Infecções perinatais Flashcards
O que são as TORCHs?
São infecções perinatais que podem ser transmitidas da mãe ao feto
Toxoplasmose Outras infecções (Coxsackie, Sífilis, VZN, HIV, Parvo B19, HBV, LCM) Rubéola Citomegalovírus Herpes simples 1 e 2 (varicela)
Quais repercussões caracterizam as TORCHs?
Caracterizam por microcefalia, surdez, corioretinite, hepatosplenomegalia e trombocitopenia. Pode incluir febre e anorexia
Podem ocorrer dificuldades de audição, problemas oculares, retardo mental, autismo e morte
Sobre a Toxoplasmose (parte 01):
Qual é o risco de transmissão por via transplacentária?
Há rastreamento pré-natal?
Quais os sistemas do feto com maior acomentimento?
Como é a clínica nas gestantes?
Como é a clínica nos RN?
Como é o diagnóstico de toxoplasmose na gestante?
17-65%
- Sim
- Túnicas oculares e SNC (áreas de necrose e calcificações)
- Podem ser assintomáticas ou ter sintomas inespecíficos (febre, mialgia etc)
-80-90% assintomáticos
Pode ocorrer a forma neurológica (infecção nas fases iniciais da gestação) e a forma generalizada (infecção nas fases tardias da gestação)
-Primeira consulta: sorologia materna
IgM–eleva 1-2 semanas após infecção e permanece positivo por 2-3 meses
IgG–eleva 1-2 semanas após infecção, com pico em 3-6 meses. Sempre positiva pelo resto da vida
Teste de Avidez do IgG
Alta (>60%): infecção mais antiga (3-4 meses)
Baixa (<30%): infecção recente
IgM + e IgG +
IgM residual ou infecção aguda. Solicitar teste de avidez de IgG
Sobre a Toxoplasmose (parte 02):
Como é feito o diagnóstico fetal?
Como é feito o diagnóstico no RN?
Como é feito o tratamento do neonato?
-Ultrassonografia fetal: alargamento dos ventrículos cerebrais, calcificações intracranianas, calcificações de plexo coroide, aumento da espessura da placenta, ascite, hepatoesplenomegalia Amniocentese e PCR: realizada a partir das 18 semanas para detecção do DNA do toxoplasma pelo método de PCR. Se confirmar infecção fetal, tratar
-Hemograma, bioquímica, neroimagem, líquor, oftalmoscopia, pesquisa do agente etiológico são importantes para o diagnóstico
É confirmada por IgM ou IgA nos primeiros 06 meses de vida, persistência IgG após 12 meses ou aumento da afinidade de IgG no teste de avidez nos primeiros meses
-Tratamento por 12 meses, independente de apresentarem ou não sinais/sintomas da doença: 1. Pirimetamina: 1 mg/kg/dia, por dois a seis meses. A seguir, 1 mg/kg três vezes por semana, até completar um ano de utilização do medicamento; 2. Sulfadiazina ou Trissulfapiridinas: 100 mg/kg/dia via oral, duas vezes ao dia. 3. Glicocorticoide (Prednisona): 1 mg/kg/dia (se coriorretinite grave ou PTN no LCR > 1g/dL); 4. Ácido folínico: Sempre deve ser utilizado durante o uso de pirimetamina, para diminuir a toxicidade (neutropenia/anemia) → 10 mg administrados três vezes por semana. As crianças adequadamente tratadas: negativação de IgG ou queda após seis meses da suspensão dos medicamentos; Os neonatos assintomáticos, filhas de mães com diagnóstico possível ou inconclusivo, deverão realizar sorologias a cada dois meses, com fundo de olho, USG de fontanela e hemograma; A criança não infectada é aquela que possui duas sorologias consecutivas negativas.
Sobre a Sífilis Congênita (parte 01):
Qual é a origem da maioria dos casos de Sífilis Congênita?
Como é a testagem em crianças expostas a Sífilis?
Nos casos de persistência da titulação do reagente do teste ou aumento dos títulos não treponêmicos na criança exposta, o que é feito?
Qual é a clínica da Sífilis precoce?
E da Sífilis tardia?
