Distúrbios respiratórios neonatais Flashcards
Sinais gerais de desconforto respiratório?
taquipneia, retrações respiratórias, cianose, apneia, head bobbing, batimento de asa nasal, gemido expiratório
Base fisiopatológica da doença da membrana hialina (DMH)?
falta de surfactante pulmonar
Início da produção de surfactante?
20° semana IG
A produção de surfactante torna-se suficiente na __ semana IG
35° semana
Hormonios que aumentam e diminuem a produção de surfactante, respectivamente?
corticoide e insulina
Consequências fisiopatológicas da falta de surfactante?
colabamento alveolar, aumento do esforço respiratório, hipercapnia, insuficiência respiratório, alteração da relação perfusão-ventilação, congestão e edema.
Fatores de risco para DMH?
Prematuridade;
mãe diabética;
asfixia;
gemelaridade, cesárea anterior e multiparidade;
Fatores que diminuem risco de DMH?
RPMO prolongada;
uso de heroína;
CIUR (por hipertensão cronica ou gestacional);
Clínica da DMH?
Taquipneia + sinais de desconforto respiratório, com melhora esperada após 72h, ou pode haver piora e progressão para insuficiência respiratória.
Raio X da DMH?
infiltrado reticulo-granular fino, com aspecto de vidro moído/fosco, broncograma aéreo.
Alterações laboratoriais da DMH?
Acidose respiratório/mista
Conduta na DMH?
Aquecimento, hidratação, nutrição;
CPAP (diminui colabamento, aumenta volume residual, aumenta complacencia pulmonar);
em casos refratários, surfactante exógeno (6-6h 2-4x);
Classificação das pneumonias neonatais?
Precoce (geralmente inicia nas primeiras 48h) - adquirida intra-útero ou no parto;
tardia (geralmente inicia após 48h de vida);
Germes mais associados à pneumonia precoce?
Streptoccocus agalactie (GBS); E. coli, klebsiela, ureoplasma, listeria monocitogenes;
germes mais associados à pneumonia tardia?
Staphyloccocus
Fatores de risco para pneumonia neonatal?
corioamnionite;
rpmo >18h;
trabalho de parto prematuro sem causa aparente;
colonização por GBS;
Clínica da pneumonia neonatal?
Sinais de desconforto respiratório inespecíficos + sinais de sepse
Sinais de sepse neonatal?
hipotonia, hipo ou hipertermia, letargia, intolerância alimentar, distensão abdominal
Raio X da pneumonia neonatal?
opacidades uni ou bilaterais, broncograma aéreo, padrão reticulo-granular difuso, semelhante ao da DMH
Tratamento da pneumonia neonatal precoce?
Ampicilina + gentamicina (ou amicacina, dependendo do serviço)
Base fisiopatológica da taquipneia transitória do recém-nascido?
Dificuldade de reabsorção do líquido pulmonar?
Reabsorção normal do líquido pulmonar?
70% ocorre antes do parto, 5-10% durante a passagem pelo canal.
IG da TTRN e fatores de risco?
pré-termo tardio ou termos;
Fatores de risco: cesárea eletiva fora de trabalho de parto, mãe diabética ou asmática, policitemia, asfixia perinatal.
Clínica da TTRN?
Geralmente taquipneia isolada e precoce, com melhora no segundo dia.
Raio x da TTRN?
Diminuição da transparência pulmonar, proeminência da trama vascular (estrias em direção ao hilo), cissuras espessadas (derrame cissural), pode haver cardiomegalia e derrame pleural, hiperaeração com diafragma achatado.
Conduta na TTRN?
Se FR>60 => SNG pelo risco de broncoaspiração.
Suporte ventilatório, incluindo CPAP, em FiO2 <40%.
O que é mecônio?
material estéril proveniente do intestino fetal contendo células intestinais, bile, muco, lanugem, líquido amniótico, vérnix caseoso
Síndrome da aspiração meconial acomete principalmente que IG?
> 40 semanas (termo/pós termo)
Fatores fisiopatológicos que causam a SAM?
Condições de asfixia/hipoxemia/sofrimento fetal => aumentam peristaltismo intestinal e liberação de mecônio e causam taquipneia e maior aspiração do conteúdo.
Consequências fisiopatológicas da aspiração meconial?
Pneumonite química E/OU obstrução de vias aéreas (pequenas) E/OU inativação do surfactante
clínica da SAM?
desconforto e até insuficiência respiratória, nas primeiras horas de vida. Identificação de mecônio no cordão umbilical e corpo do RN. sinais de pós-maturidade. Presença de estertores. Pode haver hipertensão pulmonar.
Raio X da SAM?
Infiltrado reticular grosseiro alternando com áreas de hipotransparência e hiper-insuflação.
Conduta na SAM?
Suporte ventilatório conforme quadro clínico. Em caso de necessidade de reanimação, aspirar boca e nariz. Aspiração da traquéia apenas após ciclo de VPP sem sucesso.
Base fisiopatológica da hipertensão pulmonar persistente?
Persistência da circulação fetal: resistência pulmonar mantendo-se alta, causando shunt da direita pra esquerda pelo forame oval, levando sangue não oxigenado.
Principais fatores de risco da hipertensão pulmonar persistente?
Asfixia perinatal;
policitemia;
SAM;
DMH;
Clínica da HPP?
Desconforto respiratório importante e precoce. Labilidade: RN que piora bastante ao ser manuseado.
Diagnóstico da HPP?
Raio x é inespecífico. ecocardiograma é o principal método complementar. Há diferença relevante da saturação pré e pós ductal.
Tratamento da HPP?
Óxido nítrico
Doença crônica do pulmão após terapia prolongada com oxigênio?
Displasia broncopulmonar
Clínica da displasia broncopulmonar
Rn com desconforto respiratório, geralmente por DMH, que persiste após 28 dias.
Raio x na displasia broncopulmonar?
Enfisema intersticial;
Formações císticas;
Atelectasias e áreas de hiperinsuflação
Displasia broncopulmonar aumenta risco de infecção por?
Vírus sincial respiratório VSR - indicação de Palivisumab
Tratamento da displasia broncopulmonar?
B2 agonistas, furosemida, suporte ventilatório