Hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo e misto.
HIPERDINÂMICO: distributivo (séptico), distributivo (especiais)
O que é o choque cardiogênico?
O choque causado por uma redução importante da função cardíaca devido à lesão miocárdica direta ou a uma anormalidade na mecânica do coração.
O que é o choque obstrutivo?
O choque obstrutivo extracardíaco resulta da obstrução ao fluxo no circuito cardiovascular, levando a um enchimento diastólico inadequado ou a uma redução da função sistólica pelo aumento da pós-carga.
O que é o choque distributivo?
O choque caracterizado pela vasodilatação periférica, resultante do efeito de mediadores na microvasculatura e nas células, causando hipotensão e
disfunção de múltiplos órgãos, sem diminuição do débito cardíaco, a princípio.
Quando ocorre hipotensão arterial durante
uma hemorragia?
Quando 1/3 do volume total de sangue circulante for perdido.
Por isso no início do quadro não inicia logo com diminuição do débito cardíaco.
Como estão os parâmetros hemodinâmicos no choque hipovolêmico - DC, RVP, PVC, PCAP (pressão capilar pulmonar)
DC - reduzido
RVP - elevada
PVC - reduzida
PCAP - reduzida
Como estão os parâmetros hemodinâmicos no choque cardiogênico - DC, RVP, PVC, PCAP (pressão capilar pulmonar)
DC - reduzido
RVP - elevada
PVC - elevada
PCAP - elevada
Choque cardiogênico - como estão a pressão de enchimento, débito cardíaco, volume sistólico
aumentada
diminuído
diminuído
O evento fisiopatológico comum a todos os tipos de choque é
perfusão tecidual inadequada
O tônus arteriolar depende de que?
Fatores extrínsecos e intrínsecos
Extrínseco: inervação simpática.
Intrínsecos:
1. Resposta da musculatura lisa ao fluxo sanguíneo local.
2. Liberação de vasodilatadores quando aumenta a atividade metabólica local (vasodilatadores incluem óxido nítrico, eicosanoides, cininas e ade nosina. As moléculas vasoconstritoras incluem a endotelina-1, renina, angiotensina II, tromboxano, vasopressina e radicais livres de oxigênio).
3. Vasodilatação durante hipoxemia regional.
O distúrbio primário mais importante considerado por alguns “como o motor do choque irreversível”, ocorre onde
Nos enterócitos.
Nas fases iniciais do choque, o processo isquêmico já é capaz de comprometer a região esplâncnica com hipóxia e lesões de reperfusão, fabricando radicais
livres de oxigênio como superóxido e peróxido de hidrogênio ajudam na ativação do sistema imunoinflamatório. No entanto, para agravar o processo ainda mais, a necrose dos enterócitos, associada a alterações na permeabilidade endotelial local, permite a translocação bacteriana e de seus subprodutos levando a quadros mais graves e por vezes irreversíveis.
Cite três exemplos de choque obstrutivo
Tamponamento cardíaco
Pneumotórax hipertensivo
Embolia pulmonar
Quais os principais parâmetros podem ser utilizados para estimar perfusão sistêmica no choque?
Débito urinário
Tempo de enchimento capilar
Saturação venosa central de O2
Grau da hemorragia - como é a classificação
Grau I Menor que 15% (até 750 ml); PAS normal; FC 60-100; FR 14-20; débito urinário >30ml/h.
Grau II 15 a 30% (750 a 1.500 ml)
Grau III 30 a 40% (1.500 a 2.000 ml)
Grau IV > 40% (> 2.000 ml)
A ressuscitação volêmica provoca lesões orgânicas graves por que?
pois, neste momento, os neutrófilos tornam-se mais agressivos, ligam-se ao endotélio e aumentam a permeabilidade capilar. Esta última, por sua vez, pode desencadear a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Citocinas inflamatórias são liberadas nesta fase e causam injúria celular em diversos tecidos. No fígado, por exemplo, o dano proveniente da inflamação e das espécies reativas de oxigênio pode levar à elevação imediata das enzimas hepáticas.