-Mãe não testada para sífilis durante o pré-natal. Ou
Recebeu tratamento não adequado para Sífilis antes ou durante a gestação
-Testagem em crianças expostas a Sífilis
RN-teste não treponêmico(VDRL), um título maior que o materno em pelo menos duas diluições
Seguimento–espera-se que decline aos 3meses e negative aos 6meses
Consultas ambulatoriais de puericultura
-Notifica se SC
punção lombar LCR e análise do VDRL, contagem celular e
proteína, devendo ser tratadas durante dez dias com penicilina parenteral (neurossífilis)
- Lesão inflamatória: Rinite, placas mucosas, condiloma plano, lesões cutâneas e lesões ósseas
- Sequelas: Nariz em sela, rágades, fronte olímpica, tíbia em sabre e alterações dentárias
Sobre a Sífilis Congênita (parte 02):
Quais exames devem ser solicitados nas crianças expostas a Sífilis?
Qual é o parâmetro mais importante para avaliação de crianças com suspeita de neurosífilis?
Como é o seguimento ambulatorial de Sífilis Congênita (SC)?
Como é o tratamento de criança com SC com e sem neurossífilis?
Como é o tratamento de crianças de mães não tratadas adequadamente para neurossífilis durante a gestação, mas essas crianças com exames normais e teste não treponêmico não reagente?
Obs: Parte mais importante é o fluxograma no final dos slides
- Hemograma completo maternidade e no seguimento
s/n
Transaminases maternidade e no seguimento s/n
Eletrólitos maternidade e no seguimento s/n
Líquor maternidade e no seguimento cada 6meses até
normalização dos valores
Rx ossos longos de acordo com alterações clínicas
Rx tórax de acordo com alterações clínicas
-Apesar de LCR maior que 150mg/dl ser sugestivo de sífilis no RN. E maior que 40 na criança com mais de 28 dias. O teste VDRL reagente é o parâmetro mais importante, com maior especificidade e sensibilidade
-Seguimento habitual na rotina da puericultura, conforme recomendação
da Saúde da Criança: na 1ª semana de vida e no 1º, 2º, 4º, 6º, 9º, 12º e
18º mês), com retorno para checagem de exames complementares, se for
o caso
Consulta odontológica semestral por 02 anos
Consulta oftalmológica semestral por 02 anos
Consulta audiológica semestral por 02 anos
-Tratamento de criança com SC sem neurossífilis:
Benzilpenicilina cristalina ou benzilpenicilina procaína, por 10 dias
Tratamento de criança com sífilis congênita com neurossífilis:
Benzilpenicilina cristalina por 10 dias
-Tratar com Benzilpenicilina benzatina 50.000 UI/KG, dose única, intramuscular
Sobre a Sífilis Congênita (parte 03):
Como é o tratamento materno adequado?
Registro de tratamento completo com benzilpenicilina benzatina, adequado para o estágio clínico, com primeira dose realizada pelo menos 04 semanas antes do parto
Sobre o HIV (parte 01):
Quando é feita a quimioprofilaxia para o recém-nascido?
A mãe portadora de HIV, mesmo em adesão de TARV, pode amamentar?
A mãe portadora de HIV pode ter parto normal?
Quais outras condutas podem ser necessárias no momento do parto?
Quais outros cuidados, pós parto?
- É realizada quando a gestante não recebe antirretrovirais durante a gravidez
- Não, e deve ter lactação inibida no momento do parto
- Sim, a depender do CV-HIV (se indetectável ou <1.000 cópias/mL)
- Pode ser necessário administrar AZT injetável
- Pode ser necessário que os cuidados do pediatria sejam cautelosos para não provocar traumatismos. Por exemplo, aspirar delicadamente vias aéreas, evitando traumatismos em mucosas
Sobre o HIV (parte 02):
É importante notificar a criança exposta?
Qual a conduta medicamentosa a ser realizada no manejo da criança exposta ao HIV de alto risco?
O que é a criança exposta ao HIV de alto risco?
Como é o acompanhamento do RN exposto ao HIV?
- Sim
- Iniciar esquema profilático (AZT + outras drogas, a depender da idade gestacional) ainda na sala de parto, preferencialmente, nas primeiras quatro horas de vida
- Basicamente é a criança de parturiente sem seguimento prévio para HIV
-Do nascimento até 8 semanas após término da profilaxia (12 semanas de vida), deve-se coletar CV-HIV. Aos 12 meses, deve-se coletar anticorpos anti-HIV,
Casos anti-HIV reagente, repetir exame com 18 meses.