Infecções neonatais Flashcards
Sífilis: critérios de tratamento materno adequado?
Penicilina; Dose/frequência adequados para fase; início até 30 dias antes do parto; queda dos títulos em 2 diluições após 3 meses; Sem risco de re-infecção.
A partir da determinação da adequação do tratamento, qual a conduta inicial no rn?
mãe adequadamente tratada -> VDRL do RN
mãe inadequadamente tratada -> VDRL + Hemograma + raio X + LCR
Mãe adequadamente tratada, VDRL do RN não reagente. Conduta?
Acompanhar;
se não possível, Penicilina G benzatina dose única.
Mãe adequadamente tratada, VDRL do RN igual ou maior o da mãe em 2 títulos. Conduta?
Acompanhar;
Se não possível, fazer triagem (VDRL, Hemograma, RX e LCR) e tratar conforme resultado.
Mãe adequadamente tratada, VDRL do RN > em 2 títulos?
Triagem completa e tratar conforme resultado.
Mãe inadequadamente tratada. Conduta conforme triagem?
Se triagem sem alterações: Penicilina Benzatina dose única + acompanhamento.
Se triagem com qualquer alteração, exceto LCR: Penicilina Procaína ou Cristalina 10 dias.
Se triagem com alteração em LCR: Penicilina Cristalina em 10 dias.
Sinais/sintomas sifílis congênita precoce?
Lesões máculopapulosas/ pustulosas / bolhosas => pênfigo;
Osteocondrite/periostite e paralisia de Parrot;
rinite sifilítica;
coriorretinite;
trombocitopenia e anemia;
neurossífilis.
Sinais/sintomas sífilis congênita tardia?
Tríade de hutchinson (dentes de hutchinson + surdez neurossensorial + ceratite intersticial);
fronte olímpica;
articulações de clutton.
Acompanhamento do RN com suspeita/risco de sífilis congênita?
VDRL 1,3,6,12 e 18 meses. Se negativar em duas, pode parar. Se manter positivo ou aumentar, considerar retratamento.
Acompanhamento (pediatria, oftalmologia, auditiva);
se teve líquor alterado, fazer reavaliação do líquor de 6 em 6 meses.
Laboratório específico na sepse?
Isolamento do microrganismo: hemocultura, urocultura, cultura do líquor, cultura de secreções.
Tratamento empírico da sepse neonatal: o que e quando fazer?
Ampicilina + gentamicina.
Realizar na presença de três sinais de sepse ou dois sinais + risco materno.
Conduta no RN com sinais de sepse neonatal?
antibioticoterapia empírica + avaliação completa (hemograma, hemocultura, punção liquorica e RX tórax)
Conduta no RN sem sinais de sepse, com mãe que teve corioamnionite?
Antibioticoterapia + avaliação limitada (leucograma, plaquetas e hemocultura)
Conduta se RN sem sinais de sepse, <37 semanas e rpmo >18h, mãe não fez profilaxia GBS intraparto?
Avaliação limitada (leucograma, plaquetas e hemocultura)
Conduta se RN sem sinais de sepse, mãe tinha indicação de profilaxia GBS e não fez, >37 semanas e rpmo <18h?
Observação 48h + leucograma e plaquetas 6 e 12h.
Conduta se RN sem sinais de sepse, mãe fez profilaxia GBS intraparto >4h com atb adequado?
Observação 48h.
Conduta se RN sem sinais de sepse, <37 semanas e rpmo >18h, mãe não fez profilaxia GBS intraparto?
observação 48h + Avaliação limitada (leucograma, plaquetas e hemocultura)
Conduta se RN sem sinais de sepse, mãe tinha indicação de profilaxia GBS e não fez, > ou igual a 37 semanas e rpmo <18h?
Observação 48h + leucograma e plaquetas 6 e 12h.
Conduta se RN sem sinais de sepse e mãe sem indicação de profilaxia GBS intraparto?
Rotina normal do RN.
RN de mãe com HIV: condutas?
EPIs; clampeamento imediato do cordão; banho + compressas macias; nutrição só com fórmulas, sem amamentação; notificação; anti-retrovirais.
ARV que todo RN com risco de HIV faz?
Zidovudina - AZT
Indicações de nevirapina?
mãe descobriu HIV antes do parto;
mãe com HIV que não usou ARV na gestação;
mãe que fez ARV com má adesão (mesmo se carga viral baixa);
mãe com carga viral >1000/ml no 3° trimestre;
mãe com outra infecção sexualmente transmissível além do HIV.
Indicações de nevirapina?
mãe descobriu HIV antes do parto;
mãe com HIV que não usou ARV na gestação;
mãe que fez ARV com má adesão (mesmo se carga viral baixa);
mãe com carga viral >1000/ml no 3° trimestre ou carga desconhecida;
mãe com outra infecção sexualmente transmissível além do HIV.
