Infecção de vias aéreas inferiores Flashcards

1
Q

Pneumonia:

Definição:

A

Inflamação envolvendo pulmões, com acometimento de parênquima pulmonar e vias aéreas, com consolidação de espaços alveolares

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2
Q

Exemplos de infecções de trato respiratório inferior:

A

Bronquite, bronquiolite, pneumonia

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3
Q

Pneumonia:

Fatores de risco:

A

DRGE, doenças neurológicas (aspiração), imunodeficiências, anormalidades anatômicas das vias aéreas, hospitalização

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4
Q

Pneumonia:
Etiologia:

A

Vírus:

  • principais agentes (90% em < 1 ano e 50% em escolares)
  • VSR mais frequente

Outros:
Influenza A e B, Parainfluenza, Adenovírus, Rinovírus, Metapneumovírus, Bocavírus, SARS-CoV-2

Bactérias:
- Streptococus pneumoniae (causa frequente de pneumonia lobar)

Atípicos:
Mycoplasma pneumoniae, chlamydia pneumoniae e legionella pneumophila

Outros: Streptococcus pyogenes (grupo A), Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, E Mycobacterium tuberculosis!

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5
Q

Pneumonia:

Quadro clínico:

A

Idade é determinante dos sintomas:

  • RN: podem ter apenas febre ou hipóxia
  • Lactentes jovens podem iniciar quadro com apneia isolada
  • Pré-escolares e escolares: febre, calafrios, taquipneia, tosse, mal estar, dor pleurítica, desconforto
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6
Q

Pneumonia:

Quadro clínico sugestivo viral:

A
◉ Idade menor de 5 anos
◉ Curso mais insidioso
◉ Sintomas de IVAS
◉ Bom estado geral
◉ Sibilos, estridores, ausculta difusa
◉ RX com infiltrados difusos
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7
Q

Pneumonia:

Quadro clínico sugestivo de bacteriana:

A
◉ Todas as idades
◉ Curso agudo e mais severo
◉ Toxemia
◉ Calafrios
◉ Desconforto moderado a grave
◉ Ausculta focal
◉ Dor pleurítica localizada
◉ HMG com mais de 15.000 leucócitos
◉ RX tórax: infiltrados alveolares, consolidação lobar/segmentar
◉ Complicações mais frequentes → derrame pleural, abscesso pulmonar
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8
Q

Quadro clinico:

Sugestivo de atípico

A
◉ Mais comum em maiores de 5 anos
◉ Mal estar, mialgia, rash
◉ Conjuntivite
◉ Cefaleia, fotofobia
◉ Odinofagia
◉ Tosse não produtiva
◉ Pode ter sibilos
◉ RX tórax: Consolidação lobar (37%), infiltrados perihilar (27%), infiltrado reticulonodular (21%), infiltrado difusos (15%)
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9
Q

Pneumonia:

Diagnóstico

A

História: febre, vômitos, tosse, anorexia, dor abdominal (pneumonia de base ou derrame pleural)

Exame físico:
Avaliar estado geral e nível de consciência
Avaliar taquidispneia, gemencia, spO2, FR
Ausculta com estertores crepitantes
Expansibilidade torácica diminuída, alteração de intensidade de MV (abafamento ou soporosa)
Percussão submaciça se derrame pleural (sinal de Signorelli)

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10
Q

Pneumonia:

Exames complementares de imagem:

A

Rx de tórax:
Não precisa solicitar para todo mundo, só se dúvida diagnóstica, suspeita de complicação, paciente hospitalizado, piora/falha de tratamento

USG tórax:
Cada vez mais usando como extensão do exame físico
Ótima sensibilidade para consolidações

TC tórax:
Evitar ao máximo, muita radiação e precisa sedar os menores
Só se derrame loculado, pneumonia necrotizante

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11
Q

Pneumonia:

Exames complementares além dos de imagem

A

Hemocultura:
Pedir para todos que forem internar, porém baixíssima positividade

Pesquisa de vírus respiratórios:
Pedir para todos que forem internar
Se virus isolado, da maior confiante para evitar excesso de ATB (porém viral predispõe a bacteriana - 25% com co-infecção viral bacteriana)

Obs:
Hemograma e PCR: são inespecífico, hemograma vai mostrar leucocitose, PCR aumentado mas não define etiologia

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12
Q

Pneumonia:

Sinais de gravidade:

A

Grave -> tiragem subcostal

Muito grave:
Sonolência e convulsões 
Estridor em repouso
Desnutrição, desidratação
Tiragens centrais (fúrcula, batimento de asa, gemência)
TEC > 3s
Hipoxemia (< 92%)
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13
Q

Pneumonia:

Indicações de internação

A
◉ Pneumonia grave e muito grave
◉ Toxemia / Choque séptico
◉ Necessidade de oxigenioterapia
◉ Insuficiência respiratória aguda
◉ Incapacidade de ingesta de medicação via oral
◉ Fatores sociais
◉ Idade < 3 meses
◉ Doenças crônicas como anemia falciforme, sd. nefrótica,
imunodeficiências, cardiopatias
◉ Pneumonia complicada
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14
Q

Pneumonia:

Tratamento ambulatorial:

A

3-5 anos:
Inicial: Amoxicilina 50mg/kg/dia VO 12/12h
Se falha terapêutica:
Amoxicilina + Clavulanato 50 mg/kg/dia VO 12/12h ou Cefuroxima 30 mg/kg/dia VO 12/12h

