Estudos Epidemiologicos Flashcards
Estudo bom para doenças raras.
ESTUDOS DO TIPO CASO-CONTROLE.
Você começa com a doença na sua mãos. Compara casos e não casos e estuda fatores de risco NO PASSADO (estudo retrospectivo)
Cite dois vieses comuns nos estudos do tipo Caso-controle.
1: Viés de aferição do tipo viés de memoria (viés de memória é um subtipo do viés de aferição). Que viés é esse? É aquele que acontece porque os “controles” não lembram das exposições do passado tão bem quantos os “casos”, porque não valorizam muito aquilo.
2: Viés de seleção: muitas vezes a seleção de casos e de controles depende de um teste diagnóstico e esse teste pode não ter acurácia de 100% e você cometer erro na hora de selecionar casos
Qual o melhor estudo para estabelecer relação de causa e efeito?
Estudo de COORTE.
Estudo visou verificar a associação entre o tempo diário de trabalho de técnicos de enfermagem e a ocorrência de dor lombar crônica. Foi registrada a carga horária diária de cada trabalhador e verificada a incidência de dor lombar por um período de 2 anos. Nesse contexto, é CORRETO classificar esse estudo como:
A) Transversal
B) Coorte
C) Ecológico
D) Experimental
B)
Qual a característica que indica quantas vezes é maior a possibilidade de uma pessoa ter a doença quando o teste é positivo?
VALOR PREDITIVO POSITIVO
Razão de verossimilhança positiva (LIKELY ODDS RATIO) indica quantas vezes é maior a possibilidade do teste ser positivo em doentes em relação ao teste ser positivo em não doentes.
Verdade
A utilidade de um teste diagnóstico é maior se a probabilidade pré-teste da doença for < 25%
FALSO
A utilidade de um teste diagnóstico independe da probabilidade pré-teste.
(Probabilidade pre-teste = prevalência)
Obs: não confunda. Quando eu penso em RASTREAMENTO de doenças, idealmente a probabilidade pré-teste deve ser mais altas. Quando indica programa de rastreamento, você tem que ter conhecimento mínimo da prevalência. Porque exemplo, se você faz um rastreio de tuberculose na população do Reino Unido, você perde dinheiro porque não vai encontrar ninguém.
A capacidade de um teste ser positivo entre os doentes é chamada de:
Sensibilidade
Redução absoluta de risco é a taxa de eventos no experimento subtraída da taxa de eventos nos controles.
Verdadeiro.
As curvas de mortalidade proporcional são construídas a partir da distribuição proporcional dos óbitos por grupos etários com relação ao total de óbitos e exibem um determinado
formato gráfico que indicará o nível de saúde da área avaliada. Segundo a classificação de Nelson Moraes, a do tipo III está associada ao nível de saúde:
REGULAR
Vamos relembrar que as Curvas de Mortalidade Proporcional (ou Curvas de Nelson Moraes) são construídas a partir da distribuição ano, entre 1 e 4 anos, entre 5 e 19 anos, entre 20 e 49 anos e ≥ 50 anos ou mais) com relação ao total de óbitos e exibem um de saúde da área avaliada.
Existem 4 tipos de curvas:
Tipo 1: nível de saúde muito baixo = predomínio de morte em adultos jovens.
Formato: em “N”.
Tipo 2: nível de saúde baixo = predominam os óbitos na faixa infantil e pré-escolar.
Formato: Em “L’.
Tipo 3: nível de saúde regular = aumento na mortalidade em pessoas de 50 anos ou mais.
Formato: Em “U”.
Tipo 4: nível de saúde elevado = predomínio dos óbitos em pessoas de 50 anos ou mais.
Formato: Em “J”.
Qual a medida que expressa a força da associação entre fator de risco e doença ?
Risco relativo
Ao se realizar um estudo de coorte, o principal resultado obtido é o risco relativo, dado pela razão entre a o risco do desfecho nos expostos e o risco do desfecho nos não-expostos, sendo, portanto a principal medida da força de associação, uma vez que reflete em que proporção a incidência do desfecho foi diferente entre os grupos. Vale lembrar, no entanto, que a análise de outras medidas como o risco absoluto e a redução absoluta do risco (ou seja, quantos pacientes de fato desenvolveram ou não a doença) também são fundamentais na interpretação dos estudos, apesar de não representarem a principal medida.
O risco absoluto é o risco de cada grupo, individualmente, desenvolver o desfecho, sendo representado pela incidência do desfecho em cada grupo (casos novos observados / total da população analisada).
Risco atribuível é a diferença entre os riscos absolutos em cada grupo. Ou seja, se nos expostos a desfecho se desenvolveu em 40% e nos não expostos em 15%, podemos dizer que 25% dos casos na população foram atribuídos à exposição. O risco atribuível não necessariamente precisa ser calculado com base na população total, mas em qualquer grupo que se deseja analisar (entre as mulheres, entre os homens, etc).
Sobre estudos ecológicos:
( ) Podem ser subdivididos em investigações de base territorial e estudos de agregados institucionais.
VERDADEIRO
Os estudos ecológicos podem ser classificados em dois subtipos, a depender da natureza do agregado base de referência para a produção dos dados: (1) investigações de base territorial e (2) estudos de agregados institucionais. Investigações de base territorial utilizam uma referência geográfica, como bairros ou cidades, para a definicão das suas unidades de informação. Já os estudos de agregados institucionais tomam organizações coletivas de qualquer natureza como referência para a definição da sua unidade de informação. Como exemplo, podemos citar creches, escolas, prisões, fábricas…
Sobre estudos ecológicos:
( ) Podem ser classificados em cinco subtipos.
Falso
São dois subtipos: (1) investigações de base territorial e (2) estudos de agregados institucionais.
Sobre estudos ecológicos
( ) não abordam áreas geográficas específicas.
FALSO
Os estudos ecológicos abordam áreas geográficas ou blocos de população bem delimitados, fazendo inferências a nível agregado, e não individuado (este, aliás, é um de seus problemas, já que pode levar à famosa falácia ecológica).
Sobre estudos ecológicos:
( ) Sempre utilizam informações da doença e da exposição do individuo.
FALSO
Na maioria das vezes, os estudos ecológicos são utilizados para avaliar doença e/ou exposição, mas isso não é obrigatório. Um estudo pode ser feito para estudar condições ou situações “não médicas”, por exemplo. Além disso, não é do indivíduo, é do grupo.