Quando fazer o AZT?
Ao nascer ou até as primeiras 4h, preferencialmente. No máximo, fazer nas primeiras 48h, pois depois não há evidência de benefício.
Como e por quanto tempo fazer o AZT?
4 semanas!
RN >= 35 semanas, fazer 4mg/kg/dose 12/12h VO.
RN 30-35 semanas, fazer 2mg/kg/dose nas primeiras 2 semanas e depois 3 mg/kg/dose 12/12h VO
RN<30 semanas, fazer 2 mg/kg/dose 12/12h VO.
Como fazer AZT por via parenteral?
RN >=35 semanas fazer 3 mg/kg/dose 12/12h IV
RN 30-35 semanas, fazer 1,5 mg/kg/dose nas primeiras 2 semanas e depois 2,3 mg/kg/dose
RN <30 semanas fazer 1,5 mg/kg dose 12/12h IV
Como fazer nevirapina?
3 doses. 1° dose após 48h de vida. 2° dose 48h após 1°. 3° dose 96h após a 2°.
Sempre VO. RN >2kg fazer 12 mg/dose. se 1,5kg - 2kg fazer 8 mg/dose.
Como fazer nevirapina?
3 doses. 1° dose após 48h de vida. 2° dose 48h após 1°. 3° dose 96h após a 2°.
Sempre VO. RN >2kg fazer 12 mg/dose. se 1,5kg - 2kg fazer 8 mg/dose.
Como e por que fazer profilaxia com Sulfametoxazol + trimetoprim?
Para prevenção de pneumonia por Pneumocystis Jiroveci.
fazer a partir de 4 semanas, 750 mg/m²/dia 12/12h, 3x na semana. Manter o uso até ter 2 cargas virais indetectáveis, sendo uma delas após 4 meses de vida. Caso a partir dos 4 meses haja detecção viral, mantém profilaxia até 1 ano.
Sinais/sintomas de toxoplasmose congênita?
Tríade de Sabin: hidrocefalia ou microcefalia + coriorretinite + calcificações cerebrais disufas;
deficiência intelectual (+ tríade = tétrade de Sabin);
icterícia, hepatoesplenomegalia;
outras alterações oftalmológicas: catarata, descolamento de retina (podem acontecer até na idade adulta).
Como investigar toxoplasmose congênita?
USG transfontanela (TC de crânio se casos confirmados), hemograma, líquor, sorologias.
Como interpretar as sorologias de toxoplasmose congênita?
IgM => confirma, porém raro estar presente no início.
IgG => pode ser do RN ou pode ser passagem da mãe.
Como confirmar diagnóstico da toxoplasmose congênita?
IgG positiva após 12 meses de vida OU
clínica + mãe IgG positiva + exclusão outras torchs OU
PCR da amniocentese positivo.
Conduta se RN com rastreio positivo para toxoplasmose congênita (LCR, sorologias, USG/TC ou fundoscopia)?
Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico por 1 ano e avaliação oftalmológica 6/6meses
Conduta em RN com rastreio positivo para toxo + coriorretinite ou proteinorraquia >1g/dl?
tratamento convencional + prednisona até resolução da complicação.
RN assintomático com mãe suspeita de toxoplasmose?
avaliação sorológica 2/2 meses.
Sinais/sintomas de CMV congênita?
Calcificações periventriculares, icterícia colestática, hepatoesplenomegalia etc.
Quando tratar CMV congênita?
Diagnóstico <1 mês de vida ou complicações neurológicas/oftalmológicas/auditivas ou quadro sepsis like sem outra causa.
Diagnóstico e tratamento da CMV congênita?
Isolamento viral.
ganciclovir (muito tóxico/prevenção de surdez neurossensorial) ou valganciclovir (em estudo).
Principais sinais/sintomas da rubéola congênita?
Catarata congênita + cardiopatia (PCA ou estenose da A. pulmonar) + surdez. Também: icterícia, hepatoesplenomegalia etc.
Diagnóstico e tratamento da rubéola congênita?
IgM + ou persistência da IgG. Tratamento é apenas suporte.
Como definir microcefalia?
Criança pré-termo: < -2 desvios padrões
Termo: < 31,5 meninas <31,9 meninos
Quando o homem e a mulher podem causar zika congênita no feto?
Homem até 6 meses após a doença.
Mulher até 2 meses.
Clínica e diagnóstico da varicela congênita?
Criança com cicatrizes em dérmatomos, hipoplasia de membros e alterações neurológicas. diagnóstico é clínico ou por DNA viral.
Clínica e diagnóstico da herpes congênita?
Muito raro, mais comum a infecção perinatal! Lesões cicatriciais, micro/hidrocefalia e alterações oculares. Diagnóstico clínico, mas pode ser feito isolamento viral.