Maiores de 5 anos:
Inicial:
Amoxicilina 50 mg/kg/dia VO 12/12h E/OU
Claritromicina 15mg/kg/dia V 12/12h ou Azitromicina 10mg/kg/dia 1x/d VO

Se falha:
Amoxicilina + Clavulanato 50 mg/kg/dia VO 12/12h ou Cefuroxima 30 mg/kg/dia VO 12/12h

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15
Q

Pneumonia:

Tratamento hospitalar

A

< 3 meses:
Ampicilina EV + Amicacina ou gentamicina

3-5 anos:
Penicilina cristalina EV ou ampicilina EV

> 5 anos:
Penicilina cristalina EV ou ampicilina EV

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16
Q

Pneumonia:

Complicações

A
Derrame pleura parapneumônico
Abscesso pulmonar
Pneumaticamente
Pneumonia necrosante
Complicações sistêmicas
17
Q

Pneumonia atípica:

Diagnóstico

A

Padrão ouro: aumento de 4x nos títulos de anticorpos IgM e IgG na fase aguda e na convalescença
(Na prática usa PCR e IgM)

HMG com leucocitose, pode ter anemia hemolítica
Rx de tórax com infiltrado difuso
Crioaglutininas em 50% dos casos

18
Q

Pneumonias atípicas

Quando tratar e tratamento:

A
  • Paciente com pneumonia sem critério de internação que não responderam ao tratamento inicial
  • Pacientes com indicação de internação (associar com beta-lactâmicos)
  • Evitar tratar todo mundo devido aumento de resistência do Mycoplasma aos
    macrolídeos e risco de colonização por pneumococo intermediário

Tratamento:
Azitromicina OU claritromicina OU eritromicina

19
Q

Pneumonia aferir do lactente:

Tem febre:

A

Geralmente afebril na faixa de 2-3 semanas

20
Q

Pneumonia febril do lactente:

Agentes etiológicos:

A

Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum

21
Q
Pneumonia afebril do lactente:
Quadro clínico:
Diagnóstico:
Transmissão:
Tratamento:
A

Quadro insidioso, com taquidispneia leve, BEG, tosse seca
(Distinguível da bronquiolite por ausculta mais frustra)

RX tórax com infiltrado intersticiais bilaterais

Transmissão intraparto → 30 - 50% dos bebês apresentam conjuntivite purulenta; 15-20% com acometimento pulmonar

Tratamento macrolídeos (claritromicina e azitromicina)

22
Q

Coqueluche

Agente etiológico e transmissão

A

Bordetella pertussis

Gotículas (maior transição nas primeiras 2 semanas de tosse)

23
Q

Coqueluche:

Fases

A

3 fases:
Catarral
Paroxístico
Convalescência

24
Q

Coqueluche:

Fase catarral

A

duração:1-2 semanas

Sinais inespecíficos: coriza, rinorreia, lacrimejamento, febre baixa

25
Coqueluche: | Fase paroxística:
Duração: 2-6 semanas Tosse seca, intermitente e irritativo Evolui para tosse paroxistica Vômitos pos tosse são comuns Pacientes exaustos após crises, com grande dificultado para respirar Crises aumentam progressivamente com os dias, até platô (até 1 crise por hora)
26
Coqueluche: | Fase de convalescência
Resolução gradual dos sintomas por 1-2 semanas Diminuição da interinidade da tosse e dos paroxismos Porém tosse residual pode continuar por meses
27
Coqueluche: | Quadro clínico:
Lactentes (< 3 meses) podem não ter sintomas clássicos: RN -> apneia Risco de lesão cerebral por hipóxia Adolescentes apresentam quadro persistente, com tosse não produtiva Exame físico: frustro, sem crepitação (exceto se pneumonia bacteriana secundária) Hemorragia conjuntiva e petéquias em torso
28
Coqueluche: | Diagnóstico
Definitivo: isolar bordetella pertussis PCR ou cultura de nasofaringe HMG com leucocitose até 100 mil, com linfocitose absoluta RX tórax -> infiltrado perihilar, atelectasia
29
Coqueluche: | Tratamento
Menores que 3 meses: sempre internar 3-6 meses: internar quase sempre Isolamento de gotículas durante internação Se ambulatória, afastar da creche até 5 dias de tratamento Macrolídeos (Azitromicina, claritro, eritro) * Azitromicina é preverível, principalmente em neonatos * eritro: associação com estenose hipertrófica de piloro
30
Coqueluche | Tratamento nas fases
Tratamento durante fase catarral erradica Bordetella em 3-4 dias e diminui gravidade Tratamento durante fase paroxística não altera curso da doença, mas diminui transmissão
31
Coqueluche: | Complicações
Hipóxia e apneia (lactentes) Pneumonia secundaria Lesão de SNC Atelectasia Pela intensidade das crises: Pneumomediastino, pneumotórax, enfisema subcutâneo, epistaxe, hérnia, hemorragia retiniana e subconjuntival
32
Coqueluche | Prevenção
Vacinação DTP (difteria, tétano, pertussis) Dose aos 1,4,6 meses + reforços com 15 meses e 4-6 anos Pode dar reação vacinal severa (prescrever DTPa - pertussis acelular) Obs: grávidas recebem DTPa no terceiro trimestre -> geral altos níveis de anticorpos via transplacentária para bebê
33
Asma: | Consequências da hiperreatividade de vias aéreas:
Bronconstrição Espessamento de vias aéreas Quantidade de muco aumentada
34
Asma: | Fatores ambientais:
Alérgenos Agentes infecciosos (principalmente vírus) Irritantes Fumo