Conceito de choque obstrutivo
extracardíaco resulta da obstrução ao fluxo no circuito cardiovascular, levando a um enchimento diastólico inadequado ou a uma redução da função sistólica pelo aumento da pós-carga. O resultado é um baixo DC e o choque
Quais os principais exemplos de choque distributivo?
a) Choque séptico;
b) Síndrome da resposta inflamatória sistêmica;
c) Choque anafilático e reações anafilactoides;
d) Choque neurogênico;
e) Reações a drogas e toxinas (picadas de insetos, reações transfusionais);
f) Insuficiência suprarrenal aguda;
g) Coma mixedematoso.
O que é o choque neurogênico?
caracterizado pela interrupção dos estímulos vasomotores simpáticos após traumatismo raquimedular cervical alto, migração cefálica inadvertida de raquianestesia ou grave traumatismo craniano.
Ocorre vasodilatação arteriolar e veno-dilatação, com acúmulo de sangue no sistema venoso, redução da pré-carga e do débito cardíaco.
No tratamento do choque Hemorrágico, o melhor
parâmetro clínico para reposição volêmica é:
Aumento do débito urinário.
Choque neurogênico - como está a pressão, FC, pulsos (cheio, fino), extremidades, pressão venosa central
hipotensão FC normal pulso cheio extremidades quentes PVC diminuída
Um pneumotórax hipertensivo causa que tipo de choque?
obstrutivo (cardíaco compressivo)
O Staphylococcus aureus pode produzir patologias através de uma toxina ou pela invasão tecidual direita. Uma doença desencadeada por uma toxina estafilocócica é a:
Síndrome do choque tóxico.
A síndrome do choque tóxico estafilocócico é causada por uma enterotoxina estafilocócica, associada ao uso de tampões vaginais pelas mulheres.
A sepse causa um choque do tipo:
Misto: hipovolêmico + cardiogênico + distributivo.
Hipovolêmico (a pré-carga ventricular está reduzida por perda de líquido intravascular), o choque cardiogênico (por ação de citocinas o miocárdio pode ficar disfuncionante, com uma contração ineficaz) e o choque distributivo (a vasodilatação provoca queda na resistência vascular sistêmica piorando a perda de líquido para o espaço intersticial).
Achados cardinais de choque
hipotensão, oligúria, pele fria e pegajosa, alteração do estado mental e acidose metabólica.
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O débito urinário continua sendo um excelente meio de avaliar a perfusão orgânica e pode ser facilmente analisado através da passagem de um cateter de Foley ( urina deve ser quantificada durante pelo menos 30 minutos)
Valor normal do débito urinário
acima de 1 ml/kg/h e o mínimo aceitável é 0,5 ml/kg/h.
Exame complementares para o choque:
laboratoriais, radiográficos e outros específicos devem ser solicitados para avaliação da perfusão tecidual e orgânica, diagnóstico de lesões por trauma, busca por foco infeccioso na sepse e identificação da causa da falência cardíaca
- radiografia
- ECG: iam, arritmias
- glicemia capilar
- Hb < 8
- eletrólitos
- gasometria arterial: acido metabolica origem latica?
- relação ureia/creatinina: aumentado indica desidratação, sangramento
- leucograma: anemia, neutropenia
- LACTATO o mais rápido possível
- exame de urina
- usg
Choque com hiponatremia com hipercalemia sugere
insuficiencia suprarrenal
O que é o choque compensado ou oculto
quando o paciente tem sepse mas permanece com pressão devido mecanismo compensatório.
Mas mesmo assim em algum momento essa pessoa piora com a evolução da doença.
Quais as causas de choque hipovolêmico
a) Hemorragias: digestivas altas e baixas, ruptura de aorta, pancreatite hemorrágica, fraturas, traumas abertos;
b) Perda de líquidos: diarreia, vômitos, poliúria;
c) Sequestro de líquidos: queimaduras, peritonites, colites, sepse?;
d) Drenagem de transudatos, ascite, hidrotórax.
Quais as causas de choque cardiogênico
- Lesão cardíaca direta: infarto agudo do miocárdio, contusão miocárdica no trauma, miocardite, cardiomiopatia, miocárdio abalado pós-isquemia, toxicidade por drogas (antraciclinas, bloqueadores de canais de cálcio), sepse?.
- Mecânica: anormalidade valvar importante, cardiomiopatia hipertrófica, comunicação interventricular.
- Arritmias: bradi e taquiarritmias