Indicadores De Saude Flashcards
Considerando-se os coeficientes de mortalidade, analise:
O indicador de Swaroop-Uemura informa a proporção de óbitos de indivíduos com menos de 50 anos de idade residentes em uma determinada localidade.
FALSO
Swaroop-Uemura mede a percentagem de pessoas que morrem com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos.
“Quanto maior, melhor. Idoso tem mais è que morrer”
Considerando-se os coeficientes de mortalidade, analise:
Estão incluídos, no coeficiente de mortalidade neonatal, óbitos de crianças que faleceram até o 42° dia completo de vida.
FALSO
O coeficiente de mortalidade neonatal Inclui apenas os óbitos em crianças menores de 28 dias (até 27 dias completos). É calculado da seguinte forma: número de óbitos em ‹ 28 dias × 1000 / número de nascidos vivos. Cabe lembrar que a quase totalidade das mortes neste período está relacionada às causas perinatais e às anomalias congênitas. O que se pretende com este indicador é saber, de forma indireta, como está a assistência ao parto, e avaliar o impacto de ações de saúde no pré-natal, diagnosticando dificuldades no acompanhamento de casos nos primeiros dias de vida.
Considerando-se os coeficientes de mortalidade, analise:
O coeficiente de mortalidade materna informa o risco de óbito materno em uma determinada localidade ao longo de um determinado período e deve ser calculado dividindo-se óbitos de gestantes até 27.º dia após o término da gestação pelo número de nascidos vivos.
FALSO
O coeficiente de mortalidade materna reúne as mortes em mulheres devido às complicações de gravidez, parto, puerpério e abortos (causas maternas). O principal objetivo deste Indicador é medir o risco de morte por estas causas, avaliando a cobertura e a qualidade da assistência à mulher prestada nesse período, É calculado a partir da seguinte fórmula:
número de óbitos por causas maternas x 100.000 / número de nascidos vivos. Cabe ressaltar que “morte materna” é definida como a morte de uma mulher durante a gravidez parto ou dentro de um período de 42 das após o término da gestação devido a qualquer causa relacionada com, ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela (causas acidentais não são levadas em consideração para o cálculo desse coeficiente).
Considerando-se os coeficientes de mortalidade, analise:
O coeficiente de mortalidade por causas externas não pode incluir óbitos por complicações de assistência médica, uma vez que esse tipo de causa deve ser calculado por coeficiente específico.
FALSO
Vamos imaginar a seguinte situação um homem sofreu um ferimento por arma branca e precisou ser operado. Durante o procedimento, o cirurgião, inadvertidamente, provocou uma lesão da aorta e o paciente foi a óbito.
Repare que a causa básica da morte, a facada, é uma causa external Portanto, esse caso poderia ser Incluído, perfeitamente, no cálculo do coeficiente de mortalidade por causas externas.
( V ou F)?
As curvas de Nelson de Moraes são curvas de mortalidade proporcional por idade.
VERDADEIRO
As curvas de Nelson Moraes e o indicador de Swaroop-Uemura são índices de mortalidade proporcional por idade, já que medem a participação dos óbitos em cada faixa etáría em relação ao total de óbitos. As curvas avaliam cinco faixas etárias específicas (menores de um ano, 1-4 anos, 5-19 anos, 20-49 anos e maiores de 50 anos).
Dos indicadores abaixo, qual o mais influenciado por fatores sociais e econômicos?
A) Mortalidade neonatal
B) Mortalidade neonatal tardia
C) Mortalidade pós-neonatal
D) Mortalidade perinatal
C)
Quando analisamos a mortalidade infantil (§bitos até 1 ano de idade), podemos dividi-la em 2 períodos:
• Mortalidade neonatal: representam os óbitos até os 28 dias de vida, sendo pouco influenciado por fatores sociais e econômicos e mais influenciados por fatores como qualidade do pré-natal e assistência ao parto. Fora que as causas de óbito nesse período muitas vezes são inevitáveis, como malformações congênitas.
• Mortalidade pós-neonatal: representam os óbitos entre 28 e 365 dia, de vida, sendo muito infiuenciado por fatores sociais e econômicos, como vacinação, escolaridade, aleitamento materno, saneamento básico…
Como é calculado o coeficiente de mortalidade materna?
Numerador: óbitos maternos
Denominador: total de nascidos vivos
Tudo vezes 100.0000
Óbitos maternos = óbitos de mulheres durante gravidez, parto e até 42 dias pós parto (puerpério imediato).
Obs: excluem-se desse cálculos as mortes maternas por causas externas (causas não obstétricas)
Obs2: coeficiente de mortalidade materna tardia = óbitos de mulheres entre 42 dias pós parto até 365 dias pós parto divido pelo número de nascidos vivos. Tudo vezes 100.000.
Como calcula-se o coeficiente de mortalidade infantil?
Numerador = total de óbitos de crianças até 01 ano de idade
Denominador: total de nascidos vivos
Tudo vezes 1000
Estima o risco de uma criança que nasceu viva morrer até um ano de idade.
Puérpera, 8° dia pós-parto, apresenta quadro séptico de foco endometrial, evoluindo para óbito. Trata-se de morte materna:
A) Obstétrica direta
B) Obstétrica indireta.
C) Não obstétrica
D) Acidental
A)
Morte materna obstétrica indireta é aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação ou que se desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez.
Alguns autores consideram estas causas como NÃO EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde NÃO iriam
impedir grande parte destes óbitos.
Exemplos: cardiopatias, embolia pulmonar, hipertensão arterial pré-existente, pneumonias, diabetes pré-existente…
Morte materna obstétrica direta é aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas.
Alguns autores consideram estas causas como EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde Iriam impedir
grande parte destes óbitos.
Exemplos: pré-eclâmpsia/eclâmpsia, DPP, causas infecciosas, abortamento.
Sendo assim, como o óbito ocorreu por uma causa infecciosa, trata-se de uma morte obstétrica direta.
Em relação ao coeficiente de mortalidade materna, analise:
( ) pode sofrer influência da baixa sensibilidade da declaração de óbito quanto à capacidade de apresentar um registro de morte materna entre as verdadeiras mortes.
VERDADEIRO
Ratificando o que foi dito acima, a razão de mortalidade materna pode sofrer influência da baixa sensibilidade da declaração de óbito quanto à capacidade de apresentar um registro de morte materna entre as verdadeiras mortes. Essa baixa sensibilidade significa que o fato do Sistema de Informação de Mortalidade, que é abastecido pelas declarações de óbito, mostrar poucas mortes maternas, nem sempre significa que realmente elas não existem. Isso pode ocorrer devido ao preenchimento incorreta das DO’s, que, como sabemos, ainda há muito no Brasil.
Qual é o risco de morrer por determinada doença em um município com os seguintes dados: população = 100.000; óbitos totais = 500; óbitos pela doença = 10; casos novos da doença = 2?
0,1/1000
O risco de morrer por uma certa doença na população na localidade é igual ao coeficiente de mortalidade específico por essa causa. Aí no numerador é o total de óbitos pela doença e no denominador a população total. Isso é o que a questão pediu.
ATENÇÃO!!!
Não confundir com o risco de uma pessoa morrer por determinada doença DENTRE os doentes. Isso é igual ao COEFICIENTE DE LETALIDADE DA DOENÇA. Aí seria no numerador o total de óbitos pela doença e no denominador o total de casos da doença.
Um Indicador que relaciona o número de óbitos por determinada doença e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença diz respeito à:
LETALIDADE
Para Eugênio Vilaça Mendes (2010), em As redes de atenção à saúde, “a crise contemporânea dos sistemas de atenção à saúde que se manifesta, em maior ou menor grau, em todos os países do mundo, decorre de uma incoerência entre uma situação de saúde de transição demográfica e de transição epidemiológica completa nos países desenvolvidos e […] tripla carga de doenças nos países em desenvolvimento e o modo como se estruturam as respostas sociais deliberadas às necessidades das populações. No Brasil, a tripla carga de doenças de relaciona com?
Doenças infecciosas, parasitárias e problemas de saúde reprodutiva; causas externas e doenças crônicas.
A transição demográfica e epidemiológica resultando no envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida significa crescente incremento relativo das condições crônicas. A crise contemporânea dos sistemas de saúde caracteriza-se pela organização da atenção em sistemas fragmentados voltados para a atenção às condições agudas, apesar da prevalência de condições crônicas, e pela estrutura hierárquica e sem comunicação fluida entre os diferentes níveis de atenção. Nesse sentido, é mister avaliarmos a situação do Brasil e o perfil da situação de saúde vigente caracterizado pela chamada “tripla carga de doenças”, em que há presença concomitante das doenças infecciosas e carenciais, das causas externas e das doenças crônicas. A solução para o SUS consiste em restabelecer a coerência entre a situação de saúde de tripla carga de doenças e o sistema de atenção à saúde em prática, pela implantação de redes de atenção à saúde bem estruturadas e organizadas. Tanto é assim que uma das diretrizes do SUS e da RAS operacionalizadas na AB é a própria
“ordenação da rede”.
Outros autores ainda atualizaram essa definição, dizendo que a “tripla carga de doenças” envolve, ao mesmo tempo: uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; o desafio das doenças crônicas e de seus fatores de riscos, como o tabagismo, o sobrepeso e a obesidade, a inatividade fisica, o estresse e a alimentação Inadequada;
e o forte crescimento da violência e das causas externas.